Título Original: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Rio Filme
Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Roteiro: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Elenco: Elis Reina, Tom Jobim, César Camargo Mariano
Sinopse:
Documentário sobre a gravação de um dos álbuns mais importantes da história da Música Popular Brasileira (MPB), quando a cantora Elis Regina se uniu ao maestro e compositor Tom Jobim para a gravação desse disco que se tornaria um dos mais célebres e elogiados da nossa música.
Comentários:
Esse documentário é muito bom. Resgataram algumas imagens raras da gravação desse disco que foi realizada nos Estados Unidos. São imagens, em sua maioria, filmadas por Super-8, que muitos pensavam estar perdidas para sempre. Só que as acharam e isso se tornou a base desse resgate histórico musical. Um dos fatos mais curiosos desse filme é que ele mostra que no começo Elis Regina queria apenas gravar algumas poucas músicas com Tom Jobim para aquele que seria seu novo disco. Ele faria apenas uma participação especial. Só que Tom era um tipo de profissional perfeccionista, que queria o controle de tudo, então não demorou muito para ele assumir todo o controle do novo disco. Quem acabou virando a participação especial foi a Elis! Enfim, entre problemas ocorridos na gravação, por causa desse estilo controlador do Tom, até algumas dificuldades adicionais por causa da personalidade da Elis, o que resultou de tudo isso foi sem dúvida um disco simplesmente magistral da MPB. E esse filme é sem dúvida o definitivo sobre toda essa história.
Pablo Aluísio.
Documentário Musical
ResponderExcluirPablo Aluísio
Pablo, eu sou músico, portanto entendo as dificuldades quando dois egos com essa dimensão, e que não se toleravam, se juntam numa missão dessa. Isso deve ter sido um inferno, porque o Tom Jobin, um gênio legítimo da musica, considerava a Elis Regina uma caipira insuportável com seu berreiro, no que tinha considerável razão..
ResponderExcluirBom, na decada de '80, numa das minhas longas viagens de carro coloquei uma fta K7 desse disco no toca fita auto reverse do meu carro e fui viajar esperando ouvi-la a viagem toda em looping.
Acredite, foi a unica vez que fiz isso. Depois de um tempo joguei a fita pela janela do carro. Era a coisa mais chata do mundo e se eu não parasse ouvir aquilo iria me matar. Joguei fora de raiva.
Como a mistura desses dois grandes expoentes da musica brasileira resultou nessa coisa insuportável, eu nao sei.
...ah, me lembrei, pra piorar o Tom também detestava, e nao respeitava, o César Camargo Mariano
ExcluirEsse disco era pra ser da Elis. Virou um disco do Tom. E ele era bem pretensioso. Queria fazer música de elite. Várias faixas ficaram chatas de se ouvir por essa razão.
ResponderExcluirNo filme tem cenas do Tom debochando do Mariano. Isso deixava a Elis furiosa!
ResponderExcluirNão vi o documentário. Tenho o disco, acho-o bom, com linda versão de "Aguas de Março". Das minhas leituras sobre a gravação, entendi que a visão de Elis e Mariano para os arranjos acabou sobrepujando os desejos iniciais do Tom. Pablo, pode um disco ser magistral e ainda trazer várias músicas chatas?
ResponderExcluirSim. É uma questão de gosto pessoal realmente. Uma composição pode trazer elementos importates do ponto de vista musical e ainda assim o ouvinte, baseado em seu gosto pessoal, não gostar do que ouviu.
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