sábado, 30 de novembro de 2024
Batman
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Pacto de Redenção
sábado, 12 de outubro de 2024
Os Fantasmas Ainda se Divertem
terça-feira, 9 de janeiro de 2024
Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias
segunda-feira, 24 de julho de 2023
The Flash
segunda-feira, 10 de maio de 2021
Ao Vivo de Bagdá
Esse filme aqui, produzido pelo canal HBO, conta a história sob o ponto de vista dos jornalistas. Com elenco muito bom, com destaque para o trabalho de atuação do ator Michael Keaton, esse filme tenta capturar uma narrativa próxima do documentário, embora não seja obviamente um documentário, mas um filme com atores profissionais, direção, etc. O resultado ficou muito bom. O espectador realmente se sente no meio da ação, daqueles dias conturbados. Indicado ao Globo de Ouro em três categorias, inclusive melhor ator (Michael Keaton) e melhor atriz (Helena Bonham Carter), esse filme é indispensável para quem se interessa pelo tema.
Ao Vivo de Bagdá (Live from Baghdad, Estados Unidos, 2002) Direção: Mick Jackson / Roteiro: Robert Wiener / Elenco: Michael Keaton, Helena Bonham Carter, Joshua Leonard / Sinopse: Baseado em fatos reais, o filme recria a cobertura jornalística feita pelo canal CNN durante a Guerra do Golfo, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Telefilme.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de março de 2021
Os 7 de Chicago
Título Original: The Trial of the Chicago 7
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Dreamworks Pictures, Amblin Partners
Direção: Aaron Sorkin
Roteiro: Aaron Sorkin
Elenco: Frank Langella, Michael Keaton, Eddie Redmayne, Joseph Gordon-Levitt, Sacha Baron Cohen, Jeremy Strong
Sinopse:
No final da década de 1960, um grupo de manifestantes contra a guerra do Vietnã entrou em violento confronto contra policiais nas ruas de Chicago. Embora fosse um movimento difuso, sem liderança central, vários supostos líderes foram presos. O filme mostra o julgamento dessas pessoas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor ator coadjuvante (Sacha Baron Cohen), melhor roteiro original, melhor edição, melhor direção de fotografia (Phedon Papamichael) e melhor música original ("Hear My Voice").
Comentários:
Outro filme que está concorrendo ao Oscar de melhor filme do ano. Tem certas semelhanças com "Judas e o Messias Negro", principalmente em relação ao tema e ao contexto histórico em que se passa sua história. O que os diferencia porém é que esse é um filme de tribunal, onde praticamente noventa por cento da história se passa em um longo e cansativo julgamento pelo qual passou os acusados. O grupo dos réus era formado por pessoas bem diferentes, desde um homem mais velho, já passado dos 50 anos de idade, até jovens hippies ao estilo "Maluco beleza" e um idealista universitário mais intelectualizado. O que os unia em comum era o fato de todos eles participarem de manifestações contra a guerra do Vietnã durante os anos 60. O roteiro denuncia o julgamento viciado ao qual foram submetidos. O juiz do caso (em mais uma excelente interpretação de Frank Langella) estava ali para condenar um a um deles, sem imparcialidade nenhuma. O ator Michael Keaton interpreta um ex-procurador geral da República que tenta ajudá-los, por saber que se tratava de uma cilada, um jogo sujo. Filme muito bom, com tema importante.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
Jackie Brown
Título Original: Jackie Brown
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Elenco: Pam Grier, Samuel L. Jackson, Robert De Niro, Bridget Fonda, Michael Keaton, Chris Tucker, Robert Forster
Sinopse:
Jackie Brown (Pam Grier) é uma mulher que precisa sobreviver a um jogo perigoso que acabou entrando, meio ao acaso. Ela poderá perder a vida na próxima jogada ou então lucrar como jamais imaginaria. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Forster). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Pam Grier) e Melhor Ator (Samuel L. Jackson).
Comentários:
Eu gosto muito do cinema de Quentin Tarantino. Agora, curiosamente, esse é um de seus filmes menos interessantes, pelo menos em meu ponto de vista. A tentativa do diretor foi de homenagear o movimento Blaxploitation, o auge do cinema negro americano durante os anos 70. Para isso Tarantino trouxe de volta uma das estrelas da época, a atriz Pam Grier. Tendo sido funcionário de uma locadora de vídeo durante os anos 80, Tarantino assistiu muitos clássicos dessa época. Só que todos esses elementos relevantes não resultaram em um filme memorável. Aliás esse parece ser sempre o seu filme menos citado, o seu filme menos querido pelos fãs. O que deu errado? Penso que o roteiro não era excepcional, como o de outros filmes com sua assinatura. No meio de um certo desapontamento quem acaba se sobressaindo mesmo, ainda que no meio de tantos grandes atores, foi a jovem Bridget Fonda. Tarantino, que sempre teve uma obsessão por pés femininos, aqui não conseguiu se conter e criou um nada discreto fetiche pela atriz. Deu no que deu. O filme parece mais centrado nela do que nos demais atores. De qualquer forma, mesmo com eventuais defeitos, ainda é um filme de Quentin Tarantino, o que basta para torná-lo obrigatório na coleção de qualquer cinéfilo.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de junho de 2019
Dumbo
Além disso Tim Burton acertou também na escolha do elenco. Velhos parceiros do diretor retornam como Michael Keaton, aqui como um empresário inescrupuloso do mundo do entretenimento. Porém há também caras novas como a ótima Eva Green. Ela sempre teve um estilo gótico que combina muito bem com o próprio estilo de Tim Burton. É de se admirar que tenham trabalhado poucas vezes juntos antes! Aqui temos mesmo um elenco perfeitamente adequado ao clima do filme. Até mesmo Colin Farrell surpreende como o sujeito que se apresentava como cowboy no picadeiro e que acaba perdendo seu braço na guerra, voltando para retomar sua vida, agora viúvo e com dois filhos pequenos para criar.
E por falar em picadeiro, circos, etc, esse é um mundo em que Tim Burton se sentiu completamente à vontade. Todos os seus filmes sempre tiveram essa direção de arte muito própria. O mundo de um circo do começo do século XX com aquele misto de decadência e arte combinaram perfeitamente com o modo de ser de Burton. Até mesmo o circo mais moderno para o qual Dumbo vai mantém aquele estilo vintage que traz muito para o filme como um todo. De todas essas novas versões da Disney para seus velhos clássicos esse "Dumbo" foi um dos que mais me agradaram. O roteiro também explora, com muita sensibilidade, a questão da exploração dos animais nos circos. Uma bela mensagem sobre o direito dos animais de viverem livres em seu habitat natural. Enfim temos aqui um excelente filme, simplesmente imperdível para quem aprecia os filmes da Disney.
Dumbo (Estados Unidos, 2019) Direção: Tim Burton / Roteiro: Ehren Kruger, baseado no romance de Helen Aberson / Elenco: Colin Farrell, Michael Keaton, Eva Green, Danny DeVito, Alan Arkin / Sinopse: Em um pequeno circo decadente nasce Dumbo, um elefante com enormes orelhas. Inicialmente dado como esquisito ele surpreende a todos quando mostra que pode voar! O que poderia ser mais atrativo para um circo do que isso? Claro que com o sucesso logo pessoas inescrupulosas chegam para tentar explorar esse novo astro circense.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
O Assassino: O Primeiro Alvo
Assim ele é recrutado pela agência de inteligência americana. Já que quer matar terroristas, vai matar como agente da CIA. Seu mentor passa a ser Stan Hurley (Michael Keaton), veterano da CIA, um sujeito durão acostumado a matar com eficiência. A função de Stan é transformar Mitch em um assassino profissional sob comando da agência. A primeira missão que surge para eles é resgatar uma "arma suja", um artefato nuclear contrabandeado no mercado negro. Obviamente os terroristas querem comprar a arma para detonar em Roma, claro, a capital ocidental do cristianismo. Para surpresa de Hurley há um antigo agente da CIA, que também foi treinado por ele, envolvido na negociação. Chamado agora de "Fantasma" (Taylor Kitsch) ele virou um mercenário e está prestes a passar a bomba atômica para os islâmicos. Bom, como eu disse o filme se torna cansativo pelo excesso de clichês! Tem boas cenas de ação? Sim, tem, inclusive a final quando a sexta frota da Marinha Americana entra na jogada. Muito bem feita a sequência, mas que não salva o filme do lugar comum.
O Assassino: O Primeiro Alvo (American Assassin, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Cuesta / Roteiro: Stephen Schiff, Michael Finch / Elenco: Michael Keaton, Taylor Kitsch, Dylan O'Brien, Sanaa Lathan / Sinopse: Jovem americano, traumatizado após sua namorada ser morta em um ataque terrorista, é recrutado pela CIA para caçar os terroristas islâmicos pelo mundo, seja em Istambul, seja em Roma, sua missão agora é recuperar uma bomba atômica que está sendo vendida aos fundamentalistas.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Porém a despeito disso há também excelentes cenas. Dizem que para um filme ser considerado realmente muito bom deve haver pelo menos 3 boas cenas. Aqui temos todas elas. A primeira quando o Homem-Aranha tenta salvar os estudantes no monumento de Washington, a segunda no barco que vai se partindo ao meio e a terceira, no clímax, quando finalmente o cabeça de teia enfrenta o abutre com suas asas mecânicas. Para encaixar ainda mais clichês de filmes adolescentes os roteiristas colocaram o vilão como o pai da garota que Peter Parker é apaixonado - uma sacada óbvia, mas que funciona muito bem! Entre tantas boas cenas e muita ação, recheadas com o melhor que os efeitos digitais conseguem reproduzir na tela do cinema, temos assim um dos blockbusters mais divertidos do ano. Em nenhum momento ofende a inteligência do espectador e nem a sensibilidade (sempre à flor da pele) dos leitores dos quadrinhos. A Marvel aliás vive um momento estranho em sua história, acertando quase sempre no cinema e errando absurdamente nas suas publicações em quadrinhos! Enquanto na sétima arte eles só tem acertos, na nona arte estão derrapando feio! Quem diria...
Homem-Aranha: De Volta ao Lar (Spider-Man: Homecoming, Estados Unidos, 2017) Direção: Jon Watts / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, baseados nos personagens criados por Stan Lee, Steve Ditko e Jack Kirby / Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Robert Downey Jr, Marisa Tomei, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Chris Evans / Sinopse: O jovem Peter Parker (Holland) precisa enfrentar os problems típicos de sua idade, ao mesmo tempo em que investiga a venda de armas ilegais no mercado negro. Os armamentos baseados em tecnologia extraterrestre foram criados por Adrian Toomes (Michael Keaton), um inescrupuloso empreiteiro da construção civil.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
Fome de Poder
Apesar desse começo promissor os dois irmãos não vão muito longe. A lanchonete, embora muito eficiente, não consegue passar de ser uma pequena pequena empresa familiar onde eles tiram seu sustento. Tudo muda porém com a chegada de Ray Kroc (Michael Keaton). Ele é um vendedor de porta em porta que está tendo dificuldades de vender sua máquina de fazer milk shake. Ray fica impressionado com o método de venda dos irmãos McDonald's e decide se unir a eles, criando uma rede de franquias que se tornaria mundial e elevaria a marca comercial McDonald's ao patamar de ser uma das maiores do mundo dos negócios.
O enredo desse filme, baseado em fatos reais, é extremamente interessante. É uma história que desconhecia. Não sabia, por exemplo, que a rede mundial de fast food McDonald's tinha tido um começo tão modesto. O roteiro então explora essa metamorfose de uma pequena lanchonete de dois irmãos caipiras a uma potência do ramo de alimentação. A figura central nessa jornada de sucesso absoluto no ramo comercial se deveu e muito a um sujeito meio inescrupuloso, ganancioso e muito esperto. O Ray Kroc interpretado por Michael Keaton é um achado, um dos personagens mais interessantes já explorados pelo cinema nesses últimos anos.
É óbvio que em muitos momentos percebemos um certo malabarismo do filme em tentar esconder as canalhices de Kroc, como por exemplo, quando ele começa a passar a perna nos irmãos McDonald's, mas isso se torna secundário diante das próprias qualidades do filme. A história começa a ser contada em 1954, quando Kroc teve um estalo de que poderia ganhar muito dinheiro com aquele sistema de vendas de comida fast food. Aliás essa expressão seria criada por ele. Um tipo de alimentação rápida, barata e gostosa. Claro que também nada saudável, o que criaria nos Estados Unidos (e no mundo) uma geração de pessoas obesas e doentes. Isso porém nem é discutido no roteiro. Para Kroc o que importava era mesmo os negócios e sob esse ponto de vista ele foi certamente um vencedor. Afinal de contas no mundo do capitalismo selvagem americano o que conta realmente são os lucros milionários, acima de tudo!
Fome de Poder (The Founder, Estados Unidos, 2016) Direção: John Lee Hancock / Roteiro: Robert D. Siegel / Elenco: Michael Keaton, Laura Dern, Patrick Wilson, Nick Offerman, John Carroll Lynch / Sinopse: Ray Kroc (Michael Keaton) é um vendedor de máquinas de milk shake que acaba conhecendo a lanchonete McDonald's, um pequeno estabelecimento comercial que vende lanches. De propriedade de dois irmãos do interior, Kroc então tem a excelente ideia de vender franquias daquele comércio, criando assim uma das maiores redes de alimentação de todo o mundo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Vozes do Além
Título Original: White Noise
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Geoffrey Sax
Roteiro: Niall Johnson
Elenco: Michael Keaton, Deborah Kara Unger, Ian McNeice
Sinopse:
John Rivers (Michael Keaton) é um sujeito que acredita estar entrando em contato com uma mulher morta através de um canal sem sintonia da TV. Conhecido como FVE (Fenômeno de Voz Eletrônica) a suposta técnica permitiria uma ponte de comunicação entre mortos e vivos. Quando Rivers decide usar esse sistema para tentar entrar em contato com sua mulher falecida as coisas rapidamente fogem do controle.
Comentários:
A ideia até que era boa. Essa questão de tentar unir sobrenatural com ciência não é de hoje, mas o filme tenta desvendar essa, digamos, "técnica" de se tentar entrar em contato com o outro lado, o além, usando rádios e TVs. O resultado logo se percebe é bem morno, talvez por causa da pequena densidade dramática do enredo. De repente o espectador se cansa de tanto papo furado e deixa de se importar com o destino do personagem de Michael Keaton, naquela altura do campeonato bem inexpressivo, se limitando a fazer caretas de assombrado. Essa produção de fato não recomendo e olha que tive a oportunidade de assistir no cinema com tudo o que um cinéfilo tem direito - som, imagem e efeitos especiais em alta definição - mas mesmo assim não funcionou. Agora imagine na telinha de casa, provavelmente o efeito será bem mais pífio do que se esperava. Por fim não vá confundir com o filme "From Beyond the Grave" de 1974 que no Brasil também se chamou "Vozes do Além", pois são duas produções com enredos, estórias e propostas bem diferentes.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de março de 2016
Spotlight: Segredos Revelados
Talvez o problema central de "Spotlight" seja justamente esse. Sem dúvida se trata de um bom filme, bem escrito e tudo mais, porém afirmar que esse é o melhor filme do ano já é um exagero absurdo! Se formos pensar nos últimos vinte anos do Oscar, acredito que esse seja um dos mais fracos vencedores da categoria de melhor filme. Não vai levantar ninguém da cadeira do cinema e nem tampouco se tornará marcante com o passar dos anos. Certamente a força da história é o seu grande trunfo, mas tirando isso de lado sobra pouca coisa. De certa maneira é um filme burocrático demais para ser tão premiado. O diretor Tom McCarthy não mostra a que veio. Não há inovações em termos de narrativa e nada de muito especial em relação ao seu elenco. Liev Schreiber está esquisito, pouco natural. Ele interpreta um editor judeu que não quer apenas denunciar os casos de abusos, mas sim destruir o próprio sistema religioso da Igreja. Com voz forçada e falta de expressões faciais, sua atuação é quase caricatural. Outro que está muito esquisito é Mark Ruffalo. Ele conseguiu arrancar uma indicação de melhor ator coadjuvante (não sei como!), mas é outro que foi superestimado. Cheio de maneirismos, caretas e um estranho comportamento corporal, acaba chamando a atenção pelos motivos errados. No fim das contas quem se sai bem mesmo é Michael Keaton, mostrando mais uma vez que nem sempre o exagero é um bom caminho a se seguir. Ele está contido e acaba ofuscando todos os demais. Econômico e eficiente em sua atuação. O roteiro captura um momento em que a imprensa de papel (os chamados jornais impressos) começavam a entrar na grave crise que até hoje se encontram, levando vários desses jornais tradicionais à beira da falência. Isso porém é também pouco explorado. Assim "Spotlight" definitivamente não deveria ter levado o Oscar de Melhor Filme. Foi um exagero por parte da Academia. Penso que em pouco tempo ele será esquecido. É muito mediano para se destacar mais do que já conseguiu. Não terá posteridade histórica em termos cinematográficos.
Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight, Estados Unidos, 2015) Direção: Tom McCarthy / Roteiro: Josh Singer, Tom McCarthy / Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Stanley Tucci, Liev Schreiber / Sinopse: Um novo editor judeu de um tradicional jornal de Boston resolve colocar um grupo de jornalistas investigativos em cima de suspeitas de casos de pedofilia envolvendo padres da cidade. Roteiro baseado em fatos reais. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Também indicado nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo), Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel McAdams), Melhor Edição e Direção (Tom McCarthy).
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de novembro de 2015
RoboCop
Padilha porém não se aprofundou muito nesse aspecto. De certa maneira ele se rendeu ao sistema mais formulaico que os grandes estúdios impõe em filmes como esse. Não houve o menor espaço para Padilha ser minimamente autoral. Ele parece o tempo todo mais preocupado em ser aceito dentro da indústria americana de cinema do que desenvolver algo que venha a ser marcante. O discurso político foi devidamente varrido para debaixo do tapete, ou melhor dizendo, amenizado ao máximo. O que sobrou foi um filme de ação e violência até competente, mas que poderia ser muito mais do que realmente é. Afinal de contas qual seria a necessidade de refilmar algo que já foi tão bom sem acrescentar nada em troca? Deixando tudo isso de lado vale a pena ao menos elogiar a competência técnica que o filme apresenta e a boa atuação de Joel Kinnaman no papel principal. Um ator já bem conhecido dos fãs da série "The Killing" ele certamente surpreendeu positivamente no papel do policial Alex Murphy.
RoboCop (Estados Unidos, 2014) Direção: José Padilha / Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier / Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton / Sinopse: Remake do clássico RoboCop de 1987. A história segue basicamente a mesma. Policial é ferido e acaba se tornando o protótipo de um novo programa que busca criar um novo tipo de homem da lei, unindo a racionalidade e a precisão de uma máquina com a consciência de um ser humano. Nasce assim RoboCop, meio homem, meio máquina, um tira total.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Minions
Título Original: Minions
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Illumination Entertainment
Direção: Kyle Balda, Pierre Coffin
Roteiro: Brian Lynch
Elenco: Sandra Bullock, Jon Hamm, Michael Keaton, Geoffrey Rush
Sinopse:
Os Minions estão na Terra desde o começo da história do planeta. Assim eles surgem na era dos grandes dinossauros, no surgimento do grande Egito Antigo e até mesmo nas guerras Napoleônicas. Agora, tristes e isolados numa região ártica, três minions, Bob, Kevin e Stuart resolvem ir embora atrás de um novo vilão para seguirem. Na viagem acabam parando na Nova Iorque dos anos 60 e lá descobrem que está para ser realizada uma grande convenção de vilões do mundo inteiro em Orlando. Sem pensarem muito, embarcam em uma nova aventura e ficam fascinados pela vilã inglesa Scarlet Overkill. Ela parece ser justamente tudo aquilo que procuravam!
Comentários:
Essa animação existe por motivos puramente comerciais. Depois do sucesso dos dois filmes da franquia "Meu Malvado Favorito" os produtores descobriram que os Minions eram um sucesso e tanto no mundo de brinquedos e produtos em geral para o público infantil. Estampando todos os tipos de bugigangas e mercadorias eles se tornaram mais rentáveis do que os próprios filmes onde eram meros coadjuvantes. Diante do sucesso era de se esperar que eles ganhassem seu próprio filme solo mais cedo ou mais tarde. Na minha opinião não foi uma boa ideia já que as simpáticas e carismáticas criaturinhas não conseguem levar um filme inteiro sozinhos. Eles funcionam muito bem em pequenas sequências divertidas, mas quando ficam o tempo todo em evidência logo surge o cansaço por parte do espectador. O roteiro assim se resume a uma sucessão de gags, algumas divertidas e outras nem tanto. Como os minions não vivem sem seguir algum vilão os roteiristas tiveram que inventar uma, versão feminina e inglesa, chamada Scarlet Overkill (que na versão original ganhou a voz da atriz Sandra Bullock). Usando a própria Inglaterra como cenário a traminha é frouxa e sem muitos atrativos, principalmente para o público alvo da fita que é justamente das crianças com menos de dez anos de idade. Há referências do mundo pop que até soam divertidas como a que envolve os Beatles e a capa do álbum Abbey Road, porém os pequeninos certamente não entenderão esse tipo de piada. A trilha sonora traz vários clássicos do rock dos anos 60 (a estorinha se passa nessa época) e assim somos surpreendidos com o som de grupos como The Doors, por exemplo. Infelizmente nada disso melhora o resultado final, que é bem pálido e descartável mesmo. Apenas o interesse em faturar muito no mercado infantil justifica realmente a existência desse filme, todo o resto é sem maior interesse.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Minha Vida
O filme não é grande coisa, mas também não chega a ser ruim completamente. Para ajudar na duração temos a linda Nicole Kidman interpretando Gail, a esposa de Bob (Keaton). Ela talvez seja o único motivo para rever o filme nos dias de hoje. Ainda jovem e muito bonita (se bem que ela nunca deixou de ser uma linda mulher), a atriz empresta graça e carisma a um roteiro meio capenga que perde o pique depois da segunda metade de duração. No final das contas o filme não fez muito sucesso (na realidade seu resultado comercial foi bem fraco) o que fez com que a carreira de Keaton fosse cada vez mais para o buraco. Foram tempos difíceis para o ex-Batman.
Minha Vida (My Life, Estados Unidos, 1993) Direção: Bruce Joel Rubin / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Michael Keaton, Nicole Kidman, Bradley Whitford / Sinopse: Um homem que descobre que vai morrer em breve decide gravar uma série de vídeos para serem assistidos pelos seus filhos, em um futuro próximo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
O Jornal
O roteirista David Koepp começou a escrever o texto pensando em uma peça de teatro, mas depois quando foi convidado pelo diretor Ron Howard para trabalhar ao seu lado, descobriu que sua estória poderia também render um bom filme - e rendeu de fato! A bilheteria foi modesta (o filme nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros), mas para surpresa de muita gente a produção conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original com a simpática "Make Up Your Mind" de Randy Newman. Assim deixo a dica para os cinéfilos em geral. "O Jornal", uma prova que Keaton sempre foi um ator talentoso, com muitos recursos dramáticos.
O Jornal (The Paper, Estados Unidos, 1994) Direção: Ron Howard / Roteiro: David Koepp, Stephen Koepp / Elenco: Michael Keaton, Glenn Close, Robert Duvall, Marisa Tomei, Randy Quaid / Sinopse: A vida e o cotidiano de um jornal norte-americano, com os mais excêntricos jornalistas.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 4 de março de 2015
RoboCop
Título Original: RoboCop
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Columbia Pictures
Direção: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier
Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton
Sinopse:
Alex Murphy (Joel Kinnaman) é um policial que cumpre muito bem suas funções, tanto que acaba descobrindo um jogo sujo envolvendo tiras como ele. Antes que denuncie o esquema acaba sofrendo um atentado a bomba que deixa seu corpo destroçado. Isso acaba se tornando uma ótima oportunidade para que um projeto de unir homem e máquina em prol da lei seja revitalizado, surgindo daí RoboCop, o modelo ideal do policial do futuro.
Comentários:
Remakes via de regra são bem desnecessários, a não ser que o material original dê margem para uma nova releitura, mais atualizada e moderna. O primeiro filme com o policial do futuro soava muito interessante na década de 80. Era um filme de ficção policial que não se resumia a apresentar a mais pura ação descerebrada, pois tinha um interessante argumento por trás (a mudança da estrutura estatal da segurança pública para o mundo corporativo). "RoboCop" assim seria a materialização da transformação pelo qual a sociedade passava na época (inclusive sob o ponto de vista tecnológico). Até hoje é considerado um bom filme, muito coeso e bem realizado. Então chegamos a esse novo remake. Houve mesmo alguma necessidade em realizar essa obra? Sinceramente depois de assistir cheguei na conclusão que não! O cineasta José Padilha é sem dúvida talentoso, basta lembrar de "Tropa de Elite", mas aqui ele foi controlado completamente pela máquina industrial do cinema americano. No fundo não há nada de autoral nessa revisão. Ora, se o novo RoboCop não traz maiores novidades (o roteiro segue praticamente o mesmo, sem traços do diretor em seu conceito) para que refazer o que já tinha ficado tão bom? No papel principal de Alex Murphy temos o ator Joel Kinnaman, que interpreta o policial noiado da boa série "The Killing". Se não surpreende, pelo menos não atrapalha. Sua atuação é uma das poucas novidades dignas de nota. Assim chegamos na conclusão que o novo "RoboCop" não tinha mesmo razão para existir.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Birdman
Título no Brasil: Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Título Original: Birdman
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Alejandro González Iñárritu
Roteiro: Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone
Elenco: Michael Keaton, Edward Norton, Zach Galifianakis, Emma Stone, Naomi Watts, Amy Ryan
Sinopse:
Riggan (Michael Keaton) é um velho ator que no passado fez muito sucesso com a adaptação de um personagem em quadrinhos chamado Birdman no cinema. Agora, decadente e sem propostas, ele decide arriscar seus últimos recursos para montar uma peça dramática na Broadway em Nova Iorque. Com uma produção complicada, repleta de atores temperamentais e com problemas de relacionamento, aliado a uma crítica abertamente hostil ao seu trabalho, Riggan precisa vencer nos palcos para continuar vivo e isso não apenas do ponto de vista profissional. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Michael Keaton) e Melhor Roteiro. Indicado a onze Oscars, inclusive nas categorias de Melhor Filme, Roteiro, Fotografia, Ator (Michael Keaton), Ator Coadjuvante (Edward Norton) e Atriz Coadjuvante (Emma Stone). Filme vencedor do Oscar 2015 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção (Alejandro González Iñarritu), Melhor Roteiro Original (Alejandro G. Iñarritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Jr. e Armando Bo) e Melhor Direção de Fotografia (Emmanuel Lubezki).
Comentários:
A grande quantidade de indicações e prêmios ao redor do mundo é plenamente justificada. "Birdman" é de fato um grande filme. Inicialmente você fica meio surpreso como a forma em que tudo se desenvolve. Temos esse ator de meia idade, já decadente, jogando suas últimas fichas em uma peça teatral a ser encenada na Broadway. Sua última ambição é ser levado à sério, algo complicado já que as pessoas não conseguem dissociar sua imagem de um filme de sucesso do passado onde ele interpretou um personagem de quadrinhos chamado "Birdman". Após aqueles anos iniciais gloriosos a idade finalmente chegou, os convites de Hollywood sumiram e tudo o que sobrou foi uma velha celebridade deprimida, angustiada, com problemas emocionais e crises psicológicas. Tentar algo no teatro e logo no berço sagrado da Broadway se revela realmente algo muito ambicioso e para muitos pretensioso demais. Para piorar os bastidores da peça são completamente caóticos. Há problemas em arranjar dinheiro, os atores são pessoas emocionalmente instáveis e uma arrogante crítica da cidade acha um absurdo e um disparate um ator de cinema, vindo de adaptações de quadrinhos de Hollywood, ter a petulância de tentar vencer nos mesmos palcos que um dia viram desfilar alguns dos maiores talentos dramáticos dos Estados Unidos.
Eu apreciei cada momento desse roteiro. Ele é muito bem escrito e tenta desvendar a alma desse personagem cativante, um velho ator, que sabe que o tempo passou e ele ficou para trás. O paralelo que se cria com a própria carreira de Michael Keaton se torna muito forte, até porque ele também se notabilizou por interpretar um herói de quadrinhos no cinema, o Batman. É certamente de se louvar a coragem de Keaton em encarar esse tipo de papel de frente, de peito aberto e sem receios. Tenho certeza que no mundo dos egos inflados da indústria cinematográfica americana poucos se arriscariam a viver tal personagem. O interessante é que seu papel também me lembrou muito de outros astros que tiveram uma existência profissional marcada por um personagem forte demais que jamais o abandonaram, por mais talentosos que fossem, como Christopher Reeve, por exemplo. Edward Norton, mais uma vez, também se destaca, principalmente ao dar vida a esse atorzinho cretino que está mais interessado em sair com as mulheres que encontra pela frente do que com o sucesso efetivo da peça. Outra coisa que me deixou realmente gratificado foi acompanhar a linha narrativa, ora em uma visão objetiva do que se passa, ora de forma subjetiva, nos fazendo entrar na mente do personagem de Keaton, ouvindo o que ele ouve, vendo suas alucinações e sentindo suas emoções. Uma grande aula de cinema que também presta uma bela homenagem ao mundo do teatro. Um filme realmente completo, sob todos os pontos de vista. Obra prima.
Pablo Aluísio.