terça-feira, 5 de março de 2002

Textos Avulsos - Edição X

Serial Killers Vol. IV
Jeffrey Dahmer e Samuel Little
Só para registro assisti nessa semana (21.04.21) a um episódio duplo contando a vida do psicopata americano Jeffrey Dahmer. Sujeito mais do que perturbado. Homossexual, caçava parceiros na noite, de preferência homens negros. Levava eles para seu apartamento e os topava, usando daquele velho golpe "Boa Noite Cinderela". Depois que ficavam incocientes o psicopata fazia o que queria com eles. Depois de matar, os esquartejava. Colocava pedaços de seus corpos na geladeira e quando tinha vontade comia suas carnes - era canibal! Esse documentário que assisti faz parte da série "Monstros" do canal ID Discovery. Muito bom.

A mente humana pode ser um lugar bem estranho. Não apenas Jeffrey Dahmer, mas também outro psicopata chamado Samuel Little. Desse insano assassino assisti outro documentário nessa semana através do canal da BBC Brasil no Youtube. Se as suspeitas e as confissões desse serial killer se confirmarem então ele matou em torno de 90 mulheres ao longo de sua vida. Como é possível matar tanta gente e não ser preso antes?

As vítimas parecem ter a resposta. Eram mulheres negras e prostitutas de rua em sua maioria. Esse tipo de vítima muitas vezes não interessa aos policiais norte-americanos. Não vamos nos esquecer que o preconceito racial nos Estados Unidos sempre foi muito presente. Então os casos ficavam em aberto, sem solução. E o matador seguia matando. Ele era um viajante, estava sempre indo de um estado para o outro e por isso nunca era capturado. Só foi preso no final da vida. Hoje está preso, não apenas na cadeia, mas também a uma cadeira de rodas. Ele ri de seu passado. Matou e não foi pouco e passou grande parte de sua vida impune. Essa é para quem acha a justiça dos Estados Unidos uma maravilha. Definitivamente não é!

Frank Nitti
Ontem assisti um documentário do Hitory Bio mostrando a vida do gângster Frank Nitti. Ele foi o braço direito de Capone na Chicago clássica, da era de ouro dos gângsters americanos. O curioso é que nos filmes ele é retratado mais como um assassino frio. Sim, ele era um assassino, mas conforme vemos no documentário ele tinha mais cérebro do que podemos imaginar nos dias de hoje. Frank Nitti era um criminoso cerebral que praticamente organizou o lado operacional da quadrilha de Capone.

Ele chegou ao ponto de alugar um escritório para organizar tudo. O local tinha a fachada de um consultório de dentista, mas era tudo uma mentira. Ali funcionava o escritório do crime de Capone. Frank Nitti era filho de uma das milhares de famílias de imigrantes italianos que foram para os Estados Unidos no começo do século XX. Ele estudou, era considerado bom aluno e nunca havia pensado em entrar para o mundo do crime, mas é a tal coisa, o destino leva as pessoas para lugares que eles nunca pensaram ir.

Quando Al Capone foi preso por impostos atrasados a organização ficou toda nas mãos de Frank Nitti. Ele virou o chefão e se saiu muito bem por um tempo. O que acabou com os lucros da quadrilha foi mesmo o fim da lei seca. Com isso não havia mais contrabando de bebidas. O dinheiro parou de entrar. A saída foi se infiltrar nos sindicatos, principalmente os que reuniu trabalhadores de teatros e estúdios de cinema.

Frank Nitti não foi morto por inimigos. Ele se matou com um tiro certeiro na cabeça ao lado de uma cerca. Estava embriagado. Provavelmente bebeu para ter a coragem necessária de apertar o gatilho. O cerco se fechava ao seu redor. Havia um processo que iria levá-lo a ficar pelo menos 20 anos na prisão. Ele já estava com mais de 50 anos de idade, a mulher havia morrido. Ele pensou que não iria aguentar ficar velho cumprindo pena numa daquelas prisões americanas. Preferiu acabar com tudo. Meteu uma bala na cabeça. 

Pablo Aluísio. 

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