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domingo, 1 de dezembro de 2024

Michael Jackson - Dangerous

Michael Jackson - Dangerous
O álbum anterior de Michael Jackson intitulado "Bad" havia vendido a metade das cópias de "Thriller". Por essa razão a indústria fonográfica queria saber se Michael Jackson ainda tinha força para vender milhões de discos novamente como havia ocorrido com seu mais famoso e bem sucedido álbum. E ele conseguiu com esse disco "Dangerous" amenizar bastante os críticos que diziam que ele estava em decadência. "Dangerous" vendeu 32 milhões de cópias ao redor do mundo. Ele ainda era capaz de abalar as estruturas da indústria musical. Aliás é bom deixar claro que nenhum disco de Michael Jackson pode ser considerado um fracasso comercial. Até mesmo seu álbum menos vendido ainda era capaz de vender muito mais cópias do que qualquer outro artista de sua época. Isso é um fato inegável. 

"Dangerous" foi lançado em um período complicado de sua vida. Michael Jackson havia se tornado uma celebridade de tabloides e sua música inegavelmente havia ficado em segundo plano. E isso se refletiu nesse disco. Ele é um tanto irregular, alternando grandes momentos, com algumas mediocridades complicadas de engolir. A faixa de maior sucesso foi "Black or White" que pegava carona naquelas polêmicas que diziam que o artista queria ficar branco, renegando suas origens de homem negro. O clip foi um grande sucesso, com uso inovador de computação gráfica. Curiosamente o próprio Michael quase nem aparecia nele. Das músicas do disco as que mais aprecio são "Heal the World" e "Will You Be There". As demais sempre me soaram bem genéricas. Nunca consegui gostar nem ao menos da faixa título do álbum. Enfim, essa é minha opinião sobre esse disco. Foi bem sucedido comercialmente, mas artisticamente falando deixou um pouco a desejar. 

Michael Jackson - Dangerous (1991)
Jam
Why You Wanna Trip on Me
In the Closet
She Drives Me Wild
Remember the Time
Can't Let Her Get Away
Heal the World
Black or White
Who Is It
Give In To Me
Will You Be There
Keep the Faith
Gone Too Soon
Dangerous

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Leaving Neverland

Título no Brasil: Leaving Neverland 
Título Original: Leaving Neverland 
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Dan Reed
Roteiro: Dan Reed
Elenco: Wade Robson, Jimmy Safechuck, Joy Robson, Michael Jackson, Macaulay Culkin (em imagens de arquivos). 

Sinopse:
Esse documentário mostra o depoimento de dois homens que contam suas histórias passadas ao lado de Michael Jackson. Nos anos 80 e 90 eles foram levados para a intimidade do cantor, para Neverland, a propriedade exclusiva do astro e segundo os próprios foram sexualmente abusados pelo cantor que seria um predador sexual dos mais perversos, um pedófilo e um criminoso. 

Comentários:
Já tinha assistido quando foi lançado pela primeira vez e agora acabei revendo. São dois programas da HBO com depoimentos de dois homens que no passado, quando eram crianças, teriam sido abusados sexualmente por Michael Jackson. Eu acredito no depoimento dessas pessoas. Um deles entrou para o círculo íntimo do cantor quando fez um comercial da Pepsi com ele nos anos 80. O outro era um imitador infantil de Michael quando era apenas um menino de 5 anos! Sim, impressiona a idade desses meninos! E eles contam tudo, nos detalhes mais sórdidos que você possa imaginar! O Michael Jackson, se tudo foi verdade, certamente foi uma das figuras mais asquerosas da história da música. Ele usava sua fama, seu poder e dinheiro para manipular as famílias dessas crianças. E as levava para a cama, com o consentimento dos envolvidos que se faziam de inocentes. Coisa muito complicada de digerir. A pedofilia vista como poucas vezes se viu no meio do show business. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de março de 2024

A Noite Que Mudou o Pop

Título no Brasil: A Noite Que Mudou o Pop 
Título Original:  The Greatest Night in Pop
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bao Nguyen
Roteiro: Bao Nguyen
Elenco: Michael Jackson, Lionel Ritchie, Quincy Jones, Stevie Wonder, Harry Belafonte, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Kenny Loggins, Huey Lewis, Smokey Robinson, Dionne Warwick, Dan Aykroyd, Kim Carnes, Ray Charles, Bob Dylan, Bob Geldof, Al Jarreau, Billy Joel, Willie Nelson, Bette Midler, Diana Ross, Paul Simon, Tina Turner, Van Halen, Sarah Vaughan

Sinopse:
Esse documentário que está disponível na Netflix conta a história de gravação da música "We Are The World" do projeto USA For Africa que tinha como objetivo mandar apoio financeiro para o continente africano. Essa canção reuniu os melhores artistas do mundo da música nos anos 1980.  No filme acompanhamos os bastidores do planejamento, execução e finalmente gravação da música "We Are The World" que iria se tornar um grande sucesso em todo o mundo. 

Comentários: 
Assistir a esse bom documentário me trouxe muitas lembranças. Isso porque eu vivi aquela época, comprei o disco, acreditei mesmo nas boas intenções envolvidas em todo o projeto. Bom, conhecia bem o resultado final dos esforços de todos aqueles artistas, mas desconhecia completamente os bastidores de tudo. E isso me deixou bem surpreso. Foi uma iniciativa que começou meio desacreditada, que precisou mesmo contar com uma série de fatores, inclusive muita sorte, para dar certo. E não podemos também deixar de reconhecer os trabalhos decisivos de Harry Belafonte (que teve a ideia inicial), Michael Jackson, Lionel Ritchie e Quincy Jones (que abraçaram a ideia de forma decisiva). Sem eles realmente nada teria ido em frente. De certa maneira esse foi o primeiro de muitos outros projetos semelhantes, o que de certa forma engrandeceu ainda mais essa reunião de grandes astros e estrelas da música norte-americano. Enfim, se você gosta de música, esse documentário é mais do que recomendado. 

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de junho de 2020

Leaving Neverland

Em termos de mundo da música o evento mais comentado dos últimos meses foi o lançamento desse documentário de Dan Reed. O tema é explosivo. Traz os depoimentos de Jimmy Safechuck e Wade Robson. Quem são eles? Hoje homens adultos, casados e pais de família, eles foram no passado "garotos de Michael Jackson". Como se sabe o cantor vivia ao redor de dezenas de crianças. A versão oficial dizia que ele estava apenas em busca de uma infância perdida que não teve. Já a versão dos bastidores dizia que o maior astro musical de sua época era na verdade um pedófilo. Foi processado por isso e inocentado em vida. Dez anos depois de sua morte tudo voltou com muita força através justamente desse documentário.

Ele conta, em quatro horas de duração, exibida em duas partes pela canal HBO, a suposta verdadeira história desses homens. Eles resgatam o passado, deixando claro que foram abusados por Michael enquanto eram apenas crianças. Um tinha sete anos de idade, o outro pouco mais de oito. São testemunhos arrasadores para a imagem de Michael Jackson. Claro, os fãs saíram em defesa de Michael, alegando que tudo teria sido mentira, uma maneira dos dois ganharem dinheiro. Só que nem a tenacidade dos fãs conseguiu controlar o estrago. Rádios baniram Michael Jackson e até mesmo eventos esportivos que usavam a música do astro cancelaram tudo. A coisa realmente fedeu. Fedeu porque sendo sincero o depoimento desses homens é muito crível, soando verdadeiro. Cada um faz seu próprio juízo de valor, no meu caso acreditei nas alegações. Michael já era considerado uma pessoa bem esquisita em seu tempo, agora com esse documentário sua imagem fica ainda mais manchada. Assista e tire suas próprias conclusões.

Leaving Neverland (Estados Unidos, 2019) Direção: Dan Reed / Roteiro: Dan Reed / Elenco: Jimmy Safechuck, Wade Robson, Michael Jackson / Sinopse: Documentário do canal HBO que procura desvendar denúncias de duas pessoas que conviveram com Michael Jackson quando eram crianças Hoje adultos eles falam sobre os supostos abusos sexuais infantis que sofreram nas mãos do cantor Michael Jackson

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de março de 2019

Michael Jackson: Leaving Neverland

Em resumo eu poderia dizer que esse documentário sobre Michael Jackson é simplesmente devastador para a imagem do cantor. Qualquer pessoa que tenha vivido os anos de glória de Michael sabe que ele foi um dos grandes ídolos da música, principalmente nos anos 80. Também sabe que ele foi acusado de pedofilia por garotos que eram levados para Neverland, seu rancho escondido na Califórnia. Ele foi processado e conseguiu se safar. Morreu em liberdade. Agora mais duas denúncias, vindas de dois homens que na infância teriam sido abusados sexualmente por Michael, sendo que um deles tinha apenas sete anos de idade quando tudo aconteceu!

O documentário tem quatro horas de duração e foi dividido em duas partes pela HBO. Posso dizer que os depoimentos são absurdamente críveis, cheios de detalhes sórdidos, o que os tornam até mesmo complicados de rebater. Digo com convicção que se esses dois tivessem falado  a verdade no tribunal naquela época em que Michael Jackson foi julgado ele teria morrido na cadeia. Claro, um deles ajudou Michael, mentindo em juízo, perante uma autoridade judiciária, mas isso é também explicado em sua longa admissão de culpa. De minha parte tomei tudo como verdade mesmo. Durante anos até acreditei (fazendo um pouco de força) que Michael fosse inocente, que ele era apenas um adulto bobo que queria se comportar como uma criança. Hoje em dia já não penso mais dessa forma. O conteúdo desse documentário é tão forte e convincente que vai ser muito difícil você acreditar na inocência do cantor depois de assisti-lo.

Para ficar ao lado de Michael Jackson depois de ver esse documentário vai ser preciso muito fanatismo por parte de seus fãs, quase um exercício de fé cega. Como não me enquadro de jeito nenhum nesse tipo de comportamento posso dizer que o Michael que sai das cenas de "Leaving Neverland" é de fato um monstro, um ser humano desprezível, mentiroso, manipulador, abusador de crianças e canalha. Um homem que deveria ter sido preso para passar o resto de seus dias na cadeia, pagando por seus crimes inomináveis. A reação do público em geral já começou. Muitas rádios baniram Michael de sua programação, pessoas jogaram fora seus discos e outros grupos de defesa dos direitos da criança já se manifestaram. Veio tarde esse tipo de reação, mas é sempre bem-vinda. A mancha em sua reputação é algo que, em minha opinião, já se tornou irreversível.

Leaving Neverland (Estados Unidos, 2019) Direção: Dan Reed / Roteiro: Dan Reed / Elenco:  Wade Robson, James Safechuck / Sinopse: O filme traz o depoimento de dois homens que quando crianças foram abusados sexualmente pelo cantor Michael Jackson. Além deles seus familiares e pessoas próximas contam tudo o que viveram ao lado do artista, que segundo seus relatos era um pedófilo criminoso contumaz.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Michael Jackson - This Is It

Ao assistir "This Is It" me lembrei imediatamente de "Let It Be" dos Beatles. Ambos tem mais semelhanças do que se possa pensar. Tanto o documentário de Michael quanto dos Beatles captam os últimos momentos da carreira desses grandes ícones da música. Os dois também não foram inicialmente concebidos para chegar nas telas da forma como chegaram. São em essência vítimas das circunstâncias. "Let It Be" era para ser o documentário da grande volta dos Beatles aos palcos, o mesmo que sucede com "This Is It" com Michael Jackson. O problema é que eles nunca voltaram aos palcos. O grupo britânico, corroído por brigas internas, simplesmente implodiu antes de recomeçar sua tão esperada turnê "Get Back" e Michael, como todos sabemos, faleceu antes de retornar para uma série de apresentações daquela que seria, segundo suas próprias palavras, sua última turnê! A despedida de Michael para sempre dos palcos. Para finalizar as grandes semelhanças dos dois documentários "This Is It" assim como "Let It Be" só trazem ensaios, nada mais. São projetos que ficaram apenas no papel, no planejamento. Uma pena.

"This is It" foi montado e lançado no calor dos acontecimentos da morte de Michael Jackson. O mundo comovido e a mídia abalada pelo falecimento do superstar mal teve tempo de analisar o filme com isenção de ânimo. É a tal coisa, os que gostavam de Michael acharam tudo maravilhoso e emocionante e quem não gostava dele logo tachou a produção de caça níqueis oportunista. Nem o céu e nem o inferno, senhores. "This Is It" certamente tem seu valor. Captar os últimos momentos de Michael, mesmo de forma quase amadora, é uma preciosidade por si só. Não adianta ter espírito de porco e desmerecer tudo apenas pelos acontecimentos que ninguém sequer previa. O Michael Jackson que surge no palco é um sujeito com pleno domínio de sua arte, dançando e cantando muito bem, levando abaixo as notícias sensacionalistas que o retratavam quase como um zumbi no final da vida. Nada mais longe da realidade. Michael estava ali, de corpo e alma nos ensaios. O que mais me chamou atenção nesse retrato do artista nos bastidores é seu comportamento muito educado, fino, tratando a todos da equipe técnica de forma muito polida. Nada do que se espera de um megastar egomaníaco. Jackson era até tímido com o trato pessoal com sua equipe técnica, músicos e dançarinos. Um gentleman. No apagar das luzes só podemos lamentar sua morte precoce. Pelo menos seu legado musical fica como prova de seu grande talento como artista.

This Is It (This Is It, Estados Unidos, 2009) Direção: Kenny Ortega / Elenco: Michael Jackson / Sinopse: Documentário que mostra os últimos ensaios de Michael Jackson na montagem do show "This Is It" que seria sua última turnê. Os bastidores e o clima de testes domina todo o filme. Lançado de forma póstuma após a morte de Michael Jackson.

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de junho de 2012

Moonwalker

"Moonwalker" não é bem um filme. Na realidade é uma coleção de clips que tem como objetivo promover o astro Michael Jackson. É algo parecido com o que acontece com quase todos os filmes de popstars da música. Geralmente são feitos como meros veículos de divulgação para as músicas dos discos. E poucos artistas entenderam tão bem o poder disso do que Michael Jackson. Na verdade podemos dizer até que seu grande sucesso se deu muito por causa dos videoclips que produziu. "Thriller" o maior êxito de toda a carreira de Michael é um exemplo perfeito disso. Dirigido pelo cineasta John Landis, o clip acabou abrindo uma nova era na história da música pop mundial. A patir dele nenhum artista lançaria mais suas músicas sem que fossem acompanhadas de bem produzidos videoclips. O nicho de mercado acabou até mesmo incentivando o surgimento da MTV, um canal feito único e exclusivamente para passar videoclips 24 horas por dia. Pode-se dizer que Jackson foi o primeiro superstar da era MTV que passando seus clips durante todo o dia promoviam indiretamente sua música. 

Não contente em dominar a TV, Michael nos anos 80 resolveu participar do mais longo videoclip da história - isso mesmo, o filme "Moonwalker". Era a tentativa do cantor em levar seus clips da TV para a tela grande do cinema. Como eu disse no começo do texto não é bem um filme mas sim um mosaico de momentos do cantor na era do videoclip. Assim todos os seus momentos famosos (Thriller, Billie Jean, Beat It) passeiam pela tela. A única novidade é um curto segmento em que Michael, vestido de gangster da década de 30, enfrenta bandidos caricaturais para salvar um grupo de crianças. Nessa sequência ele canta a famosa canção "Smooth Criminal" de seu álbum "Bad". Fora isso ele se transforma em um robô gigante ao estilo Transformers. Enfim, esqueça de tentar dar um sentido para a coisa toda. "Moonwalker" é um produto feito para fãs do cantor e nada mais. Um meio promocional do mundo do cinema em serviço ao mundo da música.  

Moonwalker (Moonwalker, Estados Unidos, 1988) Direção: Jerry Kramer, Colin Chilvers / Roteiro: David Newman baseado na estória concebida por Michael Jackson (Smooth Criminal) / Elenco: Michael Jackson, Joe Pesci, Sean Lennon / Sinopse: Clips de Michael Jackson intercalados por um número musical inédito (Smooth Criminal) onde Michael Jackson enfrenta criminosos aliciadores de crianças.  

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Michael Jackson - Blood on the Dance Floor

Até tenho ouvido bastante esse CD ultimamente. Era para ter sido lançado como EP (compacto duplo) pois não havia músicas suficientes para compor um álbum. Então a gravadora decidiu complementar o disco com uma série de remixes. Uma ideia que sinceramente não achei grande coisa. Deveriam ter procurado por alguma faixa arquivada do passado. Teria sido mais interessante do que simplesmente encher o disco com remixes de faixas do disco History. De qualquer forma tem coisas interessantes nesse CD. Não acho que seja um álbum essencial para se ter na coleção, mas para quem deseja completar a coleção dos CDs oficiais da carreira do Michael Jackson, aí já recomendaria. Há músicas aqui que não se encontram em nenhum outro títuo do cantor. Por isso existe a importância.

"Blood on The Dance Floor", a faixa título, tem ótimo embalo. Poderia ter entrado em qualquer disco oficial de Michael Jackson. "Morphine" surpreende pela sinceridade. Aqui Michael admite publicamente seus problemas com as drogas, algo que iria selar seu destino. A referência ao medicamento Demerol tem muita sinceridade. "Is It Scary" e principalmente "Ghosts" tenta repetir o passado de glórias de "Thriller", mas sem sucesso. Essas são as músias inéditas. Todo o resto é completado com remixes. No geral gosto do CD, apesar de sempre ter aquela sensação de que tudo não passou de um truque de gravadora para faturar mais em cima do nome de Michael Jackson.

Michael Jackson - Blood on the Dance Floor (1997)
Blood on The Dance Floor
Morphine
Superfly Sister
Ghosts
Is It Scary
Scream Louder (Flyte Tyme Remix)
Money (Fire Island Radio Edit)
2 Bad (Refugee Camp Mix)
Stranger In Moscow (Tee's In House Club Mix)
This Time Around (D.M. Radio Mix)
Earth Song (Hani's Club Experience)
You Are Not Alone (Classic Club Mix)
HIStory (Tony Moran's History Lesson)

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2011

Michael Jackson - Thriller - Parte 2

A música "The Girl Is Mine" foi uma parceria de Michael com o ex-Beatle Paul McCartney. Uma dobradinha, uma troca de gentilezas, Paul cantaria no disco de Michael e esse gravaria também com Paul, em "Say, Say, Say" do álbum "Pipes of Peace". Os dois se deram muito bem em termos artísticos, embora na vida pessoal tivessem problemas. Não é segredo para ninguém que Paul se sentiu traído quando Michael comprou os direitos autorais das músicas dos Beatles pelas costas do colega.

Depois disso a amizade azedou de vez e eles nunca mais voltaram a trabalhar juntos. Uma pena porque apesar de terem feito poucas músicas juntos todas elas eram excepcionalmente boas. "The Girl Is Mine" por exemplo, é uma balada saborosa, com tudo o que de melhor os anos 80 poderia disponibilizar no gênero Pop Music. Tocou muito nas rádios, fez grande sucesso e se tornou um hit dentro de um álbum que só trazia hits, mais parecendo uma coletânea de sucessos da carreira de Michael Jackson.

E por falar em sucesso, o que dizer de "Billie Jean"?  Essa canção era seguramente uma das mais perfeitas de toda a carreira de Jackson, um embalo dançante que não deixou ninguém parado nos anos 80. A composição era fruto da parceria de Michael com Quincy Jones, o produtor responsável por esse disco maravilhoso na carreira do cantor. Lançado em single, como uma espécie de divulgadora avançada do próprio disco, bateu inúmeros recordes de vendas quando chegou nas lojas de discos da época. Aliás um compacto original em bom estado hoje em dia é uma verdadeira raridade, disputada por colecionadores de vinis.

Michael diria anos depois que a canção havia sido escrito pensando nas fãs do grupo Jackson Five. Ele e seus irmãos costumavam chamar qualquer garota que fosse fã da banda de "Billie Jean", uma piada interna entre eles. Anos depois surgiram diversas teorias sobre isso, mas a versão dada pelo próprio cantor foi justamente essa. Como foi ele o criador da música não haveria mais o que discutir. O clip também ficou famoso, sendo o primeiro de uma linhagem que faria o disco vender milhões de cópias nos anos seguintes. A calçada iluminada pelos seus passos realmente marcaria para sempre o universo pop da música americana.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

We Are the World

Título no Brasil: We Are the World
Título Original: We Are the World
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: Tom Trbovich
Roteiro: Mikal Gilmore
Elenco: Michael Jackson, Ray Charles, Bob Dylan, Jackson Five, Cyndi Lauper, Huey Lewis, Bette Midler, Willie Nelson, Lionel Richie, Smokey Robinson, Kenny Rogers, Diana Ross, Bruce Springsteen, Tina Turner, Dionne Warwick, Stevie Wonder, Dan Aykroyd, Harry Belafonte, Lindsey Buckingham Billy Joel Al Jarreau Jane Fonda, Kim Carnes

Sinopse:
Documentário que resgata a gravação e lançamento do famoso álbum "We Are The World" que em meados dos anos 1980 se propôs a arrecadar fundos para combater a fome e a miséria no continente africano. Indicado ao Emmy Awards na categoria Melhor Documentário Musical. Vencedor do Grammy Awards na categoria Melhor Filme Musical.

Comentários:
Um interessante documentário que marcou época em seu lançamento. O projeto "We Are The World" ficou muito famoso por causa da constelação de estrelas do mundo da música que foram reunidas para cantar a música tema do projeto beneficente que naquela altura tinha o objetivo de levantar dinheiro dentro da sociedade americana para ajudar no combate à fome nos países da África, continente sempre assolado por guerras, miséria e doenças. Embora não tenha sido um projeto criado por Michael Jackson temos que reconhecer que ele só se tornou um fenômeno por causa de sua presença. Após abraçar a causa o artista telefonou pessoalmente para dezenas de outros grandes nomes da música para que viessem participar da faixa principal do álbum que seria lançado. Todo o dinheiro arrecadado nas vendas seria levado para a África, dando corpo assim ao projeto que ficou conhecido como "Usa For Africa". O resultado tanto em termos artísticos como humanitários foi realmente muito bom, reacendendo o que havia de melhor em todos esses astros. Um importante registro dessa união da classe artística em prol dos necessitados irmãos africanos.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de maio de 2011

Michael Jackson - Invincible

Esse foi o último álbum da carreira de Michael Jackson. Na época de seu lançamento houve uma grande ansiedade por parte de fãs e imprensa pois já fazia quatro anos que o cantor não lançava material realmente inédito no mercado. Nem é preciso lembrar que a vida de Michael continua caótica, enfrentando problemas de toda ordem, inclusive complicados processos envolvendo acusações de pedofilia. Por isso Michael se considerava naquela altura de sua vida uma pessoa realmente invencível, uma vez que havia conseguido sobreviver a todos esses problemas. Jackson estava em uma nova gravadora, a Sony, e tinha grandes expectativas em relação ao disco mas logo se mostrou desapontado com os resultados comerciais. Três singles foram lançados, "You Rock My World", "Cry" e "Butterflies" mas nenhum deles conseguiu ser efetivamente um impacto nas paradas como os antigos sucessos de sua carreira. O álbum também se mostrou tímido em termos de vendagens, vendendo meras cinco milhões de cópias nos Estados Unidos, um número bom para qualquer artista mas não para Michael Jackson que conseguira vender estimadas 100 milhões de cópias por Thriller. Em vista disso o rótulo de "fracasso" comercial começou a rondar Invincible. Em represália Michael culpou a Sony pelos resultados fracos. Chegou ao ponto de acusar a gravadora de ser racista e ter boicotado seu material por ele ser um astro afro-americano. O rompimento depois de acusações tão pesadas logo se tornou inevitável.

Eu sempre digo que quando o artista perde o foco de sua arte se preocupando apenas com números ele acaba perdendo sempre o que tem de melhor. É isso é algo bem claro nesse "Invincible". De repente todos estavam falando das poucas cópias vendidas, esquecendo de analisar o CD apenas por seus méritos artísticos. Olhando sobre esse ângulo considero "Invincible" um bom trabalho de Jackson. Não é uma obra prima mas certamente é um trabalho acima da média. Talvez sua preocupação em flertar com artistas do estilo rap tenha ofuscado um pouco o conjunto das canções do álbum mas há outros estilos presentes no disco que o salvam da mediocridade. R&B, hip hop e dance-pop estão presentes na seleção musical para amenizar esse aspecto negativo. Curiosamente Jackson só volta a brilhar mesmo quando retoma seu bom e velho estilo em faixas como "You Are My Life", "Break of Dawn" ou até mesmo a ótima "Speechless" que tem uma linda melodia. Já quando tenta se auto imitar como em "Threatened" derrapa feio pois definitivamente os dias de Thriller estavam há muito superados. A participação de grandes músicos, como Slash, o mitológico guitarrista do Guns and Roses, em "Privacy" também ajudam a manter o interesse. Michael também não deixou o lado mais social de lado dedicando o disco para o garoto negro Benjamin "Benny" Hermansen, morto por grupos neonazistas na Noruega em 2001. Assim no final das contas não importa se o álbum foi ou não um estouro de vendas pois hoje em dia isso não tem qualquer importância. O que é relevante é a música de Jackson, que aqui ressurge não tão brilhante como um dia foi, mas mesmo assim mantendo um nível de qualidade digno de sua posição dentro da música mundial. Sem dúvida ele foi um artista que deixou uma lacuna que dificilmente será preenchida. Era um cantor e compositor realmente fora de série.

Michael Jackson - Invincible (2001)
Unbreakable / Heartbreaker / Invincible / Break of Dawn / Heaven Can Wait / You Rock My World / Butterflies / Speechless / 2000 Watts / You Are My Life / Privacy / Don't Walk Away / Cry / The Lost Children / Whatever Happens / Threatened.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de maio de 2011

Michael Jackson - HIStory

Michael Jackson foi um grande artista de nosso tempo. Era ótimo cantor, dançarino e compositor. Certamente sua imensa popularidade é plenamente justificada pelo grande talento que tinha. Sobre isso acredito que não haja grandes controvérsias. Infelizmente isso não bastava ao cantor e ele se envolveu em uma enorme quantidade de confusões ao longo da vida, fatos esses que nem preciso aqui entrar em detalhes pois já é demais sabido por todos, ainda mais depois de sua morte quando somos bombardeados diariamente com aspectos de sua vida pessoal. Michael Jackson não foi apenas um grande astro musical mas uma celebridade elevada à nona potência. Nesse ponto é que reside todo o problema. Como prestar atenção no artista Michael Jackson no meio de tanto barulho causado por sua persona sui generis? É algo complicado de se alcançar. Ainda mais agora, após sua morte. De repente Michael, que era mal visto por muita gente, virou uma espécie de santidade imaculada. Incrível como tantas pessoas mudaram de opinião tão rapidamente apenas pelo fato de seu falecimento. Certamente a mídia mostrou, como poucas vezes se viu, a sua enorme capacidade de mudar a opinião pública na direção de onde bem entender. O mesmo Michael que foi massacrado pela indústria de informação hoje é canonizado num evento sem proporções, mostrando realmente que a massa está totalmente nas mãos dos grandes meios de comunicação.

Mas isso é um assunto para se discutir com mais calma em outra ocasião. Como afirmei antes, se focar apenas no músico Michael Jackson nos dias de hoje é algo complicado. Esse CD, HIStory, lançado bem no meio das acusações de pedofilia, mostra como o lado musical de Michael foi soterrado pelas toneladas de tablóides sensacionalistas. Ouvir HIStory agora é algo revelador. Ao longo de suas várias faixas podemos tranquilamente notar o grande artista que o mundo perdeu recentemente. Na verdade o álbum, tal como foi concebido, vem fazer um levantamento sobre a trajetória de Michael ao longo dos anos. Assim no CD 1 temos seus maiores sucessos, com todos aqueles clássicos que tão bem conhecemos (e que por isso não vou tecer maiores comentários). Já o CD 2 traz material inédito gravado por ele naquele ano. O ponto alto é justamente o CD2 de inéditas. Nessas quinze faixas facilmente reconhecemos o que de melhor (e pior) existia na carreira de Jackson. De positivo temos ótimas baladas cantadas por Michael, mostrando mais uma vez o ponto forte de sua voz. "Stranger In Moscow", uma faixa estranhamente intimista mostra esse seu lado vocal, que depois é confirmada na bela "You Are Not Alone" (feita em homenagem a sua esposa de então, a filha de Elvis, Lisa Marie Presley). Para quem gosta do lado mais agitado do astro, duas faixas tentam, sem muito êxito é bom salientar, reviver os dias de Bad e Thriller. Em Scream temos um dueto pouco inspirado ao lado de sua irmã Janet e em 2 Bad constatamos que a velha fórmula havia se desgastado um pouco.

Já "HIStory", a faixa que dá nome ao CD, é no mínimo curiosa, mas pelo sua própria estrutura dificilmente se destacaria nas paradas. O lado ruim do CD vem da regravação desnecessária de Come Together dos Beatles (afinal os direitos eram dele mesmo) e da constrangedora "Childhood" (depois de todas as acusações Michael deveria ter evitado o tema infantil no CD). "Money" tem uma estrutura rítmica muito rica, assim como o vocal de Michael, excelente. "Earth Song" por sua vez se destaca não só pela bonita melodia mas também pela mensagem de tenta passar (Pois é, até na terra do Peter Pan havia consciência com nosso meio ambiente). "Little Susie" é tão estranha quanto curiosa. Não sei onde ele estava com a cabeça ao se envolver com esse tipo de canção. Por fim temos "Smile", que era a sua canção preferida. Aqui temos o grande momento do CD pois não há como negar que se trata de uma das mais lindas releituras dp grande clássico de Charles Chaplin. É um momento primoroso, acima de qualquer crítica, que fez jus ao talento genial de seu criador. É isso, HIStory mostra as facetas de um ser humano complexo, difícil de entender e compreender, mas que no final deixou uma grande obra, essa sim, imortal.

Michael Jackson - HIStory (1995)
HIStory Begins (Disc 1): 01. Billie Jean 02. The Way You Make Me Feel 03. Black Or White" 04. Rock With You 05. She's Out Of My Life 06. Bad 07. I Just Can't Stop Loving You 08. Man In The Mirror 09. Thriller 10. Beat It 11. The Girl Is Mine 12. Remember The Time 13. Don't Stop 'Til You Get Enough 14. Wanna Be Startin' Somethin' 15. Heal The World.

HIStory Continues (Disc 2): 01. Scream 02. They Don't Care About Us 03. Stranger In Moscow 04. This Time Around 05. Earth Song 06. D.S. 07. Money 08. Come Together 09. You Are Not Alone 10. Childhood (Theme from Free Willy 2) 11. Tabloid Junkie 12. 2 Bad 13. HIStory 14. Little Susie.

Pablo Aluísio.

Michael Jackson - Bad

Esse álbum realmente tinha uma tarefa impossível de cumprir, a de superar o sucesso e as vendas do disco anterior de Michael Jackson, "Thriller", até hoje o LP mais vendido de todos os tempos. Claro que jamais iria alcançar aquele tipo de êxito comercial mas a indústria fonográfica tinha esperanças que aquilo ainda era possível de se repetir. No final das contas não deu. Na verdade "Bad" vendeu pouco mais da metade das cópias de "Thriller". Além disso não conseguiu a façanha de transformar praticamente todas as suas faixas em hits, como havia acontecido no disco anterior. Mesmo assim vendeu horrores, ganhando 20 discos de platina por suas vendas. Também consolidou Michael Jackson como o maior astro da música de seu tempo.

Infelizmente aspectos bizarros de sua vida pessoal começaram também a pipocar nos jornais por essa época, isso foi ruim pois ofuscou o lado artístico de Jackson, dando margem ao aspecto mais sensacionalista de sua vida. Revisando "Bad" nos dias de hoje chegamos na conclusão que a boa sonoridade ainda resiste, embora algumas faixas tenham perdido relevância com o tempo justamente por terem se rendido em demasia aos padrões meramente comerciais dos anos 80. / Estúdio Selo: CBS / Produção: Michael Jackson, Quincy Jones / Formato Original: Vinil  / Músicos: Michael Jackson, Steve Wonder, Eric Gale, Maxi Anderson, David Williams entre outros.

Michael Jackson - Bad (1987)
Bad / The Way You Make Me Feel / Speed Demon / Liberian Girl / Just Good Friends / Another Part of Me / Man in the Mirror / I Just Can't Stop Loving You / Dirty Diana / Smooth Criminal / Leave Me Alone.   

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Michael Jackson – Thriller

Só quem viveu os anos 80 consegue ter uma noção completa do impacto que Thriller teve no mundo musical. Esse é um álbum que realmente merece o rótulo de fenomenal. É incrível que um artista como Michael Jackson – que mesmo após o lançamento de seu disco de estréia ainda tentava se desvincular de seu passado no Jackson Five – tenha conseguido atingir tamanho êxito. E não estou falando apenas em sucesso de vendas, já que Thriller foi o álbum mais vendido de todos os tempos, mas sim de sucesso do ponto de vista artístico, musical. Mesmo que você não goste do cantor por causa de seus inúmeros problemas pessoais que o atingiram depois, é quase impossível negar a importância que Thriller teve para o mundo da música nos anos 80. Fruto do trabalho de Michael com o produtor Quincy Jones, Thriller tem um ar de jovialidade e originalidade que até hoje impressiona quem o ouve. Foi o auge de Michael Jackson, a sua obra prima, o pico – que nem ele mais conseguiria atingir depois!

Uma das características que sempre me chamaram atenção em “Thriller” era o incrível número de grandes sucessos presentes em sua seleção musical. Alíás todo o disco foi sucesso, da primeira à última faixa, sem exceções. Eu me recordo bem que nas festinhas de adolescentes da época Thriller era tocado na íntegra porque além de ser um disco extremamente popular não havia faixas ruins ou apagadas – que estavam ali apenas para completar o disco, por exemplo. Pelo contrário, Thriller só tinha sucesso, um atrás do outro, e todas as canções eram extremamente bem trabalhadas e produzidas, mostrando todo o perfeccionismo de Michael Jackson e Quincy Jones nos estúdios. Canções como “Billy Jean”, “Beat It” e a própria “Thriller” viraram verdadeiros hinos de uma geração. Para completar os videoclips (novidade para uma época ainda muito primitiva nesse aspecto) ajudaram a popularizar ainda mais as músicas. Olhando para trás podemos perceber que no fundo “Thriller” foi a glória e a desgraça de Michael Jackson. A glória porque nenhum outro artista conseguiu superá-lo nos números absurdos de cópias vendidas que esse álbum conseguiu alcançar e desgraça porque depois desse avassalador sucesso Michael Jackson nunca mais conseguiu superar o fato dele ter sido literalmente esmagado por sua própria fama e sucesso.

Michael Jackson - Thriller (1982)
1. Wanna Be Startin' Somethin 2. Baby Be Mine 3. The Girl Is Mine 4. Thriller 5. Beat It 6. Billie Jean 7. Human Nature 8. P.Y.T. (Pretty Young Thing) 9. The Lady in My Life.

Pablo Aluísio.

Michael Jackson - Off the Wall

Não é o primeiro disco solo da carreira de Michael Jackson como muitos escrevem por aí. Na verdade Michael já tinha gravado discos solos  antes, quando era apenas um garoto como por exemplo "Got to Be There" e "Ben", ambos de 1972 ainda no selo Motown. Aqui o que temos é o primeiro álbum solo da fase mais magnífica da carreira do cantor quando ele começou a se tornar um artista ícone do mundo pop. Não resta dúvida que a musicalidade desse disco marcou toda uma época. Praticamente todas as faixas viraram hits e Michael começou sua escalada rumo ao Olimpo dos deuses do mundo da música. Seu álbum seguinte, "Thriller" de 1982, se tornaria o disco mais vendido de todos os tempos.

Importante chamar a atenção para o fato de que todos os maneirismos vocais e de performance que Michael iria polir à perfeição no disco seguinte já podem ser encontrados aqui nessas faixas. Em termos de composição Michael ainda se utiliza de outros compositores como o aclamado Stevie Wonder (que escreveu a ótima "I Can't Help It") e Paul McCartney (que tem sua simpática "Girlfriend" do disco "London Town" regravada em excelente versão de Jackson). É um disco coeso, ainda com nuances do movimento Disco que imperava nas paradas daquela época. Um álbum feito para tocar nas rádios e fazer sucesso, algo que Michael Jackson sabia fazer muito bem. / Estúdio Selo: Epic / Produção: Quincy Jones, Michael Jackson / Formato Original: Vinil / Músicos: Michael Jackson, Randy Jackson, Larry Carlton, David Foster, Louis Johnson, John "JR" Robinson, Phil Upchurch, David Williams, entre outros.

Michael Jackson - Off the Wall (1979)
Don't Stop 'Til You Get Enough / Rock with You / Working Day and Night /  Get on the Floor / Off the Wall / Girlfriend / She's Out of My Life / I Can't Help It / It's the Falling in Love / Burn This Disco Out.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Michael Jackson

Michael Jackson e Thriller
Os anos 80 foram de Michael Jackson. Elvis Presley estava morto, os Beatles tinham se separado e o trono de maior astro musical do mundo estava vago. Michael Jackson tomou esse trono justamente com esse álbum. "Thriller"foi durante anos o disco mais vendido da história, com mais de 50 milhões de cópias vendidas! Um número que hoje em dia é praticamente impossível de se alcançar. Aliás foi impossível até mesmo para o próprio Michael Jackson que nunca mais conseguiu alcançar esse marco comercial.

Estamos falando de outra era no mundo da música. Um tempo em que você necessariamente tinha que ter um vinil em mãos para ouvir o seu artista preferido. Hoje em dia nada mais parecido acontece. Alguns cantores não estão lançando nem mesmo mais CDs, tudo fica no virtual mesmo, em arquivos digitais. A indústria fonográfica se pulverizou! O curioso é que foi um álbum com poucas faixas, apenas nove no total. Na época os LPs vinham em média com dez a doze músicas. Isso decorreu do fato das músicas de Michael também terem duração maior do que o normal. O produtor Quincy Jones trabalhou de forma minuciosa em cada gravação, em cada detalhe  O disco trouxe uma produção primorosa, isso era algo inegável. Tanto capricho e trabalho foram recompensados.

Michael Jackson - Thriller - Box Special
Durante muitos anos Thriller foi o álbum mais vendido de todos os tempos. Um marco absoluto da música internacional. O cantor e compositor Michael Jackson chegou ao seu auge com esse trabalho realmente fantástico. Praticamente todas as faixas se tornaram hits, fazendo com que o álbum realmente fosse um fenômeno de vendas. Agora o trabalho ganhou uma recente modernização, através de um box com muito material de estúdio que seguia inédito. O produtor Quincy Jones (o verdadeiro gênio por trás do disco, ao lado de Michael Jackson, óbvio), foi até seus arquivos e encontrou muita coisa interessante.

O álbum foi produzido pela gravadora CBS, um braço do gigante da comunicação Columbia. Durante muitos anos os fãs só tiveram acesso ao disco original, tal como lançado na primeira metade dos anos 80, com encartes simples (contando com desenhos feitos pelo próprio Michael) e as letras das músicas. Nada de muito especial, nem mesmo nas inúmeras reedições do disco. O novo box promete trazer muito material que os fãs do cantor sequer imaginavam existir. Ainda há aspectos de direitos autorais a serem discutidos entre os herdeiros do astro, mas vamos torcer para que tudo caminhe bem e esse lançamento chegue mesmo nas mãos de seu público fiel.

Michael Jackson e Prince: Bad
Michael Jackson ainda segue sendo tema de interesse, mesmo após tanto tempo depois de sua morte. Um recente livro lançado nos Estados Unidos traz aspectos reveladores da intimidade do cantor, inclusive a descrição de seu quarto, que foi investigado pela polícia após sua morte. Fotos de crianças (até bebês!), frascos de remédios, roupas com sangue (não se sabe a origem delas) e dizem até pornografia infantil. Michael segue sendo um enigma complicado de desvendar.

Pois bem, um dos aspectos mais curiosos revelados nem vem dessa intimidade obscura do artista, mas sim de um encontro que foi durante muito tempo escondido do público. Algumas semanas antes de começar a gravação de seu novo disco "Bad" Michael se encontrou com Prince na sala da gravadora CBS em Los Angeles. Jackson queria que Prince participasse do seu novo álbum. Não apenas cantando em dueto na faixa principal "Bad" como também dançando no clipe.

O vídeo promocional traria Michael e Prince como líderes de gangues rivais que se encontrariam em um estacionamento de L.A. No começo tudo levaria o espectador a pensar que uma luta de punhais estaria prestes a começar, mas então ambos começariam a dançar, numa disputa para ver quem faria a melhor e mais bem elaborada performance. Seria genial se... Prince não gostasse da música. Realmente, com muito jeito, ele disse a Michael que não havia gostado de "Bad". Havia um trecho da canção que dizia: "A sua bunda é minha!" e Prince deixou claro para Michael que jamais cantaria um verso assim!

O encontro acabou terminando mal. Michael ficou ressentido pela recusa e nunca mais quis saber de Prince novamente. O grande encontro entre os dois ídolos pop dos anos 80 jamais aconteceria. O clipe foi gravado seguindo a ideia inicial, mas apenas como Michael atuando como astro. E ele também gravou a faixa sozinho. "Bad" não vendeu tanto quanto "Thriller" (isso jamais aconteceria de novo na carreira de Jackson) e por vários motivos foi considerado um disco decepcionante. Mesmo assim, entre polêmicas, recusas e batidas, o importante é que todos saíram são e salvos de mais essa tormenta na vida de Michael Jackson.

Michael Jackson Untouchable
Certas celebridades não conseguem morrer de fato. Suas vidas são fuçadas, estudadas, esmiuçadas ao extremo. Já havia acontecido antes em grande escala com Elvis Presley e agora começa a acontecer com outros ídolos mortos mais recentemente. A bola da vez é o superstar Michael Jackson. No livro "Michael Jackson Untouchable" o autor foca seu texto na vida íntima e sexual do cantor americano. Falar na vida sexual de Michael é algo que soa cansativo hoje para a maioria das pessoas pois durante anos esse tema foi exaustivamente explorado pela mídia. Como se sabe Michael Jackson foi acusado de ser pedófilo e teve que ir ao tribunal para se defender e provar que tudo o que diziam contra ele não era verdade. Agora surge uma nova visão sobre a vida do star. Para o autor Randall Sullivan a questão é simples de entender: Michael Jackson não era pedófilo, nem gay, nem hetero. Na verdade ele era assexuado e teria morrido virgem aos 50 anos de idade. Quem explica é o próprio Sullivan: "De todas as respostas que alguém pode dar sobre a pergunta central envolvendo a memória de Michael Jackson, a que tem mais apoio das evidências é a de que ele morreu como um virgem de 50 anos, tendo nunca feito sexo com nenhum homem, mulher ou criança, em um estado especial de solidão que é responsável em grande parte por ele ter se tornasse único enquanto artista e tão infeliz enquanto ser humano".

A declaração causou controvérsia essa semana nos Estados Unidos uma vez que Michael Jackson foi casado com a filha de Elvis Presley, Lisa Marie Presley. Será que o casamento tantas vezes acusado de ser  uma farsa jamais se consumou? Lisa Marie não quis dar declarações sobre o novo livro. O assunto para ela parece ter sido encerrado de forma definitiva. Para os fãs de Michael Jackson porém o tema ter voltado à tona agora é mais uma fonte de dor de cabeça pois terão que novamente responder às mesmas perguntas cansativas de antes como: Michael Jackson era pedófilo? Michael Jackson era gay? Michael Jackson era assexuado? O que significa isso afinal? As pessoas continuam extremamente preocupadas com a vida sexual alheia. O assunto como se vê parece longe de chegar ao fim. Para finalizar porém fica a grande pergunta nesse momento: E no que a afirmação de que Michael Jackson não era interessado por sexo se baseia? Segundo o autor ele teria ouvido pessoas próximas a Jackson como seu advogado Tom Mesereau, que defendeu Jackson das acusações de pedofilia em 2005. Mas afinal qual é a verdade no meio de tudo isso? Ninguém ao certo jamais saberá.

Michael Jackson, 60 anos
Se Michael Jackson estivesse vivo hoje estaria completando 60 anos de idade. Faz nove anos que morreu. Escrever sobre Michael é algo bem familiar em meu caso. Quando Thriller se tornou aquele fenômeno de vendas eu já me interessava muito por música, discos, etc. Ele foi o ícone máximo do mundo musical dos anos 80. Isso foi muito bom porque afinal ele era um artista extremamente talentoso, excelente cantor e dançarino e performance de palco realmente impressionante. O problema é que Michael gostava muito de ser uma celebridade. Assim ele herdou uma cera tara pelas manchetes nos jornais. Não importava que fossem escandalosas ou baseadas em atos bizarros de sua parte. Ele só tinha fixação em aparecer o tempo todo nos tabloides, isso apesar de publicamente dizer que odiava essa exposição.

Acabou sendo a armadilha mortal que o engoliu. Quando as acusações de abuso infantil surgiram ele ficou numa posição muito ruim porque perante a imprensa ele já vinha se promovendo como um sujeito diferente, fora dos padrões, completamente bizarro para muitos. Por isso as acusações de pedofilia o atingiram em cheio, algo que não aconteceria com outra pessoa que cultivasse um comportamento mais normal. Claro que gostei muito de suas músicas e de seus discos através dos anos. Inclusive deveria escrever mais sobre ele nesse blog. Como milhões de pessoas ao redor do mundo a arte de Michael Jackson fez parte da trilha sonora da minha vida. Pena que ele não soube, ao meu ver, capitalizar esse imenso talento apenas para o mundo musical, onde ele definitivamente foi um astro imortal.

Rancho de Michael Jackson é vendido
Finalmente conseguiram vender o rancho Neverland de Michael Jackson. O lugar estava à venda por anos. Inicialmente os herdeiros do cantor pediram 100 milhões de dólares. Ninguém mostrou interesse em comprar. E as coisas pioraram muito nos últimos anos. O rancho ficou praticamente abandonado, com os imóveis que fazem parte do rancho precisando de reformas urgentes. E depois que acusações voltaram para a mídia o interesse decaiu muito mais.

Como se sabe dois homens denunciaram Michael em um documentário chamado "Deixando Neverland", onde acusaram o cantor de ter transformado aquela propriedade isolada em uma verdadeira armadilha para crianças. O lugar tinha como tema Peter Pan, por isso se chamava Terra do Nunca. Havia lojas de doces, brinquedos, rodas gigantes, animais, tudo o que uma criança gostaria. Ao que tudo parece e foi denunciado também era um paraíso de pedofilia, onde Michael levava as crianças para ter relações sexuais nos lugares mais escondidos de Neverland.

Com um histórico pavoroso desses, nenhuma família mais tradicional quis comprar aquele rancho. Ron Burkle, um bilionário, ofereceu 20 milhões. Os herdeiros acharam muito pocuo, mas como ficaram sem opções fizeram uma contraoferta de 22 milhões. Assim o negócio foi fechado. Não se sabe quais são os planos do novo comprador. Neverland, que na verdade se chama Sycamore Valley Ranch, pode tanto ser utilizado comercialmente, para quem sabe transformar tudo em uma espécie de Graceland para fãs de Michael Jackson, como também pode ser usada para uso particular. Só o tempo dirá o que vai acontecer com esse lugar. 

Pablo Aluísio.