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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Rebeldia Indomável

Título no Brasil: Rebeldia Indomável
Título Original: Cool Hand Luke
Ano de Lançamento: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Donn Pearce, Frank Pierson
Elenco: Paul Newman, George Kennedy, Jo Van Fleet, Dennis Hopper, Harry Dean Stanton, Strother Martin

Sinopse:
Lucas 'Luke' Jackson (Newman) é preso por um crime menor. Julgado e condenado, é enviado para uma prisão de trabalhos forçados. No começo tenta se adaptar, mas não demora muito e começa e confrontar os policiais e começa uma série de tentativas de fuga, uma mais bem elaborada do que a outra. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (George Kennedy). 

Comentários:
Um filme muito bom da carreira do ator Paul Newman. Ele interpreta esse prisioneiro que está decidido a jamais se render, sempre procurando por uma forma de fugir. Muitos se lembram desse filme por causa de uma cena em particular, quando o prisioneiro interpretado por Newman faz uma aposta com seus colegas de cela que conseguiria comer 50 ovos de uma só vez! Claro que a coisa toda vira uma loucura e um grande teste de resistência por parte dele! O próprio Paul Newman diria anos depois que por causa dessa cena ela havia parado de comer ovos por anos! Piadas à parte, esse roteiro no fundo louva essas pessoas que são decididas a ir em busca de um objetivo, de qualquer maneira, com obstinação, mesmo que paguem um alto preço por isso! Outro ponto digno de nota vem do elenco de apoio, com destaque para George Kennedy que sempre foi um bom ator, mas ao mesmo tempo sempre subestimado em Hollywood. Aqui, pelo menos, ele foi premiado com o Oscar. Um tardio reconhecimento! Enfim, um bom filme, com elenco afinado e uma boa história de prisão para contar. Não faltando nenhum elemento importante para essa produção dos anos 60 agradar aos apreciadores de cinema clássico. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

A Piscina Mortal

Título no Brasil: A Piscina Mortal
Título Original: The Drowning Pool
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Franciosa

Sinopse:
O detetive Harper (Paul Newman) é contratado por uma antiga namorada, que agora vive como rica dama da sociedade em New Orleans, para desvendar um mistério envolvendo aspectos obscuros de seu ciclo familiar e social. Seguindo pistas e descobrindo relações ilícitas, Harper acaba desvendando uma complexa rede criminosa envolvendo figurões da cidade.

Comentários:
Um raro momento em que Paul Newman voltou a interpretar o mesmo personagem em uma sequência, isso porque "The Drowning Pool" nada mais é do que uma continuação de "Harper - O Caçador de Aventuras" de 1966. O detetive Lew Harper, com todo seu jeito de sujeito malandro que consegue se sair das maiores enrascadas, pelo visto cativou mesmo Newman que retornou ao mesmo papel quase dez anos depois. Como não poderia ser diferente Newman resolveu trazer também sua esposa de longa data, Joanne Woodward, para o elenco. A Warner aliás já vinha tentando filmar esse script há muitos anos, mas sempre esbarrava na negativa de Paul Newman, já que naquela época sequências não eram tão comuns como hoje em dia. Depois de ter sido reescrito várias vezes finalmente o roteiro foi considerado satisfatório pelo ator que resolveu topar encarnar o cínico detetive mais uma vez. Nesse segundo filme - que passa bem longe de ser tão bom quanto o original - o personagem de Newman desvenda uma trama (típica de produções como essa) bem menos complicada. A cena final no grande tanque do balneário quase levou o filme a ser indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Por fim, como mera curiosidade, esse filme foi também um dos primeiros da carreira da atriz Melanie Griffith que aqui interpreta a personagem coadjuvante Schuyler. No saldo final vale a pena assistir, embora não seja dos melhores filmes do mito Paul Newman.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de agosto de 2014

Nos Calcanhares da Máfia

Título no Brasil: Nos Calcanhares da Máfia
Título Original: The Pope of Greenwich Village
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Vincent Patrick
Elenco: Eric Roberts, Mickey Rourke, Daryl Hannah, Geraldine Page

Sinopse:
Charlie (Mickey Rourke) e seu primo problemático Paulie (Eric Roberts) decidem roubar 150 mil dólares para apostar em um cavalo, cujo resultado antecipado caiu nos ouvidos de Paulie. O problema é que o dinheiro pertence ao chefão da máfia local e isso certamente trará muitos problemas para todos os envolvidos no crime. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Geraldine Page).

Comentários:
Mickey Rourke fez muitos filmes interessantes no começo de sua carreira. Um dos mais relevantes (e que anda bastante esquecido nos dias de hoje) é esse "The Pope of Greenwich Village". Hoje a película é uma das mais raras no mercado, até porque até onde vai minha memória o filme não foi sequer lançado em VHS no Brasil. Em termos estéticos o filme lembra bastante o visual das produções policiais dos anos 70. O realismo é focado em cada momento e o clima de sordidez que impera nos bairros mais populares de Nova Iorque explode na tela. Embora o filme tenha sido estrelado por Eric Roberts (irmão de Julia Roberts, um ator cuja carreira infelizmente não aconteceu), o destaque vai mesmo para Mickey Rourke. No auge de seu estilo cool de ser, com cabelo desgrenhado e barba por fazer, ele era a aposta da crítica para ocupar um lugar que um dia fora de Brando e James Dean. Era o próprio ator rebelde daqueles anos. Pena que tanta rebeldia acabou prejudicando sua própria carreira, pois Rourke recusaria nos anos seguintes ótimos filmes e se envolveria em brigas com produtores e escândalos na vida pessoal. Tudo foi minando sua subida rumo ao panteão dos deuses de Hollywood. De uma forma ou outra filmes como esse capturaram para a posterioridade seus melhores momentos dentro da sétima arte. Por essas e outras razões "Nos Calcanhares da Máfia" merece certamente ser redescoberto nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.