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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um

Esse filme teve uma produção muito conturbada e um lançamento ainda mais problemático. Tom Cruise, o verdadeiro dono dessa franquia, brigou com o estúdio Paramount durante as filmagens e a coisa toda ficou ainda mais tensa quando o filme chegou nos cinemas e faturou nas bilheterias a metade do que era esperado. Ao custo de quase 300 milhões de dólares, a Paramount estava esperando uma bilheteria de 1 bilhão. Faturou pouco mais de 500 milhões. Acusações voaram para todos os lados, brigas de bastidores se tornaram generalizadas e durante um tempo correu-se o risco até mesmo de se cancelar a produção da parte 2 do filme. Aliás essa coisa de se dividir um enredo em dois filmes sempre me pareceu muito equivocado mesmo. Não se pode prever bilheteria, ainda mais nos dias de hoje onde filmes lançados nos cinemas podem fracassar sem cerimônia. Basta lembrar do que aconteceu com "Furiosa" da franquia Mad Max. O mais sensato é produzir apenas um filme com começo, meio e fim e torcer para que dê certo. 

Deixando tudo isso de lado, afinal o espectador não está nem aí para esse tipo de coisa, querendo mais é se divertir, devo dizer que esse novo filme da franquia Missão Impossível é bem melhor do que o último que achei genérico demais. Não que esse não seja também, mas pelo menos escreveram uma trama um pouquinho mais bem elaborada, aproveitando o assunto da moda que é a Inteligência Artificial. Eu só não concordo que o personagem de Cruise e sua equipe iriam sobreviver a um inimigo como esse. São espiões e agentes que vivem usando da tecnologia mais avançada. Quando a IA dominasse esse campo, não sobraria mais nada para eles, seriam aniquilados, caso estivéssemos vendo uma história baseada no mundo real. Como esse filme é pura ficção temos que aceitar que eles teriam alguma chance. Tudo bem, coisas de cinema, segue o jogo. 

No quadro geral, olhando o todo, esse novo filme segue basicamente a fórmula dos sete filmes anteriores. Trocando em miúdos, é um filme de ação com longas cenas de... ação, claro! Algumas vezes funciona, são muito bem elaboradas, outras vezes se tornam algo entediante. Aliás esse é um paradoxo e tanto, como podem cenas de ação e velocidade se tornarem assim tão entediantes? Acredito que esse tipo de clichê é tão utilizado que o espectador mais veterano de cinema acaba bocejando mesmo. Enfim, no saldo final, entre mortos e feridos, ainda qualifico como um bom filme. Só não espere por nada espetacular ou original. No próximo talvez melhore um pouco mais, afinal essa parte 2 provavelmente será o último filme da franquia, porque a Paramount não quer mais apostar em Missão Impossível. 

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um (Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One, Estados Unidos, 2024) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Bruce Geller, Christopher McQuarrie, Erik Jendresen / Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Esai Morales / Sinopse: Após o ataque a um submarino nuclear russo em missão secreta, o agente Ethan Hunt (Cruise) descobre que vai enfrentar um novo inimigo que sequer é um ser humano. Trata-se de um programa de inteligência artificial de última geração. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Top Gun: Maverick

O maior sucesso de bilheteria do ano de 2022 é uma continuação bem tardia de um filme dos anos 80. Quem poderia imaginar? "Top Gun: Maverick" já está perto de faturar um bilhão e meio de dólares. Um sucesso espetacular, ainda mais em se tratando de uma época em que a pandemia ainda está no ar. E o filme cumpre muito bem seu papel. A história em si é básica. O veterano piloto Maverick está de volta para a classe dos melhores da marinha. Isso após participar de um teste mal sucedido de um avião supersônico. Ele vai até o limite, como sempre, e o avião acaba se despedaçando por causa de sua conhecida rebeldia contra ordens superiores. E esse tipo de personalidade levou Maverick a estagnar na carreira militar. Mesmo após quase 40 anos, ele ainda continua um Capitão. Enquanto isso, pessoas de sua época como Iceman estão nos mais altos postos da marinha. Iceman, interpretado por Val kilmer, é um almirante e comandante da frota no pacífico. Maverick segue como piloto de caça. E é justamente essa ligação entre eles que se constrói o alicerce narrativo principal do filme. 

Maverick é chamado para coordenar e ensinar jovens pilotos da marinha a executarem uma missão dita como impossível. Eles devem invadir o território inimigo e bombardear uma usina de enriquecimento de urânio. O nome deste país nunca é citado, mas tudo leva a crer que se trata do Irã. O filme assim se desenvolve. Existe o aspecto objetivo da missão a se cumprir e pequenos detalhes humanos no roteiro sobre o personagem de Maverick. Ele reencontra um velho amor do passado e tem que lidar com o filho de Goose, um antigo companheiro de caça que morreu em um desastre aéreo, no primeiro filme. O que mais me admirou aqui foi ver o vaidoso Tom Cruise aceitar participar de diálogos que, de certa forma, o tornam um velho. Em certo momento do filme, um jovem piloto o chama de vovô! Quem diria que isso poderia acontecer em um filme com Tom Cruise? 

De qualquer maneira, temos aqui um filme muito bom, divertido e que apenas poderia ter usado melhor aquela excelente trilha sonora incidental dos anos 80. Aquele tema tão conhecido é usado apenas timidamente em alguns breves momentos. Top Gun: Maverick é um filme sem maiores pretensões em termos de história e desenvolvimento psicológico dos personagens, mas que cumpre muito bem seu papel de ser um filme blockbuster de verão. Talvez os produtores de Hollywood tenham aprendido alguma lição com esse sucesso todo. Que tal voltar a fazer bons filmes? Como eram aqueles que assistíamos nos anos 80? Acho que o público em geral já está meio cansado de tanto super-herói. Top Gun: Maverick prova justamente isso.

Top Gun: Maverick (Estados Unidos, 2022) Direção: Joseph Kosinski / Roteiro: Peter Craig, Ehren Kruger / Elenco: Tom Cruise, Val Kilmer, Jon Hamm, Jennifer Connelly, Ed Harris, Miles Teller, Bashir Salahuddin / Sinopse: Veterano Capitão da marinha dos EUA é enviado para treinar um grupo de jovens pilotos Top Gun. O objetivo é realizar uma missão em território inimigo. Eles devem destruir uma base de enriquecimento de urânio em um país hostil do Oriente Médio.

Pablo Aluísio. 


quarta-feira, 4 de maio de 2022

Cinema News - Edição XI

Sylvester Stallone será chefão mafioso em sua primeira série! - A Paramount publicou a primeira foto de Sylvester Stallone como mafioso na nova série que o astro de Hollywood vai estrelar. É a primeira série da carreira do ator, ídolo do cinema desde os anos 70. No roteiro Stallone vai interpretar o chefão mafioso de Nova Iorque Dwight "The General" Manfredi. Um criminoso que acaba indo parar atrás das grades por seus crimes.

Depois que sai da prisão procura recomeçar em outra cidade, em Tulsa, Oklahoma, com seus familiares. Na nova residência ele começa a reorganizar sua quadrilha de mafiosos, lutando pelo poder no mundo do crime naquela região. Ele quer construir um novo império do crime.

Um dos produtores definiu a história da nova série como  "uma visão emocionante de um homem que prioriza a lealdade e a família acima de tudo, e agora está fazendo um balanço de sua vida, lutando com as escolhas que o trouxeram para Tulsa.". O roteiro está sendo escrito pelo criador da série Yellowstone, Taylor Sheridan. Sem dúvida promete, principalmente para os fãs do ator. 

Warner anuncia The Batman 2 - Será o segundo filme de uma nova trilogia sobre o personagem - A Warner ficou bem satisfeita com o resultado comercial e artístico do novo filme do Batman. Até o momento o filme já faturou 750 milhões de dólares nas bilheterias. Diante disso resolveu anunciar essa semana o começo dos trabalhos para "The Batman 2", a sequência do filme estrelado por Robert Pattinson. O estúdio foi mais longe e deixou claro que esse será o segundo filme de uma nova trilogia com o mesmo ator interpretando Bruce Wayne / Batman e com direção do mesmo cineasta Matt Reeves.

Rumores em Hollywood dão conta que a Warner tenta convencer o ator Joaquin Phoenix a voltar a interpretar o vilão Coringa nesse novo filme, só que Phoenix ainda não teria dado uma resposta. Na verdade ele tinha planos de voltar sim ao personagem, mas em um filme próprio, como sequência do primeiro filme "Coringa" e não como uma continuação de "The Batman". Com isso as cartas ainda estão sobre a mesa, sem uma definição concreta.

Para Robert Pattinson a confirmação de "The Batman 2" caiu como uma luva. Ele queria mesmo voltar a interpretar Bruce Wayne e Batman depois da boa recepção do primeiro filme. Só falta acertar o cachê para o novo filme, uma vez que um novo contrato precisa ser assinado, uma vez que o ator só havia sido contratado para o primeiro filme. Sobre isso o próprio Pattinson avisou que não haverá maiores problemas. Ele declarou: "Esse será o menor dos problemas da Warner na produção desse segundo filme".

Continuação de "Top Gun - Ases Indomáveis" está pronta para ser lançada nos cinemas!
- Depois de vários problemas enfrentados na produção e pós produção da sequência de "Top Gun", finalmente o filme esta pronto! Após as filmagens houve problemas na edição do filme. O próprio Tom Cruise teria recusado uma primeira montagem do filme e solicitou ao estúdio que novos editores fossem contratados. Com isso o filme foi praticamente remodelado nas salas de edição. O ator queria mais energia, edição mais ágil nas cenas de ação.

A pandemia também atrapalhou muito o filme que deveria ter sido lançado no ano passado segundo a cronologia oficial. Não houve como fazer seu lançamento com a maioria das salas de cinema fechadas por causa da pandemia. Com isso o estúdio precisou arcar com novos prejuízos. Filmes milionários prontos e não lançados dão muito prejuízo pois os custos não são recuperados a curto prazo como tem que ser.

Outro problema envolveu o astro Tom Cruise. Ele anda bastante preocupado com o fato de que "Top Gun: Maverick" vai chegar aos cinemas em data próxima para o seu próximo filme "Mission: Impossible - Dead Reckoning - Part One", o sétimo filme da franquia "Missão Impossível". O ator resumiu a questão dizendo: "Não é bom que dois filmes milionários como esses cheguem próximos aos cinemas. Um pode prejudicar o outro, mas enfim... são coisas que não podemos controlar". O filme tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros em 26 de maio de 2022.

Marvel prepara lançamento do novo filme do Dr. Estranho no Brasil
- O filme "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" está programado para chegar nos cinemas brasileiros no próximo dia 6 de maio de 2022. O filme, segundo o diretor Sam Raimi, vai ser o mais louco, insano e ousado filme da Marvel lançado até agora! O cineasta diz que a Marvel lhe deu carta branca, liberdade total para elaborar esse novo filme e que ele não deixou por menos, deu asas sem limites para sua imaginação.

E Sam Raimi sabe do que diz. Ele foi o diretor de filmes incrivelmente inovadores no passado como "A Morte do Demônio" (filme de baixo custo que causou sensação em seu lançamento original) e "Uma Noite Alucinante 2" (uma sequência do primeiro filme com mais dinheiro e ousadia simbólica). Em termos de super-heróis e adaptações em quadrinhos ele sabe muito bem o que faz. Dirigiu a primeira trilogia do Homem-Aranha nos cinemas (de 2002 a 2007) e também adaptou para o cinema um personagem secundário em "Darkman - Vingança sem Rosto".

Sobre o novo filme Raimi explica: "Esse personagem da Marvel, o Doutor Estranho, é o mais interessante de todos porque ele lida com o mundo da magia, do sobrenatural, das dimensões paralelas. O céu é o limite quando se dirige um filme com esse tipo de personagem. Eu espero que o público fique assustado e ao mesmo tempo maravilhado com o que vai ver nesse novo filme. É um novo patamar dentro do universo da Marvel". Vamos então aguardar para ver como será esse novo filme.

Novo filme de James Bond terá russos como vilões máximos.
Putin será retratado como um assassino de nações! - A MGM prepara o roteiro do novo filme de James Bond. Ainda não se sabe muito sobre as novidades do próximo filme de 007, mas já se dá como certo o vilão do novo filme, nada menos do que o presidente da Rússia Putin. Ele será retratado no filme como um psicótico, um assassino de massas, um psicopata com alto poder de destruição. Algo não muito distante do que já sabe sobre o líder russo.

E qual ator será escolhido para ser o novo James Bond? Esse é o maior problema do novo filme. A produtora ainda procura por um nome ideal, uma escolha que tem se revelada complicada. Um dos produtores do novo filme declarou: Ainda vai levar um tempo. É uma decisão grande a se tomar. Não é só sobre escalar um papel, mas sobre repensar o caminho para onde estamos indo com os filmes".

De qualquer forma ter russos como vilões das histórias de James Bond não deixa de ser uma volta ao passado, às origens do famoso agente inglês. Em sua origem, nos primeiros livros e filmes, James Bond enfrentava justamente os russos. Era a guerra fria e a antiga União Soviética era a grande vilã do mundo civilizado. Agora as coisas, pelo visto, voltaram ao modo que sempre foram.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Dias de Trovão

Título no Brasil: Dias de Trovão
Título Original: Days of Thunder
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Robert Towne, Tom Cruise
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Robert Duvall
  
Sinopse:
Cole Trickle (Tom Cruise) é um piloto que só aceita o lugar mais alto no pódio. Seu lema se resume a vencer e vencer, a qualquer custo. Ousado nas pistas ele sente seu coração balançar ao conhecer uma linda loira, Claire Lewicki (Nicole Kidman) que também parece estar caidinha de amores por ele. Afinal de contas não há como correr mais do que o som do trovão. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Som (Charles M. Wilborn e Donald O. Mitchell). 

Comentários:
Basicamente é um "Top Gun" sobre duas rodas, o que não deixa de ser decepcionante pois aquele filme, apesar de ser em essência um produto pop, tinha seu valor cinematográfico. Esse aqui porém mais parece um longo comercial de pasta de dentes. Cruise, todo sorrisos, interpreta esse arrojado piloto que acaba mesmo derrapando nas curvas dos cabelos encaracolados de uma jovem Nicole Kidman. Recém chegada da Austrália ela acabaria roubando o coração do astro Cruise que ficaria casado com ela por longos anos. O casamento, que parecia feliz e duradouro, porém acabou de forma áspera após as filmagens do último filme do gênio Stanley Kubrick. Mas deixemos esses contos de alcova de lado. "Dias de Trovão" é uma produção que tem ótimas sequências de corridas, tomadas bem realizadas e trilha sonora para tocar na rádio (e tocou mesmo na época). Pena que o roteiro seja fraquinho, fraquinho. Basicamente envolvendo apenas essa Love Story em alta velocidade. Vale a pena rever, nem que seja para conferir como um filme pop pode ficar datado mais rapidamente do que os demais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Missão: Impossível

Esse é o primeiro de muitos. Tom Cruise era apenas um jovem garoto quando curtia a série de TV "Missão: Impossível" na década de 60. Os anos passaram e ele virou um astro do cinema. Vendo que poderia ser um bom investimento, acabou comprando os direitos autorais da série original por uma pechincha. Claro que Cruise estava visando ter sua própria franquia blockbuster, algo que ele realmente conseguiu transformar em um grande sucesso de bilheteria. Todos os filmes foram grandes êxitos comerciais e o mais interessante de tudo: não houve uma queda acentuada de qualidade entre um filme e outro. Ao longo da franquia Cruise manteve-se no posto de astro principal dos filmes e atuou também como produtor, trocando os diretores e roteiristas que lhe pareciam mais adequados. O resultado, se não chega a ser excepcional, mantém uma eficiência absoluta.

Esse primeiro filme é o mais charmoso de todos. As cenas de ação não eram tão exageradas, nem os efeitos especiais. O roteiro procurava ser também mais inteligente. É cinema pipoca por excelência. Nesse primeiro filme ainda há a preocupação de se apresentar os agentes e sua organização aos espectadores (que obviamente eram jovens demais para conhecer a série original). Uma vez explicado tudo, começa a ação - que não cessa mais até os letreiros finais. O maior interesse para os cinéfilos em geral vem da presença do diretor Brian De Palma. Eu o considero um dos grandes cineastas de sua geração, até mesmo quando aceitou participar de filmes mais comerciais como esse, onde seu lado autoral foi meio que deixado de lado para a criação de um genérico de puro entretenimento de massas. Brian De Palma realizou um filme esteticamente bonito de se ver, com excelentes cenas de ação e um roteiro redondinho que nunca perde o ritmo. Exatamente o que queria Tom Cruise. O resultado assim se mostra bastante satisfatório. Um filme aliás bem melhor do que a série que era meio capenga, vamos ser sinceros.

Missão: Impossível (Mission: Impossible, Estados Unidos, 1996) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Bruce Geller, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Jon Voight, Emmanuelle Béart / Sinopse: Acusado de traição e deslealdade contra seu próprio país um agente luta para provar sua inocência. Filme baseada na sétie de TV criada originalmente por Bruce Geller.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A Cor do Dinheiro

Título no Brasil: A Cor do Dinheiro
Título Original: The Color of Money
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Walter Tevis, Richard Price
Elenco: Paul Newman, Tom Cruise, Mary Elizabeth Mastrantonio, Helen Shaver, John Turturro, Bill Cobbs

Sinopse:
Vincent Lauria (Tom Cruise) é o jovem jogador de sinuca que quer vencer na vida, aprender todos os segredos e manhas do esporte. Eddie Felson (Paul Newman) é o veterano que vê naquele rapaz impiedoso uma cópia dele mesmo em seu passado. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).

Comentários:
Martin Scorsese sempre adorou o clássico "Desafio à Corrupção" de 1961. Em meados dos anos 80 ele decidiu que iria filmar uma sequência tardia dessa obra prima. Paul Newman que havia interpretado o personagem "Fast" Eddie Felson topou o convite de trazer o jogador de bilhar de volta às telas. Agora ele iria contracenar com o astro Tom Cruise, naquele momento no auge do sucesso, colhendo os frutos do blockbuster "Top Gun - Ases Indomáveis". O resultado dessa união não poderia ser melhor. O filme foi elogiado por público e crítica e de quebra deu finalmente o Oscar para Paul Newman, um mito da história do cinema que deveria ter sido premiado décadas antes. Corrigindo uma velha injustiça o filme acabou sendo sua redenção pessoal e profissional dentro da Academia. Anos depois, após a morte de Paul Newman, o diretor Martin Scorsese diria em uma entrevista que tinha muito orgulho desse filme, justamente pelo Oscar vencido por Paul Newman. E por falar nele, não há como comparar seu maravilhoso trabalho com o de Tom Cruise. Embora o jovem astro tenha se saído bem, não havia mesmo comparação. No caso a arte imitou a vida, já que assim como seus personagens, na vida real Tom Cruise não passava mesmo de um aluno diante de seu mestre. Foi um momento marcante na carreira de todos os envolvidos. Clássico moderno dos anos 80 que não pode passar em branco na coleção de nenhum cinéfilo que se preze.

Pablo Aluísio.

Minority Report - A Nova Lei

Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.

Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.

Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Negócio Arriscado

Esse foi um dos primeiros filmes de sucesso da carreira do ator Tom Cruise. Só que não espere por algo muito especial. Na verdade é uma típica comédia dos anos 80. E isso hoje em dia significa tanto coisas boas, interessantes e nostálgicas, como também meio bobinhas, ultrapassadas pelo passar dos anos. Aqui Tom Cruise (bem jovem) interpreta um adolescente cujos pais decidem viajar. E ele fica sozinho em casa. Pronto, já pensou bem no que isso iria causar? Hoje em dia um roteiro desses, com um personagem jovem que praticamente vira um cafetão usando sua a casa dos pais como bordel iria dar o que falar, mas nos anos 80 tudo isso era visto com grande naturalidade. As comédias juvenis tinham mesmo esse tom de picardia.

Pois é, o personagem de Tom Cruise então transforma a casa em praticamente um bordel, com muitas garotas bonitas à disposição. Ele vê tudo não como uma farra inconsequente, mas sim como uma forma de ganhar dinheiro fácil e rápido, afinal sexo vende bem... e tem muitos consumidores interessados no tal produto. Então é isso. Foi uma bom cartão de visitas da carreira do Tom Cruise. Não foi o filme que iria colocar ele no topo das bilheterias, claro, mas serviu para mostrar aos produtores que aquele jovem ator tinha potencial.

Negócio Arriscado (Risky Business. Estados Unidos, 1983) Direção: Paul Brickman / Roteiro: Paul Brickman / Elenco: Tom Cruise, Rebecca De Mornay, Joe Pantoliano / Sinopse: Jovem garotão fica sozinho em casa quando seus pais viajam e decide que quer ganhar dinheiro rápido e fácil. Como? Enchendo a casa com lindas garotas á disposição.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de março de 2019

Rain Man

Assisti nos anos 80, só agora resolvi rever. É um filme muito bom, com uma atuação primorosa da dupla principal de atores, Dustin Hoffman e Tom Cruise. O astro mais popular de Hollywood na época interpretou esse jovem brigado com o pai que tenta ganhar a vida importando carros italianos luxuosos. Só que o negócio vai de mal a pior. Durante uma viagem com a namorada é informado da morte do pai. Ele então parte para o enterro e tem duas surpresas. A primeira é que o velho não lhe deixou praticamente nada, a não ser uma coleção de roseiras e um antigo carro dos anos 40. A outra surpresa é descobrir que o grosso do dinheiro (3 milhões de dólares) foi para um irmão que ele nem sabia existir. Um homem autista que vive em uma instituição psiquiátrica.

Assim Charlie (Cruise) vai até lá e acaba conhecendo o irmão Raymond (Hoffman) que como todo autista é capaz de fazer coisas incríveis com seu cérebro (como fazer cálculos complicados) ao mesmo tempo em que não consegue cuidar de si mesmo, fazer as coisas mais simples, como cuidar de sua alimentação, suas roupas, e agir de forma normal. Claro que com suas limitações ele também não consegue se relacionar normalmente com outras pessoas. O choque entre o irmão yuppie estressadinho, que só pensa em dinheiro e o irmão autista, com todos esses problemas, embora tendo um bom coração, é o grande atrativo do roteiro desse filme.

Tudo é desenvolvido com muita sutileza, mas também usando de momentos pontuais de bom humor. Um tipo de roteiro bem balanceado, algo raro hoje em dia. "Rain Man" (nome do amigo imaginário da infância do personagem de Cruise) rendeu uma excelente bilheteria e foi premiado com o Oscar de melhor filme naquele ano. O ator Dustin Hoffman também foi premiado (justamente) e o diretor Barry Levinson também levou a estatueta para casa. Só Tom Cruise ficou de mãos abanando! Nessa época ele procurava por seu tão cobiçado Oscar, mas parece que depois de um tempo desistiu dessa busca. Hoje se limita a fazer filmes populares de ação, como a franquia "Missão Impossível" pelos quais, obviamente, nunca, jamais, será premiado. Ossos do ofício.

Rain Man (Estados Unidos, 1988) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Barry Morrow, Ronald Bass / Elenco: Tom Cruise, Dustin Hoffman, Valeria Golino, Gerald R. Molen / Sinopse: Após a morte do pai, Charlie (Tom Cruise) descobre que ficou sem nada, que seu pai não lhe deixou nada de valioso. Todo o dinheiro - uma pequena fortuna de 3 milhões de dólares - acabou indo parar nas mãos de um irmão que ele desconhecia até então, um homem chamado Raymond (Hoffman), portador da síndrome do autismo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Missão: Impossível - Efeito Fallout

As críticas que havia lido sobre esse filme me deixaram com uma expectativa alta em relação ao que veria no cinema. Alguns críticos chegaram a dizer que era não apenas o melhor filme da franquia "Missão: Impossível" como também o melhor filme da carreira de Tom Cruise... Depois de assistir ao filme pude perceber como era um enorme exagero esse tipo de opinião. OK, o filme é muito bem produzido, algo a se esperar de uma produção que custou 180 milhões de dólares... há três excelentes cenas de ação, mas afirmar que o filme é uma obra prima ou qualquer coisa parecida sequer a isso soa desproporcional demais.

O que mais me desagradou nesse novo filme é que o roteiro é muito fraco, derivativo e básico. Cheio de clichês, não consegue fugir daquela velha fórmula dos mocinhos salvando o mundo da destruição. A falta de imaginação dos roteiristas chega a um nível absurdo, a ponto de repetirem pela milésima vez aquela cena em que as bombas estão prestes a explodir e é preciso cortar um dos fios, antes que a contagem regressiva chegue ao final. Quantas vezes você já viu isso em outros filmes e séries? Milhares de vezes! Ver tudo isso de novo me soou tão cansativo... É muito batido e sem graça. Chegou a me dar sono.

Então já que o roteiro é bobo e ruim, o que vale mesmo é tentar curtir as cenas de ação, todas obviamente bem absurdas e inverossímeis. Esqueça James Bond ou Superman, o verdadeiro herói indestrutível dos filmes de ação é mesmo o agente Ethan Hunt do Tom Cruise. Ele consegue sair de um enorme desastre envolvendo dois helicópteros em uma montanha nevada sem sequer sofrer um arranhão ou despentear seus cabelos. Por falar em Bond, o roteiro claramente se "inspira" (para não dizer plagia mesmo) a antiga fórmula de levar o protagonista para diversas partes do mundo. Pena que aqui não fugiram do óbvio, filmando novamente em Londres e Paris, cidades que já estamos cansados de ver em filmes. Então é isso. Pela falta de novidades achei esse filme apenas meramente razoável.

Missão: Impossível - Efeito Fallout (Mission: Impossible - Fallout, Estados Unidos, 2018) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Christopher McQuarrie, Bruce Geller / Elenco: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Rebecca Ferguson / Sinopse: O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa recuperar três ogivas nucleares antes que elas caíam nas mãos de terroristas que querem destruir grandes cidades em nome de sua causa insana.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Feito na América

O astro Tom Cruise vinha mesmo devendo um bom filme nesses últimos anos. Ele se limitou nesse tempo a estrelar produções milionárias de ação com roteiros bem cretinos. Aqui há uma pausa nesse estigma. Esse novo "American Made" conta uma história real bem interessante. É a história de um jovem piloto comercial da TWA que acaba se envolvendo com um agente da CIA. Em troca de um pagamento melhor ele aceita pilotar pequenos e velozes aviões em incursões pela América Central. São missões não oficiais que de certa forma fazem o jogo sujo do governo americano por debaixo dos panos.

Em uma dessas viagens ele acaba tomando contato com traficantes colombianos, eles mesmos, a quadrilha de Pablo Escobar e cia, que iria se denominar Cartel de Medellín! Nada poderia ser mais lucrativo do que aquilo. Voar em baixa altitude, levando cocaína da Colômbia para os Estados Unidos. Todos voos arriscados, onde o próprio piloto jogava a "carga" nos pântanos da Louisiana. Apesar do risco tudo começou a dar muito certo, a ponto do personagem de Cruise trazer outros pilotos para trabalharem para ele. Imaginem o tamanho do dinheiro que jorrou nessas operações. O mais bizarro de tudo é que ele não deixou de trabalhar para a CIA, traficando cocaína enquanto transportava armas para grupos armados patrocinados ilegalmente pelo governo dos Estados Unidos. Uma loucura completa, um caos!

O filme me agradou bastante. Claro, há alguns probleminhas. A escalação de Tom Cruise foi muito criticada. O verdadeiro piloto da histórica chamado Barry Seal era um sujeito gordinho, de cabeça grande, nada parecido com o galã Cruise. Isso porém não vejo com uma falha ou erro, mas apenas como uma opção na escalação do elenco. Claro que em certos momentos Cruise mais parece um remake de seu filme "Top Gun", mas não chega a atrapalhar. A única crítica que faria ao roteiro é que ele cai em certos clichês desse tipo de filme, como os exageros no tocante ao dinheiro ganho pelo piloto. De repente ele se vê em montanhas de maços de dinheiro, que ele precisa esconder em todos os lugares, até nos estábulos, no meio dos cavalos de sua propriedade. Exageros narrativos à parte, esse "Feito na América" é uma boa pedida para quem quer saber mais um pouco da história do crime, como também para quem estiver em busca de um bom filme no circuito mais comercial. Coisa bem rara hoje em dia.

Feito na América (American Made, Estados Unidos, 2017) Direção: Doug Liman / Roteiro: Gary Spinelli / Elenco: Tom Cruise, Domhnall Gleeson, Sarah Wright / Sinopse: Barry Seal (Tom Cruise) é um piloto de aviões comerciais que decide mudar de vida. Trabalhando na TWA, grande companhia de aviação dos Estados Unidos, ele decide largar o emprego para fazer missões secretas não oficiais para a CIA na América Central. Não satisfeito, descobre um jeito de ganhar muito dinheiro, traficando cocaína da Colômbia para seu país, sob as ordens do infame Cartel de Medellín, chefiado por Pablo Escobar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

A Múmia

Tom Cruise já não é mais o mesmo. Esse seu novo filme na Universal Pictures não conseguiu se tornar um sucesso, apesar da agressiva campanha de marketing. Com orçamento de 125 milhões de dólares faturou pouco mais de 30 milhões no mercado americano. Foi um pouquinho melhor no mercado internacional, mas mesmo assim ainda não se pagou nas bilheterias. Em resumo: é praticamente um fracasso comercial. E isso não foi injusto. O problema é que Cruise tem se concentrado apenas em fazer blockbusters vazios nesses últimos anos e o público já demonstra sinais de estar cansado disso. Cansaram do Cruise, essa é a verdade. Mas e o filme, é bom? Esse filme na verdade é o primeiro de uma série que a Universal quer lançar, todos trazendo os velhos monstros clássicos do estúdio. Com o selo de Dark Universe, eles querem resgatar filmes com Drácula, Frankenstein, Lobisomen, o Homem Invisível, enfim, toda a galeria dos antigos personagens de terror da era clássica da Universal Pictures. É uma boa ideia, mas também é preciso caprichar um pouco mais nesse resgate. Esse primeiro filme com a Múmia deixa bastante a desejar nesse ponto. Cheio de efeitos especiais e furos de roteiro, jamais consegue convencer ou prender a atenção. Ao contrário disso deixa aquela sensação incômoda de que mais uma vez estamos perdendo tempo.

O enredo gira em torno de um grupo de militares que no Iraque acaba descobrindo uma antiga tumba de uma princesa que viveu no antigo Egito. Na verdade ela fez um pacto com o Set, o Deus da Morte. Por isso jamais deixou de viver. Aprisionada numa tumba com mércurio (retiraram essa ideia da tumba real do primeiro imperador da China), a princesa ganha vida novamente depois que seu sarcófago é aberto. Tom Cruise interpreta um desses militares que acaba virando alvo da maldição da múmia, ficando preso pela eternidade ao destino da monstruosidade que retorna à vida. Através de um roteiro pouco original (consegui rapidamente ver plágios envolvendo diversos filmes como "Força Sinistra" e "Um Lobisomem Americano em Londres" com direito a um amigo em estado de putrefação avançada ao longo do filme), esse novo "A Mùmia" não me convenceu. Para piorar os roteiristas resolveram colocar personagens de "O Médico e o Monstro" no meio da trama. O que funcionou em séries como "Penny Dreadfull" aqui não deu muito certo. Enfim, se depender desse primeira produção da Dark Universe não teremos muitos revivals interessantes. Uma pena!

A Múmia (The Mummy, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Alex Kurtzman / Roteiro: David Koepp, Christopher McQuarrie / Elenco: Tom Cruise, Russell Crowe, Sofia Boutella, Annabelle Wallis / Sinopse: Equipe de militares americanos descobre por acaso a tumba milenar da princesa do antigo Egito Ahmanet (Sofia Boutella). No passado ela matou sua família em busca do poder absoluto do império. Também fez um pacto com Set, o Deus da Morte. Agora ela está de volta à vida, trazendo morte e destruição por onde passa.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de novembro de 2016

Jack Reacher: Sem Retorno

Jack Reacher (Tom Cruise) é um ex-major do exército americano que vaga pelo país em busca de algum propósito para sua vida. Ao entrar em contato com uma militar baseada em Washington DC ele acaba simpatizando com ela. Surge um flerte casual entre ambos. Sem pensar muito Jack resolve ir até a capital do país para conhecê-la pessoalmente. Quem sabe ele não consegue um encontro ou algo assim. Quando chega lá acaba descobrindo que ela está presa, acusada de espionagem! Completamente surpreso, Reacher acredita que pode haver algo por trás de sua prisão. Ela provavelmente está sendo usada como bode expiatório, principalmente após ter descoberto um caso envolvendo crimes militares em uma base no Afeganistão. Tudo leva a crer que um carregamento de armas dado como desaparecido, foi vendido no mercado negro de tráfico internacional de armas. Ao começar a investigar o próprio Reacher porém se torna alvo de suspeitas de envolvimento com espionagem e traição ao país, tendo que fugir para sobreviver.

Segundo filme estrelado por Tom Cruise no papel do ex-militar Jack Reacher. Essa é uma nova franquia no qual o ator anda apostando suas fichas. Ele não apenas atua como também produz o filme. Os direitos dos livros foram comprados por ele, ou seja, é um projeto pessoal do próprio Cruise. O problema é que o filme, apesar de ser bem realizado, não foge muito da velha fórmula desgastada dos filmes de ação. Há uma pequena trama, de fácil entendimento por trás, que serve de pretexto para cenas e mais cenas de perseguição, tiroteios e coisas do gênero. Logo se torna cansativo pela repetição e falta de novas ideias. O primeiro filme também tinha esses mesmos defeitos, mas até que me agradou por ser mais objetivo. Esse aqui peca por trazer uma personagem bem irritante e inútil para o roteiro, uma adolescente que supostamente seria a filha de Reacher. A garota só serve para ficar aborrecendo o tempo todo o casal fugitivo - e de quebra enche a paciência também do espectador. Aborrescentes deveriam ficar fora desse tipo de filme. Outro defeito é a velha mania que alguns roteiros americanos apresentam de ofender a inteligência do público. Em determinada cena, por exemplo, Cruise e sua colega conseguem fugir de uma prisão militar do exército de alta segurança sem grandes problemas. Sinceramente, momentos como esse ultrapassam qualquer sinal de bom senso. Enfim, um filme apenas mediano que parece melhor do que realmente é por causa da massiva campanha de marketing utilizada em seu lançamento.

Jack Reacher: Sem Retorno (Jack Reacher: Never Go Back, Estados Unidos, 2016) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Richard Wenk, Edward Zwick / Elenco: Tom Cruise, Cobie Smulders, Aldis Hodge / Sinopse: Jack Reacher (Tom Cruise) é um ex-major do exército americano que acaba sendo envolvido em uma falsa acusação de espionagem de uma colega de farda. Assim ele tenta escapar da prisão (e provavelmente da morte) enquanto tenta desvendar a conspiração que existe por trás de tudo.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de novembro de 2016

10 Curiosidades - Jack Reacher: Sem Retorno

Top 10 - Jack Reacher: Sem Retorno

Dez informações vitais para você saber sobre o filme "Jack Reacher: Sem Retorno"

1. O filme foi lançado nos Estados Unidos e Europa no dia 20 de outubro. A estreia no Brasil está marcada para o dia 24 de novembro.

2. O filme custou em torno de 60 milhões de dólares, um valor considerado apenas mediano em termos de Hollywood. O ator Tom Cruise, que também produziu o filme, optou por um orçamento mais enxuto e econômico. No mercado americano o filme teve uma bilheteria apenas modesta até o momento: 54 milhões de dólares. Em termos mundiais já rompeu a barreira dos 100 milhões de dólares arrecadados.

3. Essa é a segunda vez que Tom Cruise interpreta o personagem. A primeira foi em "Jack Reacher: O Último Tiro" (2012). Curiosamente o enredo desse segundo filme foi tirado do oitavo livro com as aventuras de Jack Reacher. Cruise considerou essa estória mais adequada para essa sequência.

4. O filme foi praticamente todo rodado em New Orleans, na Louisiana. A região possui costumes e cultura bem próprios, fora a arquitetura bem característica, o que trouxe uma bela fotografia natural ao filme.

5. Tom Cruise pretende transformar Jack Reacher em sua nova franquia de sucesso, seguindo os passos de "Mission: Impossible". Para isso ele já determinou aos roteiristas a adaptação de mais dois novos filmes com o personagem. Os filmes não serão tão caros como Missão Impossível, mas terão o mesmo suporte de marketing e propaganda nos cinemas.

6. O veterano diretor Edward Zwick foi escolhido pessoalmente pelo astro Tom Cruise. O gênero ação nunca foi o seu preferido, apesar de ter dirigido o sucesso "Nova York Sitiada" e o fracasso "Coragem Sob Fogo". O cineasta sempre preferiu dramas históricos (como "Tempo de Glória") romances ("Lendas da Paixão", "Sobre Ontem a Noite...", "Amor e Outras Drogas") e dramas. Ele já havia dirigido Tom Cruise antes no sucesso de bilheteria "O Último Samurai" e agora repete a dose.

7. O livro original em cujo o roteiro se baseou foi publicado em 2013 com o título de ""Never Go Back".

8. O astro Tom Cruise recebeu algo em torno de 9 milhões de dólares de cachê, mais ou menos quinze por cento do total do custo da produção. A crítica americana recebeu o novo filme de Tom Cruise com reservas, embora reconhecendo sua boa produção. É um filme de ação genérico, com produção acima da média.

9. Durante o lançamento do filme Tom Cruise comentou sobre seu retorno em "Top Gun 2". Dessa vez seu personagem, o piloto Maverick, será um instrudor de aviação da Marinha.

10. Além desse filme Cruise ainda anunciou a relização de seus próximos filmes: "Luna Park" (uma ficção com renegados espaciais), "American Made" (outro filme de ação) e finalmente "Mission: Impossible 6" onde voltará a interpretar o agente Ethan Hunt.

Pablo Aluísio.  

domingo, 23 de outubro de 2016

De Olhos Bem Fechados

Stanley Kubrick foi inegavelmente um gênio da história do cinema. Infelizmente sua despedida da sétima arte deixou bastante a desejar. Em 1999 o cineasta realizou seu último filme "Eyes Wide Shut" (que no Brasil recebeu o título de "De Olhos Bem Fechados"). Era um drama com toques eróticos estrelado pelo casal Tom Cruise e Nicole Kidman. Como Kubrick faleceu antes da estreia do filme criou-se uma sensação de que estava por vir mais uma obra prima do diretor, a sua obra prima final. Os críticos criaram muitas expectativas e o público (pelo menos aquele formado por cinéfilos mais interessados na história do cinema) prestigiaram a chegada da película nas telas. Posso dizer, com conhecimento de causa, que a expectativa alta logo se transformou em decepção amarga. Nem os mais fervorosos fãs da obra de Kubrick conseguiram esconder o desapontamento. O filme se revelava na tela inconclusivo, arrastado e até mesmo chato. Pior do que isso, sua carga de erotismo, que deveria seu forte, se revelava pífia, sem sedução alguma.

Kubrick parecia interessado em explorar o mundo de uma sexualidade mais doentia, misteriosa, fora dos padrões. Em alguns momentos até conseguiu captar algumas belas cenas, tudo valorizado por uma bonita direção de arte, mas foi pouco para quem estava esperando um grande filme.A reação negativa do filme também não se limitou ao círculo restrito ao público que pagou e se decepcionou com o resultado. O próprio casal que estrelou o filme viu sua relação ser abalada, tudo desencadeando para o divórcio. Alguns afirmam que Kidman teria reclamado da exposição a que foi submetida (ela tinha cenas de nudez), mas outros acreditam que Tom Cruise se separou dela apenas por motivos financeiros. A poucas semanas dela ter direito à metade de sua fortuna (algo que teria sido estabelecido em uma cláusula contratual de seu casamento), Cruise teria encerrado o relacionamento. Enfim, ao que parece a experiência de "Eyes Wide Shut" acabou não sendo boa para absolutamente ninguém.

Pablo Aluísio. 

sábado, 23 de julho de 2016

Nascido em 4 de Julho

Outro excelente drama de guerra que foi lançado nesse ciclo de filmes sobre a intervenção americana no Vietnã foi esse "Born on the Fourth of July" (Nascido em 4 de Julho, no Brasil). Dirigido também por Oliver Stone esse filme procurava dar voz para os milhares de veteranos que voltaram da guerra com problemas físicos e psicológicos, o que de certa maneira acabou destruindo o resto de suas vidas. O roteiro foi baseado na história real do soldado Ron Kovic. Quando a guerra do Vietnã se tornou um fato consumado, Kovic, empedernido por um sentimento patriótico, resolveu se alistar no exército americano. Ele era jovem, promissor, tinha uma bela vida pela frente. Mesmo assim resolveu assumir os riscos em nome da bandeira de seu país. O destino porém lhe reservava um momento trágico. Durante uma operação ele foi atingido por um tiro que lhe custaria os movimentos de suas pernas para sempre. Paralítico, teve que encarar a volta para os Estados Unidos. Inicialmente foi recebido como um herói de guerra, mas o tempo pode ser cruel nesse tipo de situação. Abandonado pela garota que ele considerava o grande amor de sua vida (pois são poucas que aceitam o desafio de enfrentar uma situação como essa), o que antes era orgulho começou a virar desespero.

Seguramente esse filme explora um dos aspectos mais tristes na vida de um veterano que retorna ao lar aleijado. Ele que era um atleta, que tinha um verdadeiro sonho americano pela frente, acaba encontrando apenas um futuro sombrio, um verdadeiro pesadelo. Depois que a ficha cai o que sobra é o alcoolismo, a desilusão e em muitos casos até mesmo o suicídio, pois muitos desses jovens não suportam o peso que agora precisam carregar pelo resto de suas vidas. O diferencial de Ron Kovic foi que ele resolveu adotar uma postura ativa e militante, transformando sua vida numa eterna busca pelo fim de guerras injustificadas como foi a Guerra do Vietnã. Ele acabou assim se tornando um dos mais conhecidos pacifistas veteranos, sempre na mídia denunciando tudo o que estava acontecendo. Já indo para o campo puramente cinematográfico temos aqui aquela que talvez seja a melhor atuação da carreira de Tom Cruise. Ele deixou o estigma de galã de lado para interpretar Kovic com uma dedicação fora dos padrões. Por essa época Cruise ainda lutava para ser reconhecido pela academia, procurando ganhar seu próprio Oscar, algo que até agora não aconteceu. Indicado três vezes ao prêmio (sendo uma delas por esse filme), Cruise foi deixando o cinema mais artístico de lado para se esbaldar em filmes puramente comerciais como "Missão Impossível". Pena, acredito que ele teria sido premiado mais cedo ou mais tarde se continuasse a investir em produções como essa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Missão: Impossível 2

Título no Brasil: Missão: Impossível 2
Título Original: Mission: Impossible II
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Woo
Roteiro: Bruce Geller, Ronald D. Moore 
Elenco: Tom Cruise, Dougray Scott, Thandie Newton
  
Sinopse:
O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) tem um novo desafio. Ele vai até a distante Austrália onde investigações apontam para o uso de uma poderosa arma química que poderá ser usada contra as principais potências militares mundiais. Denominada "Chimera" essa seria uma doença modificada geneticamente para promover ataques terroristas em larga escala contra populações civis. Cabe a Hunt eliminar o problema antes que ele ceife a vida de milhões de pessoas inocentes. Filme vencedor do MTV Movie Awards nas categorias de Melhor Ator (Tom Cruise) e Melhor Sequência de Ação (com as motocicletas).

Comentários:
Depois do sucesso do primeiro filme o ator Tom Cruise resolveu contratar o diretor John Woo para dirigir a primeira sequência da franquia. Esse cineasta estava muito badalado desde que fora contratado pela Paramount em Hollywood. Ele era considerado um inovador no gênero ação, criando cenas realmente de impacto na tela. De fato Woo se deu bem em "Mission: Impossible", mantendo a boa qualidade que caracteriza todos os filmes dessa série. Já Tom Cruise apostou em um visual diferente, com longos cabelos e uma imagem mais, digamos, selvagem. É curioso que de tempos em tempos Cruise lançaria mais uma nova continuação, sempre de olho em ótimas bilheterias (e comercialmente esses filmes jamais decepcionaram). Em termos de elenco de apoio porém esse foi um dos filmes mais fracos. Não há vilões tão complexos ou grandes atores o interpretando. Justamente por essa razão Cruise resolveria consertar esse pequeno problema nos filmes que viriam (lembrando que a franquia pertence a ele, que é produtor executivo de todos os filmes). Em suma, uma boa segunda parte, que manteve a chama acessa de Missão Impossível, essa velha série de TV que reencontrou o sucesso nas telas de cinema pelas mãos do astro Tom Cruise.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Missão Impossível: Nação Secreta

Conforme o tempo vai passando, ele vai cobrando seu preço. Tom Cruise já não é mais aquele jovem de sorriso largo e capacidade infinita de sobreviver a todos os desafios na tela. Conforme sua carreira vai derrapando ele vai se segurando no que lhe parece ser o seguro e o certo, entre eles estrelar de vez em quando uma nova aventura de "Missão Impossível". Particularmente nunca fui grande fã dessa franquia, os filmes dela me passam a sensação de serem praticamente todos iguais. Isso não quer dizer que sejam necessariamente ruins, longe disso, eles mantém um padrão de qualidade que nunca decai. São apenas previsíveis, sem novidades ou surpresas. Até os roteiros seguem uma fórmula básica que se repete a cada nova produção. Eu penso que esse tipo de filme vai acabando com o charme de se ir ao cinema. Tudo parece tão igual aos outros, plastificado, sem alma, que muitas vezes me sinto assistindo a um videogame que já joguei muitas e muitas vezes. O Cruise também está envelhecido e isso fica bem evidente pela primeira vez. O tempo chega para todos, até para o Sr. Sorrisos.

Aqui o personagem de Tom Cruise tenta descobrir não apenas a identidade dos membros de uma organização criminosa chamado "O Sindicato" como também tenta entender o que está acontecendo com sua própria agência de espionagem, prestes a ser desativada, com suas funções sendo repassadas para a CIA, a agência de inteligência do governo americano. Vocês repararam que esse roteiro tem muita coisa a ver com o novo filme de James Bond? Pois é, não disse que os estúdios estavam cada vez mais sem imaginação, repetindo velhas fórmulas? É exatamente o que acontece nesse enlatado. A trama parece muito genérica e repetitiva. E pensar que ela é o substrato do roteiro para trazer algum background ou conteúdo para as várias cenas de ação mirabolantes - sendo que essas são, em conjunto, a verdadeira razão da existência do filme em si. São realmente excelentes, perfeitas do ponto de vista técnico, mas que novamente nos deixam com aquela sensação desagradável de que "já vimos tudo isso antes!". Ao lado de Cruise se destacam no elenco o ator Jeremy Renner (que apesar dos esforços dos estúdios ainda não virou um astro) e Alec Baldwin (envelhecido e mais canastrão do que nunca, quase levando sua atuação como uma brincadeira). Enfim, o que temos aqui é apenas um filme que você esquecerá muito rapidamente ou então confundirá com os demais da série daqui alguns meses. Nada muito relevante e surpreendente. Mais do mesmo. Cheiro de prato requentado no ar!

Missão Impossível: Nação Secreta (Mission Impossible - Rogue Nation, Estados Unidos, 2015) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Christopher McQuarrie / Elenco: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Ving Rhames, Sean Harris, Alec Baldwin / Sinopse: O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) se torna alvo de uma organização criminosa chamada "O Sindicato", algo que todos não acreditavam existir. Ao mesmo tempo tenta juntar as pontas da conspiração que deseja eliminar a sua própria agência de inteligência.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Filmes de Ação - 2015

Eu até gostaria de ser mais otimista sobre o futuro dos filmes de ação, mas sinceramente falando acho que vivemos um momento complicado de transição. A geração que ainda está conseguindo chamar a atenção nas bilheterias em termos de filmes de ação puros é a mesma que brilhava há quase 40 anos atrás. Duvida? Veja os action movies mais vistos de 2015 e você verá que estou com a razão. Tom Cruise com "Missão: Impossível - Nação Secreta", Arnold Schwarzenegger com "O Exterminador do Futuro: Gênesis", Stallone ano passado com "Os Mercenários 3". São os velhos veteranos que ainda mantém a chama acessa. Nenhum novato se destaca mais, não ouvimos falar de novos heróis de ação surgindo no horizonte. Até os futuros projetos desses atores refletem o passado. Tom Cruise, por exemplo, anunciou que deseja fazer uma continuação de seu sucesso "Top Gun" dos anos 80. Stallone já confirmou a produção de "Os Mercenários 4". O agente de Arnold já anunciou a produção de "The Legend of Conan", ou seja, até mesmo os astros consagrados parecem sofrer de uma grande falta de novas ideias para suas carreiras. Estão se agarrando em antigos projetos, remakes e reboots de seus antigos sucessos e nada mais.

Nem Jason Statham, que pode ser considerado o novato da trupe, escapa. Ele pretende fazer mais um filme da série "Velozes e Furiosos" (a oitava produção da franquia) ao mesmo tempo em que volta para o personagem que interpretou em "Assassino a Preço Fixo" de 2011, sim o Mecânico estará de volta em "Mechanic: Ressurection" que chega às telas em 2016. E o chamado segundo escalão, o que nos reserva? Embora não tenha anunciado nada publicamente o fato é que Chuck Norris parece mesmo ter se aposentado. Longe das telas desde 2012 com "Os Mercenários 2", pessoas próximas a ele confirma que Norris não deseja voltar mais a atuar. Em seu rancho no Texas ele prefere curtir a velhice ao lado da esposa e família. Recentemente ele saiu de seu exílio para criticar duramente o governo americano por enviar tropas para o Texas. Para Chuck isso acabou soando como uma provocação contra o povo de seu amado estado. Vai entender....

Já Dolph Lundgren não quer nem ouvir falar em aposentadoria. Ele recentemente confirmou a participação em seis (isso mesmo que você leu: SEIS) filmes para 2016. Alguns já ficaram prontos e outros estão em fase de pré-produção. Um dos filmes será a continuação tardia de "Um Tira no Jardim de Infância", cujo filme original foi estrelado por Arnold Schwarzenegger. E por falar em anos 80 quais são os planos de Bruce Willis para um futuro próximo? O antigo astro de filmes de ação confirmou a produção de mais um filme da série "Duro de Matar" chamado "Die Hard Year One". Rumores em Hollywood dizem que Bruce aceitou fazer mais um filme da franquia desde que seja o último, encerrando uma longa linha de filmes. Seu personagem poderia até mesmo morrer heroicamente em cena para fechar tudo de uma vez por todas. Bruno (como os amigos mais chegados o chamam) parece estar realmente cansado de pular de prédios em chamas. Pois é, pelo que vemos não há nada de muito novo no ar. Para falar a verdade se a saga "De Volta Para o Futuro" fosse real e os personagens daquele filme viessem parar em 2015, na atualidade, certamente nem estranhariam muito os filmes novos em cartaz!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Missão Impossível - Nação Secreta

Título no Brasil: Missão Impossível - Nação Secreta
Título Original: Mission Impossible - Rogue Nation
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Christopher McQuarrie
Elenco: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Ving Rhames, Sean Harris, Alec Baldwin
  
Sinopse:
Dessa vez o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa sobreviver após se tornar alvo de uma organização chamada O Sindicato. Durante anos se especulou se ela realmente existia ou não. Para Hunt a confirmação veio ao saber que ele agora é a caça de um grupo de ex-agentes que até então eram considerados desaparecidos ou mortos em ação. Como se isso já não fosse ruim o bastante ele também precisa entender o que se passa com o seu próprio grupo de espionagem que agora está sendo desativado pelo governo americano, com suas antigas funções sendo repassadas para a agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA. Existiria alguma ligação entre os dois eventos?

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que você nem deve se importar muito com história ou roteiro. Como um blockbuster assumido, o filme não tem maiores pretensões artísticas. Tudo se resume em puro cinema comercial pipoca para ficar semanas e semanas em cartaz nos cinemas de shopping center. Um produto para as massas. De bom mesmo temos que reconhecer que essa franquia nunca teve quedas acentuadas de qualidade. Tudo parece se manter em um bom nível, pelo menos em termos de cenas de ação e diversão escapista. Na verdade, se formos analisar bem, "Missão Impossível" é uma coisa velha, ainda dos tempos da guerra fria, quando americanos e soviéticos brigavam no mundo da espionagem para se destruírem mutuamente. Tom Cruise curtia a antiga série de TV quando adolescente e assim que se tornou um ator rico e famoso, resolveu apostar numa jogada de mestre, comprando os direitos por um preço irrisório já que ninguém mais acreditava que algo tão antigo assim e ultrapassado fosse ainda gerar algum tipo de lucro, seja na TV ou no cinema. Cruise estava certo e todos os demais errados. Com a força de seu nome nas marquises de cinema, ele conseguiu reerguer esse ferro velho de tempos passados e hoje está aí, faturando horrores em cada sequência. Isso me faz também pensar que ele desistiu de tentar alcançar um velho sonho que tinha, o de um dia conquistar o Oscar de Melhor Ator.

Depois de vários bons filmes, alguns em que ele estava realmente muito bem, Cruise ao que tudo indica se decepcionou com as indicações que não se transformaram em prêmios e a partir daí se assumiu completamente como um astro comercial e nada mais. Seguindo nessa linha até que esse filme se sai muito bem. O roteiro é primário e sem maiores novidades. Como eu escrevi o que vale o ingresso aqui é ter ao menos duas ou três grandes sequências de ação e só. Nesse aspecto o filme cumpre bem esse tipo de promessa. Há pelo menos duas belas sequências nesse sentido, uma com Cruise pendurado para fora de um avião em decolagem (que inclusive ilustra um dos posters do filme) e outra submersa, quando ele tenta desativar um protocolo de identificação em uma espécie de tubo aquático de alta pressão. Claro que tudo se passando em um ambiente totalmente inverossímil, fantasioso e bem  desproporcional, o que no final das contas também faz parte do jogo. Então é isso. Um blockbuster competente que ajuda a passar o tempo com suas cenas espetaculosas. Como todo produto descartável será logo esquecido, mas quem se importa? É como tomar Coca-Cola, não traz nenhum benefício para sua saúde, não tem qualquer valor nutritivo, mas pelo menos é gostoso e mata a sua sede.

Pablo Aluísio.