terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Randolph Scott e o Velho Oeste - Texto 12

Randolph Scott e o Velho Oeste - Texto 12
O faroeste "Romântico Defensor" (Albuquerque, 1948) marca o começo da última e melhor fase da carreira de Randolph Scott. Os filmes produzidos a partir daqui iriam fazer muito sucesso, inicialmente nos cinemas e anos depois, na TV dos Estados Unidos, consolidando sua fama de um dos cowboys de cinema mais queridos da América. E de fato esse é mesmo um bom filme. Bem produzido, com roteiro redondo, elenco muito bom e todos os elementos que fazem um bom filme dentro desse estilo cinematográfico clássico. 

Na história Randolph Scott interpretava um texano que mudava de Estado para trabalhar ao lado de seu tio na cidade de Albuquerque no Novo México. Sua diligência era assaltada durante a viagem e o personagem de Scott conseguia sobreviver por pouco da fúria dos bandidos. Ao chegar na nova cidade ele acabaria descobrindo que seu próprio tio fazia parte justamente da quadrilha de bandoleiros! Imaginem o choque! Sendo íntegro e honesto, acabaria ficando no lado oposto ao dele!

O sucesso dessa fita de western faria que Randolph Scott só se concentrasse em filmes desse gênero. Nos anos seguintes ele de fato iria estrelar um Bang-Bang atrás do outro, se tornando o produtor dessa fitas altamente lucrativas! E nesse processo se tornaria um homem muito rico! 

Para fechar a década de 1940 com chave de ouro ele iria estrelar com muito sucesso vários filmes de faroeste. Em pouco mais de dois anos ele iria atuar em sete filmes de western! Todos rodados rapidamente para exibição em matinês nos cinemas americanos. Apesar da produção em série, industrial mesmo, esses filmes até  hoje cativam os fãs de faroeste, uma vez que eram sempre caprichados! Dessa maneira ele se despediu dos anos 40 com os seguintes filmes lançados em sequência: Águas Sangrentas, A Volta dos Homens Maus, Sete Homens Maus, Devastando Caminhos, A Lei é Implacável e O Lutador. Desnecessário dizer que seus fãs adoraram essa verdadeira maratona de faroestes com Scott. Ele, com tantos sucessos, acabaria entrando inclusive na seleta lista dos dez atores mais populares do ano!

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Texto 33

Marlon Brando esperou bastante tempo para estrear no cinema americano. Ator talentoso de teatro em Nova Iorque, ele via Hollywood com desconfiança pois achava que a grande maioria dos filmes não tinham nada de relevante para passar ao público. Só em 1950 Brando resolveu assinar com a Columbia Pictures para a realização de sua estreia na sétima arte. O roteiro escolhido foi “The Men” que tocava em um tema explosivo na época. Após a Segunda Guerra Mundial muitos foram os filmes que louvavam o sentimento patriótico da nação americana, geralmente mostrando seus combatentes na Europa como heróis acima do bem e do mal, em visões muitas vezes superficiais e ufanistas. 

Espíritos Indômitos tinha uma história muito comovente. Após sofrer uma terrível lesão em combate, veterano de guerra retornava do front completamente paraplégico. Essa produção procurava conscientizar o público ao mostrar as amarguras e lutas daqueles que voltavam incapacitados de conflitos armados. O filme se revelou uma ótima estreia de Marlon Brando no cinema. Acabou sendo iindicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. E a crítica em geral adorou a atuação de Brando no filme, tão verdadeira! 

“The Men” era muito mais realista se comparado aos filmes de guerra na época. Saíam de cena os soldados invencíveis para mostrar o lado mais cruel e dramático de um conflito de grandes proporções como aquele. O filme mostra a dura realidade dos que voltaram do campo de batalha com graves lesões, feridos em combate, paralíticos, tetraplégicos, muitos deles na flor da idade, com vinte e poucos anos.

Marlon Brando interpretava um jovem soldado, veterano de guerra, que volta para casa paraplégico após ser ferido gravemente em combate, na coluna. O tom da mensagem transmitido pelo ótimo roteiro escrito por Carl Foreman era nitidamente pacifista pois mostra um lado que sempre era varrido para debaixo do tapete por filmes bem mais patrióticos. A produção foi toda filmada em um hospital de veteranos de Nova Iorque com feridos reais interpretando os personagens secundários. Brando em sua autobiografia relembrou os momentos em que viveu ao lado desses homens. A grande maioria deles jamais voltaria a andar novamente e o ator ficou impressionado pela força e a luta de todos eles em relação ao que passavam. Eram homens jovens, que viam sua vida mudar literalmente da noite para o dia. 

De jovens atletas, fortes e praticantes de esportes, eles passavam a viver numa cadeira de rodas. Um dos aspectos que mais chamou a atenção do ator foi a recusa deles em serem tratados como “coitadinhos” ou algo parecido. Não queriam a pena de ninguém. Assim Brando os tratou como iguais, usando a cadeira de rodas todo o tempo, mesmo quando não havia cenas sendo filmadas. “Espíritos Indômitos” é uma obra importante pois lida com um tema relevante, de impacto social. A direção de Fred Zinnemann procura ser a mais realista possível. Seus diálogos e situações mostram muito bem a irracionalidade das guerras e seus efeitos nefastos. Sem dúvida é um dos melhores clássicos já feitos sobre o tema.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de dezembro de 2024

O Paizão

Título no Brasil: O Paizão
Título Original: Big Daddy
Ano de Lançamento: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Jack Giarraputo Productions
Direção: Dennis Dugan
Roteiro: Steve Franks, Tim Herlihy
Elenco: Adam Sandler, Joey Lauren Adams, Jon Stewart

Sinopse:
Um cara meio sem noção e desmiolado, que vai levando a vida na brisa, numa boa, sem stress, se vê numa situação mais do que delicada quando passa a ter a responsabilidade de cuidar de uma criança! Logo ele, que nunca quis esse tipo de coisa em sua vida. Só que agora ele precisa creescer, nem que seja na emergência da nova situação. 

Comentários:
Esse filme bem despretensioso dá uma ideia da popularidade do Adam Sandler em seus bons anos, em seus anos de sucesso no cinema. O filme que custou meros 20 milhões de dólares acabou rendendo nas bilheterias mais de 240 milhões! Se esse número hoje em dia é considerada uma boa bilheteria, de respeito para qualquer filme, imagine nos anos 90! Pois é, ele foi mesmo um dos comediantes mais populares de sua geração no cinema. E o filme, feito para ser bem family friendly (amigável para toda a família, todos os públicos) repetia algo que já havia sido utilizado antes (como em "Um Presente para Helen") mas aqui adaptado para o tipo de personagem mais adequado ao próprio ator. Acabou dando mais do que certo! 

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de dezembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 5

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 5
Bem, finalizando a análise desse álbum de Elvis Presley lançado no ano de 1964, vamos tecer os comentários sobre as canções restantes da trilha sonora. "Kissin' Cousins (Number 2)" é o segundo tema musical do filme. Bem melhor do que a número 1, essa faixa é uma das melhores do álbum. Tudo funciona por aqui! A música tem bom ritmo, um popzinho muito agradável de se ouvir e Elvis parece muito bem nos vocais. Curioso que os Jordanaires estão na música, mas bem lá no fundo, quase não os ouvimos! Uma música que apesar dos pesares mostrava que Elvis ainda estava em ótima forma!

"Echoes of Love" não foi gravada originalmente para essa trilha sonora. Na verdade foi gravada em outro momento, no ano anterior, quando a RCA Victor tinha planos de editar um LP com gravações convencionais de Elvis. Algo na linha de "Something For Everybody". Só que no meio do caminho os executivos da gravadora desistiram da edição desse disco. Ao invés disso passaram a utilizar essas músicas como meras "Bonus Songs" das trilhas de Elvis nos anos 60. Claro que foi uma péssima ideia! De uma maneira ou outra, esse disco nunca editado (mas gravado) por Elvis acabou ganhando com o passar dos anos o título de "The Lost Album" (o disco perdido de Elvis!). 

Outra faixa do "The Lost Album" que foi usada nesse disco foi "(It's a) Long Lonely Highway". Essa música guarda uma curiosidade interessante. Ele foi uma das poucas e raras gravações de Elvis Presley que fizeram parte de duas trilhas sonoras diferentes da filmografia de Elvis. Primeiro foi lançada como "Bonus Songs" de Kissin Cousins e um ano depois voltou para fazer parte da trilha sonora de "Tickle-Me", ganhando inclusive destaque naquele filme. Na primeira cena, com os créditos subindo, ouvimos essa canção, com Elvis de chapéu de cowboy ao lado de um ônibus da Greyhound Lines. Mais norte-americano do que isso, impossível! 

O álbum "Kissin' Cousins" foi lançado em abril de 1964 e fez sucesso comercial chegando a ganhar um disco de ouro! Em minha opinião é uma boa trilha sonora de um filme fraco realmente. Os Estados Unidos naquele momento estavam no auge da febre da Beatlemania, mas os álbuns de Elvis, mesmo com as amarras de serem trilhas sonoras de cinema, ainda conseguiam resistir com suas limitações artísticas ao avassalador sucesso dos Beatles. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Gladiador II

Título no Brasil: Gladiador II
Título Original: Gladiator II
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: David Franzoni, Peter Craig
Elenco: Paul Mescal, Denzel Washington, Pedro Pascal

Sinopse:
Nos tempos dos imperadores Caracala e Geta, uma cidade no litoral da África do norte é conquistada pelo exército romano. Um jovem é feito prisioneiro e escravo, sendo levado para Roma. Lá se torna Gladiador nas mãos de um grande promotor de lutas de arena. O que ninguém sabe é que esse escravo é na verdade um romano, de nobre linhagem imperial. 

Comentários: 
Faz tanto tempo que o primeiro filme foi lançado que eu jamais pensei que iria existir uma sequência, até porque aquela história já havia se fechado em si, sem necessidade de continuidade. Só que em Hollywood o lucro sempre fala mais alto. Penso inclusive que essa segunda história seria bem desnecessária. Dito isso, não qualificaria esse como um filme ruim. Longe disso. A produção é classe A, o elenco é muito bom e o roteiro, apesar de falhas eventuais, mantém o interesse. Só não vá procurar por História de verdade por aqui. Esse não é um filme histórico, mas sim um entretenimento muito bem realizado. Confesso que preferia que fosse contada uma nova história, sem ligação com o primeiro filme, mas do jeito que está, não é algo a se lamentar. Muito pelo contrário, em tempos de vacas magras no cinema, esse filme é mais do que bem-vindo, apesar de alguns erros que foram cometidos. No saldo final é um daqueles filmes obrigatórios nesse final de ano. Pelo menos para quem ama cinema como diversão e espetáculo. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Virgem Maria

Título no Brasil: Virgem Maria
Título Original: Mary
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix 
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: Timothy Michael Hayes
Elenco: Noa Cohen, Anthony Hopkins, Ido Tako

Sinopse:
Maria, uma jovem vivendo na Judéia durante a dominação romana no século I, recebe a visita de um anjo que lhe explica que ela terá um filho especial, um Messias, salvador da humanidade. Só que isso lhe traz muitas dificuldades, inclusive em relação ao próprio tirano Herodes e seu marido José, que fica em dúvida sobre o caráter de sua própria esposa. 

Comentários:
É um filme para convertidos, ou seja, para cristãos. Teoricamente foi produzido para pessoas religiosas, entretanto não segue fielmente à risca a história do Novo Testamento. Há elementos aqui que podem ser encontrados em textos apócrifos e até mesmo apenas na mente dos roteiristas. A cena de Maria em cima de uma cabana em chamas, jogando o menino Jesus lá de cima, soa muito absurda. Uma tentativa de trazer ação para uma história em que isso definitivamente não cabe. De bom mesmo temos a interpretação de Anthony Hopkins como Herodes. Ele vai na contramão do que se esperaria de um personagem tão vil, trazendo até mesmo uma certa leveza e carisma no seu modo de agir. Uma liberdade dada apenas a grandes nomes da interpretação como ele. O filme foi um dos hits da Netflix nesse fim de ano, ficando na lista dos mais assistidos. É um filme que até cumpre suas promessas, mas de modo em geral também não consegue ser grande coisa, não empolga e nem emociona. Fica mesmo no mediano para fraco. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Cidade de Asfalto

Título no Brasil: Cidade de Asfalto 
Título Original:  Asphalt City
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Sculpidor Media
Direção: Jean-Stéphane Sauvaire
Roteiro: Shannon Burke, Ryan King
Elenco: Tye Sheridan, Sean Penn, Michael Pitt

Sinopse:
Um jovem paramédico se une a um veterano na caótica rotina de uma grande cidade dos Estados Unidos. Chamados de emergência dos mais diversos tipos, envolvendo pessoas em momentos de vida ou morte. Como se tudo isso não fosse estressante o bastante, eles ainda precisam lidar com a violência es perigos da vida urbana. 

Comentários:
Excelente filme! Esse tema envolvendo paramédicos em grandes cidades é bem explorado por séries de TV aberta nos Estados Unidos. Só que aqui tudo é levado em um realismo de revirar o estômago. Nada de glamour e nem de falsas aparências. A rotina de uma dupla de paramédicos é desvendada sem meias verdades, tudo sendo mostrado da forma mais crua possível. É um rotina de desgaste físico e psicológico jamais visto em outras profissões. Impactante e muito bem feito, com ótimo roteiro, esse foi um dos melhores filmes que assisti nesse ano de 2024. A dupla de atores está otima em cena. O Veterano Sean Penn nem pisca de hesitação e se entrega completamente ao seu papel, a de um homem já velho, sabendo de suas limitações, que no fundo não guarda mais boas esperanças em relação ao seu futuro. Apenas encara o presente, com tudo de vil e sórdido que lhe espera no próximo atendimento. Enfim, não deixe de assistir. Esse filme vai lhe chocar pelo realismo cruel do mundo real. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

William, o Conquistador

Título no Brasil: William, o Conquistador
Título Original: Guillaume, la jeunesse du conquérant
Ano de Lançamento: 2015
País: França
Estúdio: Les Films Du Cartel
Direção: Fabien Drugeon
Roteiro: Fabien Drugeon
Elenco: Tiésay Deshayes, Jean-Damien Détouillon, Dan Bronchinson

Sinopse:
Estacionado nas praias da Normandia, esperando o momento certo para atravessar o Canal da Mancha rumo à conquista da Inglaterra, o nobre William passa a relembrar sua infância e adolescência, quando quase foi morto por intrigas palacianas promovidas por parentes que queriam lhe tirar da linha de sucessão de seu pai. 

Comentários:
É a tal coisa, se eu escolho para assistir uma filme sobre a história desse famoso monarca franco-britânico, o que desejo ver são grandes e épicas batalhas medievais. Afinal foi ele o primeiro líder franco (era natural da Normandia) a conseguir invadir a Inglaterra, se firmando no poder e dando origem a toda uma dinastia com Reis de sua linhagem. Não é pouca coisa. Só que o filme decidiu contar a história errada de William, fazendo com que a história parasse logo no momento mais importante de sua vida, quando estava pronto para invadir a Inglaterra pelo mar, partindo de sua terra natal, a Normandia. Assim a decepção é completa! Eu quero ver o William conquistando a Inglaterra, não ver sua infância e adolescência. Então os produtores, ao meu ver, foram desonestos nesse aspecto. Deveriam ter chamado o filme de "A Infância de William, o Conquistador" pois dessa maneira ninguém se sentiria enganado. No meu caso, foi justamente o que aconteceu: eu me senti enganado pelo marketing de promoção desse filme. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

O Samurai

Título no Brasil: O Samurai
Título Original: Le samouraï
Ano de Lançamento: 1967
País: França
Estúdio: Filmet Films
Direção: Jean-Pierre Melville
Roteiro: Jean-Pierre Melville
Elenco: Alain Delon, François Périer, Nathalie Delon

Sinopse:
Jef Costello (Delon) é um assassino profissional. Depois de mais um serviço ele passa a ser perseguido. Alguém deseja sua morte, só que ele não sabe quem está por trás desse plano de tirá-lo do mapa. Agora Jef precisa sobreviver e ir atrás de quem o quer morto. 

Comentários:
Alain Delon foi um dos mais populares galãs dos anos 60. E como tu sabes galãs possuem uma má fama de serem atores ruins. Gente bonita que usa sua beleza para construir toda uma carreira. Mas, como todos sabemos também, todas as regras possuem suas exceções e no caso do Delon eu o colocaria sem problemas na categoria de bom ator. E outra coisa é digna de se mencionar. Ele não fazia o tipo galã padrão. Interpretou muitos personagens marginais, como nesse filme em que ele interpreta um assassino profissional. Era um sujeito corajoso em enfrentar o tipo de imagem de bonzinho e certinho que todos os estúdios queriam. Era ousado e fez filmes que fugiam do convencional. Por tudo isso Delon merece todo o reconhecimento que sempre mereceu. 

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de dezembro de 2024

Perry Mason - Segunda Temporada

Perry Mason - Segunda Temporada
Eu gosto e desgosto dessa série em doses equivalentes. Aliás eu nem sei porque ainda fui ver a segunda temporada, já que fiquei com um pé atrás com a primeira, que não me agradou totalmente. O problema da série, ao meu ver, é de ritmo mesmo. Do ponto de vista técnico tudo parece muito bem realizado. O elenco é muito bom, a reconstituição de época é mais do que perfeita, tudo parece estar no lugar certo. 

O problema é de ritmo. Os episódios são longos e muitas vezes percebemos claramente que estão enchendo linguiça. Ou seja, esse material tem tudo do bom e do melhor para ser coisa de primeira linha, mas na hora de chutar para o gol e ser campeão eles levam horas e horas para fazer isso. 

Eu sou da opinião de que cada episódio deveria ter um caso com começo, meio e fim. No máximo, nos casos mais complexos, colocassem tudo em dois episódios, por exemplo. Agora, colocar um mesmo caso em seis ou oito longos episódios realmente torna tudo meio cansativo. E as coisas vão acontecendo de forma bem devagar, se arrastando... Assim não dá! 

Não tenho nada contra o fato do Perry Mason ser um personagem tão antigo. Quem me conhece sabe que gosto de cultura pop do passado, mas pelo amor de Deus, contem as histórias com mais agilidade, com mais eficiência. Não adianta enrolar ao máximo, torrando a paciência do espectador para isso. 

Pablo Aluísio.