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domingo, 24 de novembro de 2024

Rolling Stones - Now!

Rolling Stones - Now!
Os Stones sempre beberam na fonte do blues e do Rhythm and blues e esse álbum só veio para confirmar isso. O grupo foi no passado e trouxe várias músicas importantes de grandes nomes desse estilo musical. Essa verdadeira ode a um passado que estava se perdendo naquela década levou muitos críticos a tecerem elogios significativos a esse disco. É bom lembrar que grupos de rock naqueles tempos nem sempre contavam com o apoio da crítica. Dizia-se que o Rock era um estilo musical menor e sem muita importância. Que os verdadeiros mestres da música estavam sendo deixados para trás por causa desses roqueiros cabeludos que não tinham nada de bom a oferecer. 

Pois bem, nesse aspecto os Stones mudaram a situação, gravando músicas que eram verdadeiras homenagens a esses nomes do passado. Além disso, não podemos nos esquecer, sempre que um velho músico tinha uma de suas músicas gravada por grupos populares como os Stones, eles mesmo sofriam uma melhora em sua situação financeira. Muitos deles eram músicos negros, desempregados, vivendo de programas sociais pagos pelo governo dos Estados Unidos. Para Mick Jagger esse era um aspecto não dito e nem escrito, mas muito importante. Quando eles gravavam essas músicas, ajudavam também seus criadores. 

The Rolling Stones - Now! (1965)
Everybody Needs Somebody To Love
Down Home Girl
You Can't Catch Me
Heart Of Stone
What A Shame
Mona (I Need You Baby)
Down The Road Apiece
Off The Hook
Pain In My Heart
Oh Baby (We Got A Good Thing Goin')
Little Red Rooster
Surprise, Surprise

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Gimme Shelter

Título no Brasil: Gimme Shelter
Título Original: Gimme Shelter
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Maysles Films
Direção: Albert Maysles, David Maysles
Roteiro: David Maysles
Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Mick Taylor

Sinopse: 
Este documentário acompanha os Rolling Stones numa turnê pelos EUA em 1969. As apresentações culminaram com o concerto de Altamont, em que um jovem foi assassinado, anunciando o fim do sonho hippie de paz e amor.

Comentários:
Em shows cheios de energia e performances únicas, a lendária banda inglesa mostra por que tinha tudo a ver com a rebeldia dos anos 60. O problema é que junto da fama e da pose de bad boys os Stones também serviam de porta bandeira da cultura das drogas. Mais cedo ou mais tarde essa mensagem iria dar em algo ruim. E deu. Em entrevista John Lennon sutilmente sugeriu que a culpa seria dos próprios Stones. Ele afirmou que o grupo criou um clima pesado e o que aconteceu foi consequência disso. O fato aconteceu por falta de planejamento, até amadorismo por parte do grupo. Ao invés de contratar profissionais para cuidar da segurança do concerto os Stones contrataram os motoqueiros do grupo Hell´s Angels. Os Angels eram em sua maioria foras da lei, então o que aconteceu fatalmente iria ocorrer. No meio do empurra empurra da multidão, bem em frente ao palco, um briga entre um Angel e um jovem acabou mal. Ele foi morto bem ali, na frente de Mick Jagger e cia, com tudo sendo registrado pelas câmeras desse filme. O documentário é bom, sem dúvida, mas apesar da importância de ter captado a morte desse movimento hippie não o acho tão bem montado e editado. De qualquer forma é histórico, pelo menos para os que curtem a história do Rock.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Rolling Stones - Out of Our Heads

Nem adianta negar. Na década de 1960 os Rolling Stones andaram lada a lado com os Beatles. Sonoridade, letras, arranjos, os Stones realmente seguiam o modelo padrão das bandas de rock daquela época e quem determinava esse padrão era justamente o quarteto de Liverpool. Veja o caso desse Out of Our Heads, terceiro disco dos Stones. O álbum segue os passos dos Beatles, mesmo que alguns centímetros atrás. Enquanto os Beatles começavam a mudar ainda que discretamente seu som, os Stones também procuravam trazer inovações para o grupo. Esqueça os Stones de hoje em dia. Aquilo ali é uma empresa multinacional, uma corporação S.A. e não mais um conjunto de Rock mas em 1965 eles ainda eram de fato um grupo de rock. Hoje em dia Jagger e Keith Richards se odeiam tanto que mal se falam mas na época do lançamento desse trabalho eles eram realmente amigos e trabalhavam em harmonia. Por falar em amizade aqui os Stones surgem com sua formação clássica completa, a saber: Mick Jagger (vocal, harmónica, percussão), Brian Jones (guitarra eléctrica e acústica, harmónica, orgão), Keith Richards (guitarra), Charlie Watts (Bateria e percussão) e Bill Wyman (baixo). Essa aliás é a formação perfeita dos Stones, sem tirar nem colocar mais ninguém. Curiosamente é que para melhorar ainda mais a qualidade musical do disco eles ainda chamaram outros craques: Ian Stewart no piano e o produtor maluco beleza Phil Spector para dar algumas canjas de baixo.

O resultado é dos melhores. Considero o álbum um dos mais pertinentes do grupo em termos de melodia e arranjos. Os primeiros discos dos Stones deixavam muito a desejar nesses aspectos mas aqui a sonoridade melhora muito. Um exemplo perfeito do que digo surge logo na primeira canção, "She Said Yeah" com suas linhas de guitarras furiosas. Apesar de ser um cover é uma das melhores gravações dos Stones. No quesito garra e pique poucas vezes eles fizeram algo melhor do que isso. É interessante perceber que nessa fase inicial eles ainda não estavam muito seguros como compositores, preferindo se apoiar em material escrito por outros compositores. Assim temos apenas três canções escritas pela dupla Mick Jagger e Keith Richards: "Gotta Get Away", "Heart of Stone" e "I'm Free". Note que a versão do disco britânica que estamos comentando aqui foi bastante diferenciada da americana pois nos EUA a gravadora ianque incluiu o megasucesso "(I Can't Get No) Satisfaction", que não fez parte da seleção musical inglesa. Era como se o Help dos Beatles saísse com "Yesterday" em sua versão americana mas não na inglesa. Deu para sentir o drama? É óbvio que por essa razão a edição USA é bem superior à britânica mas como sou tradicionalista ainda prefiro a discografia original do grupo para ouvir (e na minha opinião a discografia original é exatamente a de seu país de origem, ou seja, Made in England). Assim lhe deixamos a dica. Esqueça esses Stones que estão aí celebrando 50 anos de carreira ou mais. Isso tudo é puro marketing. Prefira os caras em seus primórdios, quando eram apenas cinco amigos tentando dar o melhor de si para vencer no mundo da música. Isso aconteceu antes da morte de Brian Jones e da saída de Bill Wyman. "Out of Our Heads" é perfeito nesse sentido.

Rolling Stones - Out of Our Heads (1965)
She Said Yeah
Mercy, Mercy
Hitch Hike
That's How Strong My Love Is
Good Times
Gotta Get Away
Talkin' 'Bout You
Cry to Me
Oh Baby (We Got a Good Thing Goin'
Heart of Stone
The Under Assistant West Coast Promotion Man
I'm Free

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Rolling Stones - Aftermath

Considerado o primeiro álbum dos Stones a realmente romper com a musicalidade dos primeiros discos do grupo, considerados ainda muito influenciados pelo estilo "Yeah, Yeah, Yeah" dos Beatles. Depois de tantas comparações como essa os Stones perderam a paciência e resolveram provar que não era apenas um conjunto genérico do quarteto de Liverpool. Assim Brian Jones resolveu enriquecer cada faixa do disco, acrescentando inúmeros instrumentos que não faziam parte do cotidiano de uma banda de rock da época. O grupo também decidiu dar um tempo nos covers do rock blues americano, optando por gravar um material 100% próprio com apenas canções compostas pela dupla Jagger / Richards. Nesse ponto queriam provar que poderiam ser tão criativos como a dupla Lennon e McCartney. Como se pode perceber os Beatles, por sua fama e sucesso, tinham se tornando uma sombra sempre presente. O grupo também passava por problemas internos. Brian Jones ainda se considerava o líder da banda, mas a cada dia ia ficando mais ofuscado pela parceria entre o vocalista Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards. Foram eles inclusive que resolveram escalar o produtor Andrew Loog Oldham para trabalhar no álbum. Embora ainda fosse uma das mentes pensantes da banda, a verdade pura e simples era que Jones se afundava cada vez mais no abuso de drogas, algo que o levaria a uma morte precoce na piscina de sua casa alguns meses mais tarde.

"Aftermath" nasceu inicialmente como projeto para o cinema pois os Stones estavam interessados em compor trilhas sonoras para Hollywood mas conforme as semanas foram passando Mick Jagger mudou radicalmente de opinião e resolveu levar todo o grupo para os Estados Unidos com a intenção de gravar um álbum convencional. Os estúdios escolhidos pelos Stones foram os da RCA na costa oeste, onde havia a tecnologia necessária para dar a qualidade que eles desejavam para as canções - novamente absorvendo críticas de que seus três primeiros discos não tinham sido muito bem gravados. Além do núcleo central composto por Jagger, Richards e Jones, ainda tocaram com muito empenho no disco os músicos Charlie Watts e Bill Wyman (também eles próprios membros efetivos dos Stones), além dos convidados Jack Nitzsche e Ian Stewart (praticamente um gênio subestimado). O resultado desse esforço coletivo é muito bom pois "Aftermath" deixa bem claro a intenção dos Stones em melhorar seu som em todos os níveis, tanto do ponto de vista técnico como de poesia. Curiosamente a sonoridade providenciada por Brian Jones, que tanto elogios ganhou em seu lançamento, talvez seja o principal responsável pelo álbum ser considerado um pouco datado nos dias de hoje. Para muitos os experimentos de Jones deixaram o LP com baixo teor roqueiro, sendo por essa razão "Aftermath" uma mera relíquia curiosa dos anos 60 hoje em dia. Cabe a cada um tocar o disco para tirar suas próprias conclusões.

Rolling Stones - Aftermath (1966)
Mother's Little Helper
Stupid Girl
Lady Jane
Under My Thumb
Doncha Bother Me
Goin' Home
Flight 505
High and Dry
Out of Time
It's Not Easy
I Am Waiting
Take It or Leave It
Think / What to Do.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de julho de 2011

Rolling Stones - 12 X 5

Assim como aconteceu com os Beatles os primeiros discos dos Stones nos Estados Unidos eram bem diferentes da discografia inglesa. Os americanos, mais experientes em marketing, montavam seus próprios discos, geralmente misturando faixas de álbuns diversos dos originais ingleses. "The Rolling Stones - 12 X 5" vai justamente por esse caminho. Foi o segundo disco de estúdio do grupo e foi lançado nos EUA por dois motivos básicos: o primeiro, não se pode negar, foi o imenso interesse que os americanos tinham na época pelo rock inglês após a passagem avassaladora dos Beatles pelo país em sua histórica turnê.

A segunda era o interesse despertado pelos Stones por causa de seu primeiro bom disco lançado na América, esse que animou a gravadora a continuar apostando nos cinco britânicos. O nome do álbum é uma alusão justamente a eles, 12 canções executadas pelo quinteto - 12x5. Seguia o mesmo padrão de um compacto duplo que havia sido lançado recentemente com apenas cinco músicas - intitulado, vejam só, como 5x5.

Por essa época os Stones fizeram sua primeira turnê americana, bem mais modesta e desorganizada do que a dos Beatles. Alguns shows mal agendados, palcos indignos e desinteresse da imprensa foram aspectos negativos que prejudicaram os concertos. Como eram fãs de Blues e Rythm and blues aproveitaram para conhecer alguns de seus ídolos musicais como Muddy Waters, gravando no histórico estúdio da Chess Records em Chicago. Como já afirmei antes sobre as primeiras gravações dos Rolling Stones nem sempre os primeiros registros da banda foram bem realizados do ponto de vista técnico no começo de sua carreira. Os engenheiros de som americanos perceberam isso e fizeram as faixas passarem por um tratamento de remasterização, algo que foi muito positivo pois qualquer disco americano do grupo é muito superior ao que ouvimos nos discos prensados na Inglaterra no mesmo período.

"The Rolling Stones - 12 X 5" prova bem isso. Os instrumentos são bem nítidos, a equalização entre voz e acompanhamento é extremamente superior a qualquer outra coisa que ouvimos nos vinis ingleses. Esse é enfim o grande mérito desses álbuns Made in USA. Se tiver que escolher entre ouvir um vinil inglês ou americano dos Stones pela Decca ou London Records não perca muito tempo, prefira sempre os bolachões do Tio Sam, com certeza.

The Rolling Stones - 12 X 5 (1964)
Lado A
1. Around and Around
2. Confessin' the Blues
3. Empty Heart
4. Time Is on My Side
5. Good Times, Bad Times
6. It's All Over Now
Lado B
1. 2120 South Michigan Avenue
2. Under the Boardwalk
3. Congratulations
4. Grown Up Wrong
5. If You Need Me
6. Susie Q

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Rolling Stones - Satisfaction

Eis a canção mais popular da carreira dos Stones. Chegou ao mercado pela primeira vez em 1965 e acertou em cheio no gosto dos jovens da época. A letra, temos que convir, não é a força motriz da música, mas sim sua linha melódica. São apenas três notas, compostas por Keith Richards, mas o que parece tão singelo é até hoje considerado um dos mais pegajosos riffs de guitarra da história do rock. Vai direto ao ponto e uma vez ouvida jamais será esquecida - afinal de contas esse é o grande segredo do sucesso. Embora seja creditada a Mick Jagger e Keith Richards a verdade é que a dupla mantinha um pacto ao estilo Lennon e McCartney, ou seja, mesmo que a canção fosse composta por apenas um deles, ambos levariam o crédito. Richards em algumas entrevistas enfureceu Jagger ao dizer que ele não tinha contribuído em nada na criação de "(I Can not Get No) Satisfaction". Para Keith essa é uma filha de um pai apenas, claro que ele mesmo!

Hoje, passado tantos anos, não há como saber quem tem ou não razão. A letra, que repito, não é grande coisa, tenta falar sobre frustração sexual e materialismo. Curiosamente existem rumores que os Stones estavam prontos a arquivar a canção. Sua salvação veio justamente pelo fato de ter entrado dentro do projeto do disco "Out of Our Heads", um dos mais interessantes trabalhos do grupo em sua primeira fase, ainda na onda do "Yeah, Yeah, Yeah" dos Beatles. Uma vez gravada - de forma impecável em minha opinião - o single chegou nas rádios, porém as grandes corporações inglesas de comunicação acharam a letra muito vulgar e obviamente ofensiva. Coube então as pequenas rádios (e as piratas) divulgarem o novo single.

Quando o sucesso pegou e não houve mais como ignorar, nem a poderosa BBC conseguiu jogá-la para debaixo do tapete. Falar hoje em dia da importância da música dentro da história do rock inglês é chover no molhado. Afinal ela foi eleita a segunda maior canção de rock já escrita dentro da lista da Rolling Stone (a revista) em sua edição comemorativa das "500 Maiores Músicas de Todos os Tempos". Listas são sempre idiotas, mas no caso dessa aqui serve ao menos para mostrar a importância desse rock dentro do mais popular estilo musical da história.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Brian Jones

Foi um dos fundadores do grupo Rolling Stones. Na verdade para muitos a idéia que deu forma ao conjunto partiu exclusivamente dele. Brian Jones era um dândi, um sujeito bem sofisticado, com ótima formação cultural que resolveu embarcar na onda do Rock ´n´ Roll para se divertir e quem sabe ganhar alguns trocados. Ele se uniu então a alguns jovens “Teddy Boys” que encontrou como Mick Jagger e Keith Richards e sem ter noção do que estava criando acabou fundando um dos maiores grupos de rock da história.

Era um grande instrumentista mas como colega de grupo era um sujeito complicado. Esnobe, só aceitava ficar nos melhores hotéis (enquanto os demais Stones se viravam em quartos fajutos). Achava que era o líder intocável dos Stones mas sua presunção acabou minando sua liderança. Aos poucos os garotos de rua, Jagger e Richards, assumiram esse posto. Jones porém não viveu para ver sua queda arquitetada.

Ele morreu antes, em circunstâncias misteriosas na piscina de sua casa. Era um jovem ainda e até hoje não se sabe com exatidão o que aconteceu (para alguns estava tão drogado que simplesmente se afogou de forma acidental). Hoje, passados tantos anos isso não importa mais. Brian Jones sempre será lembrado como o idealista criador dos Rolling Stones. Um dândi afetado que agora faz parte da constelações dos grandes nomes do rock na história.

Brian Jones (1942 – 1969)

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rolling Stones - Gimme Shelter

Documentário musical que deveria celebrar mais uma turnê americana dos Rolling Stones, mas que acabou terminando em tragédia. Acontece que durante um dos concertos do grupo o vocalista Mick Jagger teve a péssima ideia de dispensar o uso de seguranças profissionais, contratando ao invés disso membros dos Hells Angels para fazer esse serviço. Talvez querendo dar uma de deslocado ou de hippie paz e amor, Jagger cometeu o maior erro de sua carreira. Não demorou nada para que os motoqueiros começassem a sair na porrada com o público. Pior do que isso, um rapaz foi morto durante a confusão. 

Isso obviamente mancharia para sempre os Stones, até porque a imprensa não deixou barato, culpando os membros do grupo pela morte do jovem. E de certa maneira eles eram mesmo culpados. Esse documentário ficou bastante tempo arquivado, justamente pela imagem do assassinato, mas depois acabou sendo lançado. Um registro triste da história do rock. Fica pelo menos como lição. Afinal organizar concertos de rock exige um profissionalismo completo. Não adianta ter ideias estúpidas achando que elas são revolucionárias ou inovadoras. Não são, são apenas estúpidas mesmo. 

Rolling Stones - Gimme Shelter (Gimme Shelter, Estados Unidos, 1970) Direção: Albert Maysles, David Maysles / Roteiro: Albert Maysles, David Maysles / Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Mick Taylor, demais membros dos Stones e a gangue de motoqueiros Hells Angels / Sinopse: Documentário sobre a maior tragédia da banda Rolling Stones, quando Mick Jagger resolveu contratar como seguranças os membros da gangue de motoqueiros Hells Angels. No meio da confusão que cerca o concerto um jovem rapaz acabou sendo morto pelos membros do motoclube.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Rolling Stones - Sticky Fingers

10 curiosidades sobre "Sticky Fingers" dos Rolling Stones:

1. Esse foi o primeiro álbum dos Stones em seu novo selo, Rolling Stones Records. Para presidir a empresa os Stones contrataram Marshall Chess, filho de Leonard Chess, o fundador do selo Chess Records.

2. A capa do disco foi criada originalmente pelo gênio da pop art Andy Warhol.

3. Alan Klein, o empresário corrupto dos Beatles, conseguiu ter o controle dos direitos autorais de duas canções dos Stones, "Brown Sugar" e "Wild Horses".

4. Sticky Fingers foi gravada em três lugares diferentes (Alabama, Londres e  Hampshire) em um período de tempo de dois anos!

5. O álbum foi severamente criticado em seu lançamento. O crítico Jon Landau por exemplo profetizou o fim da banda ao qualificar o disco como um "exercício de autodestruição, tamanha a sua má qualidade".

6. Esse foi o primeiro disco com Mick Taylor como um membro oficial dos Rolling Stones. Seus melhores momentos podem ser ouvidos nas faixas "Can not You Hear Me Knocking", "Sway" e "Moonlight Mile".

7. Na edição espanhola do disco a capa foi censurada sendo ainda colocada uma versão ao vivo de Chuck Berry da faixa  "Let It Rock".

8. "Can not You Hear Me Knocking" foi gravada praticamente como uma jam session, sem ensaio algum.

9. "Sister Morphine" e "Wild Horses" ganharam versões gravadas por Marianne Faithfull e Flying Brothers.

10. A famosa língua dos Rolling Stones fez a sua estreia em Sticky Fingers. O estilista britânico John Pasche criou o logotipo que se tornaria marca registrada do grupo até os dias de hoje.

Erick Steve.

Rolling Stones - Rolling Stones (1964)

Muitos anos antes dos mega concertos e das mega turnês os Rolling Stones eram uma bandinha tentando conquistar seu lugar ao sol. Seu primeiro disco, intitulado apenas The Rolling Stones, demonstra bem como um grupo que se espalhava nos Beatles ainda demoraria para encontrar seu caminho musical. O disco deixa surpreendido qualquer ouvinte iniciante que só conheça a banda atual. As músicas são interessantes, porém simples, os arranjos beiram o amadorismo e as composições próprias praticamente não existem pois eles sequer se consideravam compositores na época. Assim somos surpreendidos por diversos covers que vão desde Rufus Thomas (Walking The Dog), Jimmy Red (Honest I Do) até Chuck Berry (numa versão nada memorável de Carol). A gravação deixa muito a desejar, o que nos leva a pensar que a gravadora Decca (a mesma que esnobou os Beatles no começo da carreira) não colocava muita fé nesses ingleses branquelos cantando músicas de blueseiros negros americanos.

A única composição da dupla Mick Jagger - Keith Richard é Tell Me, que passa anos luz da qualidade das músicas de Lennon - McCartney que na época estavam no auge da criatividade musical. Talvez por isso o grupo tenha até mesmo assinado inicialmente a canção por um pseudônimo. O disco, apesar de todos esses pontos contra, alcançou grande sucesso de vendas, chegando ao primeiro lugar britânico, o que fez até mesmo o LP ser lançado nos Estados Unidos, fato raro para uma banda estreante. Porém da mesma forma que acontecia com os primeiros discos dos Beatles os americanos acharam a seleção da edição britânica fraca e colocaram para abrir o LP Ianque outro cover de Buddy Holly, Not a Fade Away. Resumindo o disco em si deve ser descoberto pelos admiradores do rock britânico. Não é um excelente trabalho, de forma alguma, mas mostra como poucas obras como se começa uma longa caminhada com um simples passo. Esse foi o primeiro dos Rolling Stones.

The Rolling Stones (1964)

Lado A
1. Route 66
2. I Just Want to Make Love to You
3. Honest I Do
4. Mona (I Need You Baby)
5. Now I've Got a Witness (Like Uncle Phil and Uncle Gene)
6. Little by Little

Lado B
1. I'm a King Bee
2. Carol
3. Tell Me (You're Coming Back)
4. Can I Get a Witness
5. You Can Make It If You Try
6. Walking the Dog

Pablo Aluísio