Quentin Tarantino afirmou recentemente que vai retomar essa saga cinematográfica. Então nada mais oportuno do que rever os dois primeiros filmes. E de onde surgiu a ideia que deu origem a Kill Bill? Quando era apenas um adolescente e nerd, o futuro diretor Quentin Tarantino trabalhou por bastante tempo em uma locadora no bairro onde morava. Para quem é jovem demais para saber o que é uma locadora de vídeo, bem... era um lugar bem bacana onde você alugava fitas de um sistema chamado VHS para assistir em casa. A era da internet, dos canais a cabo, do streaming e tudo mais praticamente acabou com esse mundo. A velha locadora de vídeo virou algo tão ultrapassado como uma máquina de escrever! Pois bem, o mais interessante em trabalhar em uma locadora era que você tinha acesso a um acervo enorme de filmes que poderia assistir a qualquer momento. Foi assim mesmo que Tarantino conseguiu cultivar uma tremenda cultura pop.
Nesse "Kill Bill" ele resolveu jogar tudo o que assistiu por anos em apenas um filme. Na realidade o roteiro dessa produção nada mais é do que uma longa homenagem do cineasta para aqueles filmes podreiras que ficavam anos pegando poeira nas prateleiras. Produções vagabundas de artes marciais, filmes de faroeste italianos que ninguém conhecia (só o próprio Tarantino) e todo tipo de underground cinematográfico que você possa imaginar. O que fez Tarantino foi apenas pegar tudo isso que ele assistiu por anos e anos, embalar em um embrulho chique e cult e... voilá! Eis o produto nerd por excelência. O fato é que não importa que esse rocambole seja muito estimado por certos críticos de cinema pelo mundo, o que vale mesmo é saber que a fita, o enredo e o desenvolvimento da trama são divertidíssimos! É o tipo de filme que você não deve encarar com seriedade ou reverência, muito pelo contrário, você tem que conferir procurando se divertir o máximo possível com a mente insana do diretor. Assista com um balde de pipoca e uma Coca-Cola dois litros de lado e desligue o cérebro. Garanto que a diversão estará garantida!
Kill Bill: Volume 1 (Kill Bill: Vol. 1, Estados Unidos, 2003) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Uma Thurman, David Carradine, Daryl Hannah, Lucy Liu, Michael Madsen, Vivica A. Fox / Sinopse: Uma noiva em busca de vingança, artes marciais, uma espada de samurai. Eis tudo o que você precisa saber antes de assistir ao primeiro filme da linha Kill Bill. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Uma Thurman).
Pablo Aluísio.
ResponderExcluirKill Bill: Volume 1
Pablo Aluísio.
Esse filme tem tudo de um Taranrino: cada fotograma é algum filme que ha vimos na estetica Tarantiana.
ResponderExcluirO lado trágico fica por conta da relação abusiva que sofreu durante as filmagens a atriz Uma Thurman, e, fora do filme, a morte do icônico ator David Carradine, que se enforcou numa ação de masturbação bizarra.
Bizarro, bizarro... bizarro! Eu fiquei até um tempo sem entender direito como ele havia morrido. É a tal coisa, nunca subestime a imbecilidade humana.
ResponderExcluirUma miscelânea Pop feita com habilidade mas quase nada além disso! É um projeto de vaidade do Tarantino ,um "sonho molhado" de cinéfilo B. Melhores coisas : a cena em que Uma acorda do coma e grita (de cortar o coração) e a participação do recentemente falecido Sonny Chiba. Pior coisa : absurdos totais como uma sino-americana dominando o crime no Japão. Nem em sonho isso aconteceria!
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