quinta-feira, 29 de maio de 2025

Lee

Lee 
Esse filme conta a história real da correspondente de guerra Lee Miller, aqui interpretada pela atriz Kate Winslet. No começo de sua carreira ela trabalhava no setor de fotografia de moda, da prestigiada revista Vogue. Só que a segunda guerra mundial começou e ela não viu outra maneira de seguir adiante. Colocou na cabeça que queria fotografar o front, a linha de frente. Então se tornou correspondente americana naquele que foi o maior e mais devastador conflito armado da história. 

E certamente tudo o que vivenciou foi um choque! Primeiro com os soldados feridos, desfigurados pela guerra. Uma de suas fotos mais famosas mostrava um desses militares completamente desfigurado. Aquele pobre diabo nunca mais iria ter uma vida normal. Agora, Lee jamais estaria preparada para o que encontrou nos campos de concentração. Pilhas de corpos de judeus mortos nessa que era uma verdadeira linha de montagem da morte. Ela jamais iria se recuperar desses momentos e suas fotos hoje em dia são consideradas de grande valor histórico e cultural para o que aconteceu naqueles dias de puro terror genocida. 

O roteiro do filme também abre espaço para mostrar sua vida pessoal. Ela se apaixonou na Europa, se casou, mas como tantas mulheres de seu tempo também viu seu marido ir para a guerra, na incerteza de que algum dia voltaria vivo dos combates. Enfim, temos aqui mais um daqueles filmes que mostram uma história que tinha que ser contada pelo cinema. Não poderia ser deixada de lado, é pura história da segunda guerra em seus momentos históricos mais decisivos. 

Lee (Lee, Estados Unidos, 2023) Direção: Ellen Kuras / Roteiro: Liz Hannah, Marion Hume / Elenco: Kate Winslet, Andy Samberg, Alexander Skarsgård / Sinopse: O filme conta a história, baseada em fatos reais, da jornalista e correspondente de guerra Lee Miller (Winslet). Durante a segunda guerra mundial ela foi para a Inglaterra e depois seguiu no front de guerra, documentando, entre outras coisas, o holocausto nos campos de concentração nazista. Indicado ao BAFTA na categoria de melhor filme britânico do ano. 

Pablo Aluísio. 

3 comentários:

  1. Imagine uma fotografa de moda, talvezva atividade mais supérflua do mundo, se ver de frente à essa crua realidade da guerra. É coisa pra reavaliar a vida profissional, e pessoal também.

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  2. Ela foi do mundo da futilidade para os horrores do holocausto! Não é de se admirar que depois tenha desenvolvido diversos traumas e distúrbios de saúde mental.

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