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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Anjos Rebeldes

Título no Brasil: Anjos Rebeldes
Título Original: The Prophecy
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Gregory Widen
Roteiro: Gregory Widen
Elenco: Christopher Walken, Elias Koteas, Viggo Mortensen, Virginia Madsen, Amanda Plummer, Adam Goldberg

Sinopse:
Na cena de um assassinato bizarro, envolvendo misticismo e magia antiga, o detetive de homicídios de L.A. Thomas Dagget (Elias Koteas) descobre uma profecia celestial letal que agora está se cumprindo na Terra.

Comentários:
Policial começa a investigar uma série de crimes violentos em Los Angeles. Aos poucos vai percebendo que muito provavelmente o crime tenha alguma ligação remota com velhas mitologias religiosas, em especial envolvendo anjos! Como o próprio tira tem um passado ligado à religião, ele começa a usar de seus conhecimentos sobre a milenar guerra entre anjos do bem e do mal, para seguir nas pistas do assassinato. Curioso filme, com história criada pelo mesmo roteirista de "Highlander, o Guerreiro imortal", grande sucesso de bilheteria dos anos 80l. O filme tem bom ritmo e embora em algumas partes seja um pouco confuso, agrada a quem gosta desse tipo de trama com elementos mais místicos e religiosos. Um certo problema surgiu na elaboração da imagem dos próprios anjos que surgem na história. Ficou bem interessante o visual de todos eles.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Duna

Certa vez o diretor David Lynch disse em uma entrevista que tinha orgulho de todos os filmes que havia dirigido ao longo de sua carreira... menos de Duna! Pois é, renegado pelo próprio Lynch, essa ficção baseada na obra escrita por Frank Herbert continua a ser alvo de ódios e paixões. O que deu errado? No meu ponto de vista o maior problema aqui foi que Lynch simplesmente não conhecia e nem chegou a dominar direito o livro original. Assim ele meio que foi às cegas para o trabalho, sem se dar conta que o livro, ou melhor dizendo, a série de livros de Duna, tinha um grande número de fãs e admiradores. E foram justamente os leitores dos livros que mais se decepcionaram com esse filme.

Eu entendo bem esse tipo de sensação. Havia tanta coisa para trazer das páginas da literatura para o cinema que simplesmente ficou impossível adaptar direito, fazer essa transposição. O universo de Duna nos livros é cheio de detalhes, com dinastias, religiões, culturas próprias. No filme tudo é meio que jogado na cara do espectador. É o típico caso de um roteiro que não conseguiu dar conta daquilo que estava sendo adaptado. Aliás é bom dizer que o ritmo do filme surge ora truncado, mal editado, ora com pressa, para terminar logo tudo na base da correria. Ficou ruim, vamos ser bem sinceros. E as brigas do diretor com o produtor Dino De Laurentiis só serviu para piorar tudo. O que já era ruim, ficou ainda mais medonho.

Se o filme não apresenta um bom roteiro, pelas razões que já escrevi, pelo menos há boas ideias na direção de arte, figurinos, cenários, etc. Duna tem um estilo visual bem próprio, que procurava ser original. Em termos de efeitos especiais há algo curioso. Os efeitos que reproduzem as naves espaciais ficaram absurdamente datadas e envelhecidas. Vistas hoje em dia soam simplesmente horríveis. Por outro lado os vermes gigantes que se arrastam pelas areias do planeta Duna ainda convencem, mesmo após tantos anos. Pena que nada poderia salvar as cenas em que o protagonista literalmente monta nos bichanos, como se fosse um cavalo espacial. O problema aqui é do material original e não do filme propriamente dito. Sim, é ridículo, mas culpem o escritor, não David Lynch por esses momentos constrangedores.

Duna não foi um sucesso comercial. Considerada uma produção cara demais para a época (algo em torno de 40 milhões de dólares) o filme não trouxe retorno para seus produtores, o que ajudou a afundar ainda mais a  Dino De Laurentiis Company. As brigas no set de filmagens e os problemas de finalização do filme se tornaram lendários e acabaram mais conhecidos do que o filme em si, já que poucas pessoas foram ao cinema conferir o resultado final. Agora teremos uma nova versão, dirigida pelo competente Denis Villeneuve. Será que dessa vez vai dar certo? Não sabemos ainda, mas é curioso saber que essa segunda versão também tem enfrentado diversos problemas no set de filmagens e pós-produção. Para tornar tudo ainda pior há a questão da pandemia que jogou o filme para uma data ainda incerta. Pelo visto adaptar Duna para o cinema nunca vai ser mesmo algo fácil de se fazer.

Duna (Duna, Estados Unidos, Itália, México, 1984) Direção: David Lynch / Roteiro: David Lynch / Elenco: Kyle MacLachlan, Virginia Madsen, Patrick Stewart, Francesca Annis, Linda Hunt, Brad Dourif, Silvana Mangano, Kenneth McMillan, Sting / Sinopse: No distante e desértico planeta de Duna, uma especiaria é especialmente valorizada, considerada a maior fonte de riquezas do universo. Duas dinastias começam a lutar pelo controle daquele mundo, ao mesmo tempo em que o jovem Paul Atreides vai se firmando como o líder profetizado que iria trazer liberdade e paz para aquele lugar perdido do universo. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor som.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Highlander 2 - A Ressurreição

Título no Brasil: Highlander 2 - A Ressurreição
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock

Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.

Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Monstro do Pântano

Monstro do Pântano 1.01 - Pilot
Foi nos quadrinhos da DC Comics que esse personagem, o Monstro do Pântano, ganhou sua melhor adaptação. Particularmente lembrada até hoje é a fase em que o mestre Alan Moore cuidou da publicação. Para os fãs da nona arte foi uma verdadeira obra-prima. Depois tentou-se fazer um filme para o cinema, com a ajuda de Wes Craven, mas o resultado ficou bem ruim. Agora temos uma nova tentativa, só que em forma de série. Vai dar certo? Só o tempo dirá. Nesse primeiro episódio, como era de se esperar, são apresentados os principais personagens. Uma jovem jornalista investigativa, um estudioso que vai até o pântano para desvendar um mistério que sonda a região, um milionário com más intenções que patrocina pesquisas obscuras e não autorizadas e uma nova doença que atinge diversas pessoas numa pequena cidade. Embora esse primeiro episódio tenha tido alguns problemas de ritmo, até que me deixou interessado em seguir adiante. Já é um bom começo. / Monstro do Pântano 1.01 - Pilot (Estados Unidos, 2019) Direção:  Len Wiseman / Roteiro: Len Wein, Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.02 - Worlds Apart 
Passada a fase inicial de se apresentar todo o contexto e os personagens do enredo, agora as coisas ficam melhores para a série. Inclusive para mostrar finalmente, até em detalhes, a própria criatura, o Monstro do Pantano. Ele surge das águas quando uma garotinha é perseguida por um assassino. O tal sujeito acabou de matar um policial e ela estava escondida na lancha do tira. O que se sucede daí é um bom suspense e uma boa cena noturna, com tudo o que os fãs dos quadrinhos originais estavam esperando. Também é explicada a visita à noite de pessoas desconhecidas ao pantano. Estavam ali para um experimento que fugiu do controle, uma nova arma química catalizadora que cria uma aceleração nos vegetais, fazendo com que se desenvolvam de forma rápida. Bom episódio que até me animou para continuar assistindo a série. / Monstro do Pântano 1.02 - Worlds Apart (Estados Unidos, 2019) Direção:  Len Wiseman / Roteiro: Len Wein, Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.03 - He Speaks
Pois é, por baixo de toda aquela transformação o cientista Alec Holland consegue ainda falar e expressar seus sentimentos e pensamentos. Embora seja agora a criatura, o monstro do pântano, sua mente ainda tem traços de humanidade. Nesse episódio ele fala pela primeira vez na série, por isso o título original "Ele fala"!. O roteiro também procura explorar bastante a figura do milionário (arruinado) Avery Sunderland. Foi ele que começou tudo, mandando fazer uma experiência que deu muito errado, em todos os sentidos. Outro ponto muito bacana nesse episódio é que o ressurgimento do vilão que o monstro do pântano havia estraçalhado no episódio anterior. Seus restos mortais voltaram a se reunir no meio da podridão e ele retorna para mais um acerto de contas. Bons efeitos especiais em um episódio que não decepciona os fãs dos quadrinhos originais; / Monstro do Pântano 1.03 - He Speaks (Estados Unidos, 2018) Direção: Deran Sarafian / Roteiro:  Len Wein, Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.04 - Darkness on the Edge of Town  
Abby a jovem pesquisadora tenta encontrar uma resposta para o que aconteceu com Alec, seu amigo biólogo. Ele já está transformado no monstro, mas ainda assim mantém a sanidade, dentro de suas possibilidades, claro. O que fica bem claro nesse episódio é que todas as pessoas que são infectadas por esse vírus acabam tendo grandes alucinações. Na melhor cena temos um lavador de pratos que começa a alucinar, vendo uma cobra em seu braço. Ele não apenas esfaqueia o próprio braço, como também coloca a mão dentro do triturador da pia. Horrível... horrível demais! / Monstro do pântano 1.04 - Darkness on the Edge of Town (Estados Unidos, 2019) Direção: Carol Banker / Roteiro:  Len Wein, Bernie Wrightson / Elenco:  Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.05 - Drive All Night
No passado Abby e Shawna eram grandes amigas. Quando se formaram, ao voltarem de uma festa, às 5 da manhã, elas pararam seu carro numa velha ponte da cidade. Shawna decide pular, mas antes que vá por conta própria a amiga decidiu empurrá-la de surpresa, como uma brincadeira. O resultado foi trágico. Shawna morreu afogada. Agora passados tantos anos, uma garotinha adotada por sua mãe, chamada Suzie, alega que está vendo Shawna em seu quarto. Pior do que isso. A alma penada da jovem morta parece agora possuir a garotinha inocente. E ela leva sua mãe para o pântano. Muito bom episódio, até bem independente dos demais, contando uma boa história de terror. Eu andava meio desanimado com a série, mas decidi seguir em frente após esse episódio. Achei muito bom. Vale a pena tentar ver os episódios restantes. / Monstro do `Pântano 1.05 - Drive All Night (Estados Unidos, 2019) Direção: Greg Beeman / Roteiro: Len Wein / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.06 - The Price You Pay
O preço que você tem que pagar. Esse é o título original desse episódio que começa muito bem. Três caçadores vão até o pântano para caçar a tal criatura, mas acabam se dando mal. Dois deles são imobilizados e espancados por Alec (o lado humano do monstro). Enquanto isso um cientista. o Dr. Jason Woodrue, resolve injetar o estranho mutagênico na corrente sanguínea de Cassidy, que estava em coma. Ele recupera a consciência, mas a que preço? Ele fica com seu corpo queimando, literalmente fervendo por dentro de suas veias. Na última cena Alec consegue voltar ao normal, ao ser humano que um dia fora. Verdade ou pura ilusão? Fica para o próximo episódio a resposta. / Monstro do Pântano 1.06 - The Price You Pay (Estados Unidos, 2019) Direção: Toa Fraser / Roteiro: Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Monstro do Pântano 1.07 - Brilliant Disguise  
Abby vai até o pântano onde encontra Alec Holland. O mais interessante é que ela consegue vê-lo em sua antiga forma humana e não como o monstro do pântano. Esse lhe explica que algo está agindo, destruindo o verde, destruindo a vida. Ele chama esse estranho fenômeno de "a podridão". Enquanto isso o empresário sem escrupulos Avery entra no pântano com a xerife. Ele quer matar ela. Ela quer matar ele. Quem se dá mal é o próprio Avery que é baleado e deixado para morrer nas águas do Pântano. Mas será que ele morreu mesmo? Episódio apenas mediano, já mostrand um certo desgaste e saturação que iria levar a série a ser cancelada de forma precoce. Não fez muito sucesso. Uma pena. / Monstro do Pântano 1.07 - Brilliant Disguise  (Estados Unidos, 2019) Direção: Alexis Ostrander / Roteiro: Len Wein / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean. 

Monstro do Pântano 1.08 - Long Walk Home
Esse episódio é um pouquinho melhor do que a média. Avery Sunderland vaga pelo pântano, ferido e tendo alucinações. Acaba encontrando Alec Holland, ou melhor dizendo, o monstro do pântano. Esse o ajuda a sobreviver, mesmo estando com um tiro no ombro. Ele sobrevive, mas apenas para voltar depois com um grupo para capturá-lo. Um cientista quer levar Alec para uma instalação adequada para estudar seu caso. Seria o mais correto a fazer, pois o que transformou um ser humano em um monstro daqueles, poderia ser uma doença infecciosa. Quando esse episódio foi produzido a série já estava cancelada, mesmo assim os produtores decidiram ir até o fim, cumprindo o contrato de dez episódios para essa primeira temporada. / Monstro do Pântano 1.08 - Long Walk Home (Estados Unidos, 2019) Direção: E.L. Katz / Roteiro: Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean. 

Monstro do Pântano 1.09 - The Anatomy Lesson  
Após Alec (o monstro) ser capturado com o uso de nitrogênio líquido, ele é levado até um centro de pesquisas onde é literalmente dissecado vivo! Descobre-se que em seu interior não há mais órgãos humanos, mas meras imitações vegetais que tentam recriar o formato do coração, pulmões, rins, etc. Como o pesquisador resume, ele não é mais um ser humano, mas apenas uma planta, que de forma misteriosa, herdou a consciência do Alec humano. E isso fica ainda mais evidente na última cena, quando o monstro do pântano mergulha e das profundezas traz os restos mortais do verdadeiro Alec. Bom episódio, que só erra a mão com esse personagem chamado de Diabo Azul. Uma bobagem mesmo. / Monstro do Pântano 1.09 - The Anatomy Lesson (Estados Unidos, 2019) Direção: Michael Goi / Roteiro:  Len Wein / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean. 

Monstro do Pântano 1.10 - Loose Ends
Último episódio da temporada. Como a série não foi renovada, por falta de audiência, esse episódio é então o final da série como um todo. O público não gostou dessa série e eu entendo as razões. Há excesso de personagens secundários sem importância, sub dramas que não vão para lugar nenhum. Quando a criatura surge no meio do pântano tudo é tão escuro que ninguém vê nada. Enfim, uma série de problemas. E como termina a série? Nesse último episódio o monstro é caçado por um grupo de homens, mas não espere por muita ação ou algo do tipo. Como sempre, esse episódio também tem sérios problemas de ritmo. Eu bocejei várias vezes de tédio. Quase dormi. E é isso. O final de uma série que no final das contas não empolgou absolutamente ninguém, nem os fãs dos quadrinhos. Mais um fracasso comercial da DC Comics. / Monstro do Pântano 1.10 - Loose Ends (Estados Unidos, 201 ) Direção: Deran Sarafian / Roteiro: Len Wein, Bernie Wrightson / Elenco: Crystal Reed, Virginia Madsen, Andy Bean.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de março de 2017

A Casa Amaldiçoada

Título no Brasil: A Casa Amaldiçoada
Título Original: The Haunting
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Pictures
Direção: Jan de Bont
Roteiro: David Self, Shirley Jackson
Elenco: Liam Neeson, Catherine Zeta-Jones, Owen Wilson, Lili Taylor, Bruce Dern, Virginia Madsen
  
Sinopse:
Hill House é uma velha casa vitoriana assombrada que acaba servindo de atração para um grupo de pessoas. Estão lá a perturbada Eleanor Lance (Lili Taylor), que tem muitos problemas emocionais; o pesquisador Dr. David Marrow (Liam Neeson) que ambiciona descobrir os segredos daquele lugar; a sensual Theo (Catherine Zeta-Jones), cuja atração sexual não passa despercebida pelos demais e o jovem Luke (Owen Wilson), que só está lá para tentar atrair Theo. Eles são avisados que não devem entrar na casa durante a noite, mas ignoram o aviso. Pagarão caro por isso. Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards na categoria Melhor Trilha Sonora Incidental - Terror (Jerry Goldsmith).

Comentários:
Produção milionária, com orçamento próximo de 100 milhões de dólares, contando com a preciosa mão de Steven Spielberg na produção, ou seja, tudo parecia estar no lugar certo. Era um Menu cinematográfico dos mais atraentes. Só que aquilo que parecia tão promissor acabou não se concretizando nas telas. Certamente os melhores efeitos especiais estão lá, o rico figurino, o elenco com astros conhecidos do público, a ambientação sinistra completamente adequada, só não havia mesmo um bom roteiro por trás de tudo isso. O filme é visualmente muito bonito, mas é fraco, não dá sustos e nem medo no espectador. Ora, o que poderia ser pior para um filme de terror? Nem o carisma da dupla Liam Neeson e Catherine Zeta-Jones consegue superar o fiasco que o filme acabou se tornando. A atriz inclusive desfila uma certa antipatia em cena, o que para um filme que já apresentava problemas de ritmo fez tudo parecer ainda pior. Enfim, temos aqui uma daquelas produções luxuosas que não convencem, que deixam aquela sensação de que é falsa, nada assustadora. Muito dinheiro jogado fora por nada. Para se fazer um bom filme de terror, com clima das antigas fitas do gênero, dinheiro apenas não basta, tem que ter talento.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Joy - O Nome do Sucesso

Título no Brasil: Joy - O Nome do Sucesso
Título Original: Joy
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David O. Russell
Roteiro: David O. Russell, Annie Mumolo
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Isabella Rossellini, Diane Ladd, Virginia Madsen
  
Sinopse:
A vida de Joy (Jennifer Lawrence) não é fácil. Embora jovem, ela já é divorciada. Seus pais também. Seu ex-marido, um músico fracassado, mora em seu porão por não ter onde ficar. Sua mãe passa os dias assistindo novelas de quinta categoria em seu quarto. Seu pai é dono de uma oficina mecânica que é colocado para fora de sua casa pela segunda mulher. Sem opção vai morar também no porão de Joy. Com uma família tão disfuncional, vivendo de empregos medíocres, ela decide que chegou a hora de mudar sua vida de uma vez por todas. Para isso ela resolve inventar um novo produto, um esfregão de limpeza, com o qual pretende fazer fortuna. Isso porém definitivamente não será nada fácil. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Jennifer Lawrence). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Jennifer Lawrence).

Comentários:
O filme colecionou críticas ruins nos Estados Unidos e a bilheteria foi apenas razoável, mas penso que houve um certo exagero nas reações negativas. Ok, não se trata de nenhuma obra prima do cinema, porém o filme de um modo em geral me agradou. O roteiro é seu grande ponto positivo, mostrando a vida de uma jovem americana da classe trabalhadora que vive em uma família bastante disfuncional. Ao invés de se resignar e aceitar o destino sem graça que seu futuro parece lhe reservar, ela resolve colocar a mão na massa e parte em busca de novos desafios. Jennifer Lawrence, como já escrevi várias vezes, vale qualquer filme por causa de seu carisma. Além de ser linda, ela consegue se sair bem até mesmo em filmes medianos. Nesse "Joy" toda a atenção se volta para ela. Embora o enredo possa parecer dramático demais (afinal o fracasso nunca é algo tratado com leveza pelo cinema), aqui percebemos um certo tom de fábula em tudo o que acontece. O diretor David O. Russell (que já havia trabalhado ao lado de Lawrence em "O Lado Bom da Vida" e "Trapaça") optou por uma fotografia com muitas cores, quase um modo apelativo para lembrar ao espectador que o filme se passa em um mundo onde elas são essenciais (estou me referindo aos produtos do estilo Polishop que as donas de casa conhecem bem). Isso serve exatamente como fator de identificação com o próprio produto inventado por Joy, um esfregão de limpeza inovador. Um mundo de plástico. 

Muitos podem perder o interesse por causa da excessiva duração do filme (realmente um corte mais enxuto cairia bem), porém vamos convir que a estória é bem contada, emociona um pouquinho e também serve como boa diversão. Penso também que chegou a hora de Jennifer Lawrence largar essa insistência de atuar ao lado de Bradley Cooper pois essa duplinha já saturou. Cooper tem a tendência de virar um "mala sem alça", um chato, nos recentes filmes em que apareceu. É aquele tipo de ator que depois de um tempo cansa por causa da hiper exposição na mídia. Ele é muito marqueteiro, sempre se vendendo como o melhor ator da atualidade. Encheu a paciência completamente! Mais chato impossível! Já Robert De Niro segue mais uma vez na sua linha de fazer papéis coadjuvantes de luxo, sem se comprometer totalmente com os filmes em que aparece. É outro que deveria repensar a carreira. De Niro faz muitos filmes por ano, muitas vezes atuando em personagens sem qualquer importância. Para um ator com seu passado seria bem melhor se procurasse se preservar mais, só atuando em filmes que realmente valessem a pena. Caso contrário ele corre o risco (se isso já não aconteceu) de virar um ator de uso descartável, como o esfregão de Joy. Leve, barato e descartável. Nada bom para quem já foi considerado um dos maiores atores da história do cinema.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Hot Spot - Um Local Muito Quente

Título no Brasil: Hot Spot - Um Local Muito Quente
Título Original: The Hot Spot
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Charles Williams, Nona Tyson
Elenco: Don Johnson, Virginia Madsen, Jennifer Connelly

Sinopse:
Harry Madox (Don Johnson) é um viajante sem rumo que vai parar em uma cidadezinha perdida do Texas. Para sobreviver acaba arranjando um emprego medíocre por lá. Após um incidente envolvendo um incêndio ele percebe como é falha a segurança do banco local. Isso faz com que planeje um roubo na instituição, mas para isso precisará traçar bem todos os mínimos detalhes do crime que pretende executar.

Comentários:
Embora tenha sido lançado no começo da década de 1990 esse "The Hot Spot" tem todas as características dos filmes americanos dos anos 1980. Dirigido pelo ator e doidão de plantão Dennis Hopper a fita tinha a proposta de unir um roteiro com muita ação e sensualidade. De certa forma foi mais uma tentativa do ator Don Johnson em emplacar no mundo do cinema, se desligando completamente do universo da TV (ele fez grande sucesso na série policial "Miami Vice" durante seis anos, entre 1984 a 1990). No elenco todas as atenções porém são desviadas para a atriz Jennifer Connelly então no auge de sua beleza juvenil. A fotografia até é bonita, o diretor Dennis Hopper realmente conseguiu belas tomadas do pôr do sol mas o filme não consegue ser muito mais do que isso, um belo exercício estético que acaba se perdendo em suas próprias pretensões. Depois que o plano de assalto do personagem de Johnson é colocado em execução as coisas ficam ainda piores pois não há mais muita sutileza nas cenas - algo que vinha sendo a marca registrado do desenvolvimento do enredo. No saldo geral fica como mera curiosidade dos cacoetes cinematográficos da época.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Evocando Espíritos

Título no Brasil: Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas

Sinopse: 
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?

Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Firewall - Segurança em Risco

Título no Brasil: Firewall - Segurança em Risco
Título Original: Firewall
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Loncraine
Roteiro: Joe Forte
Elenco: Harrison Ford, Virginia Madsen, Paul Bettany, Beverley Breuer, Jimmy Bennett

Sinopse: 
O trabalho de Jack Stanfield (Harrison Ford) consiste em manter íntegro e seguro o sistema de dados uma grande instituição financeira, o Landrock Pacific Bank. Técnico de alto nível ele tem conseguido por anos manter inviolável o sigilo bancário dos clientes do banco, mesmo com ataques sendo feitos por hackers, que querem tomar posse dos arquivos que no mercado negro podem valer milhões de dólares. Sua rotina muda porém quando um criminoso Bill Cox (Paul Bettany) e sua equipe invadem a casa de Jack, fazendo de reféns toda a sua família. O preço do resgate é alto, cem milhões de dólares, que Jack deve roubar do banco onde trabalha. Para isso terá que vencer o sistema de segurança que ele próprio criou.

Comentários:
De vez em quando Hollywood tenta pegar carona no mundo da informática, criando tramas que explorem o universo das grandes redes de computadores ao redor do mundo. O alvo é fácil, os jovens, que frequentam os cinemas e são loucos por esse universo. O roteiro desse "Firewall" tenta captar esse mundo usando de jargão técnico que provavelmente só interessará aos experts no assunto (se é que eles tenham algum interesse em ver esse filme). Ao lado disso há também a tentativa de fazer um thriller movimentado com a situação do personagem principal, com muita ação e correria, além das costumeiras cenas heroicas protagonizadas pelo "Indiana Jones" Harrison Ford. Apesar das intenções, todas claras em cada metro de filme, temos que reconhecer que em ambos os casos (como aventura de ação e como trama "informatizada") o resultado não se mostra muito bom ou eficiente. Harrison Ford parece estar bem entediado declamando todos aqueles diálogos técnicos (que ele muito provavelmente nem entenda direito). O diretor também imprime um desenrolar muito previsível e burocrático. O saldo final se revela bem abaixo do esperado. Um thriller de rotina que tenta aproveitar a popularização da era digital mas que só consegue se mostrar analógico e aborrecido.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sideways: Entre Umas e Outras

Sideways parte de uma premissa muito simples: dois amigos, Miles (Paul Giamatti) e Jack (Thomas Haden Church), partem para aproveitar a semana que antecede o casamento desse último. Miles planeja uma semana de turismo em vinícolas da região ao lado do amigo, degustando o que de melhor há em termos de vinho. Claro que mais cedo ou mais tarde todos os planos virão abaixo pois Jack está mais interessado nos rabos de saia que encontra pelo caminho do que propriamente em aproveitar de forma sofisticada sua última semana de solteirice. Já Miles tem seus próprios problemas. Divorciado, deprimido, acaba descobrindo que sua ex-esposa se casou novamente! O roteiro é, como se pode ver, bem simplório mas curiosamente em sua simplicidade consegue debater sobre temas importantes ao mesmo tempo em que desenvolve diversas situações de humor com os amigos. Não é uma comédia escrachada, tão em voga hoje em dia, mas sim um drama mesclado com pequenas situações de humor que satirizam os anseios e os dilemas que os homens enfrentam atualmente em seu dia a dia. Miles é o retrato disso - professor de colégio que tem aspirações a se tornar escritor mas que não consegue espaço no meio editorial por causa de "problemas de marketing" das editoras (talvez se ele lançasse um livro sobre vampiros adolescentes certamente seria publicado)!

O elenco do filme é todo bom com destaque para Giamatti que aqui repete seu tipo característico: homem de meia idade que não consegue concretizar seus sonhos e objetivos pessoais.. Já Thomas Haden Church (que lembra bastante Nick Nolte quando era mais jovem) consegue entregar uma boa caracterização de seu personagem: um ator de meia tigela que aproveita o pouquinho da fama que tem para traçar todas as garçonetes e empregadas que lhe cruzam o caminho. Para quem gosta de seriados um pequeno bônus: a presença de Sandra Oh que há muitos anos interpreta a Dra. Cristina Yang na série "Grey´s Anatomy". Enfim, "Sideways" é uma boa pedida. Uma boa direção de Alexander Payne que aqui se sai bem melhor do que em seu último filme, "Os Descendentes". Vale a pena conferir.

Sideways - Entre Umas e Outras (Subways, Estados Unidos, 2004) Direção de Alexander Payne / Roteiro de Alexander Payne baseado na novela de Rex Pickett / Elenco: Paul Giamatti, Thomas Haden Church, Virginia Madsen / Sinopse: Dois amigos, Miles (Paul Giamatti) e Jack (Thomas Haden Church), partem para aproveitar a semana que antecede o casamento desse último. Miles planeja uma semana de turismo em vinículas da região ao lado do amigo, degustando o que de melhor há em termos de vinho.

Pablo Aluísio.