sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Garganta do Diabo
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
Ameaça Profunda
domingo, 9 de julho de 2023
A Longa Caminhada de Billy Lynn
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Os Mensageiros do Mal
sábado, 24 de setembro de 2022
Alguém Avisa?
domingo, 28 de agosto de 2022
Crimes do Futuro
domingo, 15 de maio de 2022
Spencer
Um aspecto que me chamou atenção é que o filme se concentra nos aspectos periféricos de sua vida. Por exemplo, o roteiro muitas vezes está mais preocupado em mostrar Diana interagindo com funcionários do que com os próprios membros da família real. Também investe bastante no drama psicológico da princesa. Sai o glamour e entra um retrato mais realista, algumas vezes quase insano de seu estado mental. Nesse ponto penso que o roteiro usou tintas dramáticas em excesso. Diana que vemos no filme é uma mulher mais do que triste, mas também perdida, depressiva, anoréxica. De certo modo demole sua imagem pública.
A atriz Kristen Stewart está até interessante no papel, mas a teste de comparação não se saiu melhor do que a jovem atriz que interpretou Diana na última temporada de "The Crown". Kristen Stewart muitas vezes apela em sua atuação, com a cabeça sempre meio de lado, forçando a barra para lembrarmos de certas imagens da princesa que foram captadas por câmeras nos anos 80. Mesmo assim não compromete e se sai muito bem nas cenas que surge brincando com seus filhos. É a melhor parte. De modo geral classifico esse filme até como um drama pesado da vida de Diana. Pelo que foi em vida acredito que ela merecia um filme com mais brilho, mais beleza. Do jeito que ficou parece que a vida de Diana foi puro cinza e depressão. Não era o caso.
Spencer (Spencer, Estados Unidos, 2021) Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Steven Knight / Elenco: Kristen Stewart, Jack Farthing, Jack Nielen, Freddie Spry / Sinopse: O filme conta os dramas e problemas pessoais da princesa Diana. Na noite de Natal ela vai até Windsor para a celebração com a família real. Nada poderia ser pior para ela do que participar disso. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Kristen Stewart).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Seberg Contra Todos
Título Original: Seberg
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Phreaker Films, Bradley Pilz Productions
Direção: Benedict Andrews
Roteiro: Joe Shrapnel, Anna Waterhouse
Elenco: Kristen Stewart, Anthony Mackie, Vince Vaughn, Yvan Attal, Gabriel Sky, Jack O'Connell,
Sinopse:
Na década de 1960 a atriz Jean Seberg (Kristen Stewart) decide apoiar um grupo de ativistas em prol dos direitos civis dos negros liderados por Hakim Jamal (Anthony Mackie). Considerados radicais, o FBI começa a investigar a atriz e as doações que ela realiza para esses e outros movimentos como os Panteras Negras. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
A atriz Jean Seberg foi uma musa da Nouvelle vague. Uma mulher bem à frente de seu tempo. Como podemos notar nesse bom filme ela foi alvo do FBI durante a década de 1960 por dar suporte a pessoas como Hakim Jamal, que era considerado um ativista subversivo e perigoso pelos agentes da agência de investigação. O curioso é que Seberg não apenas deu apoio financeiro para ele, mas também acabou tendo um caso tórrido com o líder negro. A questão é que tanto ela, como ele, eram casados e o FBI acabou aproveitando essa brecha moral para destruir publicamente a reputação da atriz. E ela foi ficando cada vez mais paranoica com tudo, acreditando que estava sendo grampeada em todos os lugares (o que não deixava de ser verdade). Com o psicológico em frangalhos, a atriz acabou sucumbindo, tendo uma morte trágica, se suicidando ainda muito jovem. O filme asssim denuncia não apenas a perseguição ideológica que sofreu ao longo da vida, mas também o uso de aparato oficial, do Estado americano, para intimidar e destruir a vida de uma artista. Se formos pensar bem veremos que o tema anda mais atual do que nunca. Basta olhar o que está acontecendo no cenário político não apenas no Brasil, mas nos Estados Unidos também. A vida de Jean Seberg surge assim como uma grande lição do passado para o momento atual.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de março de 2019
Lizzie
A historia do filme, que é baseada em fatos reais, aconteceu no final do século XIX, na Nova Inglaterra. A jovem Lizzie Borden (Chloë Sevigny) é a filha do homem assassinado no começo do filme. Ela não se encaixa bem no modelo de uma mulher de sua época. Gosta de ler e de poesia, tem um temperamento mais introvertido e não parece se importar em se casar e ter filhos, como mandava a etiqueta social daqueles tempos. Isso claro cria uma tensão cada vez maior com o pai.
A chegada de uma nova empregada doméstica chamada Bridget Sullivan (Kristen Stewart) acirra ainda mais as tensões. O patrão quer abusar dela sexualmente, o que choca Lizzie. As duas acabam se tornando próximas, amigas, iniciando um relacionamento com claro teor homoerótico também. Assim as coisas vão de mal a pior até o trágico desfecho. Só que o roteiro joga com o suspense, deixando sempre em aberto a identidade do verdadeiro assassino ou assassina. Só nos momentos finais tudo é revelado ao espectador. Gostei dessa produção. Tem um bom roteiro que consegue manter o interesse. Além disso o contexto histórico repressivo é bem mais aproveitado pelo clima sufocante de crime e castigo que logo se impõe entre todos os personagens. É um filme até frio, algo que acabou sendo necessário pois seu enredo passou muito longe de ser um conto de fadas.
Lizzie (Estados Unidos, 2018) Direção: Craig William Macneill / Roteiro: Bryce Kass / Elenco: Chloë Sevigny, Kristen Stewart, Jeff Perry, Fiona Shaw, Jamey Sheridan / Sinopse: No século XIX um homem rico e influente é encontrado morto de uma forma bastante violenta. Para solucionar o caso sua história é recontada, fazendo um retorno no tempo para compreender melhor as razões do crime. Filme indicado no Sundance Film Festival na categoria de Melhor Filme - Drama (Júri Popular).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
O Quarto do Pânico
Título Original: Panic Room
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Fincher
Roteiro: David Koepp
Elenco: Jodie Foster, Kristen Stewart, Forest Whitaker, Dwight Yoakam, Jared Leto, Patrick Bauchau
Sinopse:
Meg Altman (Jodie Foster) tenta se recuperar do fim de seu casamento. Morando ao lado da filha adolescente Sarah (Kristen Stewart), ela é surpreendida quando sua casa é invadida por três criminosos. Imediatamente ela corre para o "quarto do pânico", um lugar completamente isolado e à prova de invasões. O que ela não desconfia é que o objetivo dos invasores é entrar justamente dentro desse quarto para roubar algo que para eles é essencial.
Comentários:
Gostei bastante desse thriller de suspense. Filmes assim mostram que apesar de tudo a originalidade ainda existe em Hollywood. Palmas também para o diretor David Fincher que demonstrou ter uma grande capacidade de controlar a narrativa da primeira à última cena. Usando de recursos limitados em termos de enredo, ele conseguiu criar situações e momentos de tensão que valeram muito a pena assistir a esse filme. Também merece elogios a atuação da atriz Jodie Foster. Inicialmente vulnerável diante da situação de tensão ela aos poucos vai tomando conta da situação, invertendo a ordem entre opressor e vítima. Aliás não sei como a Jodie Foster não dirigiu ela mesma esse filme, uma vez que os direitos de filmagens foram compradas por ela. De qualquer forma acertou ao contratar David Fincher para dirigir o filme, ficando apenas como produtora executiva. O resultado dessa sociedade cinematográfica foi das melhores. Indico sem reservas. Filme indicado ao Art Directors Guild.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Café Society
Pronto, Allen usa essa velha fórmula de triângulo amoroso para desenvolver a estorinha de seu filme. Tudo é bem leve, com pontuais pitadas de bom humor, usando principalmente as origens judaicas do diretor para tirar um sorrisinho aqui e outro acolá. Nada demais, realmente. O filme inclusive é bem curtinho, o que não deixou de ser uma excelente opção do diretor. Afinal se tudo é tão despretensioso para que usar uma longa duração, além do necessário, para contar seu pequeno romance, não é mesmo? Entre idas e vindas o antes inocente Bobby vai entendendo melhor as artimanhas dos seus sentimentos, os pequenos remorsos e desilusões que vão ficando pelo caminho em sua vida. Ele se torna um bem sucedido homem de negócios, gerenciando um night club, se casa, forma uma família, mas quando, por mero acaso, revê sua antiga paixão (ela mesma, a secretária Vonnie) tudo parece desmoronar! O que parecia tão sólido e firme em seus sentimentos vem abaixo de forma avassaladora. Talvez esse seja a única mensagem mais consistente de Woody Allen no filme inteiro, a perenidade de certos sentimentos e paixões que perduram mesmo após anos e anos. Todo o resto é bem leve, como condiz a proposta maior do filme em si.
Café Society (Estados Unidos, 2016) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Steve Carell, Sheryl Lee / Sinopse: Jovem se muda para Los Angeles para tentar arranjar um emprego com seu tio, um rico e bem sucedido agente de atores e atrizes em Hollywood. Na nova cidade se apaixona pela secretária de seu tio, sem saber que eles cultivam um romance às escondidas de todos. Filme indicado ao Art Directors Guild, ao Casting Society of America e ao Golden Eagle Awards.
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de agosto de 2017
Personal Shopper
As surpresas começam logo no início do filme quando a personagem de Kristen Stewart vai para uma velha casa abandonada nos arredores de Paris. O lugar tem fama de mal assombrado. Ela quer se comunicar com o seu irmão, recentemente falecido, mas a entidade que habita o lugar não tem nada a ver com ele. É um espírito negativo, que surge perante Kristen em uma cena bem feita, com muita computação gráfica. Depois disso o filme vai alternando entre a profissão dela (que ela odeia, é bom dizer) e sua busca pelo mundo espiritual. A celebridade para quem a personagem de Kristen trabalha é uma mulher insuportável, fútil e arrogante. O protótipo da pessoa vazia. Ela não gosta nada de seu trabalho, mas como os jovens europeus sofrem a cada dia mais com o desemprego, ela fica no serviço, até achar algo melhor. O filme assim tem essa característica de trazer um roteiro que você definitivamente não esperava. Não deixa de ser uma surpresa positiva. O problema porém é que depois de acompanhar toda a história com paciência você vai descobrir que tudo termina de forma bem inconclusiva, deixando um gostinho de insatisfação no ar.
Personal Shopper (Estados Unidos, 2016) Direção: Olivier Assayas / Roteiro: Olivier Assayas / Elenco: Kristen Stewart, Lars Eidinger, Sigrid Bouaziz / Sinopse: Maureen Cartwright (Kristen Stewart) é uma jovem que trabalha como Personal Shopper. Seu trabalho consiste basicamente em comprar jóias e roupas para uma celebridade do mundo da moda. Enquanto vai levando esse trabalho que odeia, ela procura desenvolver sua mediunidade, tentando se comunicar com o espírito de seu irmão recentemente falecido. Filme indicado na seleção do Cannes Film Festival.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Café Society
O longa discorre sobre a história de Phil (Steve Carrel) um agente de sucesso e influência, com trânsito fácil entre os maiores atores de Hollywood da década de 30, a década de ouro do cinema. Phil recebe, num certo dia, o telefonema de sua irmã que mora em Nova York pedindo-lhe ajuda de emprego para seu filho caçula, Bobby Dorfman (Jesse Eisenberg - o Mark Zuckerberg de "A Rede Social"). O garoto, sobrinho de Phil, larga a joalheria dos pais, desembarca na charmosa e mítica Hollywood e passa a trabalhar no escritório de seu tio.
Não demora muito para que o sonhador e desajeitado Bobby apaixone-se pela ambiciosa, Vonnie (Kristen Stewart). Pouco depois do inicio do namoro, Bobby se decepciona com Vonnie, retorna para Nova York e lá com sua verve empreendedora, passa a prospectar restaurantes e bares da moda frequentados pela chamada "Café Society", movimento de ponta entre artistas famosos e grandes empresários da época. Bobby muda o rumo de sua vida, envereda-se pelo caminho empresarial, mas jamais esquece de sua vaporosa e bela Vonnie, seu verdadeiro amor.
Todos os elementos que sempre compuseram a obra artística de Allen, estão lá: a referência aos judeus, a homenagem ao cinema, o romance, com seus mistérios, seus acordes duvidosos e suas escolhas incertas, e, por fim, a comédia. Aliás, desta vez, Allen caprichou nos tons irônicos e na comédia. O longa, com seu descompromisso e com sua incrível leveza e simplicidade acerta em cheio em dois pontos nevrálgicos: o triângulo amoroso entre Phil, Bobby e Vonnie e na fotografia em tons que oscilam entre o sépia de Hollywood e o cinza de Nova York, que saíram da cartola do mágico, Vittorio Storaro. Um filme absolutamente notável e um dos melhores do famoso diretor neste século.
Café Society (Idem, Estados Unidos, 2016) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Kristen Stewart, Jesse Eisenberg, Steve Carell, Corey Stoll.
Telmo Vilela Jr.
domingo, 10 de abril de 2016
Crepúsculo
Título Original: Twilight
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner
Sinopse:
Baseado na série de livros de autoria de Stephenie Meyer, "Crepúsculo" conta a estória de amor entre Bella Swan (Kristen Stewart) e Edward Cullen (Robert Pattinson). Ela é uma jovem normal de sua idade e ele um vampiro secular. Envolvidos em uma paixão avassaladora, ao estilo amor à primeira vista, eles terão que superar todos os desafios para consumar seu romance. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Fantasia. Indicado ao Grammy Awards nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção ("Decode"). Também indicado aos prêmios People's Choice Awards, Teen Choice Awards e MTV Movie Awards.
Comentários:
Esse filme deu origem a uma das franquias mais populares dos últimos anos. Virou febre entre a juventude. E como todo produto muito popular acabou também virando alvo de críticas ferozes. Não é para tanto! Tudo bem, analisando-se friamente como pura obra cinematográfica o filme deixe um pouco a desejar. Não é nenhuma obra prima da sétima arte. Essa porém não é a questão principal. O mais interessante aqui foi resgatar um certo romantismo entre os jovens que andava soterrado embaixo de pilhas e pilhas de produtos culturais vulgares e obscenos (esses sim merecem a lata de lixo da história!). Curiosamente o enredo adota certos pontos de vista conservadores nos dias de hoje. Não é um problema esse tipo de característica, mas de certa forma até mesmo uma solução. Com tantas adolescentes grávidas por aí, muitas virando mães solteiras, não é nada mal termos no cinema um exemplo positivo vindo de uma obra tão popular como essa. Além disso, pensando-se sobre esse ângulo, o romantismo também pode servir como controle social. Devaneios de sociologia à parte o fato é que a saga foi feita para um determinado tipo de público: o adolescente. Assim se você não se enquadra nessa faixa etária é melhor ficar calado. Se os jovens a quem o filme foi destinado gostaram do que viram, não será um adulto ranzinza que vai desmerecer todo o mérito dessas produções. E estamos conversados.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de março de 2016
American Ultra: Armados e Alucinados
O que poderia ter acontecido em seu passado para explicar isso tudo? Na verdade o nerd Mike é uma espécie de super agente da CIA. Fruto de um projeto da agência ele teve sua memória apagada que só se ativa quando ele ouve determinadas frases. O problema é que o agente Adrian Yates (Topher Grace) decide que é hora de tirá-lo de circulação e então começa um verdadeiro jogo de gato e rato, com a CIA tentando matar Mike ao mesmo tempo em que ele vai demonstrando ter uma incrível capacidade de luta e sobrevivência, algo que causa espanto até mesmo nos altos figurões da agência de inteligência. O roteiro é um tanto raso e o filme se concentra mesmo nas cenas de ação. Em relação a elas uma coisa me chamou bastante a atenção: os últimos vinte minutos do filme são extremamente violentos, com sangue e tripas voando para todos os lados, o que provavelmente impedirá o filme de se tornar um clássico da Sessão da Tarde no futuro. Outro problema dessa fita de ação é que a dupla central é, e não há como negar esse fato, muito inadequada para esse tipo de filme. Quem realmente teve a péssima ideia de tentar transformar Jesse Eisenberg em um tipo de herói de ação adolescente? Ele não funciona nesse tipo de papel. No máximo ele consegue enganar interpretando esquisitos como Mark Zuckerberg (como vimos em "A Rede Social"). Fora disso não funciona mesmo. Pior se sai Kristen Stewart! Eu nunca a considerei uma boa atriz, mas até que ela vinha escolhendo bons filmes para atuar. Aqui, por outro lado, pisou feio na bola, numa personagem sem qualquer interesse, vazia de importância, que não vai adicionar nada em sua carreira. Enfim, esqueça, a não ser que você cumpra os requisitos que colocamos no começo do texto. Isso é tudo!
American Ultra: Armados e Alucinados (American Ultra, EUA, 2015) Direção: Nima Nourizadeh / Roteiro: Max Landis / Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Topher Grace, Connie Britton, John Leguizamo, Walton Goggins, Bill Pullman / Sinopse: Mike Howell (Jesse Eisenberg) pensa ser um jovem comum. Ele tem um emprego péssimo e sem futuro, e definitivamnete não sabe bem que rumo tomar na vida. Sua vida só não é pior porque em compensação ele tem uma namorada que o ama, Phoebe Larson (Kristen Stewart). A única coisa que ele nem desconfia é que na verdade no passado ele fez parte de um projeto da CIA que agora está prestes a explodir em fúria e violência.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Marcados Pela Guerra
Título no Brasil: Marcados Pela Guerra
Título Original: Camp X-Ray
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: IFC Films
Direção: Peter Sattler
Roteiro: Peter Sattler
Elenco: Kristen Stewart, Peyman Moaadi, Lane Garrison
Sinopse:
Amy Cole (Kristen Stewart) é uma jovem recruta do exército americano que é enviada para trabalhar como guarda de segurança na prisão militar de segurança máxima de Guantánamo. Entre suas funções está a de fazer vistorias e plantões no corredor das celas onde estão presos alguns dos mais perigosos terroristas internacionais. Na rotina de seu serviço ela acaba se aproximando aos poucos do prisioneiro Ali (Peyman Moaadi), um sujeito culto e instruído, que amarga uma longa reclusão. Ela não é informada das acusações que são feitas ao detento e ele não simpatiza com a nova guarda simplesmente por ela ser americana. Nada disso porém evita que ambos acabem criando com o tempo uma aproximação, mesmo que precária e fora das regras da prisão. Filme indicado ao Sundance Film Festival na categoria de Melhor Drama.
Comentários:
Inicialmente você pensa que vai assistir a mais uma fita daquelas bem ufanistas, ao estilo patriotada americana. Aos poucos porém você vai entendendo que está assistindo a um bom filme, que se concentra mesmo na amizade e no calor humano que pode surgir nos momentos e nas ocasiões mais improváveis. A recruta Amy é uma peça chave nessa trama. Ela sai de uma cidadezinha na Flórida, sem muito preparo intelectual ou cultural e acaba conhecendo um prisioneiro acusado de terrorismo na super fechada prisão de Guantánamo. O sujeito tem uma grande bagagem cultural, tendo estudado na Alemanha onde se tornou professor universitário. Supostas ligações com grupos terroristas porém destruíram sua carreira e sua vida. Levado para a prisão de Guantanamo ele se torna mais um prisioneiro sem julgamento, um condenado sem sentença!
O roteiro deixa de lado os aspectos jurídicos mais absurdos dos que estão confinados naquela prisão militar (como, por exemplo, o fato de nunca terem sido julgados adequadamente como determina todas as convenções e leis do mundo ocidental) e parte para uma outra abordagem. Ao invés de ficar discutindo o ponto de vista legal das prisões, o roteiro se concentra mesmo na inusitada aproximação entre a recruta americana e o detento árabe. Sem forçar a barra e nem criar situações melosas, o argumento funciona muito bem. A militar Amy também demonstra ter pouca aproximação ou familiaridade com seus próprios colegas de farda, muitos deles sujeitos rudes e pouco éticos. Assim ela acaba encontrando amizade e humanidade não entre os seus pares, mas no prisioneiro Ali. Com esse tipo de narrativa inteligente o jogo acaba sendo praticamente vencido. Com bom roteiro (bem humano aliás), boas atuações e uma história simples que funciona muito bem, "Camp X-Ray" acaba se revelando bem melhor do que inicialmente se pensava. Um ótimo programa que além de entreter também levanta questões bem importantes. Para assistir e se pensar depois sobre tudo o que foi visto na tela. Está devidamente recomendado.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Para Sempre Alice
Título Original: Still Alice
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: BSM Studio
Direção: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Roteiro: Lisa Genova, Richard Glatzer
Elenco: Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart, Kate Bosworth
Sinopse:
A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira. Pesquisadora e professora aclamada pela Academia, ela finalmente é contratada pela prestigiada Universidade de Columbia. Infelizmente para Alice pequenos esquecimentos e lapsos de memória começam a lhe prejudicar na profissão. Preocupada com esses pequenos eventos recorrentes em seu cotidiano, ela resolve consultar um neurologista. Após vários exames vem a terrível notícia: ela está com Mal de Alzheimer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Julianne Moore). Filme vencedor do Oscar 2015 na categoria Melhor Atriz (Julianne Moore).
Comentários:
Todos os anos cresce o número de pessoas diagnosticadas com o Mal de Alzheimer. Essa é uma doença devastadora que atinge a capacidade dos doentes em reter memórias, novas e antigas, além de prejudicar as funções de cognição e comunicação do cérebro. Agora imagine uma brilhante professora atingida em cheio por essa síndrome. A personagem de Julianne Moore é uma autora de livros, uma professora muito respeitada no meio acadêmico, que sempre se destacou por sua inteligência e capacidade intelectual. Assim que a doença começa a se manifestar ela vai perdendo gradualmente não apenas sua saúde, mas também sua carreira, pois fica incapacitada de trabalhar, de dar aulas. Sua família então se une para enfrentar essa batalha terrível. O filme é muito bem dirigido e conta com um roteiro muito sutil que procura tocar o tema sem sensacionalismos ou exageros, obviamente adotando uma postura de grande respeito para com os doentes. O tom discreto e elegante também é seguido por todo o elenco, em especial Julianne Moore, que desde já é uma das mais fortes candidatas ao Oscar. Alec Baldwin também encontrou o tom ideal, não procurando ofuscar sua parceira em cena, interpretando o marido compreensivo e presente no definhamento do estado de saúde da esposa. Para os mais jovens o grande atrativo virá da presença da atriz Kristen Stewart (a Bella Swan da Saga Crepúsculo). Ela dá vida à caçula de Alice, uma garota que quer ser atriz, mesmo contra a vontade de sua mãe, que deseja que ela vá para a universidade cursar algo mais tradicional como Medicina ou Direito. No final das contas "Still Alice" se destaca por tratar de um tema muito triste e trágico de uma maneira muito delicada e adequada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Acima das Nuvens
Título no Brasil: Acima das Nuvens
Título Original: Clouds of Sils Maria
Ano de Produção: 2014
País: França, Suíça, Alemanha
Estúdio: CG Cinéma, Pallas Film, CAB Productions
Direção: Olivier Assayas
Roteiro: Olivier Assayas
Elenco: Juliette Binoche, Kristen Stewart, Chloë Grace Moretz, Lars Eidinger
Sinopse:
Maria Enders (Juliette Binoche) é uma atriz veterana que vai até a Suíça participar das homenagens ao escritor Wilhelm Melchior, o autor que lhe deu uma chance logo no começo de sua carreira ao lhe escalar para uma das personagens centrais de sua peça de sucesso. Ao chegar em Zurique ela descobre que ele está morto. Ao lado de sua assistente pessoal, a jovem Valentine (Kristen Stewart), ela terá agora que lidar com velhos fantasmas de seu passado ao mesmo tempo em que decide se aceita ou não voltar à peça que a consagrou. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Comentários:
Fugindo do cinema mais comercial de Hollywood hoje trago essa boa dica de cinema europeu. Se trata de um drama existencial muito bem escrito mostrando os bastidores da vida de uma consagrada atriz veterana interpretada pela ótima Juliette Binoche. No passado ela se consagrou interpretando uma jovem ousada de 20 anos na famosa peça de Wilhelm Melchior. No texto ela tinha um complicado relacionamento com sua chefe em uma empresa prestes a falir. O subtexto explorava a estranha atração lésbica que surgia entre a mulher mais velha e frustrada com sua subordinada jovial e ambiciosa. Agora, envelhecida, um diretor alemão lhe oferece a chance de retornar ao mesmo texto só que ao invés de interpretar o papel da jovem que a levou à fama ela teria que fazer a personagem mais velha, amarga, lésbica e rejeitada pela jovem impetuosa. O roteiro joga muito bem com a dualidade existente entre o texto da peça teatral e a própria vida real da atriz vivida por Binoche, caminhando de forma inteligente entre os dois enredos que se entrecruzam.
No elenco outro fato chama a atenção: a diferença de escolas de atuação envolvendo uma atriz francesa, com toda a sua sofisticação com suas duas colegas americanas (Kristen Stewart e Chloë Grace Moretz). Kristen é sua assistente pessoal, uma garota que curte filmes de super-heróis (o máximo da falta de cultura cinematográfica na opinião de Maria) que parece perturbada com a finesse de sua patroa. Fumando um cigarro atrás do outro, com óculos de grau, ela está muito distante de sua personagem mais famosa, a Bella Swan da Saga Crepúsculo, sem classe ou charme algum, porém demonstrando muita força de vontade para procurar por novos rumos na carreira. Já Chloë Grace Moretz surge como uma atriz americana teen, cheia de escândalos pessoais explorados pela indústria de fofocas de celebridades dos Estados Unidos. Mimada e com uma vida pessoal caótica ela se torna o extremo oposto do tipo de profissional retratada por Binoche. Um filme de contrastes, com excelente roteiro e uma direção de fotografia de encher os olhos, com direito a maravilhosas paisagens suíças! Quer algo mais sofisticado do que isso?
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
A Saga Crepúsculo - Lua Nova
Título no Brasil: A Saga Crepúsculo - Lua Nova
Título Original: The Twilight Saga - New Moon
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Chris Weitz
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Rachelle Lefevre, Dakota Fanning,
Sinopse:
Segunda adaptação para o cinema dos romances de grande sucesso escritos pela autora Stephenie Meyer. O enredo começa quando Bella Swan (Kristen Stewart) passa mal em sua própria festa de aniversário. Para seu próprio bem seu namorado vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) decide ir embora ao lado de sua família, pois em sua forma de pensar ela sempre correrá riscos com eles por perto. A distância de Edward acaba abrindo espaço para que Jacob Black (Taylor Lautner) tente conquistar novamente o coração de Bella, algo que não será fácil pois ela ainda sente um profundo sentimento por seu ex-namorado, que agora procura por um novo sentido para sua existência.
Comentários:
Segundo filme da franquia "Crepúsculo". Como se trata de um roteiro adaptado bem no meio da saga não há maiores novidades. Uma vez que os personagens foram apresentados ao público no primeiro filme aqui temos apenas o desenvolvimento do complicado romance entre Bella, uma jovem humana normal, e Edward, uma criatura da noite, um vampiro, que se apaixona perdidamente por ela. Depois de muito sofrimento Edward resolve ir embora após sua amada sangrar na festa de seu aniversário. Jacob, que todos sabemos faz parte de um clã de lobisomens na região, se propõe então a fazer de tudo para que Bella fique segura. Afinal de contas a tentativa de se levar uma vida como a que tinha antes de conhecer Edward se mostra frustrada pois ela ainda chama a atenção de outros vampiros, em especial da de Victoria (Rachelle Lefevre), que parece sempre estar à sua espreita no meio da escuridão da floresta. Não se sabe exatamente o que ela quer com Bella, mas Jacob fareja sinais de perigo em sua estranha presença.
Enquanto isso Edward vive sua fase de profunda tormenta por causa da perda da mulher amada. Refugiado no Rio de Janeiro, ele começa a passar por uma crise emocional violenta. Quando descobre por uma falsa informação que Bella estaria morta após pular de um rochedo, ele decide colocar um fim em sua própria existência. Em "Lua Nova" temos além dos competentes efeitos especiais (principalmente na cenas de lutas dos lobisomens na floresta), um momento que ficaria famoso dentro da saga quando Edward resolve se expor ao sol e... brilha! Claro que isso não passou despercebido aos que adoram tirar uma onda dos filmes dessa saga. Deixando o humor involuntário de lado temos que admitir que o filme também tem seus méritos. Em termos de bons momentos, por exemplo, podemos aqui recordar o encontro entre Edward e o Clã Volturi, os únicos personagens que fazem jus aos vampiros ditos mais clássicos do passado. Para um filme que é acusado de ser morno demais essas cenas de luta e tensão acabam fazendo valer o ingresso.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
O Quarto do Pânico
Título Original: Panic Room
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Fincher
Roteiro: David Koepp
Elenco: Jodie Foster, Kristen Stewart, Forest Whitaker
Sinopse:
Meg Altman (Jodie Foster) vive confortavelmente e tranquilamente ao lado de sua filha Sarah (Kristen Stewart) numa bela casa na Califórnia. Sua rotina muda completamente quando a residência é subitamente invadida por três criminosos. Apavorada, ela e a filha logo correm para o chamado "quarto do pânico", um aposento fortemente protegido adaptado especialmente para esse tipo de situação de emergência. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Atriz (Jodie Foster).
Comentários:
O fato do filme ser dirigido por David Fincher leva muita gente a se decepcionar com esse "Panic Room", afinal de contas estamos falando de um cineasta que assinou verdadeiras obras primas como "Clube da Luta", por exemplo. Assim quando o filme chega ao fim o gosto de decepção fica no ar. Na realidade considero esse um dos mais despretensiosos trabalhos do diretor. Aqui ele quis apenas realizar um thriller de suspense e tensão da maneira mais eficiente possível. Não há exercícios de metalinguagem, inovações estéticas ou manipulação da linguagem cinematográfica. É apenas uma produção mais comercial, feita para ajudar no estrelismo de Jodie Foster e nada muito além disso. O segredo para gostar do filme é baixar as expectativas, esperar por um filme na média, com sustos e enredo envolvente, embora nada revolucionário ou algo parecido. E como brinde, para as fãs da saga "Crepúsculo", o filme ainda traz em seu elenco uma ainda muito jovem Kristen Stewart! Forest Whitaker também está lá, esse um ator que sempre achei muito subestimado pois o considero extremamente talentoso. Então é isso, não vá esperando mais uma obra prima de David Fincher que você certamente pelo menos se divertirá.
Pablo Aluísio.