segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Cinema Review - Edição XVI

Lobisomem (2025)
★★★
Antes de mais nada me desagra muito o título nacional desse filme! Ora, esse é o título original do filme clássico e depois de seu remake, aquele bom filme com Anthony Hopkins. Então ter esse filme mais uma vez com o mesmo título, aliás bem genérico, me soa como mero oportunismo comercial. Dito isso, vamos ao filme. Na história temos um protagonista que no passado precisou enfrentar uma situação perigosa ao lado do pai numa floresta. Eles foram cercados e quase atacados por uma misteriosa criatura. Um lobisomem. Os anos passam e aquele garotinho agora é um homem, casado, pai de uma filhinha adorável. Quando seu velho pai é dado como desaparecido e morto, ele então retorna para sua antiga casa paterna para tomar posse de sua herança. Algo que vai se revelar a pior decisão de sua vida. 

A mesma casa, isolada no meio da floresta, causa medo. E não é para menos. Naqueles bosques ao redor há mesmo uma criatura, um lobisomem à solta. Quando essa ataca a família do protagonista ele a defende do monstro. Na luta é ferido, mordido. Bom, se você já assistiu a algum filme de lobisomem na vida já sabe o que isso significa. Ele está condenado a também virar esse tipo de besta, meio homem, meio lobo. Agora é sua família que corre enorme risco e não por uma ameaça externa, mas por sua própria presença dentro da casa. As cartas estão na mesa.

Em geral temos um bom filme aqui. Não é excepcional em nenhum momento, mas conta bem sua história de terror. O visual dos lobisomens vai decepcionar parte do público. Após décadas de filmes com esses monstros, explorando os mais diversos tipos de maquiagem e design, os desse filme vão mesmo soar meio genéricos, até comuns. Uma deformação aqui, outra acolá. Apenas um homem deformado com grandes dentes. Nada mais. Inovador mesmo apenas a visão do Lobisomem, visto de um ponto de vista subjetivo do monstro. Essa parte ficou bem legal! De qualquer forma o saldo final é positivo. Eu gostei do que assisti e recomendo aos fãs de terror cinematográfico. 

A Profecia III ★★★
Dizem que o terceiro filme de qualquer franquia cinematográfica sempre é o mais fraco. A história do cinema parece confirmar essa máxima de experiência. Esse terceiro filme de "A Profecia" não chega a ser um desastre, até achei um pouquinho melhor do que o segundo, continuando o primeiro imbatível e muito à frente dos demais. O problema básico do roteiro desse filme é que ele precisa dar conta de muitas coisas. Os roteiristas quiseram fechar a história de uma vez. Com tantas profecias para colocar na história a coisa toda ficou bem truncada!

Só para se ter uma ideia, nesse filme Jesus precisa voltar, o anticristo precisa pegar sete punhais sagrados que podem causar sua destruição, será necessário matar todos os recém nascidos da Inglaterra numa data específica, além de dar conta de um alinhamento de três estrelas no cosmos que vai anunciar a chegada da segunda vinda do Messias e... Ufa! Coisa demais para se colocar no roteiro de apenas um filme! Um amontoado de profecias, mitologias antigas, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Algo assim não iria dar certo mesmo! A narrativa fica obviamente dispersa, sem rumo, sem foco! 

De bom mesmo apenas a presença de um Sam Neill ainda bem jovem, fazendo caras e bocas para interpretar Damien Thorn, o próprio anticristo, agora um homem adulto, industrial, dono da maior multinacional do mundo! E agora também embaixador dos Estados na Inglaterra. Como eu disse, coisas demais ao mesmo tempo. Com tanta informação junta, o filme só poderia ficar como ficou: cheio de conteúdo mal desenvolvido e vazio no aspecto puramente dramático. Um balão de gás cheio de Apocalipse fajuto dentro! 

The Witcher: Sereias das Profundezas ★★★
Engraçado, mas a verdade é que eu apenas suporto esse personagem do Witcher em animações. Pois é, eu gosto das animações do personagem, mas já tentei e não gostei nem da série original e muito menos dos seus derivados. Acho bem fracos, quase bregas. Só que quando suas histórias são colocadas em animação a coisa toda funciona muito bem. Gente, esse personagem nasceu para virar desenho animado, não tem jeito! Até pela presença de monstros que ele vai lutando ao longo de sua jornada do herói. Um monstrengo desses é mais fácil de engolir numa boa animação de fantasia. É justamente o que acontece por aqui. 

Nessa história ele chega numa região para matar monstros marinhos que estão atacando e matando pescadores. Só que o Bruxo logo descobre que tem algo mais acontecendo. Há um reino de sereias naquelas águas. Mais do que isso, o próprio herdeiro do Reino está apaixonado por uma das sereias. Isso é um problema e tanto para o Rei. Afinal aquele é o herdeiro de seu trono. A história assim se desenvolve. Tem boas cenas com muita ação e fantasia. Quem curte o gênero não tem mesmo nada a reclamar. E há monstros em diversos tipos, com direito a um Kraken (uma espécie de polvo gigante) atacando aquelas velhas naus de madeira do passado. Enfim, pode encarar sem problemas. Está na Netflix e é uma diversão garantida para quem gosta especialmente do gênero Fantasia. 

Pablo Aluísio.

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