domingo, 9 de março de 2025

Jane Eyre

Jane Eyre é um clássico da literatura inglesa então obviamente o texto do roteiro tem muito pedigree. No fundo é uma estória bem romântica com várias reviravoltas, amores impossíveis, romantismo exacerbado e heróis galantes. Aqui acompanhamos a triste saga de Jane Eyre. Bem nascida tem o azar de ver seus dois pais mortos. Nas mãos de uma parenta megera logo é internada em um colégio interno, daqueles de dar arrepios, com quartos escuros e professoras violentas. Castigo físico é rotina além de muitas horas de estudo e trabalho. Jane então se torna uma moça adulta e ao sair da escola procura um emprego como governanta numa luxuosa propriedade campestre britânica (aqueles casarões que estamos acostumados a ver em filmes e séries britânicas como Downtown Abbey). Aí nesse local ela viverá emoções, paixões e tudo o mais que não convém contar mais para não estragar.

A produção é da BBC Films, então bom gosto e classe refinados é o mínimo a se esperar. A direção é meio burocrática, sem grandes arroubos autorais o que é de se compreender pois o diretor Cary Fukunaga (que apesar do nome é americano) quis apenas contar a estória do livro sem tirar nem colocar nada. Quis ser eficiente e correto. Se não atrapalha também não emociona. Percebi que diante de tanto zelo pela obra original o filme acabou soando frio, gélido, sem grandes emoções. Até mesmo o romance central (que deveria ser um arroubo de paixões descontroladas) se torna morno. De qualquer forma ainda recomendo por causa da bonita produção, dos belos jardins e da chance de conhecer, nem que seja pela tela, a obra da escritora inglesa Charlotte Bront.

Jane Eyre (Jane Eyre, Estados Unidos, 2011) Direção: Cary Fukunaga / Roteiro: Moira Buffini / Elenco: Mia Wasikowska, Jamie Bell e Sally Hawkins / Sinopse: Jane Eyre (Mia Wasikowska) morava com sua tia, e ao ficar órfã é levada para morar em um internato. Quando adulta, ela vai trabalhar como governanta na casa de Edward Rochester (Michael Fassbender) mas em breve o destino mudará completamente sua vida.

Pablo Aluísio.

O Despertar de Uma Paixão

Jovem médico inglês (Edward Norton) resolve se voluntariar para ir até a distante China onde está ocorrendo uma epidemia de cólera. A viagem tem dois objetivos: estudar o vírus da doença e levar sua esposa (Naomi Watts) para bem longe de Londres onde ele tem um caso extra conjugal com um influente político. "O Despertar de uma Paixão" me lembrou muito de outro filme que segue basicamente a mesma linha: "Entre Dois Amores". Em ambos acompanhamos os problemas de relacionamento entre duas pessoas em uma região exótica ou distante dos grandes centros. Esse tipo de produção atual com estilo de filmes antigos me atrai muito. O fato do roteiro ser baseado em famosa obra literária (de autoria de W. Somerset Maugham) só ajuda a engrandecer ainda mais o resultado final. Gostei de basicamente tudo, do enredo, da trilha sonora e claro da melhor coisa da produção: sua fotografia deslumbrante. O elenco está muito bem. Edward Norton compõe um personagem muito tímido, um cientista que não se dá muito bem com relacionamentos humanos. Sua aproximação com sua futura esposa no começo do filme é complicada pois ele não leva o menor jeito com galanteios. Essa aliás só se casa com ele por pura falta de opção após ser pressionada por seus pais (que abominam a idéia dela continuar solteirona).

O filme foi dirigido pelo cineasta John Curran que não tem nada de muito relevante em sua filmografia. De qualquer forma eu gostei de seu "Homens em Fúria" que apesar de não ter sido um sucesso de público e crítica demonstrou que Curran sabe acima de tudo contar uma boa estória. Se for passada em lugares remotos, com ótimas paisagens de fundo, ainda melhor. Aqui também há um subtexto muito interessante ao mostrar um homem da ciência tentando vencer preconceitos e tradições arcaicas em um lugar distante de tudo e de todos. Em suma, vale a pena assistir esse "O Despertar de Uma Paixão" um filme com jeitão de produção antiga, daquelas que não se fazem mais como antigamente.

O Despertar de uma Paixão (The Painted Veil, Estados Unidos, 2006) Direção: John Curran / Roteiro:Ron Nyswaner, baseado em livro de W. Somerset Maugham / Elenco: Edward Norton, Naomi Watts, Liev Schreiber e Toby Jones / Sinopse: Na década de 1920. Walter Fane (Edward Norton), um médico de classe média alta se casa com Kitty (Naomi Watts). Logo após se mudam para a China onde o marido pretende relaizar pequisas médicas.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de março de 2025

Os Amores de Brad Pitt

Os Amores de Brad Pitt
Considerado pelas mulheres dos anos 90 como o homem mais lindo de Hollywood, era mesmo de esperar que Brad Pitt se tornasse o alvo preferido de todos os jornais de fofocas do planeta. Cada novo relacionamento amoroso era capa de revista! Um verdadeiro superstar dos tabloides! 

Os amores de Brad Pitt foram capas e capas de revistas por todos esses anos. Vendiam muito e ele fez sua parte, conquistando novas belas garotas a cada mês. Só que seus casos com mulheres sem fama não poderiam ser comparados com as estrelas. E quando Pitt começava a namorar uma atriz famosa as revistas (e as fofocas) explodiam! Não se falava de outra coisa!

Eu sempre fui muito mais interessado no que ele fazia no cinema, nas suas atuações, mas o mundo das celebridades era impossível de ignorar. E quando Brad Pitt anunciou que estava namorando firme com a atriz Gwyneth Paltrow o mundo literalmente parou! Eu achava interessante esse caso. Eram dois profissionais da atuação de que gostava. Eram loiros, jovens, bonitos e ricos! Claro que a imprensa se fartou em cada pequeno detalhe que encontrava. Os lugares que o casal frequentava, o que eles comiam, se tinham brigado ou não, ou qual era o motivo. Ah, o mundo das futilidades! Tem gente que adora mesmo!

Esse primeiro caso amoroso terminou meio mal para o Brad Pitt. Um fotógrafo do tipo paparazzi flagrou ele na varanda de uma cobertura fazendo brincadeiras eróticas com a Gwyneth Paltrow. Nu, com o pênis no meio das pernas, Pitt parecia rebolar e dançar para a namorada, que caía na gargalhada! Nem preciso dizer que foi um escândalo um tanto constrangedor para todos os envolvidos quando as fotos foram publicadas nos jornais, no dia seguinte. E pelo visto isso esfriou o relacionamento entre os pombinhos!

Depois de Gwyneth Paltrow veio o namoro com Jennifer Aniston. Você que é jovem não tem a menor ideia do estouro que foi esse relacionamento no meio da imprensa. Não se falava de outra coisa, também pudera, ela era a estrela do programa mais visto da TV americana da época, o megasucesso Friends. De certa maneira era naquele momento a namoradinha da América! 

Então namorar o galã número 1 de Hollywood foi mesmo explosivo! E quando Pitt apareceu em Friends para uma participação especial a audiência bateu todos os recordes! E depois de cinco anos, tudo acompanhado com olhos de lince pela imprensa, finalmente eles se casaram em 2000. Parecia o final perfeito e feliz para a década de 1990 do casal. Eles tinham chegado lá, no topo absoluto do sucesso na vida profissional e amorosa! Era o casal mais famoso e bem sucedido do mundo! A cerimônia de casamento foi um grande evento, com congestionamento de helicópteros, onde todo mundo queria ver pelo menos uma foto do momento feliz do casal! 

Só que, como todos sabemos, esse era o mundo real e não uma história de uma comédia romântica de Hollywood. Assim após cinco anos de casamento a coisa toda parecia ter parado no marasmo. A velha paixão, por parte dele, parecia ter esfriado! Digo por parte dele porque em meu ponto de vista a Jennifer Aniston sempre o amou demais! Acredito inclusive que ela o ama até os dias de hoje! 

Infelizmente para Jennifer Aniston, o Pitt acabaria se apaixonando pela Angelina Jolie. Eles estavam filmando um filme que eu pessoalmente acho bem ruinzinho chamado Sr. e Sra. Smith. Uma comédia de ação meio boboca. Bom, se o filme era ruim, o casal pareceu não se importar muito e começou a se pegar pra valer nos bastidores. Assim que começaram as filmagens a boataria se espalhou por Hollywood. Pitt, um homem casado, estava tendo um ardoroso romance com Jolie, que também era casada! Os jornais sensacionalistas foram à loucura! O namoro deles ganhou até nome, "Brangelina"! 

E isso me surpreendeu muito na época. Não havia duas mulheres mais diferentes em Hollywood do que Angelina Jolie e Jennifer Aniston. Enquanto Aniston fazia o estilo de garota legal, aquela vizinha muito simpática e bonita que você almejava namorar de mãos dadas, a Jolie era o extremo oposto. Era uma mulher de muita atitude, vamp, sensual, uma autêntica devoradora de homens... fossem eles casados ou não!

A Jennifer Aniston até tentou salvar o casamento, mas a humilhação pública foi demais! Ela largou o amor de sua vida, que se foi para sempre para então se casar com Jolie, um casamento que não iria se revelar feliz, terminando em um verdadeiro barraco jurídico nos tribunais, com acusações para todos os lados, fazendo com que o responsável de relações públicas do ator tivesse que trabalhar em dobro para abafar as partes mais picantes e destrutivas para sua carreira!

Pablo Aluísio. 

A Febre do Titanic


A Febre do Titanic
Muitos que vão ler essas linhas não viveu o impacto do filme Titanic dentro da cultura da época. Foi um enorme sucesso de bilheteria. E eu vivi tudo aquilo. Já era um cinéfilo empenhado, daqueles que assistiam a todos os filmes de relevância que eram lançados tanto no cinema como no mercado de vídeo VHS. Por essa razão conhecia muito bem o trabalho do Leonardo DiCaprio. 

Só que depois de Titanic as coisas mudaram muito! Leonardo deixou de ser apenas um jovem ator muito talentoso, conhecido dos cinéfilos para se tornar uma celebridade internacional de alta popularidade. Eu bem me lembro de ficar impactado ao ver tantas capas de revistas com o ator. Quem gostava de cinema o conhecia, mas ele era um jovem talentoso sem muito apelo de mídia. Tanto isso é verdade que simplesmente não me recordo de ter visto ele em nenhuma capa de revista de cinema antes de Titanic. 

Mas aí veio o impacto avassalador de Titanic nas bilheterias. Em pouco tempo o filme se tornou o mais popular e lucrativa da história do cinema, superando ET que ocupava essa posição desde 1982. As filas de cinema davam voltas nos quarteirões e eu estive em uma dessas filas, claro, pois vi o fenômeno todo em primeira mão, no calor dos acontecimentos. 

Então Leonardo DiCaprio virou uma celebridade ao estilo cantores dançarinos de boys bands! As adolescentes gritavam por onde ele passava, compravam todas as revistas teens com ele na capa. Uma coisa assombrosa! Todas as jovens queriam ser sua namorada, todas compravam livros para saber mais sobre sua vida. 

Eu jamais vou esquecer o que vi naquele ano! Foi algo realmente de impressionar. E todo o sucesso não se resumiu ao cinema. A trilha sonora de Titanic vendeu muito, embalada pelo hit "My Heart Will Go On" de Celina Dion. Tocava o tempo todo nas emissoras de rádio. Sempre que ouço essa música sou transportado imediatamente para aquela época, pois foi mesmo um sucesso daqueles marcantes, que todos conheciam. Foi o tema romântico musical de muitos jovens casais. Não tenha dúvidas disso. 

O interessante é que o passar dos anos só fez bem ao Leonardo DiCaprio. Ele deixou de ser aquele ídolo adolescente daquela fase de absurdo sucesso popular e voltou a ser o que sempre havia sido, ou seja, um bom ator de cinema, cujos filmes eram conhecidos por quem entendia e curtia cinema. Não se engane, a tribo dos cinéfilos sempre foi muito exclusiva e se sentiu, por aquele breve período de tempo, meio que invadida pelas fãs histéricas do Leo. Ninguém, no fundo, curtia aquela verdadeira "Beatlemania" em cima do Leonardo DiCaprio. Todo cinéfilo, afinal de contas, é meio presunçoso. E eu confesso que também tenho esse pecado. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 7 de março de 2025

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer 
A história real de um jovem pastor que na Alemanha Nazista teve a coragem de se levantar contra a hipocrisia da Igreja, que naquele momento histórico deu todo o apoio às barbaridades de Hitler e seus comparsas. Nessa onda de idolatria insana que varreu a Alemanha o próprio Cristo foi deixado de lado. Aos fanáticos, inclusive a maior parte dos evangélicos protestantes daquele país, coube a adoração a esse homem, que certamente foi a figura mais vil da história da humanidade. 

Essa história me levou a diversas reflexões. Como é possível que pessoas que se diziam cristãs conseguiam ignorar completamente a mensagem de Jesus para abraçar o ódio tão facilmente? E o que mais me espanta é que esses líderes nazistas e fascistas nunca esconderam seus objetivos e planos malignos. Tudo era feito às claras! Mesmo assim uma multidão de fanáticos o seguiam, sendo a maioria em igrejas, sejam protestantes, sejam católicas. Os religiosos parecem acreditar piamente nesse tipo de líder político inescrupuloso. Poucas são as vozes que se levantam contra, como no caso do protagonista desse filme. E essa história, que se passa na Segunda Guerra Mundial, anda se repetindo nos dias atuais! Tenha medo, muito medo, meu caro leitor! 

Vou logo adiantando que não é um filme com final feliz. Muito pelo contrário. Os nazistas não deixavam barato para quem os confrontassem. A pena imposta geralmente era a morte, sem julgamentos, sem devido processo legal, sem nada. Apenas uma execução sumária, geralmente promovida por membros da famigerada SS, uma espécie de exército nazista auxiliar ao verdadeiro exército alemão. Esses eram os responsáveis pelas maiores atrocidades. Faziam o serviço sujo de um regime político que era mais do que sujo, era bárbaro e incivilizado. Enfim, apreciei o filme. É um resgate, uma forma de relembrar esse grande homem. Sua vida foi a mais pura definição da coragem humana! 

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer (Bonhoeffer: Pastor. Spy. Assassin., Alemanha, 2024) Direção: Todd Komarnicki / Roteiro: Todd Komarnicki / Elenco: Jonas Dassler, Phileas Heyblom, August Diehl / Sinopse: Com história baseada em fatos reais, esse filme resgata a história de um pastor que se recusou a idolatrar Hitler e o regime nazista nas décadas de 1930 e 1940 e pagou caro por manter firme suas convicções cristãs. 

Pablo Aluísio. 

Inverno Sem Fim

Inverno Sem Fim 
Esse filme, produzido na Hungria dos dias atuais, conta uma história real acontecida nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi ocupada pelas tropas da União Soviética. Assim que o país ficou sob controle de Moscou, começaram a levar colaboracionistas do regime nazista para campos de concentração soviéticos na Sibéria, os terríveis Gulags. Ali os prisioneiros eram submetidos a um regime brutal, de trabalho praticamente escravo nas minas congeladas da região. Obviamente que não havia qualquer tipo de respeito aos direitos humanos dos prisioneiros. De certa maneira os russos repetiam os erros dos nazistas! 

No caso desse filme o roteiro foca no caso de uma jovem mulher húngara que foi submetida a esse regime brutal. Um bom filme, bem produzido e com um roteiro que só falha numa questão: ele procura esconder de forma deliberada que aqueles prisioneiros colaboraram com os alemães nazistas durante a guerra. Faz isso por um motivo bem óbvio, não trazer a antipatia do espectador para com os personagens, mas nesse processo se perde a devida honestidade intelectual que se deve ter ao contar histórias como essas. 

Inverno Sem Fim (Örök tél, Hungria, 2018) Direção: Attila Szász / Roteiro: Norbert Köbli, Attila Szász, János Havasi / Elenco: Marina Gera, Sándor Csányi, Laura Döbrösi / Sinopse: Mulheres de uma Hungria ocupada pela União Soviética são levadas para campos de concentração na Sibéria. História baseada em fatos reais. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 6 de março de 2025

Nosferatu em Veneza

Nosferatu em Veneza 
O Nosferatu anda em alta depois daquele bom filme lançado em 2024. Aqui uma produção dos anos 80 que trazia novamente Klaus Kinski no papel do vampiro! Ele havia protagonizado o remake dos anos 70. só que aqui, para minha decepção, não usou a maquiagem do visual clássico que tantos conhecemos. Klaus está praticamente de cara limpa, com aquela expressão de doido varrido que lhe era tão peculiar! Pelo menos nisso ele era um mestre! Já era uma figura estranha por natureza! Concordo que essa versão pode ser considerada até mesmo um pouco fraca, mas não posso negar que tenha seu estilo. O diretor realmente se esforçou para trazer beleza às cenas, o que era até natural de se esperar por causa da própria cidade de Veneza, um cartão postal à céu aberto! Aliás o uso dos mascarados do carnaval de Veneza caiu muito bem na estética do vampiro. Aquelas fantasias medievais possuem mesmo um elemento de macabro que sempre me deixou com uma certa fascinação. 

Apesar do roteiro um pouco truncado o diretor fez um bom trabalho, cometendo poucos deslizes. O pior deles vem naquela cena do Nosferatu correndo pelas ruas de Veneza atrás de uma de suas vítimas! Quase caiu no humor involuntário. Esse tipo de personagem não pode ser usado dessa forma, leviana. Não, tem que ser bem trabalhado, sempre colocado nas sombras, para aumentar o mistério em torno de si mesmo. Esse é o principal segredo do suspense. E para quem assistiu ao novo Nosferatu, um pequeno spoiler: o desfecho da história é muito semelhante entre os dois filmes. A lenda de que um amor verdadeiro vindo de uma mulher humana que poderia finalmente trazer á morte para uma criatura condenada a vagar pelos séculos e séculos pelas vias escuras, continua o mesmo. E também funciona aqui, nesse filme pouco conhecido, mas que tem seus méritos cinematográficos.  

Nosferatu em Veneza (Nosferatu a Venezia, Itália, Estados Unidos, 1988) Direção: Augusto Caminito, Klaus Kinski / Roteiro: Alberto Alfieri, Leandro Lucchetti, Augusto Caminito / Elenco: Klaus Kinski, Christopher Plummer, Donald Pleasence, Barbara De Rossi, Yorgo Voyagis / Sinopse: Durante um ritual de magia negra, um grupo de satanistas invoca a presença do lendário vampiro Nosferatu. E não tarda para essa criatura da noite começar a surgir pelas noites da bela cidade italiana de Veneza. Filme também conhecido como "Drácula em Veneza". 

Pablo Aluísio. 

O Estripador de Nova York

O Estripador de Nova York 
Filme italiano rodado em Nova Iorque contando a história de um serial killer que começa a matar mulheres em uma orgia de sangue e terror. Achei ruinzão, mal feito, mas curiosamente ainda encontrei coisas boas por aqui. Todo filme, por mais tosco e ruim que seja, sempre tem alguma coisa que leva um espectador atento a ir até o seu final. No meu caso foi ver Nova York tal como era na época em que o filme foi produzido. Era o final dos anos 70, começo dos anos 80 e a grande cidade americana era dominada pelo lixo nas ruas, pela prostituição ao céu aberto e pelas centenas de lojas de pornografia espalhadas por toda a Times Square. 

Um cenário bem diferente da Nova Iorque do turismo internacional dos dias atuais. Pois é, a cidade passou por uma limpeza e toda aquela vida noturna underground e um tanto marginal foi varrida das principais ruas da metrópole norte-americana. Já o filme em si, bom, não há muito o que dizer. É ruim mesmo, apelativo e nada criativo. O cinema italiano da época poderia fazer algo melhor. 

O Estripador de Nova York (Lo squartatore di New York, Itália, 1982) Direção: Lucio Fulci / Roteiro: Gianfranco Clerici, Vincenzo Mannino, Lucio Fulci / Elenco: Jack Hedley, Almanta Suska, Howard Ross / Sinopse: Assassino em série começa a matar jovens mulheres nas ruas escuras de Nova Iorque e a polícia fica sem pistas para prender o assassino. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 5 de março de 2025

A Vingança dos Daltons

Título no Brasil: A Vingança dos Daltons
Título Original: When the Daltons Rode
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Marshall
Roteiro: Harold Shumate, Emmett Dalton
Elenco: Randolph Scott, Kay Francis, Brian Donlevy

Sinopse:
Tod Jackson (Randolph Scott) é um jovem advogado que vai até o distante Kansas para visitar seus clientes e amigos, os Daltons, que possuem um belo e próspero rancho na região. O problema agora é que uma poderosa empresa cobiça as terras dos Daltons e estão dispostos a colocar as mãos naquela propriedade de todas as formas possíveis, inclusive levantando falsas acusações de crimes contra todos os que ousam desafiar o poder da companhia.

Comentários:
Mais um ótimo western com o mito Randolph Scott. Infelizmente é uma de suas produções menos lembradas, já que após sua estreia nos cinemas ficou décadas fora de circulação - só mais recentemente foi relançado nos Estados Unidos dentro de um box de DVDs que resgatou parte da filmografia esquecida do eterno cowboy do velho oeste. Alguns aspectos merecem menção. Como se sabe com a expansão das estradas de ferro rumo ao Pacífico muitas companhias entraram em atritos com rancheiros e fazendeiros que não abriam mão de suas terras - justamente aquelas por onde os trilhos teriam que passar. Quando o dinheiro não bastava para convencer a venda dessas terras entrava em ação bandoleiros contratados por essas empresas para intimidar e coagir a venda, muitas vezes usando de métodos violentos e ilegais. Esse pedaço esquecido da história serve justamente de mote para esse bom faroeste que certamente agradará em cheio aos fãs do western mais clássico do cinema americano.

Pablo Aluísio.

O Rei Cowboy

Título no Brasil: O Rei Cowboy
Título Original: King Cowboy
Ano de Produção: 1928
País: Estados Unidos
Estúdio: William LeBaron Productions
Direção: Robert De Lacey
Roteiro: Stanner E.V. Taylor, Frank Howard Clark
Elenco: Tom Mix, Sally Blane, Lew Meehan 

Sinopse:
Tom Mix interpreta Tex Rogers, um cowboy contratado para levar um rebanho do Texas até o Arizona. Na longa e perigosa viagem ele terá que enfrentar terríveis ladrões de gado, tribos hostis de Apaches e a traição de seus próprios colegas de travessia, todos interessados em tomar posse do valioso carregamento bovino.

Comentários:
"King Cowboy" marcou a fase mais bem sucedida comercialmente do ator e cowboy Tom Mix. Na era do cinema mudo ele praticamente criou - ao lado de outros ícones do gênero - toda a mitologia do velho oeste, com seus heróis românticos, honestos e íntegros. Curiosamente nessa fase mais antiga do cinema americano os animais já se destacavam como atrações de bilheteria. Assim ao lado de Tom Mix brilhava Tony, chamado pelo estúdio de "O cavalo maravilha de Tom Mix". Seu nome era promovido até mesmo nos posters dos filmes, só para se ter uma ideia de seu impacto na popularidade das produções. Durante o lançamento do filme Mix e Tony viajaram por várias cidades pelos Estados Unidos fazendo apresentações promocionais ao filme. Só para se ter uma ideia a excursão começou em Los Angeles e só terminou quatro meses depois em Nova Iorque. Indo de costa a costa do país o ator acabou virando um ídolo, o mais popular e bem pago do cinema americano na época. Carismático e muito atencioso com os fãs Tom Mix virou um dos maiores símbolos do velho oeste, em um tempo onde a máquina promocional da mídia ainda engatinhava. 

Pablo Aluísio.