Nos idos de março do ano de 44 a.c, o Cônsul Júlio César decidiu ir até o Senado romano. Sua esposa Calpúrnia disse que não fosse, pois havia tido sonhos ruins e pesadelos na noite anterior e isso seria uma premonição de que algo ruim iria lhe acontecer. Júlio César não lhe deu ouvidos, descartando tudo como mera superstições de uma mulher tola, como ele mesmo fez questão de dizer enquanto desfrutava de sua refeição matinal. O clima político de Roma andava tenso. O Senado acusava Júlio César de querer poder demais, repetindo os erros cometidos pelos antigos Reis de Roma nos primórdios de sua civilização. Para muitos senadores, Júlio César queria ser o novo Rei de Roma ou então um Tirano com poderes absolutos. Era necessário parar com essas ameaças aos poderes republicanos.
Júlio César recusava essas acusações, dizendo amar a República Romana. Por isso faria de tudo para salvar as sagradas instituições da cidade eterna. Não convenceu os senadores, principalmente os que lhe fazia forte oposição como Caio Cássio Longino. Naquela manhã César entrou triunfante no Senado, pensado que iria ter mais um dia de vitórias políticas dentro daquela casa que em última análise representava o povo de Roma. Ele tinha novos projetos para apresentar aos senadores, entre eles uma grande reorganização do exército romano e sua legiões.
Não foi o que aconteceu. Assim que entrou no Senado, César foi cercado. Ele não entendeu em um primeiro momento o perigo que corria, sequer estava armado, o que era um erro para um homem como ele que havia colecionado inimigos por toda a sua vida. Pensou que os senadores estavam lhe cercando apenas para debater questões políticas, lhe pedir alguma coisa. Não era nada disso. Era uma armadilha mortal! Não demorou muito e os senadores tiraram de suas togas diversas armas, como punhais, espadas e adagas. Em questão de segundos Júlio César estava sendo esfaqueado por vários dos senadores. Ainda teve uma breve reação no meio de tanta dor ao ver que entre os assassinos se encontrava seu próprio filho adotivo, Marco Júnio Bruto! Ao olhar para ele, disse suas últimas palavras: "Até tu Brutus, filho meu!..."
O corpo de César caiu no chão, já sem vida. Em questão de minutos a notícia correu pela cidade! Júlio César havia sido assassinado no Senado! O povo ficou em choque! César era amado pelos romanos. Seu braço direito, o General Marco Antônio, formou um pequeno batalhão e foi ao Senado resgatar o corpo de César. Os senadores ficaram surpresos com a desaprovação dos romanos pois acreditavam que o povo de Roma ficaria ao seu lado. Aconteceu justamente o oposto disso! "Assassinos, assassinos! - gritava o povo romano em todas as ruas. Diante disso os senadores, um por um, começaram a fugir da cidade que estava prestes a explodir numa onda de revolta e ira contra o Senado de Roma. Eles não sabiam, mas com seu crime tinham decretado o fim da República romana!
Pablo Aluísio.
História
ResponderExcluirPablo Aluísio.
É Pablo, idos de março significa os primeiros 15 dias do mês e alguem disse a Julio Cesar quanto esse zombou "os idos de março já chegaram e nada aconteceu" no que o interlocutor respondeu "os idos de março chegaram, mas ainda nao pasaram".
ResponderExcluirBom, deu no que deu, e seu sobrinho neto Octaviano formou o chamado segundo triunvirato (Augusto, Marco Antônio e Lépido) caçou e executou todos os assassinos do Júlio Cesar e ainda se tornaria o primeiro imperador de Roma. Que história fantástica!
A morte de César deu origem ao império onde os imperadores usariam seu nome como título de poder.
ResponderExcluirE ele morreu sem saber de nada disso...
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