Esse álbum foi gravado pelo Cazuza depois que ele deixou o Barão Vermelho. Ele queria fazer outro tipo de som, flertar com outras sonoridades. Os caras do Barão só queriam continuar naquela mesma coisa, gravando aquele tipo de som mais básico e juvenil da geração do Rock Brasil. Então, como novato em sua carreira solo, o Cazuza gravou esse seu primeiro disco completamente autoral. Eu acho um LP fraco. Veja, não quero desmerecer o talento e a importância do Cazuza e tudo o que ele representou naquela geração, mas sob um ponto de vista bem objetivo considero um disco bem fraquinho. Tem poucos momentos dignos de aplausos.
Tem uma boa música título que fez bastante sucesso nas rádios, a própria "Exagerado". Boa música, bem comercial. Quem viveu os anos 80 certamente conhece muito. Tem uma obra-prima absoluta chamada "Codinome Beija-Flor", linda melodia, bela letra, mostrando o que ele de melhor conseguia produzir e compor. Porém tirando essas duas faixas o resto é bem ruinzinho. Nenhuma das demais faixas me convenceram. Algumas apelam para vulgaridades desnecessárias como "Só as Mães São Felizes". Outras apresentam letras bem abaixo da média. Pelo que fez e pelo que representou, esse disco não estava mesmo à altura do próprio Cazuza.
Cazuza - Exagerado (1985)
Exagerado
Medieval II
Cúmplice
Mal Nenhum
Balada de um Vagabundo
Codinome Beija-Flor
Desastre Mental
Boa Vida
Só as Mães São Felizes
Rock da Descerebração
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Little Richard - The Wild and Frantic Little Richard
Esse foi o único vinil que tive em minha coleção do grande Little Richard. Eu o comprei ao vê-lo na sessão de promoções em uma loja de discos (nos tempos em que ainda existiam lojas de discos!). Claro que após alguns anos comprei CDs do Richard, mas em vinil, LP, esse foi realmente o único que tive do artista. E, ao que me lembre, era uma edição nacional, o que realmente é algo surpreendente. Pensar que um álbum de 1967, do Little Richard, que nunca foi popular no Brasil, ter um disco lançado em selo nacional, realmente é algo fora dos padrões.
A sonoridade não era muito boa. Esse disco na realidade foi um trabalho de fim de festa para Little Richard. Seu contrato com Modern Records havia chegado ao final e eles não queriam mais renovar com ele. Assim Littler Richard acabou gravando poucas músicas. A gravadora acabou completando com a inclusão de faixas diversas que tinha em arquivo, algumas delas gravadas ao vivo. Por isso não espere por nada muito caprichado ou bem gravado. A tônica é outra. O que vale é a importância histórica, desse grande nome da história do rock americano. Qualquer tentativa de desvalorizar esse disco, por mais simples que ele tenha sido, será, por isso, em vão.
Little Richard - The Wild and Frantic Little Richard (1967)
Baby What You Want Me to Do (live)
Do the Jerk
Directly From My Heart
I'm Back
Holy Mackerel
Good Golly, Miss Molly (live)
Send Me Some Lovin (live)
Groovy Little Suzy
Baby Don't You Want a Man Like Me
Miss Ann (live)
Pablo Aluísio.
A sonoridade não era muito boa. Esse disco na realidade foi um trabalho de fim de festa para Little Richard. Seu contrato com Modern Records havia chegado ao final e eles não queriam mais renovar com ele. Assim Littler Richard acabou gravando poucas músicas. A gravadora acabou completando com a inclusão de faixas diversas que tinha em arquivo, algumas delas gravadas ao vivo. Por isso não espere por nada muito caprichado ou bem gravado. A tônica é outra. O que vale é a importância histórica, desse grande nome da história do rock americano. Qualquer tentativa de desvalorizar esse disco, por mais simples que ele tenha sido, será, por isso, em vão.
Little Richard - The Wild and Frantic Little Richard (1967)
Baby What You Want Me to Do (live)
Do the Jerk
Directly From My Heart
I'm Back
Holy Mackerel
Good Golly, Miss Molly (live)
Send Me Some Lovin (live)
Groovy Little Suzy
Baby Don't You Want a Man Like Me
Miss Ann (live)
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Blitz - Blitz 3
Esse foi o único disco que tive da Blitz. Estou falando da era do vinil, dos anos 80, que foi quando comprei o LP. Na época eu era apenas um adolescente e havia assistido a um show do grupo na cidade onde morava. Mesmo assim devo dizer que nunca fui fã de carteirinha desse grupo. Claro, até gostava das músicas, que tocavam muito nas rádios, mas ser fã de verdade, do tipo de pesquisar sobre a história da banda, etc, isso definitivamente nunca fui. Já nessa época eu gostava de Elvis, dos Beatles, então não havia comparação possível com a Blitz que fazia, vamos ser sinceros, um som muito descartável, coisa até bobinha. Nunca se levaram muito à sério, sempre havia um lance de galhofa mesmo.
Ainda assim tiveram sua importância no rock Brasil, principalmente por terem gravado o primeiro grande sucesso desse renascimento do rock brasileiro com "Você não soube me amar" de 1982. Depois disso lançaram mais alguns discos, sempre fazendo sucesso. Esse terceiro disco da Blitz foi lançado pouco antes do grupo implodir pela primeira vez. Houve brigas entre os membros da banda, alguns foram embora e o grupo acabou. Não há grandes hits nesse disco. As únicas que tocaram um pouco mais nas rádios foram "Xeque-Mate" e "Táxi". Tudo pop reciclável dos anos 80. Hoje em dia, nem preciso dizer, o disco soa completamente datado.
Blitz - Blitz 3 (1984)
01. Eugênio
02. Xeque-Mate
03. Egotrip
04. Amídalas
05. Tarde Demais
06.Táxi
07. Sandinha
08. Você Vai , Você Vem
09. Louca Paixão
10. Dali De Salvador
11. Trato Simples
12. Cresci ,Mamãe Cresci
Pablo Aluísio.
Ainda assim tiveram sua importância no rock Brasil, principalmente por terem gravado o primeiro grande sucesso desse renascimento do rock brasileiro com "Você não soube me amar" de 1982. Depois disso lançaram mais alguns discos, sempre fazendo sucesso. Esse terceiro disco da Blitz foi lançado pouco antes do grupo implodir pela primeira vez. Houve brigas entre os membros da banda, alguns foram embora e o grupo acabou. Não há grandes hits nesse disco. As únicas que tocaram um pouco mais nas rádios foram "Xeque-Mate" e "Táxi". Tudo pop reciclável dos anos 80. Hoje em dia, nem preciso dizer, o disco soa completamente datado.
Blitz - Blitz 3 (1984)
01. Eugênio
02. Xeque-Mate
03. Egotrip
04. Amídalas
05. Tarde Demais
06.Táxi
07. Sandinha
08. Você Vai , Você Vem
09. Louca Paixão
10. Dali De Salvador
11. Trato Simples
12. Cresci ,Mamãe Cresci
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Leo Jaime - Direto do Meu Coração pro Seu
O disco anterior do cantor foi muito elegante, até com requintes de jazz, mas não vendeu bem. Então Leo Jaime procurou fazer algo mais comercial com esse álbum. É um daqueles discos feitos para vender, o que era justamente o que a CBS queria na época. A música título do disco é um bom blues chamado "Direto do Meu Coração Pro Seu", porém não virou hit. O que fez sucesso mesmo foi a música "Conquistador Barato" que virou tema de novela da Globo. Sucesso garantido. Em minha percepção a gravadora também quis posicionar Leo Jaime dentro de um campo ali formado por cantores românticos. A própria capa do disco sugeria isso, quase caindo em um estilo brega romântico, que aliás sempre vendeu muito bem no Brasil.
Outros destaques vieram com "Gatinha Manhosa" que também tocou muito nas rádios e "Coração Vagabundo", bela versão de uma música composta por Caetano Veloso. E quem sempre gostou do Leo Jaime rockabilly havia duas gravações novas de velhos clássicos do rock americano. "Hot Dog (Hound Dog)" teve a preciosa participação de Cazuza e "Tutti Frutti" tentou reviver os bons tempos do surgimento do rock na América. Enfim, um bom disco, mesmo sendo um pouco irregular na qualidade de seu repertório.
Outros destaques vieram com "Gatinha Manhosa" que também tocou muito nas rádios e "Coração Vagabundo", bela versão de uma música composta por Caetano Veloso. E quem sempre gostou do Leo Jaime rockabilly havia duas gravações novas de velhos clássicos do rock americano. "Hot Dog (Hound Dog)" teve a preciosa participação de Cazuza e "Tutti Frutti" tentou reviver os bons tempos do surgimento do rock na América. Enfim, um bom disco, mesmo sendo um pouco irregular na qualidade de seu repertório.
Leo Jaime - Direto do Meu Coração pro Seu (1988)
1. Direto do Meu Coração Pro Seu
2. Adoro
3. Gatinha Manhosa
4. Sob o Domínio da Paixão
5. Coração Vagabundo
6. Na Estrada
7. Todas as Honras do Presidente
8. Hot Dog (Hound Dog)
9. Tutti Frutti
10. Conquistador Barato
11. Junto
Pablo Aluísio.
James Brown - I Got You (I Feel Good)
James Brown - I Got You (I Feel Good)
Em 1965, em pleno auge da invasão britânica nas paradas americanas, chegou nas lojas o single "I Got You (I Feel Good)" de James Brown. Foi um sucesso espetacular! Realmente esse foi um artista diferente. James Brown conseguiu unir vários elementos da música norte-americana e quando todos pensavam que nada de novo surgiria no horizonte ele inovou! Misturando elementos do R&B, folk e soul, ele acabou criando algo único!
O single, como era de se esperar, subiu como um foguete nas paradas, sendo até hoje a música mais conhecida da longa e produtiva carreira de Brown. E para incendiar ainda mais as paradas o cantor criou uma coreografia própria para apresentar na TV americana. A partir daí Brown, com seu jeito único de dançar e cantar se tornou um dos maiores ícones da cultura negra dos Estados Unidos, sendo um dos artistas mais influentes da história! Michael Jackson? Ele em diversas entrevistas afirmou que um dos seus maiores ídolos era justamente James Brown, que unia a força de sua música com apresentações de palco memoráveis.
O compacto chegou nas lojas em outubro de 1965 e ficou entre os mais vendidos por doze semanas, um marco, já que o single chegava nas lojas através de um pequeno selo chamado King. Houve problemas de distribuição por causa da grande demanda e procura nas lojas. Anos depois James Brown diria que mesmo nos momentos mais complicados de sua vida ele sempre podia contar com o dinheiro dos direitos autorais dessa música, que nunca saiu de cena, sendo usada em comerciais, trilhas sonoras de filmes e todos os tipos de produtos. Canção imortal é isso aí!
James Brown - I Got You (I Feel Good)
Lado A - I Got You (I Feel Good)
Lado B - I Can't Help It (I Just Do-Do-Do)
Pablo Aluísio.
Em 1965, em pleno auge da invasão britânica nas paradas americanas, chegou nas lojas o single "I Got You (I Feel Good)" de James Brown. Foi um sucesso espetacular! Realmente esse foi um artista diferente. James Brown conseguiu unir vários elementos da música norte-americana e quando todos pensavam que nada de novo surgiria no horizonte ele inovou! Misturando elementos do R&B, folk e soul, ele acabou criando algo único!
O single, como era de se esperar, subiu como um foguete nas paradas, sendo até hoje a música mais conhecida da longa e produtiva carreira de Brown. E para incendiar ainda mais as paradas o cantor criou uma coreografia própria para apresentar na TV americana. A partir daí Brown, com seu jeito único de dançar e cantar se tornou um dos maiores ícones da cultura negra dos Estados Unidos, sendo um dos artistas mais influentes da história! Michael Jackson? Ele em diversas entrevistas afirmou que um dos seus maiores ídolos era justamente James Brown, que unia a força de sua música com apresentações de palco memoráveis.
O compacto chegou nas lojas em outubro de 1965 e ficou entre os mais vendidos por doze semanas, um marco, já que o single chegava nas lojas através de um pequeno selo chamado King. Houve problemas de distribuição por causa da grande demanda e procura nas lojas. Anos depois James Brown diria que mesmo nos momentos mais complicados de sua vida ele sempre podia contar com o dinheiro dos direitos autorais dessa música, que nunca saiu de cena, sendo usada em comerciais, trilhas sonoras de filmes e todos os tipos de produtos. Canção imortal é isso aí!
James Brown - I Got You (I Feel Good)
Lado A - I Got You (I Feel Good)
Lado B - I Can't Help It (I Just Do-Do-Do)
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Snow Patrol - A Hundred Million Suns
Algumas coisas me irritam profundamente. O Snow Patrol estava prestes a se tornar a minha banda preferida até alguns meses atrás. Seus dois trabalhos anteriores, Final Straw e Eyes Open, eram brilhantes. Ótima instrumentalização, arranjos de extremo bom gosto, melodias para grudar na cabeça. Todo o ABC que uma banda iniciante deve trilhar seguido à risca. Embora não fossem seus primeiros trabalhos - os dois primeiros CDs são extremamente experimentais - o Snow Patrol tinha tudo para se firmar com brilhantismo no cenário do rock britânico. Por essa razão esperei até com certa ansiedade por A Hundred Million Suns. Se estivesse em um jogo de azar diria até que estava com coragem de jogar altas somas no sucesso da nova obra do grupo. Bem, ainda bem que não estamos em Las Vegas, pois perderia uma pequena fortuna se tivesse realmente apostado neles. A Hundred Million Suns é decepcionante. A razão que levou um dos mais promissores grupos a não vingar em seu novo CD tem nome: Coldplay.
Os escoceses do Snow Patrol parecem que esqueceram tudo de interessante que tinham apresentado em seus CDs anteriores para se transformarem numa cópia bastarda da banda mais bunda mole do planeta, o Coldplay. Imitar o Coldplay é realmente o fim da picada. Convenhamos: O Coldplay faz muito mal para o Rock atual. Eles são extremamente chatinhos, deprimidinhos, tristinhos. Nada mais longe do verdadeiro espírito roqueiro que um dia existiu. Infelizmente seu enorme sucesso tem contaminado outros grupos, como o Snow Patrol, que aqui afunda artisticamente em busca do sucesso fácil. Na primeira audição já se mata a charada de A Hundred Million Suns. Pianinho ao estilo bunda mole de ser do Chris Martin, levada fácil para ser digerida pelas fanzocas do Coldplay, refrãos pegajosos para tocar na BBC, entre outras bobagens. Que decepção. Só resta torcer para que um dia o Snow Patrol reencontre o caminho da boa música, coisa complicada de acontecer já que seu A Hundred Million Suns já se converte em sucesso imediato, tocando inclusive na MTV. Por enquanto o Snow Patrol apenas segue seu caminho pelo ralo onde grandes músicos são engolidos pelo sucesso fácil. Maldito Coldplay.
Snow Patrol - A Hundred Million Suns (2008)
1. If There’s a Rocket Tié Me to It
2. Crack The Shutters
3. Take Back The City
4. Lifeboats
5. The Golden Floor
6. Please Just Take These Photos From My Hands
7. Set Down Your Glass
8. The Planets Bend Between Us
9. Engines
10. Disaster Button
11. The Lightning Strike
Pablo Aluísio.
Os escoceses do Snow Patrol parecem que esqueceram tudo de interessante que tinham apresentado em seus CDs anteriores para se transformarem numa cópia bastarda da banda mais bunda mole do planeta, o Coldplay. Imitar o Coldplay é realmente o fim da picada. Convenhamos: O Coldplay faz muito mal para o Rock atual. Eles são extremamente chatinhos, deprimidinhos, tristinhos. Nada mais longe do verdadeiro espírito roqueiro que um dia existiu. Infelizmente seu enorme sucesso tem contaminado outros grupos, como o Snow Patrol, que aqui afunda artisticamente em busca do sucesso fácil. Na primeira audição já se mata a charada de A Hundred Million Suns. Pianinho ao estilo bunda mole de ser do Chris Martin, levada fácil para ser digerida pelas fanzocas do Coldplay, refrãos pegajosos para tocar na BBC, entre outras bobagens. Que decepção. Só resta torcer para que um dia o Snow Patrol reencontre o caminho da boa música, coisa complicada de acontecer já que seu A Hundred Million Suns já se converte em sucesso imediato, tocando inclusive na MTV. Por enquanto o Snow Patrol apenas segue seu caminho pelo ralo onde grandes músicos são engolidos pelo sucesso fácil. Maldito Coldplay.
Snow Patrol - A Hundred Million Suns (2008)
1. If There’s a Rocket Tié Me to It
2. Crack The Shutters
3. Take Back The City
4. Lifeboats
5. The Golden Floor
6. Please Just Take These Photos From My Hands
7. Set Down Your Glass
8. The Planets Bend Between Us
9. Engines
10. Disaster Button
11. The Lightning Strike
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Leo Jaime - Vida Difícil
O maior sucesso (e único) desse disco do roqueiro Leo Jaime foi a faixa "Nada Mudou", o que poderia ser visto como uma ironia, porque na realidade tudo havia mudado. O disco anterior "Sessão da Tarde" trazia um tipo de sonoridade rockabilly meio gaiata. Talvez por isso tenha feito tanto sucesso. Então Leo resolveu mudar tudo, o teor das letras, os arranjos, partindo para algo mais sofisticado. Com produção de Luiz Carlos Maluly, que trabalhara ao lado do RPM, para o selo CBS, o disco chegou nas lojas e surpreendeu muita gente. Também havia elementos de ironia, a começar pela capa. O disco se chamava "Vida Difícil" ao mesmo tempo em que mostrava um sujeito com os pés em cima da cadeira, em belos sapatos italianos de luxo.
Eu considero pessoalmente um excelente álbum. O comprei em vinil ainda na época. Uma seleção de boas músicas, todas agradáveis ao ouvido. Se não fizeram sucesso o problema, o azar, era do público mesmo. Perderam muita sofisticação sonora. Os arranjos contaram com a preciosa colaboração do saxofonista Léo Gandelman, que usa seu bonito instrumento em praticamente todas as faixas. Agora, o maior absurdo ocorreu mesmo por causa de um erro da gravadora. Não colocaram no vinil o sucesso "A Lua e Eu", que só saiu na versão em K7. Imagine a cara de decepção de quem comprou o disco nos anos 80.
Leo Jaime - Vida Difícil (1986)
Nada Mudou
Briga
Contos De Fadas
Prisioneiro Do Futuro
Amor
Sem Futuro
Mensagem De Amor
Vida Difícil
Um Telefone É Muito Pouco
Cobra Venenosa
Pablo Aluísio.
Eu considero pessoalmente um excelente álbum. O comprei em vinil ainda na época. Uma seleção de boas músicas, todas agradáveis ao ouvido. Se não fizeram sucesso o problema, o azar, era do público mesmo. Perderam muita sofisticação sonora. Os arranjos contaram com a preciosa colaboração do saxofonista Léo Gandelman, que usa seu bonito instrumento em praticamente todas as faixas. Agora, o maior absurdo ocorreu mesmo por causa de um erro da gravadora. Não colocaram no vinil o sucesso "A Lua e Eu", que só saiu na versão em K7. Imagine a cara de decepção de quem comprou o disco nos anos 80.
Leo Jaime - Vida Difícil (1986)
Nada Mudou
Briga
Contos De Fadas
Prisioneiro Do Futuro
Amor
Sem Futuro
Mensagem De Amor
Vida Difícil
Um Telefone É Muito Pouco
Cobra Venenosa
Pablo Aluísio.
Nirvana – In Utero
Inicialmente Kurt Cobain quis chamar esse disco de “Eu me Odeio e Quero Morrer!”. Isso mesmo, mais direto impossível. Depois de muitos debates e brigas com a gravadora finalmente ele concordou em desistir do título. Os advogados lhe convenceram que um nome como esse poderia lhe trazer muitos problemas legais, inclusive acusações de incentivo ao suicídio de seus fãs. Mesmo relutando o líder do Nirvana recuou e escolheu o nome de “In Utero” que havia retirado de um verso escrito para uma canção por sua esposa, Courtney Love. Mas afinal porque Kurt Cobain estava tão desiludido com sua própria vida? Na realidade não foi apenas um motivo que o levou a isso mas vários. A gravação do disco ocorreu em uma das fases mais conturbadas da vida do músico. Sua filha Frances acabara de nascer mas ele corria o risco de perder sua custódia por causa de seu abuso de drogas. A justiça americana estava querendo tirar a criança dos cuidados do casal uma vez que o vício em heroína de Cobain havia saído do controle e era de conhecimento público. A luta nos tribunais foi desgastante e penosa. Além de ter a vida exposta ao grande público Cobain começou também a entrar em uma rota depressiva que o levaria em pouco tempo ao suicídio, comprovando tragicamente os sentimentos de sua frase onde afirmava que ele se odiava e queria morrer.
As letras das canções de “In Utero” representam bem esse estado de espírito depressivo de Kurt Cobain. Os temas são sombrios, pessimistas, muitas vezes beirando o mal gosto (como na faixa “Rape Me” cuja tradução literal “Estupre-me” já era auto explicativa). Não era para menos. Pensando bem nada ia bem na vida do roqueiro. Ele sofria de sérias dores de estomago, perdia cada vez mais o senso de realidade pelo abuso de drogas e sentia-se perdido com a fama que havia conquistado. Além disso começou a agir como um perfeito paranóico, comprando armas de grande calibre, afirmando que estava sendo perseguido por “forças ocultas”. E havia problemas de relacionamento com as pessoas mais próximas de sua vida. Um desses era o complicado sentimento que Kurt tinha para com seu próprio pai. Eles tinham ficado anos sem se ver, mas o velho Cobain após o sucesso do Nirvana reapareceu para assistir a um show do filho famoso. Isso perturbou bastante Kurt. O encontro deixou Cobain muito mal. Ele tinha reservas contra sua família e não conseguia ficar à vontade na presença deles. Sem reação resolveu desabafar através de sua música. “In Utero” traz vários versos dedicados ao pai, mesmo que de forma bem indireta e obscura. E para piorar o que já era bem ruim seu estado era deplorável. Ele não conseguia mais reagir aos acontecimentos ao redor, estando sempre chapado ao limite. Em casa ficava o tempo todo drogado, caído pela chão. Ainda foi feita uma tentativa de intervenção sobre sua dependência química mas sem sucesso. O resto já sabemos. Kurt Cobain não conseguiu sobreviver a uma crise suicida e se matou na garagem de sua casa após escrever um bilhete de despedida para familiares e fãs tornando assim “In Utero” seu verdadeiro testamento musical. Uma pena. Foi um fim muito precoce para um artista que marcou época e revitalizou o cenário punk alternativo americano.
Nirvana - In Utero (1993)
Serve the Servants
Scentless Apprentice
Heart-Shaped Box
Rape Me
Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle
Dumb
Very Ape
Milk It
Pennyroyal Tea
Radio Friendly Unit Shifter
tourette's
All Apologies
Pablo Aluísio.
As letras das canções de “In Utero” representam bem esse estado de espírito depressivo de Kurt Cobain. Os temas são sombrios, pessimistas, muitas vezes beirando o mal gosto (como na faixa “Rape Me” cuja tradução literal “Estupre-me” já era auto explicativa). Não era para menos. Pensando bem nada ia bem na vida do roqueiro. Ele sofria de sérias dores de estomago, perdia cada vez mais o senso de realidade pelo abuso de drogas e sentia-se perdido com a fama que havia conquistado. Além disso começou a agir como um perfeito paranóico, comprando armas de grande calibre, afirmando que estava sendo perseguido por “forças ocultas”. E havia problemas de relacionamento com as pessoas mais próximas de sua vida. Um desses era o complicado sentimento que Kurt tinha para com seu próprio pai. Eles tinham ficado anos sem se ver, mas o velho Cobain após o sucesso do Nirvana reapareceu para assistir a um show do filho famoso. Isso perturbou bastante Kurt. O encontro deixou Cobain muito mal. Ele tinha reservas contra sua família e não conseguia ficar à vontade na presença deles. Sem reação resolveu desabafar através de sua música. “In Utero” traz vários versos dedicados ao pai, mesmo que de forma bem indireta e obscura. E para piorar o que já era bem ruim seu estado era deplorável. Ele não conseguia mais reagir aos acontecimentos ao redor, estando sempre chapado ao limite. Em casa ficava o tempo todo drogado, caído pela chão. Ainda foi feita uma tentativa de intervenção sobre sua dependência química mas sem sucesso. O resto já sabemos. Kurt Cobain não conseguiu sobreviver a uma crise suicida e se matou na garagem de sua casa após escrever um bilhete de despedida para familiares e fãs tornando assim “In Utero” seu verdadeiro testamento musical. Uma pena. Foi um fim muito precoce para um artista que marcou época e revitalizou o cenário punk alternativo americano.
Nirvana - In Utero (1993)
Serve the Servants
Scentless Apprentice
Heart-Shaped Box
Rape Me
Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle
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Pennyroyal Tea
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Pablo Aluísio.
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