Título no Brasil: Vivo Pela Tua Morte
Título Original: Vivo Per La Tua morte
Ano de Produção: 1968
País: Itália
Estúdio: B.R.C. Produzione
Direção: Camillo Bazzoni
Roteiro: Roberto Natale, Steve Reeves
Elenco: Steve Reeves, Wayde Preston, Guido Lollobrigida
Sinopse:
Mike Sturges (Steve Reeves) e seu irmão Rob são sentenciados a uma dura pena a ser cumprida na infame prisão de Yuma. Apenados por um assalto a banco, logo viram alvos dos sádicos guardas do local. Submetidos a uma cruel e brutal rotina dentro do estabelecimento prisional, resolvem tentar a fuga de todas as formas. Após várias tentativas Mike consegue finalmente escapar. Agora, novamente livre e devidamente armado, parte para a vingança contra todos os que lhe traíram no passado.
Comentários:
"Vivo Per La Tua morte" é um bom western spaghetti assinado pelo diretor Camillo Bazzoni, que aqui usou o pseudônimo americanizado de Alex Burks. Irmão mais jovem de outro diretor bastante conhecido na Itália, Luigi Bazzoni, Camillo sempre optou por um caminho mais realista em seus faroestes. Nada de muito exagerado ou de cenas explicitamente impossíveis. Para Camillo o mais importante era valorizar os sentimentos de vingança e ódio de seus principais personagens, em uma espécie de conflito interior intenso. Talvez por isso mesmo tenha dirigido poucos filmes, pois sempre foi considerado um diretor de fotografia mais brilhante do que como diretor em geral. Aqui ele contou com a presença do ator americano Steve Reeves, que alcançou o sucesso no cinema estrelando várias fitas de baixo orçamento como o personagem da mitologia Hércules. Esse foi seu último filme, pois resolveu largar a profissão de ator para procurar por outros caminhos em sua vida. Outra curiosidade digna de menção é o fato dele ter realizado poucos faroestes, pois era mais comum realizar filmes épicos, passados na Roma ou Grécia antiga. Nos Estados Unidos o filme recebeu o título de "A Long Ride From Hell". Em suma, um Spaghetti que ainda nos dias de hoje consegue divertir e satisfazer o gosto dos fãs de filmes italianos passados no velho oeste.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 27 de maio de 2025
segunda-feira, 26 de maio de 2025
Assassinato S.A.
Título Original: Murder, Inc.
Ano de Lançamento: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Princess Production Corporation
Direção: Burt Balaban, Stuart Rosenberg
Roteiro: Irve Tunick, Mel Goldberg
Elenco: Stuart Whitman, Peter Falk, May Britt, Henry Morgan
Sinopse:
Criminosos da máfia de Nova Iorque decidem se unir, criando uma espécie de sindicato do crime, uma organização para promover assassinatos dos inimigos da Cosa Nostra. Em pouco tempo a situação foge do controle, fazendo com que o FBI entre no jogo para prender os chefes dessa quadrilha.
Comentários:
O roteiro tem muitos eventos de pura ficção, mas não se engane sobre isso. O núcleo da história foi mesmo baseado em fatos reais. Com o aumento da organização de várias famílias mafiosas os chefões entenderam que havia chegado o momento de se organizar. Imagine trazer os princípios do mundo corporativo para atividades do crime organizado. Pois foi justamente isso que ocorreu. E esse filme, mesmo não sendo tão preocupado em ser historicamente correto, ainda tem aspectos muito bons. É diversão pura para quem aprecia velhos filmes de gângsters. Aliás muito desse charme se perdeu com o passar dos anos. Não vemos mais filmes assim sendo produzidos nos dias de hoje, não com todo esse estilo cinematográfico.
Pablo Aluísio.
domingo, 25 de maio de 2025
Dia Zero
Embora tenha gostado dessa minissérie, esse é um daquele casos em que ficamos com a impressão de que poderia ser muito, muito melhor. Do jeito que ficou, temos apenas um passatempo OK e nada mais. O bom e velho Robert De Niro continua muito bem, apesar da idade. Firme e com convicção, defende seu personagem, um ex-presidente dos Estados Unidos, agora convocado para presidir uma comissão de investigação sobre um ataque hacker massivo promovido nos Estados Unidos, algo que criou um verdadeiro "apagão" cibernético em todo o país. E em tempos de alta tecnologia, como o que vivemos hoje, um apagão de computadores em série pode se tornar facilmente algo muito perigoso, para a segurança das pessoas e do próprio país atingido.
O roteiro levanta a bola de temas espinhosos no mundo atual. Entre eles a polaridade política da Extrema-Direita, aliada a uma rede de fake news e desinformação como nunca se viu antes na história da humanidade, além de seus reflexos danosos no jogo do poder político. Um retrato perverso dos nossos tempos. Só que ao invés de aprofundar nesses temas, o roteiro acaba abraçando uma solução bem rotineira, com uma reviravolta que não me empolgou em nada, pelo contrário, me rendeu alguns bocejos de tédio. É isso, "Dia Zero" não cumpriu tudo aquilo que prometeu. Ficou no meio do caminho, seja por preguiça ou falta de talento do time de roteiristas. Uma boa história, com potencial, mas que ficou sem atingir tudo o que poderia alcançar. Uma pena, devo dizer.
Dia Zero (Day Zero, Estados Unidos, 2025) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Eric Newman, Noah Oppenheim, Michael S. Schmidt / Elenco: Robert De Niro, Jesse Plemons, Lizzy Caplan / Estúdio de Produção: Netflix / Sinopse: Os Estados Unidos sofrem um grande ataque cibernético de natureza criminosa, feita por hackers, que atinge os mais variados setores de sua sociedade. Uma comissão de investigação de alto nível é formada. Para presidir os trabalhos é chamado um ex-presidente, agora aposentado, já idoso, mas que ainda se sente em plena forma para solucionar esse caso que comprometeu a segurança nacional.
Pablo Aluísio.
sábado, 24 de maio de 2025
Microcosmos
Título Original: Microcosmos: le peuple de l'herbe
Ano de Lançamento: 1998
País: França
Estúdio: France 2 Cinema
Direção: Claude Nuridsany, Marie Pérennou
Roteiro: Claude Nuridsany, Marie Pérennou
Elenco: Claude Nuridsany, Marie Pérennou
Sinopse:
Um documentário mostrando como é o universo dos menores seres do mundo natural, como os insetos. Com o uso de câmeras de alta tecnologia, esse filme mostra os detalhes da natureza que não podem ser vistos pelo olho humano.
Comentários:
Assisti na época das fitas VHS. Foi um documentário até bem badalado. Eu me lembro, por exemplo, que uma matéria foi exibida no Fantástico da Rede Globo mostrando algumas das imagens. Com o interesse fui assistir ao documentário. E realmente são belas imagens, algumas delas deixaram bem surpresas as pessoas dos anos 90. Agora, não espere por uma narrativa coesa com começo, meio e fim. Na realidade o que temos aqui são as imagens em desfile e nada muito além disso. Por essa razão, embora tenha apreciado naquele ano de seu lançamento, também fiquei com um gostinho de decepção pois o documentário é apenas um desfile de imagens, como frisei. Não espere por muito conteúdo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 23 de maio de 2025
A Conspiração Consumista
Muito bom esse documentário que assisti na Netflix. Ele denuncia algo que está claro na frente de todos, governos, empresas e consumidores. Vivemos atualmente no mundo uma cultura de alto consumo e grande desperdício. As montanhas de produtos vendidos todos os dias pela internet viram montanhas de lixo que degradam o meio ambiente. O Plástico, esse produto infernal que não é absorvido pela natureza, está contaminando tudo. Provavelmente o copo de água que você está tomando todos os dias está cheio de plástico que vai para dentro do seu organismo dando origem a diversas doenças. Não tem saída para esse tipo de ciclo tóxico que se impôs em nosso planeta.
O documentário também desnuda o jogo hipócrita e perverso das empresas. Elas gostam de vender a imagem de que estão preocupadas com o meio ambiente, mas como o documentário bem demonstra, isso tudo é apenas publicidade enganosa. Na maioria das vezes as grandes corporações não estão nem aí com o fato de que seus produtos vão se tornar lixo tóxico na natureza. Pelo contrário, elas incentivam ainda mais o consumo desenfreado, até porque estão visando lucros e nada mais. O meio ambiente que se degrade, que fique contaminado. O que importa é a planilha de lucros aumentando a cada novo ano.
E outra coisa que me chamou muito atenção nesse documentário foi a tal de Obsolescência programada. Não se engane sobre isso. É algo realmente planejado pelas grandes empresas. Os produtos atualmente possuem pouco tempo de vida e de uso. São produzidos para serem descartáveis mesmo. E quando mais rápido isso acontecer, melhor! A maioria é feita para quebrar em pouco tempo, para que assim o consumidor venha a comprar a versão mais recente desse mesmo produto! E as próprias empresas se programam também para que esses produtos quebrados jamais sejam consertados. Eles querem vender novos produtos, que durem menos e não fazer produtos que sejam consertáveis! Cada dia mais usam novas tecnologias que impeçam até mesmo de serem abertos para conserto! Um absurdo completo! O produto de hoje é o lixo do amanhã mais recente. O meio ambiente não suporta esse tipo de ciclo. E essa é uma política das próprias grandes corporações multinacionais. Pois é, meus caros. O consumismo capitalista vai acabar consumindo nosso planeta. O problema é que ele é o único que temos!
A Conspiração Consumista (Buy Now! The Shopping Conspiracy, Estados Unidos, 2024) Direção:
Nic Stacey / Roteiro: Nic Stacey / Elenco: Eric Liedtke, Roger Lee, Maren Costa / Sinopse: Documentário que mostra as artimanhas do mercado para vender cada vez mais produtos sem qualquer durabilidade ou qualidade, fazendo a natureza sofrer pela montanha de lixo produzido por essa sociedade consumista e fútil.
Pablo Aluísio.
Atentado em Oklahoma: Terror nos EUA
Título Original: Oklahoma City Bombing: American Terror
Ano de Lançamento: 2025
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Greg Tillman
Roteiro: Greg Tillman
Elenco: Max Bennett, Tom Brokaw, Danny Brugmann
Sinopse:
Documentário da Netflix que conta a história de um ataque terrorista realizado em 1995, quando um prédio do governo federal foi destruído por uma bomba colocada dentro de um carro em Oklahoma City. O documentário mostra cenas reais da época, capturadas pelos telejornais americanos.
Comentários:
Eu bem me lembro desse ataque terrorista. Acompanhei pelos jornais. O que mais ficou impresso na minha memória foi a fachada inteiramente destruída de um prédio federal. Uma coisa de filme mesmo! No começo pensou-se que era um ataque de terroristas islâmicos. Só que as investigações mostraram a verdade. Não se tratava de um árabe! O terrorista era um americano da gema, pior do que isso, um ex-militar que foi ao Iraque e voltou de lá muito perturbado, maluco mesmo, cheio de teorias da conspiração da Extrema-Direita daquele país. Já era um sintoma grave do que iria acontecer nos anos seguintes. Um exemplo claro do que um pensamento extremista e radical pode causar. E os Estados Unidos, pelo visto, ainda não conseguiram se livrar desse tipo de mentalidade explosiva!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de maio de 2025
A Perseguição

O diretor de "A Perseguição" é o cineasta Joe Carnahan. Seu maior êxito comercial é o terrível "Esquadrão Classe A" (também com Neeson). Aqui pelo menos ele se conteve mais e procura disponibilizar um argumento mais pé no chão, sem os arroubos de besteirol que encontramos no seu filme anterior. Pelo menos o bom senso aqui prevaleceu. Em resumo é isso. "The Grey" tinha tudo para ser muito bom mas faltou alguma coisa. Não empolga, não cativa mas pode até vir a funcionar em casa numa noite sem nada para fazer. Entretenimento regular mas esquecível.
A Perseguição (The Grey, Estados Unidos, 2012) Direção: Joe Carnahan / Roteiro: Joe Carnahan, Ian Mackenzie Jeffers / Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo / Sinopse: Um avião cai no meio das paisagens mais hostis do Alasca. Os sobreviventes então tentam sobreviver em meio ao frio, ao tempo impiedoso e ao ataque de um grupo de lobos famintos e selvagens.
Pablo Aluísio.
A Odisséia
Título Original: The Odyssey
Ano de Lançamento: 1997
País: Reino Unido
Estúdio: Halmark
Direção: Andrei Konchalovsky
Roteiro: Andrei Konchalovsky
Elenco: Armand Assante, Greta Scacchi, Geraldine Chaplin, Christopher Lee, Eric Roberts, Isabella Rossellini
Sinopse:
O rei guerreiro Odisseu deixa sua vida idílica no reino de Ítaca para lutar na Guerra de Troia. Depois de vencer a guerra, ele agora precisa enfrentar uma longa jornada de dez anos para retornar. Minissérie baseada na obra clássica de Homero. Vencedora de três prêmios Emmy.
Comentários:
Minissérie muito boa, com excelente elenco, só que na época em que asssiti não gostei. E isso é fácil de explicar. No Brasil, durante os anos 90, ainda não existia televisão a cabo. Minisséries como essa, se chegassem ao nosso mercado, era através de fitas VHS. Só que uma fita não cabia tudo. No caso aqui eram seis episódios. Então eles faziam uma edição compilada e a trama ficava completamente truncada, ruim de assistir e acompanhar. Você, como rato de locadora, tinha toda a boa vontade para conhecer esses programas que não chegavam ao grande público no Brasil, mas acabava levando mesmo um produto mutilado pela edição. Uma pena! Assim, no final de tudo, só sobrava a decepção mesmo. No meu caso nunca tive a oportunidade de assistir a série na íntegra. Fiquei apenas na vontade.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
A Noite dos Lobisomens
Uma super Lua cheia atinge nosso planeta. O que sai disso é uma massa de lobisomens ferozes que invadem as ruas das grandes cidades. Ninguém está a salvo. Uma empresa de alta tecnologia biológica até desenvolve uma espécie de soro que pode deixar as pessoas imunes a essa transformação em larga escala, só que as pesquisas ainda estão no começo e enquanto não são concluídas esses lobisomens surgem em massa para fazer novas vítimas.
OK, mais um filme de lobisomens. Esses monstros clássicos são os que mais sofrem na sétima arte. São centenas e centenas de filmes péssimos com essas criaturas do folclore. O Lobisomem, coitado, é o Rei dos filmes B e Z do terror atualmente! Esse filme aqui pelo menos não é um desastre cinematográfico completo. Não chega a ser colocado entre os melhores já feitos sobre o tema, mas fica ali no meio termo. É sim um filme mediano, que dá para assistir sem maiores problemas, desde que você não espere por grande coisa.
Agora, para finalizar, devo deixar alguns elogios aqui para o design das criaturas. São poucas cenas digitais. Os bichanos são mostrados de forma analógica mesmo (ponto muito positivo!). São máscaras, faces movidas por animatronics e coisas do tipo. Isso me deixou com uma certa nostalgia dos anos 80 porque naqueles tempos não havia efeitos digitais por computação gráfica. Um acerto por parte dos produtores desse filme. Nesse aspecto o filme certamente acertou no alvo. O caminho é esse aí.
A Noite dos Lobisomens (Werewolves, Estados Unidos, 2024) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Matthew Kennedy / Elenco: Frank Grillo, Katrina Law. Ilfenesh Hadera / Sinopse: Durante um evento lunar raro, que cria uma super Lua cheia, milhares de seres humanos se transformam em lobisomens. Enquanto isso, em um laboratório de alta tecnologia, se tenta criar ums soro para reverter esse processo de transformação de homens normais em monstros.
Pablo Aluísio.
O Clube dos Monstros
Mais um filme em que Vincent Price parece se divertir como nunca! Ele interpreta um sujeito "boa praça" que leva um amigo humano para um clube frequentado apenas por monstros! Uma vez lá decide lhe contar três histórias que vão dar origem aos três contos de terror mostrados ao longo do filme. No primeiro encontramos um sujeito solitário que vive de seu antiquário. A namorada de um criminoso decide arranjar um emprego por lá e o misterioso homem acaba se apaixonando por ela que no fundo só quer roubar os artefatos de valor. Obviamente ela vai acabar se dando mal pois o solitário dono na verdade é um descendente de vampiros!
Na segunda história temos uma estranha família. O filho sofre humilhações na escola. Ele é zombado por ser fraco, magro e feio. Só que na realidade o menino é filho de um vampiro! Nada mais, nada menos, do que o próprio Conde Drácula. Quando um padre decide ir em sua casa para colocar uma estaca no coração do velho vampiro as coisas saem imediatamente do controle. Um conto levado na base do bom humor, tal como se fosse uma sitcom dos nossos tempos. Na terceira e última história temos um diretor de cinema. Ele vai dirigir um filme de terror e procura pelas locações ideais. Acaba encontrando um vila isolada, onde vivem estranhos moradores. O lugar parece o certo pois é sombrio e estranho, mas não vai demorar muito para ele entender que ir até lá foi o maior erro de sua vida!
Enfim, curti esse filme que mistura velhos monstros clássicos com um certo humor negro. Lançado no começo dos anos 80, quando o cinema clássico de terror já tinha passado por seu auge e estava em pleno declínio, essa produção tentou resgatar tudo de um ponto de vista de bom humor, mas também respeito com o passado. E de quebra ainda trazia números musicais, animações bem boladas (como a da stripper de esqueleto!) e um bom uso de ilustrações de alta categoria do mundo dos quadrinhos. Assim, em termos de cultura pop, por aqui há de tudo um pouco. Bem legal de assistir (ou rever) nos dias de hoje.
O Clube dos Monstros (The Monster Club, Reino Unido, 1981) Direção: Roy Ward Baker / Roteiro: R. Chetwynd Hayes, Edward Abraham / Elenco: Vincent Price, John Carradine, Anthony Steel / Sinopse: Três histórias de terror contadas de um amigo para o outro em um estranho clube frequentado apenas por criaturas monstruosas! Trilha sonora de John Williams.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)