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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

O Filho de Django

Título no Brasil: O Filho de Django
Título Original: Il figlio di Django
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Denwer Film
Direção: Osvaldo Civirani
Roteiro: Alessandro Ferraù, Tito Carpi
Elenco: Gabriele Tinti, Guy Madison, Ingrid Schoeller

Sinopse:
O famoso pistoleiro Django é morto covardemente pelas costas. Seu único filho, Jeff Tracy (Gabriele Tinti), decide fazer de sua vida uma cruzada em busca dos assassinos de seu pai. Isso o leva até uma cidadezinha dominada por dois poderosos fazendeiros. Tracy acaba descobrindo que um deles muito provavelmente esteja envolvido na morte de Django. O cenário se revela o ideal para que ele sacie sua sede de justiça e vingança.

Comentários:
O sucesso de Django com Franco Nero deu origem a dezenas de cópias, feitas exclusivamente para faturar alguns trocados nos cinemas populares ao redor do mundo. A maioria dessas produções eram de péssima qualidade. "O Filho de Django" é mais uma tentativa de lucrar em cima do nome do famoso pistoleiro do western spaghetti. O curioso é que para soar um pouco diferente os produtores decidiram que não mais apostariam no nome de Django, mas sim em seu filho! A produção como era de se esperar é de baixo orçamento. A edição é bem ruim, dando saltos na narrativa, sem ter nem ao menos a preocupação de situar melhor o espectador no contexto da estória que está contando. O roteiro é bem derivativo de centenas de outros filmes - a velha narrativa do filho buscando vingança pela morte do pai. De bom mesmo apenas a trilha sonora - com direito a um bom número musical em um saloon - e a presença de Guy Madison no papel do Padre Fleming, um curioso sacerdote rápido no gatilho. Já Gabriele Tinti que dá vida ao filho de Django é bem inexpressivo, contribuindo ainda mais para a má qualidade do filme como um todo. Melhor rever o único e original Django de 1966.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O Reverendo do Colt 45

Título no Brasil: O Reverendo do Colt 45
Título Original: Reverendo Colt
Ano de Produção: 1970
País: Espanha, Itália
Estúdio: Oceania Internazionali Cinematografiche
Direção: León Klimovsky
Roteiro: Tito Carpi, Manuel Martínez Remís
Elenco: Guy Madison, Richard Harrison, Ennio Girolami, María Martín, Ignazio Spalla, Perla Cristal
  
Sinopse:
O Reverendo Miller (Guy Madison) chega em Tucson, no Texas, para inaugurar uma nova igreja. No mesmo dia de sua chegada uma quadrilha de bandoleiros invade a cidade. Os criminosos estão lá para roubar o banco local, trazendo terror e desespero para todos os moradores. O que esses foras da lei não sabem é que o novo reverendo foi um habilidoso pistoleiro no passado.

Comentários:
Pois é, nos filmes de western spaghetti nem mesmo os religiosos escapavam. Quando era necessário eles não pensavam duas vezes antes de empunhar o colt 45 para expulsar os bandidos de suas cidades, protegendo assim o seu rebanho. "O Reverendo do Colt 45" vai justamente por esse caminho. O roteiro mostra um homem convertido que deseja deixar o passado para trás. Ele era um pistoleiro bom de mira que havia tirado a vida de muitos homens. Agora só deseja pregar o evangelho. O problema é que uma quadrilha perigosa invade sua cidade e ele, sem alternativas, parte para limpar a região da infestação daqueles vermes. Afinal está disposto a trazer paz para aquela cidade de todas as formas. Embora o filme seja uma produção italiana temos aqui um ator americano estrelando o filme. O californiano Guy Madison empresta seu carisma para a produção. Ele era um veterano no gênero western. Quando o estilo entrou em decadência nos Estados Unidos ele nem pensou duas vezes e foi para a Europa onde estrelou diversos filmes spaghetti. Esse aqui é um dos mais lembrados. Fez sucesso e foi inclusive lançado no Brasil, fazendo carreira nos cinemas de bairro que eram muito comuns em nosso país durante os anos 70. Assim temos aqui uma boa oportunidade para relembrar aqueles bons e velhos tempos.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de abril de 2007

No Mau Caminho

Título no Brasil: No Mau Caminho
Título Original: 5 Against the House
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Phil Karlson
Roteiro: Stirling Silliphant, William Bowers
Elenco: Guy Madison, Kim Novak, Brian Keith, Alvy Moore, Kerwin Mathews, William Conrad

Sinopse:
Amigos da faculdade resolvem convencer uma dançarina de cassino a colaborar com eles em um assalto ao local. Inicialmente o grupo deseja apenar provar que é possível realizar o crime perfeito. A ideia inicial é pegar o dinheiro para logo depois devolver até que um dos membros decide ficar com sua parte do roubo, o que trará vários problemas para todos os envolvidos.

Comentários:
Filme curioso que desenvolve muito bem os personagens principais. Al (Madison) pretende ser um advogado de sucesso para se casar com sua namorada bonitona (Kim Novak, maravilhosa em cena). Seus amigos são estudantes universitários que só querem diversão. Juntos resolvem fazer algo diferente para quebrar o tédio, um assalto a um cassino. O problema é que envolvem o veterano Brick (Keith) na jogada. Se todos não levam à sério o que vão fazer, Brick quer sua parte no bolo. Ele já é um homem sem muitas esperanças na vida. Lutou na Guerra da Coreia e voltou lesionado, tanto fisicamente como psicologicamente. Para ele aquele dinheiro pode representar a última chance de ser bem sucedido na vida. Um filme muito bom realmente, assinado pelo subestimado cineasta Phil Karlson, que merece uma segunda chance de avaliação. Na época de seu lançamento a beleza da atriz Kim Novak acabou ofuscando as qualidades do filme em geral, o que foi um equívoco. Revisto agora mostra que tem suspense, tensão e uma trama bem amarrada, sem pontas soltas. Vale ser redescoberto por cinéfilos conceituados.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de junho de 2006

Sob o Comando da Morte

Esse faroeste pode ser considerado um bom filme sobre a cavalaria americana. A história se passa alguns meses depois do massacre da Sétima Cavalaria do General Custer. O clima ainda é de guerra com os nativos. Uma tropa da cavalaria é atacada por índios e seu comandante é morto com uma flecha certeira no coração. O posto de líder do grupo então passa para o Capitão Robert MacClaw (Guy Madison). Só que há um problema: ele é médico e não oficial de carreira, o que faz com que seus subordinados vejam com desconfiança sua liderança no campo de batalha.

O pior acontece depois quando a tropa é designada para uma missão especial, acompanhar e defender uma caravana de pioneiros que rumam para o oeste no meio de um território com muitos guerreiros apaches e de diversas outras nações indígenas. Manter todas aquelas pessoas salvas ao mesmo tempo em que precisa ganhar a confiança de seus próprios homens, passa a ser o duplo desafio para o Capitão MacClaw. E como se tudo isso não fosse o bastante ainda surge o desafio de enfrentar no meio do deserto um surto de varíola, que pode contaminar todos os membros da caravana. Bom filme, com uma excelente cena final quando a cavalaria enfrenta um grupo violento de guerreiros nativos. E eles usam carroças como elemento de ataque e proteção. Para quem aprecia histórias de faroeste sobre a cavalaria, esse filme é bem indicado.

Sob o Comando da Morte (The Command, Estados Unidos, 1954) Direção: David Butler / Roteiro: Russell S. Hughes / Elenco: Guy Madison, Joan Weldon, James Whitmore / Sinopse: Tropa da cavalaria americana enfrenta diversos desafios ao atravessar um território hostil, com tribos de índios guerreiros que querem destruir uma caravana de pioneiros defendida pelos militares do exército americano.

Pablo Aluísio.


quinta-feira, 18 de maio de 2006

Os Tambores Rufam ao Amanhecer

Título no Brasil: Os Tambores Rufam ao Amanhecer
Título Original: Drums in the Deep South
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Pictures
Direção: William Cameron Menzies
Roteiro: Philip Yordan, Sidney Harmon
Elenco: Guy Madison, Barbara Payton, James Craig, Barton MacLane, Robert Osterloh, Tom Fadden

Sinopse:
Atlanta, 1861. Nas vésperas da eclosão da guerra civil americana dois amigos acabam entrando em lados opostos do conflito. Clay Clayburn (James Craig) entra para as forças confederadas, onde se torna major. Já Will Denning (Guy Madison) se alista nas forças da união. Ambos disputavam a mão da mesma mulher antes da guerra e acabam se encontrando novamente no campo de batalha quando Clay e seus homens tomam o cume da montanha do diabo, de onde promovem ataques de canhões sobre uma importante ferrovia das tropas do general Sherman da União.

Comentários:
Interessante western que mais uma vez explora a guerra civil americana, uma das mais sangrentas da história dos Estados Unidos. Curiosamente o roteiro toma partido dos confederados, dos sulistas, os elegendo como os heróis do filme. Os vilões ficam com os casacos azuis, os ianques da União. Só esqueceram de avisar aos espectadores que os confederados lutavam por, entre outras coisas, a manutenção da escravidão nas fazendas de algodão do sul. E por falar nessas grandes fazendas toda a trama se passa dentro das terras de uma. Do alto da chamada montanha do diabo os membros do pequeno batalhão confederado do major Clay bombardeia dia e noite as ferrovias unionistas. O galã Guy Madison  (1922 - 1996) estrela o filme mas quem rouba as atenções é James Craig. Já a jovem starlet Barbara Payton, que interpreta a mocinha Kathy Summers, era tão bonita quanto canastrona. Cheia de caras e bocas não consegue convencer em nenhuma cena em que aparece - e olha que ela tem vários momentos importantes dentro da estória. No geral temos uma produção modesta mas digna, em um filme que diverte acima de tudo apesar dos erros de ideologia em que toma partido.

Pablo Aluísio.