sexta-feira, 6 de julho de 2007

Filmes de Marilyn Monroe - Parte 2

Torrentes de Ódio
Um peão decide se organizar na vida, pois está apaixonado pela filha de seu patrão. Para mostrar que tem futuro resolve comprar um par de mulas para transporte, algo que lhe dará muita dor de cabeça depois, mas ele está decidido a dar certo para conquistar o amor de sua vida. Outro filme do comecinho da carreira de Marilyn Monroe em que você terá que prestar muita atenção para encontrar a atriz em cena. Infelizmente a maior parte de sua participação foi parar no chão da sala de edição do estúdio mas ainda podemos ver a loira descendo as escadas de uma igreja no domingo pela manhã, acenando e dizendo sua única linha de diálogo no filme inteiro: "Oi Rad!" 

Por essa razão não é raro muitos jornalistas cometerem a burrice de dizer que essa foi a primeira aparição de Marilyn Monroe no cinema (como já comentamos em resenhas de filmes anteriores de Marilyn, esse tipo de afirmação simplesmente não procede). O elenco também traz outra curiosidade, a presença da também aspirante à fama Natalie Wood, que interpreta Eufraznee 'Bean' McGill (que nome hein?). Hoje em dia sua presença e a de Marilyn se tornaram os grandes atrativos do filme. No geral o filme não é lá grande coisa (como Marilyn ou sem ela). Se trata mesmo de uma diversão ligeira, um filme de rotina dentro da indústria de cinema dos anos 40. Não há qualquer sinal de que aquela garota quase figurante das escadas da capela um dia iria se tornar um mito da sétima arte. Vale como curiosidade histórica e apenas isso.

Torrentes de Ódio (Scudda Hoo! Scudda Hay!, Estados Unidos, 1948) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: F. Hugh Herbert / Roteiro:  F. Hugh Herbert / Elenco: June Haver, Lon McCallister, Walter Brennan, Marilyn Monroe / Sinopse: Jovem se apaixona pela filha do patrão e tenta começar um negócio para mostrar seu valor! 

Os Prados Verdes
Um filme do comecinho da carreira de Marilyn Monroe. Não vai ser fácil localizar a atriz em cena. Naquela época ela era apenas um rostinho bonito que a Fox usava como extra. E ela aparece, muito timidamente, na cena da dança. Apenas uma garota qualquer fazendo figuração nesse western com ecos de drama e romance. Não seria dessa vez que ela teria alguma chance, ainda mais sabendo que a loira estrela do filme era outra, a chatinha Peggy Cummins que usava até o mesmo cabelo de Marilyn, mas que em termos de beleza sequer poderia se comparar a ela. 

A história desse antigo faroeste girava em torno de um grupo de rancheiros e fazendeiros que tinham que lidar com roubos de cavalos e crias que acabavam também fugindo para o campo aberto onde vivia, de forma selvagem, um belo garanhão branco. Um animal realmente maravilhoso que ninguém conseguia capturar. Então é isso. Um bom filme, mas para quem estiver em busca de Marilyn Monroe não a encontrará tão facilmente no meio de um monte de gente dançando. 

Os Prados Verdes ( Green Grass of Wyoming, Estados Unidos, 1949) Direção: Louis King / Roteiro: Martin Berkeley, Mary O'Hara / Elenco: Peggy Cummins, Charles Coburn, Robert Arthur, Marilyn Monroe (figurante) / Sinopse: Grupo de rancheios, criadores de cavalos, precisam lidar com os desafios do velho oeste. 

Mentira Salvadora
Esse filme pode ser considerado a primeira grande chance que Marilyn Monroe conseguiu em sua carreira. Ela havia sido contratada pela Fox, mas até então não tinha conseguido uma grande oportunidade. Então seu amante (na verdade seu sugar daddy) chamado Johnny Hyde conseguiu com o chefão da Columbia Pictures Harry Cohn que fosse dada uma oportunidade melhor para Marilyn nesse filme. E ela finalmente conseguiu uma personagem com nome e importância dentro de um filme. Ela interpretou a jovem filha da protagonista, uma garota chamada Peggy Martin.

Marilyn ficou eufórica com essa oportunidade, mas a verdade pura e simples é que o filme não passava de uma produção B que na época não chegou a alcançar qualquer tipo de sucesso. Com apenas uma semana em cartaz foi tirado do circuito de exibição pela fraca bilheteria. De qualquer maneira com o passar dos anos o filme foi finalmente redescoberto e por causa de Marilyn Monroe, aqui dando os seus primeiros passos rumo a uma carreira de sucesso. 

Mentira Salvadora (Ladies of the Chorus, Estados Unidos, 1948) Direção: Phil Karlson / Roteiro: Harry Sauber / Elenco: Adele Jergens, Marilyn Monroe, Rand Brooks / Sinopse: Uma dançarina de Chorus Line se apaixona pelo sujeito errado e começa a sofrer os problemas inerentes a esse que poderia ser um erro, mas não de seu coração. 

Loucos de Amor
Depois da euforia do filme anterior Marilyn Monroe desceu um degrau na carreira. Não que fosse um filme ruim, nada disso, mas que não iria abrir maior espaço para ela que teria que novamente interpretar o papel de uma loira burra e gostosa. Era uma comédia maluca dos Irmãos Marx, então não haveria mesmo oportunidade para Marilyn Monroe mostrar muita coisa no meio dessa confusão divertida. Tudo no roteiro havia sido escrito para que os Irmãos Marx brilhassem em cena com seu humor. Para Marilyn só sobrou fazer mais um extra baseado apenas em sua beleza. 

Revisto hoje em dia esse filme entretanto serve para uma constatação de que Marilyn tinha mesmo jeito para a comédia e o humor, algo que seria explorado em seus primeiros filmes de estrela de Hollywood. Ela era certamente uma garota bonita, todos sabiam disso, mas ainda assim esbanjava talento para cenas de humor. E essa pode ser considerada a primeira experiência da atriz nesse estilo cinematográfico, algo que ela soube muito bem explorar dede o começo de sua filmografia. 

Loucos de Amor (Love Happy, Estados Unidos, 1949) Direção: David Miller / Roteiro: Frank Tashlin, Mac Benoff, Harpo Marx / Elenco: Groucho Marx, Harpo Marx, Chico Marx, Marilyn Monroe,  Ilona Massey / Sinopse: Os irmãos Marx vão para a Broadway e criam todos os tipos de confusões no meio teatral de Nova Iorque. 

O que Pode um Beijo
Mais um faroeste B na filmografia de Marilyn Monroe. Nessa época ela ainda era bem jovem e estava tentando seu lugar so sol em Hollywood. Como era uma jovem bonita, foi escalada para fazer parte do elenco de apoio, no grupo de belas coristas de um saloon. Embora já tivesse adotado aquela imagem de Marilyn que todos conhecemos, achei seu visual meio estranho nesse filme, tudo por causa de uns cachinhos dourados que fizeram em seu cabelo. Ficou bem fora da casinha, um penteado meio mal feito. Não caiu bem. 

Em termos de história esse western contava mais uma história da expansão das ferrovias rumo ao oeste selvagem. Esses trens antigos mudaram a história dos Estados Unidos, mas não eram bem vistos por todos. A ferrovia significava a modernidade e muitos odiavam isso, fazendo muitas vezes operações de sabotagens nas ferrovias, o que colocava em risco a própria vida dos passageiros. No caso desse filme era justamente isso que acontecia. Bandidos contratados por donos de diligências tentando sabotar as linhas de trens que seguiam rumo ao oeste. 

O que Pode um Beijo (A Ticket to Tomahawk, Estados Unidos, 1950) Direção: Richard Sale / Roteiro: Mary Loos, Richard Sale / Elenco: Dan Dailey, Anne Baxter, Rory Calhoun, Walter Brennan, Marilyn Monroe / Sinopse: Primeiro filme da atriz Marilyn Monroe na década de 1950. Ainda em papel bem secundário, ela interpretava uma bailarina de saloon nesse filme de faroeste B de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

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