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sábado, 7 de dezembro de 2024

O Retorno do Rei

Título no Brasil: O Retorno do Rei
Título Original: Return of the King
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Jason Hehir
Roteiro: Jason Hehir
Elenco: Elvis Presley, Priscilla Presley, Baz Luhrmann, Bruce Springsteen, Ernst Jørgensen

Sinopse:
O documentário "O Retorno do Rei - Ascensão e Queda de Elvis Presley" traz uma retrospectiva dos primeiros anos da carreira de Elvis, sua ida para Hollywood e a tentativa de colocar sua carreira de volta ao topo em 1968 com um programa especial de retorno no canal de TV NBC. 

Comentários:
Com o lançamento do filme "Elvis" houve toda uma renovação de interesse na carreira desse famoso cantor. E surgiu também uma demanda por programas e documentários sobre sua vida. A Netflix não iria ficar de fora dessa onda de interesse. Então como fã de longa data de Elvis, posso até afirmar que gostei do documentário, mas tenho algumas ressalvas a fazer. No começo pensei que seria um documentário bem focado no "Comeback Special". Eu me enganei. Esse roteiro não foi feito para os antigos fãs, que estejam em busca de detalhes inéditos e desconhecidos, mas sim para os mais jovens que estejam interessados em Elvis. Então mais de dois terços da duração é focado em contar a vida de Elvis antes do programa de televisão. É um longo resgate, que consome quase todo o documentário. Só quando chega mais ou menos uns 25 minutos para o final eles finalmente falam sobre o especial. Em meu caso achei mal estruturado, mas entendo também que eles querem apresentar Elvis para quem não conhece sua história muito bem. Então, no final de tudo, acabei gostando. Meio cansativo por voltar para contar tudo de novo, mais ainda assim não deixando de ser interessante. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de março de 2024

A Noite Que Mudou o Pop

Título no Brasil: A Noite Que Mudou o Pop 
Título Original:  The Greatest Night in Pop
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bao Nguyen
Roteiro: Bao Nguyen
Elenco: Michael Jackson, Lionel Ritchie, Quincy Jones, Stevie Wonder, Harry Belafonte, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Kenny Loggins, Huey Lewis, Smokey Robinson, Dionne Warwick, Dan Aykroyd, Kim Carnes, Ray Charles, Bob Dylan, Bob Geldof, Al Jarreau, Billy Joel, Willie Nelson, Bette Midler, Diana Ross, Paul Simon, Tina Turner, Van Halen, Sarah Vaughan

Sinopse:
Esse documentário que está disponível na Netflix conta a história de gravação da música "We Are The World" do projeto USA For Africa que tinha como objetivo mandar apoio financeiro para o continente africano. Essa canção reuniu os melhores artistas do mundo da música nos anos 1980.  No filme acompanhamos os bastidores do planejamento, execução e finalmente gravação da música "We Are The World" que iria se tornar um grande sucesso em todo o mundo. 

Comentários: 
Assistir a esse bom documentário me trouxe muitas lembranças. Isso porque eu vivi aquela época, comprei o disco, acreditei mesmo nas boas intenções envolvidas em todo o projeto. Bom, conhecia bem o resultado final dos esforços de todos aqueles artistas, mas desconhecia completamente os bastidores de tudo. E isso me deixou bem surpreso. Foi uma iniciativa que começou meio desacreditada, que precisou mesmo contar com uma série de fatores, inclusive muita sorte, para dar certo. E não podemos também deixar de reconhecer os trabalhos decisivos de Harry Belafonte (que teve a ideia inicial), Michael Jackson, Lionel Ritchie e Quincy Jones (que abraçaram a ideia de forma decisiva). Sem eles realmente nada teria ido em frente. De certa maneira esse foi o primeiro de muitos outros projetos semelhantes, o que de certa forma engrandeceu ainda mais essa reunião de grandes astros e estrelas da música norte-americano. Enfim, se você gosta de música, esse documentário é mais do que recomendado. 

Pablo Aluísio.

domingo, 30 de setembro de 2012

Bruce Springsteen

Bruce e Trump
Bruce e Trump - Hoje o cantor Bruce Springsteen declarou que era simplesmente vergonhoso que um sujeito como Donald Trump estivesse prestes a vencer as eleições americanas. Para Bruce sua ascensão nas pesquisas era algo preocupante, aliás ele disse mais do que isso, para Bruce só o simples fato de Trump disputar as eleições presidenciais já era por si só uma grande vergonha para os Estados Unidos.

Essa declaração realmente deixou muita gente surpreendida. Isso porque Bruce sempre foi mais alinhado ao Partido Republicano (o mesmo que Trump está concorrendo as eleições) do que por seu rival, o Partido Democrata. A questão porém não se limita a isso. O fato é que tal como acontece na política brasileira, o cenário americano parece saturado em termos políticos. Trump é realmente um bufão. Uma celebridade que resolveu brincar de presidenciável e que acabou vencendo primárias e mais primárias, se tornando o candidato republicano à Casa Branca. O pior é que o outro lado não parece melhor. Hillary Clinton é apenas mais uma continuação sem brilho das administrações de seu marido (nos agora distantes anos 90) e Obama (que se revelou para muitos setores um presidente fraco, sem pulso e sem decisão). Nos últimos dias inclusive imagens de Hillary passando mal - e quase desmaiando antes de entrar em um carro - demonstraram que ela não parece ter muitas condições de saúde para seguir em frente.

A classe artística - com exceções - resolveu por isso apoiar em peso Hillary. Como o voto nos Estados Unidos não é obrigatório a luta é para que o eleitor saia de casa para votar em algum dos candidatos. O problema é que isso definitivamente não é fácil. Nenhum deles parece despertar grande entusiasmo entre o povo americano. Esse fator - a abstenção - parece favorecer Trump, já que seu eleitorado, mais conservador e engajado, tende a ir votar em maior número do que os saturados admiradores de Clinton. O futuro, bom, esse ninguém sabe ao certo. De minha parte penso que Trump vencerá as eleições, para desespero de Bruce e cia. Quem viver verá...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

We Are the World

Título no Brasil: We Are the World
Título Original: We Are the World
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: Tom Trbovich
Roteiro: Mikal Gilmore
Elenco: Michael Jackson, Ray Charles, Bob Dylan, Jackson Five, Cyndi Lauper, Huey Lewis, Bette Midler, Willie Nelson, Lionel Richie, Smokey Robinson, Kenny Rogers, Diana Ross, Bruce Springsteen, Tina Turner, Dionne Warwick, Stevie Wonder, Dan Aykroyd, Harry Belafonte, Lindsey Buckingham Billy Joel Al Jarreau Jane Fonda, Kim Carnes

Sinopse:
Documentário que resgata a gravação e lançamento do famoso álbum "We Are The World" que em meados dos anos 1980 se propôs a arrecadar fundos para combater a fome e a miséria no continente africano. Indicado ao Emmy Awards na categoria Melhor Documentário Musical. Vencedor do Grammy Awards na categoria Melhor Filme Musical.

Comentários:
Um interessante documentário que marcou época em seu lançamento. O projeto "We Are The World" ficou muito famoso por causa da constelação de estrelas do mundo da música que foram reunidas para cantar a música tema do projeto beneficente que naquela altura tinha o objetivo de levantar dinheiro dentro da sociedade americana para ajudar no combate à fome nos países da África, continente sempre assolado por guerras, miséria e doenças. Embora não tenha sido um projeto criado por Michael Jackson temos que reconhecer que ele só se tornou um fenômeno por causa de sua presença. Após abraçar a causa o artista telefonou pessoalmente para dezenas de outros grandes nomes da música para que viessem participar da faixa principal do álbum que seria lançado. Todo o dinheiro arrecadado nas vendas seria levado para a África, dando corpo assim ao projeto que ficou conhecido como "Usa For Africa". O resultado tanto em termos artísticos como humanitários foi realmente muito bom, reacendendo o que havia de melhor em todos esses astros. Um importante registro dessa união da classe artística em prol dos necessitados irmãos africanos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Bruce Springsteen - Western Stars

Esse é o novo álbum do cantor e compositor Bruce Springsteen. Muito se tem falado que é um dos trabalhos mais parecidos com "Nebraska", um dos clássicos do artista. Será mesmo? Ainda estou nas primeiras audições e isso é algo complicado porque geralmente nesse primeiro momento não se tem ainda uma visão completa e profunda sobre o disco. Mesmo assim posso antecipar que a comparação  é válida e tem sua razão de ser. E quais seriam essas semelhanças? Bom, antes de mais nada temos aqui uma sonoridade bem intimista, muito semelhante com o que ouvimos em "Nebraska". 

Também é uma viagem ao interior dos Estados Unidos. O clima é de longas planícies, cavalos selvagens à solta, muita imensidão de campo e também muita solidão. Com um pouco de imaginação podemos até mesmo visualizar um cowboy deitado no chão do deserto, esperando a hora para tocar o gado em direção do oeste. É justamente esse tipo de clima que Bruce Springsteen quis capturar. E isso é tão verdadeiro e óbvio que o cantor resolver deixar claro até mesmo na arte do álbum. A capa é simbólica sobre isso, com um Mustang selvagem (uma raça bem popular de cavalos na América), completamente livre e indomado no meio do oeste. E o título do disco, que em nossa língua significa "Estrelas do Oeste" escancara ainda mais as intenções do artista. O Bruce Springsteen da cidade grande, o operário de "Born in The USA", definitivamente não dá as caras nesse trabalho.

Bruce Springsteen - Western Stars
Hitch Hikin'
The Wayfarer
Tucson Train
Western Stars
Sleepy Joe's Café
Drive Fast (The Stuntman)
Chasin' Wild Horses
Sundown
Somewhere North of Nashville
Stones
There Goes My Miracle
Hello Sunshine
Moonlight Motel

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Bruce Springsteen - Working On a Dream

Se existe um artista que merece todos os aplausos no cenário musical mundial esse certamente é Bruce Springsteen. Demonstrando que a vitalidade e o espirito do Rock não tem nada a ver com idade, "The Boss" como é conhecido, está bem próximo de completar 60 anos (no próximo mês de setembro), mas esbanja uma versatilidade e talento que deixariam muitos dos ídolos atuais mortos de vergonha. Para muitos sessentões aposentados ele é um exemplo: trabalha feito um louco, colocando um novo CD no mercado a cada dois anos, realiza vários concertos ao redor do mundo e o mais importante, demonstra que ainda é um verdadeiro astro pois o material apresentado é dos mais relevantes que existem atualmente. Talvez um dos poucos cantores surgidos na década de 60 ainda na ativa plenamente, Bruce vem intercalando sua carreira com álbuns que louvam suas heranças folk / country (como Nebraska, The Ghost of Tom Joad, We Shall Overcome e Devils & Dust) e trabalhos elaborados especialmente para tocarem nas rádios e alcançar sucesso comercial (como o sempre lembrado Born in The USA, Tunnel of Love e mais recentemente Magic, seu último álbum).

Esse Working On A Dream se enquadra na segunda categoria. Assim como "Magic" o velho Bruce demonstra que ainda está bem longe de perder o toque de midas que sempre caracterizou seus melhores discos comerciais. Ao ser lançado o CD chegou rapidamente ao primeiro lugar na Billboard entre os mais vendidos, derrubando estrelinhas pop da atualidade, mostrando que, ao contrário do que muitos profetizam, a boa música ainda tem lugar cativo nas paradas musicais. Ao lado de sua eterna banda, The E Street Band, Bruce compôs o material de "Working On a Dream" durante a turnê mundial de "Magic" e entre os shows foi ensaiando com seu grupo visando o lançamento de seu novo disco para pouco mais de um ano após esse chegar nas lojas. "Working On a Dream" aliás foi o último trabalho do membro da E Street Band, Danny Federici, que morreu antes dos trabalhos serem concluídos. Como forma de homenageá-lo Bruce convocou seu filho, Jason Federeci, para trabalhar na finalização do álbum. O CD é excepcional, desde a faixa título, Working On a Dream (que chegou a ser usada por Bruce na campanha do amigo Barack Obama), até This Life, que traz em sua melodia todas as características que fizeram de Bruce um dos mais conhecidos cantores americanos no mundo. Mas o destaque absoluto desse álbum é certamente The Wrestler. A canção foi feita para ser tema do filme "O Lutador", com Mickey Rourke. Excepcionalmente bem escrita e arranjada, The Wrestler é a canção que melhor sintetiza essa grande obra. Maravilhosa. Espero que Bruce ainda tenha muitos anos de vida pela frente, a boa música certamente agradece.

Bruce Springsteen - Working On a Dream
01. Outlaw Pete
02. My Lucky Day
03. Working on a Dream
04. Queen of the Supermarket
05. What Love Can Do
06. This Life
07. Good Eye
08. Tomorrow Never Knows
09. Life Itself
10. Kingdom of Days
11. Surprise, Surprise
12. The Last Carnival
13. The Wrestler.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Bruce Springsteen - Nebraska

Esse é o disco mais sombrio, soturno e melancólico da carreira do Bruce Springsteen. Todas as vezes que ouvi esse álbum eu tive que entrar em um certo clima de introspecção, porque a sonoridade é para poucos. E qual seria a razão de tanta tristeza e solidão? A grande maioria das cações foram compostas em cima de crimes bárbaros que aconteceram nos Estados Unidos na década de 1950. Um casal de serial killers formado por Charles Starkweather (O James Dean assassino) e sua namorada de 14 anos de idade, a psicopata Caril Ann Fugate deixaram um rastro de morte por onde passaram...

Esse casal de jovens pegou um carro e saiu matando em série nos recantos mais pacatos da América. Essa história bateu fundo na alma do Bruce Springsteen e assim ele resolveu gravar o disco. O que predomina nas faixas é o folk e o blues, em harmonias que são pura reflexão, pura solidão, pura tristeza. "Nebraska" não é um disco para todo mundo. Até mesmo em relação ao seleto grupo de fãs do cantor, tem que haver uma certa triagem. É um trabalho musical que não vai deixar você indiferente. Ou vai amar ou odiar o que vai ouvir. E isso é a maior prova que se trata de uma obra-prima da discografia do artista.

Bruce Springsteen - Nebraska (1982)
Nebraska
Atlantic City
Mansion on the Hill
Johnny 99
Highway Patrolman
State Trooper
Used Cars
Open All Night
My Father's House
Reason to Believe

Pablo Aluísio.

Bruce Springsteen - Born in the U.S.A.

Um ótimo trabalho de Bruce Springsteen que foi alvo de dois pontos de vista igualmente equivocados. O primeiro deles de fundo ideológico e o segundo artístico. Não é segredo para ninguém que durante muitos anos o álbum "Born in the U.S.A." foi taxado de ser uma absurda patriotada, de ser uma mera propaganda do Tio Sam, dos ideais americanos. De fato quando o disco foi lançado os Estados Unidos viviam sob a era Reagan e esse tipo de pensamento acabou encontrando terreno fértil entre os especialistas em música. O republicano Reagan era tão reacionário que esse disco o retratava com perfeição. A questão é que não se trata disso. Bruce Springsteen está apenas louvando em sua música o estilo de vida do americano comum, do trabalhador médio de seu país, do operário da construção civil, que apenas deseja trabalhar de forma honesta o dia inteiro para depois do expediente tomar algumas cervejas no bar local para retornar aos braços da patroa no fim do dia. Sonhos comuns e cotidianos ordinários do americano de subúrbio. O segundo equívoco do ponto de vista sobre o disco é a de que ele seria na realidade a obra prima do artista. Também não é bem assim.

É um bom álbum, feito para tocar nas rádios, mas longe de ser o seu melhor momento. Bruce Springsteen tem uma carreira muito mais rica artisticamente do que supõe essa vã opinião. De qualquer maneira se você gosta de rock tenha certeza que é um item que não pode faltar em sua discografia.  O álbum se tornou um grande sucesso, inclusive no Brasil. As rádios não cansavam de tocar a música título e Bruce Springsteen ampliou sua popularidade para além das fronteiras do Tio Sam. Não é equivocado dizer que o disco foi seu passaporte para vir ao Brasil pela primeira vez durante o primeiro Rock In Rio, realizado em 1985. Bruce também começou a ficar conhecido por seus longos concertos, alguns chegando ao ponto de durar mais de três horas! Nesse aspecto ele tem muito em comum com outro dinossauro do Rock, Paul McCartney. Ambos são workaholics conhecidos, artistas que não conseguem parar em momento algum, sempre lançando novos discos, encarando longas turnês em apresentações sem fim. A questão pode ser entendida ao ler uma recente entrevista do Ex-Beatle, onde ele explicou que não vê sua carreira como um "trabalho", mas como pura diversão, algo que faz por amar e não por necessidade (até porque eles estão ricos e não precisariam desse tipo de agenda para sobreviver).

Bruce Springsteen - Born in the U.S.A. (1984)
Born in the U.S.A
Cover Me
Darlington County
Working on the Highway
Downbound Train
I'm on Fire
No Surrender
Bobby Jean
I'm Goin' Down
Glory Days
Dancing in the Dark
My Hometown.

Pablo Aluísio.