Montgomery Clift (1920–1966) foi um dos atores mais marcantes de Hollywood e um dos grandes nomes associados ao “Método” de interpretação, ao lado de Marlon Brando e James Dean.
Morte
Clift morreu em 23 de julho de 1966, em Nova York, aos 45 anos. Ele foi encontrado morto por seu secretário, no apartamento onde vivia. A causa oficial foi um infarto fulminante enquanto dormia. Nos anos anteriores, sua saúde já estava bastante debilitada por conta do uso excessivo de álcool e medicamentos, além das sequelas do grave acidente de carro que sofreu em 1956, durante as filmagens de seu mais recente filme. Esse acidente desfigurou parte de seu rosto e afetou sua saúde física e mental.
Legado como ator
O legado de Montgomery Clift é enorme, especialmente na forma como ajudou a transformar a atuação no cinema americano:
Interpretação naturalista e intensa – Foi um dos pioneiros em trazer para o cinema uma atuação mais contida, psicológica e realista, rompendo com o estilo teatral e artificial que dominava Hollywood.
Ícone do “Método” – Junto com Brando e Dean, é considerado parte da “trindade” que revolucionou a interpretação, influenciando gerações de atores como Al Pacino, Robert De Niro e Daniel Day-Lewis.
Personagens complexos e vulneráveis – Em filmes como Um Lugar ao Sol (1951), A Um Passo da Eternidade (1953) e Julgamento em Nuremberg (1961), deu vida a personagens cheios de dilemas morais, fragilidades e profundidade emocional.
Símbolo de autenticidade – Sua recusa em se submeter totalmente ao sistema de estúdios de Hollywood e sua busca por papéis de qualidade o tornaram um ator respeitado, admirado por colegas e cinéfilos.
Clift deixou uma filmografia relativamente curta (17 filmes), mas cada papel seu é lembrado pela intensidade e humanidade que conseguia transmitir. Muitos críticos o consideram um dos maiores atores de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirMontgomery Clift