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sexta-feira, 10 de maio de 2024

Rebel Moon - Parte 2

Título no Brasil: Rebel Moon - Parte 2
Título Original: Rebel Moon - Part Two: The Scargiver
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad
Elenco: Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein

Sinopse: 
"Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes" segue adiante com a história mostrada no primeiro filme. A Lua Rebelde, povoada por camponeses e agricultores pacatos e pacíficos, recruta mercenários por toda a galáxia para ajudar em sua defesa. Uma nave de guerra do Império está indo em direção ao satélite, para um acerto de contas violento com seus habitantes. 

Comentários:
O primeiro filme já não foi essas coisas. Apenas um genérico de alguns clássicos modernos do gênero Sci-fi como "Star Wars" (a referência mais do que óbvia, beirando o plágio mesmo) e produções B como agora sempre lembrado "Mercenários das Galáxias". Então não procure por qualquer sinal de originalidade nesse roteiro. Pior é que de certa maneira fizeram um filme contando a mesma história do primeiro filme. Até o vilão que havia sido destruído no primeiro filme foi ressuscitado para voltar! Que falta de imaginação! Os personagens são todos mal desenvolvidos, assim o espectador nem se importa muito quando eles são mortos. O diretor Zack Snyder entrega um produto preguiçoso e sem novas ideias. Como a Netflix bancou seu projeto e como esses filmes não foram lançados nos cinemas, ele me pareceu bem displicente. Zack Snyder é um daqueles cineastas que falam demais, mas que no final das contas entregam pouco. Chega a ser um chato intolerável, com muita conversa fiada! Enfim, uma ficção que até tinha potencial, mas que se revela genérica ao ponto de trazer embaraço para todos os envolvidos. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo

Título no Brasil: Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
Título Original: Rebel Moon - Part One: A Child of Fire
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad
Elenco: Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Charlie Hunnam, Anthony Hopkins (narração), Ed Skrein, Michiel Huisman, 

Sinopse:
Uma poderosa nave de guerra espacial chega em um pequeno satélite de um planeta gasoso onde vive um pequeno grupo de pessoas simples, que vivem da agricultura e do que retiram da terra. Só que esses imperialistas violentos querem toda a sua produção, caso contrário os nativos daquele pequeno mundo serão eliminados sumariamente. Uma jovem então parte em busca de ajuda nos confins de sua galáxia. 

Comentários:
Esse filme é lixo reciclado de "Star Wars". O diretor Zack Snyder queria dirigir um dos próximos filmes da famosa franquia criada por George Lucas e escreveu esse roteiro meio às pressas. Apresentado na Disney, o estúdio recusou. Não os censuro. A coisa é ruim mesmo. Uma imitação mal feita de alguns grandes filmes do passado como "Os Sete Samurais" e seus derivados como "Sete Homens e um Destino" e até mesmo "Mercenários das Galáxias". Um grande cocktail batizado e estragado sem imaginação e sem originalidade. O roteiro tem tantos clichês batidos que poderíamos definir a história com uma única e simples palavra: Previsível. Tudo que acontece não vai lhe surpreender em nada. E esse excesso de computação gráfica também é algo enjoativo. Nada parece ser real ali em cenários, figurinos, ambientes, extras, etc. É tudo gerado por tecnologia digital. Filme feito em PC. Assim não dá mesmo para gostar de algo assim, nada original e totalmente fake! 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de março de 2020

Sucker Punch - Mundo Surreal

Título no Brasil: Sucker Punch - Mundo Surreal
Título Original: Sucker Punch
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Vanessa Hudgens, Abbie Cornish, Jamie Chung. Carla Gugino, Oscar Isaac

Sinopse:
Uma garota chamada Baby Doll (Emily Browning) é internada em um hospício por seu padastro. Uma vez lá dentro ela começa a perder a noção do mundo ao seu redor, se envolvendo em fantasias e alucinações onde não consegue mais separar a realidade do surrealismo.

Comentários:
Zack Snyder se esforçou muito para que esse filme desse certo. Ele escreveu o roteiro e foi atrás de financiamento. Com um custo de 80 milhões de dólares o filme não conseguiu trazer o lucro que a Warner estava esperando. Alguns executivos do estúdio inclusive acusaram o roteiro de ser "cabeça demais", fazendo com que o público alvo - os adolescentes - não conseguissem entender o contexto do filme. Com isso o que era para ser uma franquia acabou sendo cancelada de uma vez por todas. É uma pena porque o filme tem boas ideias e sua estética chama a atenção. Claro, há excessos de efeitos digitais, mas isso não atrapalha o filme, pelo contrário, ajuda a contar sua história. Só que o público não se interessou e nem reagiu muito bem. Acontece. Nas ilusões da protagonista você encontrará de tudo:  samurais gigantes, batalhas da I Guerra Mundial e lutas em ritmo de videogame. Muita gente achou "over" demais. De minha parte até que me diverti. De uma maneira ou outra o filme serviu pelo menos para chamar a atenção para o trabalho de Zack Snyder. Depois desse filme ele acabou sendo cotado para dirigir filmes de super-heróis.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Liga da Justiça

Essas adaptações de quadrinhos para o cinema estão se tornando cada vez mais cansativas, principalmente quando são pretensiosas demais além da conta. Essa nova tentativa da DC em acertar nas telas de cinema é um exemplo disso. Aqui houve a reunião de um grupo de super-heróis, todos reunidos nessa liga da justiça. Estão lá o Batman, a Mulher-Maravilha, o Flash, o Aquaman e o Cyborg. O Superman também retorna depois de um breve período como morto! O roteiro não ajuda. Mesmo com tantos personagens famosos, pouca coisa funciona bem nesse filme. O vilão é genérico, mais um daqueles que querem trazer o apocalipse para o nosso mundo. Nada de novo no front. As cenas digitais mais incomodam do que qualquer outra coisa. Parece um game comum.

O diretor  Zack Snyder teve que abandonar o filme antes de encerradas as filmagens. Houve uma tragédia em sua família. Penso que nem se ele tivesse terminado seu trabalho a coisa ficaria melhor. O problema é que a trama é banal demais, nada muito original ou diferente do que você já viu em outros filmes desse estilo. Nem momentos que supostamente teriam potencial para ajudar se salvam da banalidade. A volta de Superman ao mundo dos vivos é um desses momentos. Nada muito inspirador, nada muito bem feito. Na verdade é uma decepção. Todos os personagens se tornam bem vazios, porque não há tempo de desenvolver nenhum deles. Quando fui assistir a essa nova produção da DC / Warner, fui com as expectativas baixas pois o filme foi severamente criticado. Nem as resenhas dos leitores habituais dos quadrinhos foram positivas. Devo concordar com todos eles. Esse "Liga da Justiça" é realmente bem fraco.

Liga da Justiça
(Justice League, Estados Unidos, 2017) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Chris Terrio, Joss Whedon / Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Jason Momoa, Amy Adams, Jeremy Irons, Diane Lane, J.K. Simmons, Ray Fisher, Ezra Miller, Ciarán Hinds / Sinopse: O Batman (Affleck) resolve formar uma liga de super-heróis, contando com a ajuda da Mulher-Maravilha (Gadot), Aquaman (Momoa), Flash (Miller) e Superman (Cavill). Todos precisam enfrentar um vilão vindo do espaço, o Lobo da Estepe (Hinds) que de posse de três artefatos poderosos, deseja trazer o apocalipse até o nosso mundo.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Watchmen: O Filme

A Rede Globo vai exibir hoje o filme "Watchmen" no Corujão. É uma boa oportunidade de rever essa produção baseada na obra prima de Alan Moore. Devo dizer que nunca li os quadrinhos originais, que os especialistas em nona arte consideram um dos melhores de todos os tempos. De qualquer forma fica claro desde o começo que Moore quis fazer uma crítica mordaz ao mundo dos quadrinhos de super-heróis. Praticamente todos os personagens são baseados em heróis famosos, tanto da DC Comics como da Marvel. A ironia disso tudo é saber que apesar de Moore tentar demolir esse universo tudo o que ele conseguiu no final das contas foi criar mais uma galeria de super-heróis para a indústria americana dos quadrinhos explorar! Ironia das ironias mesmo...

A estória se passa em um universo bem diferente. São os anos 80 e um grupo de heróis começam a ser perseguidos e mortos. A maioria deles estavam aposentados, então fica a pergunta: quem estaria por trás dos crimes? Um detetive de rosto desfigurado chamado Rorschach e um herói chamado Coruja (que obviamente é uma sátira ao próprio Batman) começam a investigar. No caminho a vida deles corre perigo. Basicamente é isso. O curioso é que essa produção tem um clima noir inegável. Alan Moore (que como sempre acontece não gostou da adaptação para o cinema de sua criação) obviamente se inspirou nos antigos filmes dos anos 40 e 50. Por fim outro grande atrativo dessa produção é sua direção de arte, muito diferente e elegante. Essa aliás sempre foi uma marca registrada do diretor Zack Snyder que sempre procurou ser bem autoral, mesmo quando o material original não havia sido criado por ele. Assim deixamos a dica desse filme baseado em quadrinhos bem original e estranho. Você provavelmente vai gostar.

Watchmen: O Filme (Watchmen, Estados Unidos, 2009) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David Hayter, Alex Tse / Elenco: Jackie Earle Haley, Patrick Wilson, Carla Gugino / Sinopse: Filme baseado na obra do consagrado autor de quadrinhos Alan Moore. Em um mundo sujo e violento um grupo de heróis aposentados começa a ser caçado por um desconhecido vilão. O Coruja e Rorschach começam então a investigar o que estaria acontecendo. Filme premiado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Edição em DVD e Melhor Filme de Fantasia do Ano.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Mulher-Maravilha

De maneira em geral ando meio cansado dessas adaptações de quadrinhos. A DC Comics não tem tido a mesma sorte que a Marvel nesse tipo de transposição de seus personagens para as telas de cinema, mas agora até que se chegou em um bom resultado. O fato é que esse novo filme da "Mulher-Maravilha" surpreende por ser bem acima da média. O roteiro é muito bem escrito, eficiente, mostrando as origens da personagem sem torrar a paciência do espectador, principalmente se ele conhecer apenas superficialmente a personagem principal. É justamente o meu caso. Conheço muito pouco sobre a Mulher-Maravilha. Até me lembro vagamente da antiga série de TV, mas isso deve valer de pouca coisa. Não sou leitor de quadrinhos e meu conhecimento sobre ela é, para dizer o mínimo, bem básico. Mesmo para o público que pouco conhece sobre essa guerreira amazona chamada Diana, o filme vai funcionar muito bem. Outro ponto que achei bem positivo foi o fato do enredo se passar na I Guerra Mundial. Isso traz muito para o filme em termos de produção, figurinos, cenários, enfim, direção de arte. É uma produção bonita de se ver, com momentos nostálgicos, em boa reconstituição histórica.

A israelense Gal Gadot que interpreta Diana, a Mulher-Maravilha, não é lá uma grande atriz, mas dá conta muito bem do recado, fazendo uma boa caracterização da heroína, uma vez que tem preparo físico e treinamento militar (ela chegou a servir o exército de Israel por dois anos). Personagens em quadrinhos exigem esse tipo de atuação física, acima de tudo, uma vez que a parte dramática sempre fica em segundo plano. Até porque, vamos ser bem sinceros, as publicações da DC Comics não são obras de Shakespeare. O que vale mesmo é ser capaz de fazer as cenas de ação e não fazer feio nos momentos que exigem um pouco mais do trabalho de atriz.

Comercialmente o filme vai muito bem. Já faturou mais de 200 milhões de dólares só nos Estados Unidos, batendo seus principais concorrentes em dois finais de semana seguintes. Pelo visto a Warner Bros agora tem uma nova franquia já que novos filmes certamente virão pela frente. Nem Tom Cruise e sua múmia foram capazes de bater de frente com a amazona guerreira. Assim o cinema ganha mais um blockbuster para os próximos verões. Não é uma má notícia, pelo contrário, pois pelo que se viu nesse primeiro filme a qualidade cinematográfica está garantida. Pode assistir sem receios, seja você um fã ou não de quadrinhos. É um bom filme, diversão garantida.

Mulher-Maravilha (Wonder Woman, Estados Unidos, 2017) Direção: Patty Jenkins / Roteiro: Allan Heinberg, Zack Snyder / Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, David Thewlis, Danny Huston, Elena Anaya / Sinopse: Criada em uma ilha de amazonas guerreiras, Diana (Gadot) descobre que é a filha do poderoso Zeus e que possui a capacidade de enfrentar as demais divindades do Olimpo. Quando ela fica sabendo que há uma grande guerra mundial resolve agir, indo até o centro do conflito para enfrentar Áries, o Deus da Guerra.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2016

Batman vs Superman

Finalmente vi "Batman vs Superman". Esse filme teve uma repercussão tão negativa por parte da crítica que desanimei completamente na época de seu lançamento. Nem quis conferir no cinema. Talvez por isso, por estar com expectativas baixas demais, acabei gostando do filme. Claro, não é uma maravilha da sétima arte, mas vamos ser sensatos ao menos, para um filme de super-heróis está de bom tamanho. Geralmente história em quadrinhos envolvendo personagens famosos desse universo que vinham com esse chamariz do tipo "Super-herói x Vs Super-herói Y" se resumia a um grande quebra pau entre os personagens. Coisa bem de nerd mesmo. Jovens ficavam sempre se perguntando coisas do tipo "Quem venceria uma briga? O Batman ou o Superman? O Capitão América ou o Homem de Ferro?" A DC Comics que não é boba nem nada resolveu então apostar nisso. Obviamente como são dois heróis extremamente populares a briga entre eles geralmente não davam em nada, mas tudo bem, faz parte do jogo para vender as próximas edições...

Esse filme é bom porque na simplicidade de seu enredo não tenta ser o que não é! Batman não é Shakespeare e nisso consiste seu valor como cultura pop. Então o roteiro não coloca coisas desnecessárias no filme para torrar nossa paciência. Ele não é o Othelo de Gotham City ou algo parecido. Filmes baseados em quadrinhos são tão melhores quanto mais simples surgem nas telas. Nesse ponto o diretor Zack Snyder acertou no alvo. Basicamente há esses dois heróis em cena, um antipatizando com o outro, que resolvem acertar as contas enquanto Lex Luthor (Jesse Eisenberg, sem convencer muito) tenta trazer uma criatura literalmente apocalíptica de volta à vida. Em termos dos desenvolvimentos dos personagens principais gostei muito da percepção de realismo cruel que o Superman começa a ter do mundo. Esse personagem, o verdadeiro ícone pioneiro do mundo dos super-heróis, sempre foi muito idealista, bondoso e até ingênuo. Em essência era um quadradão conservador dos anos 30. Aqui ele cai na real da maldade do mundo e de como a humanidade precisa ser tratada - não com tanto idealismo, mas sim com uma visão realista de tudo ao seu redor.

Já o Batman continua sendo o torturado de sempre. Não esperava muito dele porque afinal de contas o ator Ben Affleck, que o representaria, sempre foi inexpressivo. A máscara ajuda sua falta de talento dramático, até porque as pessoas não vão perceber o quanto ele pode ser ruim em termos de expressões faciais. Mesmo assim há um momento em que ele tem uma visão do futuro, com Superman agindo como uma divindade fascista no meio dos homens, que achei a coisa mais interessante de todo o filme. Um encontro de Mad Max com o universo DC! Muito bom... Espero que um dia os próximos filmes explorem essa situação... No geral é isso. Não vou perder muito tempo aqui analisando uma produção que é no final das contas um bom produto pop de consumo das massas. É chiclete pop, minha gente! Como eu disse, muitas vezes o problema nem é do filme, mas sim do público nerd que fica procurando defeitos. Isso é uma bobagem sem tamanho. Como eu já disse, não se trata de literatura clássica e nem de obras de autores consagrados. Batman e Superman são cultura pop por excelência e é dessa maneira que devem ser encarados. Deu para se divertir? Então o filme como um todo cumpriu seus objetivos...

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, Estados Unidos,  2016) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer  / Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter ; Sinopse: Bstman e Superman se encontram e não estarão necessariamente no mesmo lado dessa batalha de titãs.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Batman vs Superman

Título no Brasil: Batman vs Superman - A Origem da Justiça
Título Original: Batman v Superman - Dawn of Justice
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Chris Terrio, David S. Goyer
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Laurence Fishburne, Jeremy Irons, Holly Hunter
  
Sinopse:
O vilão Lex Luthor (Jesse Eisenberg) resolve utilizar a nave kriptoniana destruída no primeiro filme para trazer de volta à vida uma criatura de imenso poder e força que passa a ser chamada de Apocalypse. Para neutralizar a ameaça dos super-heróis Batman (Affleck) e Superman (Cavill) ele então joga um contra o outro, numa guerra de disputas entre eles. Enquanto os dois heróis acertam suas contas, Lex começa a trazer o caos e a destruição para o mundo.

Comentários:
Para revitalizar duas franquias de uma vez só a Warner Bros e a DC Comics lançaram nesse ano o filme "Batman vs Superman - A Origem da Justiça". O roteiro, seguindo os passos dos quadrinhos, procura ser o mais simples possível, sem muitos exageros ou dramas secundárias desnecessárias. Esse é um dos pontos mais positivos do filme que ainda conta com um belo visual e dezenas de novidades para os fãs dos super-heróis mais populares da DC. Aliás é bom que se diga que muitos outros virão, como o próprio enredo mostra. De maneira em geral é um filme muito bem realizado, mas que não conseguiu se tornar uma unanimidade. Na verdade houve uma certa reclamação generalizada em relação ao que se viu nas telas de cinema. Penso que isso foi decorrente da massiva campanha publicitária que foi realizada. Quando a propaganda se torna demais a decepção do público tende a ser proporcional, na mesma moeda. Como eu não caio mais nesse tipo de marketing procurei ler e ouvir as primeiras reações ao filme - que foram bem azedas. Assim deixei tudo mesmo em baixas expectativas, o que talvez explique o fato de que tenha gostado do filme de uma maneira em geral. Inclusive assisti à versão estendida com mais de três horas de duração e apesar do excesso de tempo jamais fiquei aborrecido ou entediado, demonstrando que o filme tem sim sua força e seus méritos cinematográficos. O único porém que poderia citar vem de duas escolhas que acredito tenham sido equivocadas por parte dos produtores. A primeira foi colocar o jovem Jesse Eisenberg para interpretar o vilão Lex. A falta de sincronia com o personagem acabou desvirtuando suas características. O outro erro foi escalar Ben Affleck como Batman. Todos sabem que ele é fraco, sem talento como ator. A sorte é que como o filme é dividido entre dois heróis até que os danos não foram tão ruins. Então é isso. Temos aqui uma boa diversão, muita movimentação e um roteiro que em sua simplicidade mais ajuda do que atrapalha, o que convenhamos já está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2013

Superman – O Homem de Aço

Vou repetir agora o que venho dizendo há tempos: eu tenho pena dessa garotada de hoje que gosta e frequenta cinema. Ontem fui assistir, acompanhado da minha querida filha, ao tão badalado "Superman". Ops!... desculpem a minha falha... o Superman da minha época virou: "Homem de Aço". Bastaram dez minutos de filme para eu virar para minha filha e perguntar se nós tínhamos comprado ingressos para o filme certo. Com todo respeito mas aquela zorra total que se desenhava na tela não era a história do Superman que aprendi a gostar desde a minha época de guri. Afora os extraordinários efeitos especiais, que estão a cada dia mais impressionantes, o filme é uma viagem lisérgica com um borbardeio multicolorido de tons magníficos, sustentado por uma poluição sonora de fazer inveja aos ensurdecedores acordes do Iron Maiden. Depois de sobreviver as cenas caleidoscópicas do planeta Krypton - um planeta sorumbático, barulhento e recheado de insetos e naves gigantes, além, é claro, da semi-canastrice do Russel Crowe, somos enviados de sopetão, diretamente para alto-mar onde o Superman, já adulto, está sem camisa e todo atrapalhado tentando salvar a tripulação de um cargueiro em chamas.

Depois dessa cena, o diretor Zack Snyder enfia os pés pelas mãos, e começa a abusar de cenas desconexas, sem nenhuma lógica e com uma overdose desse recurso maldito chamado, "flashback" - que para mim, já deveria estar morto e enterrado. O filme é uma zona completa. Jor-El (Russel Crowe) o pai kryptoniano de Kal-El (Henry Cavill - Superman) é de fazer inveja a qualquer Centro Espírita, pois aparece mais depois de morto do que quando estava vivo. A repórter Louis Lane (Amy Adams) que na minha época de garoto era uma repórter do Planeta Diário, normal e recatada, quase rouba o papel de Superman, pois é ela quem negocia com o FBI, com as Forças Armadas e ainda ajuda o Homem de Aço a enfrentar o Kryptoniano e estranhíssimo, General Zod e sua turma de mulheres bonitas. Zod, interpretado pelo ator americano Michael Shannon que é uma mistura de Billy Idol com Supla. Das cenas feéricas do planeta Krypton à barulheira ensurdecedora juntamente com os flashbacks insuportáveis e inúteis, aumentam ainda mais a minha angústia, a medida em que o filme vai se desenrolando. De repente eu me faço mil perguntas: Meu Deus!!!!... cadê o Superman da minha época de criança ???... Por que eu estou usando esses óculos de 3D ridículos que não acrescentam e nem melhoram o filme em nada ??... Por que tantas naves espaciais de todos os tipos e tamanhos ??...Cadê o Marlon Brando como Jor-El ??...Cadê o eterno Glenn Ford como o pai terráqueo do Superman ?? ...Cadê, ainda, o super-ator inglês Terence Stamp, na pele do General Zod ?? ...Cadê o Cristopher Reeve ?? o maior e mais carismático de todos os Super-Homens ??... Fim do filme. Minha água mineral acabou, meu saco de amendoim também. Caminho célere para o meu carro com minha filha, com saudades daquele Superman que usava a cueca vermelha por cima do uniforme azul-claro e que aprendi a amar quando era garoto. Saudades de um tempo e de um cinema que não voltarão mais. Nota 5.

Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.

Telmo Vilela Jr.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Superman – O Homem de Aço

Na iminência do fim de seu planeta o cientista e político Jor-El (Russell Crowe) decide tirar seu filho antes da destruição completa de Krypton. Direcionado para a distante Terra, o pequeno Kal-El atravessa o universo em direção a uma nova vida. Enquanto isso Krypton vive seus últimos e turbulentos dias. O violento General Zod (Michael Shannon) decide dar um golpe militar pois acredita que o sistema político de seu planeta é ultrapassado e ineficiente. Descoberto, logo é capturado e enviado para a zona fantasma onde espera-se que cumpra sua pena pela eternidade. Na terra o pequenino Kal-El é adotado pelo casal Kent, dois fazendeiros pacatos do agrícola estado americano do Kansas. Dotado de grandes poderes pela proximidade com o nosso sol ele cresce tendo que esconder sua verdadeira natureza ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à sociedade humana e seus valores. Vivendo de empregos temporários e sem muita importância ele começa a vagar pelo país até descobrir finalmente o seu verdadeiro destino. Após finalmente entender quem é ele terá que enfrentar os antigos inimigos de seu pai, agora em direção ao planeta Terra com o objetivo de destruir a raça humana e recriar a sociedade de Krypton em nosso planeta. Depois de muitas expectativas chega finalmente aos cinemas o novo filme do Superman. Ao contrário do anterior, “Superman – O Retorno” que tentava criar um vinculo com a quadrilogia dos filmes com Christopher Reeve, esse aqui parte novamente do zero, recontando mais uma vez as origens do herói. Se formos comparar os filmes originais com esse novo vamos perceber que na realidade temos aqui a fusão dos roteiros de “Superman 1” e “Superman 2” em uma única produção. A estória é praticamente a mesma, sem tirar nem colocar muitas coisas, o que de certa forma vai decepcionar muita gente.

Esse novo filme também tem outros problemas: o enredo não é satisfatoriamente desenvolvido, o próprio Clark Kent é pouco trabalhado, surgindo do nada, sem mostrar qualquer traço mais marcante de personalidade. O ator que o interpreta, Henry Cavill, também deixa a desejar e só consegue criar saudades de Christopher Reeve. A direção de arte é pesada, escura, sombria, o que não condiz com esse personagem (afinal ele não é o Batman!). O próprio uniforme do herói é azul escuro, feio, com cores em tonalidades obscuras demais, dando a impressão que os produtores tiveram vergonha da roupa original do Superman. Para piorar o bom mocismo que marca tanto esse personagem também foi deixado em segundo plano. O Clark Kent desse filme é um sujeito barbudo, mal encarado, mais parecendo um trabalhador braçal qualquer do que o famoso patriota e conservador Kent. Em suma, o filme falha bastante, inclusive criando coisas sem muito sentido (por exemplo, os kryptonianos nascem debaixo da água, em casulos!) e outras bobagens que vão surgindo ao longo do filme. Para piorar a metade do filme é pura pancadaria, quando Superman finalmente enfrenta o general Zod e sua trupe. A rapidez das cenas de luta e destruição nos dá a incômoda sensação de estar assistindo a um vídeo game e não a um bom filme. Enfim, não foi dessa vez que conseguiram realizar um filme melhor do que aqueles que assistimos na década de 70. O Superman está de volta mas sem o bom e velho carisma de antes.

Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de novembro de 2012

A Lenda dos Guardiões

Por mais incrível que isso possa parecer a verdade é que "A Lenda dos Guardiões" é uma animação sobre a II Guerra Mundial. Explico. O roteiro é totalmente inspirado nos eventos da Grande Guerra que abalou o mundo nos anos 40. Na verdade essa animação é uma alegoria daqueles acontecimentos. Senão vejamos: existem dois grandes grupos de aves. O primeiro grupo é formado por corujas que se consideram "Puras" (tal qual os nazistas e sua teoria da raça superior, os arianos). Esse grupo do "mal" também tem um líder carismático que escraviza e doutrina as corujinhas mais jovens (juventude Hitlerista) e as usam nos campos de batalha. Existe também toda aquela ideologia que já conhecemos bem dos regimes ditatoriais.

Já o outro grupo, chamado de "Guardiões" tem um personagem que é obviamente inspirado no primeiro ministro inglês durante a II Guerra: Winston Churchill. É um velho turrão, com passado de glórias no campo de batalha. Para completar assim como Churchill o personagem do filme também escreveu suas memórias contando as suas lutas do passado, inspirando a jovem corujinha do filme. O mais curioso dessa animação é que ela tenta passar simpatia e humanidade pelas corujas, um bicho que não tem quase nenhuma tradição nos personagens animados. Em algumas regiões do Brasil inclusive as pobres corujinhas são símbolos de forças do mal e até mesmo mal agouro (azar ou maldição). Por isso é bastante interessante o trabalho desenvolvido aqui. Um bom passatempo e uma boa alegoria sobre o maior conflito armado da humanidade. Em poucas palavras: World War II for Kids!

A Lenda dos Guardiões (Legend of the Guardians: The Owls of Ga'Hoole, Estados Unidos, 2010) Direção:  Zack Snyder / Roteiro: John Orloff, John Collee / Elenco (vozes): Emilie de Ravin, Hugo Weaving, Ryan Kwanten, Helen Mirren, Geoffrey Rush / Sinopse: Soren é uma jovem coruja que adora histórias de guerra contadas por seu pai. Ele lhe coloca a par sobre a lenda dos guardiões, guerreiros da mitologia que lutaram contra as forças do mal.  Soren nem desconfia que em breve estará envolvido em grandes aventuras com o mitológico grupo alado..

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

300

Algumas coisas são importantes você saber de antemão sobre 300. Primeiro é que essa não é uma tentativa de reviver os antigos épicos do passado. Nunca foi a proposta de seus realizadores ter uma visão baseada em filmes como Ben-Hur ou até mesmo Alexandre, o Grade (me refiro ao original e não ao filme de Oliver Stone). Outra observação importante a fazer é que 300 não é uma produção que tenha como objetivo ser historicamente correta. Na realidade esse filme é uma adaptação de quadrinhos e como tal é pura cultura pop em movimento. Provavelmente seja a melhor adaptação de uma Graphic Novel jamais realizada, só ficando ombro a ombro com Sin City que também é extremamente bem realizado. Desse modo o que vemos em cena é puro estilo baseado na arte gráfica da publicação original. Muitos que foram assistir 300 não levaram essas questões em consideração e por isso não gostaram muito do resultado final. Acharam uma linguagem inovadora mas cansativa. De certa forma para gostar de 300 você também tem que gostar de quadrinhos caso contrário vai ficar complicado se inserir dentro do universo que é mostrado na tela.

A trama se passa no ano 480 a.c. O supremo Imperador da Pérsia, Xerxes (interpretado com afetação por Rodrigo Santoro), decide enviar seu poderoso e até aquele momento invencível exército para dominar e arrasar a Grécia, naquele momento um conjunto de Cidades- Estados independentes entre si, Muitas cidades resolvem sucumbir à terrível ameaça que vem do Oriente mas a cidade grega de Esparta, conhecida por possuir os melhores guerreiros de toda a Grécia resolve enfrentar Xerxes e suas legiões. São selecionados assim 300 dos mais virtuosos combatentes Espartanos. Resolvem lutar usando de um ponto geográfico muito específico que lhes dá grande vantagem estratégica. A partir daí a batalha épica tem seu começo. Como não poderia deixar de ser esse roteiro lida muito bem com honra, garra e persistência, louvando aquele sentimento nobre de nunca desistir, de lutar até o fim, morrendo de pé se necessário. Zack Snyder aqui dá uma boa amostra de seu estilo diferenciado, arrebatador. Junte a isso o excelente material de Frank Miller no qual o filme é baseado e assim temos  um dos melhores filmes de aventura dos últimos tempos. Provavelmente depois você vai se pegar gritando: "Espartaaaaaaaaaaaa..." em algum momento decisivo de sua vida.

300 (300, Estados Unidos, 2007) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad, Michael B. Gordon baseado na obra de  Frank Miller e Lynn Varley / Elenco:  Gerard Butler, Vincent Regan, Lena Headey, David Wenham, Michael Fassbender, Rodrigo Santoro, Tom Wisdom, Andrew Tiernan, Dominic West, Andrew Pleavin./ Sinopse: Trezentos dos maiores guerreiros de Esparta resolve enfrentar o magnífico exército de Xerxes, imperador da Pérsia.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sucker Punch

Garota chamada Baby Doll (Emily Browning) é internada em um hospício por seu padastro. Uma vez lá dentro ela começa a perder a noção do mundo ao seu redor, se envolvendo em fantasias e alucinações onde não consegue mais separar a realidade do surrealismo. Esse "Sucker Punch" é aquele tipo de filme que ou você embarca na proposta do roteiro ou vai odiar. Eu achei a estrutura do argumento bem curiosa. No fundo há três mundos paralelos: o primeiro seria a realidade onde Baby Doll é levada a uma instituição psiquiátrica para se submeter a uma lobotomia. O segundo seria seu universo de fantasia onde ela alucina pensando estar em uma boate com shows de Vaudeville e por fim a terceira realidade surreal: quando dança ela se transporta para uma dimensão de guerras e lutas onde convivem samurais gigantes, batalhas da I Guerra Mundial e lutas em ritmo de videogame. Claro que muitas pessoas vão acabar se perdendo nessas "dimensões dentro de outras dimensões dentro de outras dimensões".

Eu devo confessar que embarquei no filme. Curti o visual ultra exagerado, beirando o kitsch e todos os excessos que acompanhamos na produção. O fato é que as garotas são carismáticas e não há como não se solidarizar com a triste situação em que vivem. Em minha opinião o Zack Snyder literalmente chutou o balde com esse filme. Sem as amarras de uma obra conhecida, como aconteceu em "Watchmen", ele literalmente deu asas à sua própria imaginação (e coloca imaginação nisso!). O filme é uma overdose de efeitos digitais, lutas inverossímeis e tudo mais o que essa geração criada a videogame e internet tem direito. Arrisque, não garanto que todos vão gostar, mas pelo menos a experiência vai valer a pena.

Sucker Punch (Sucker Punch, Estados Unidos, 2011) Direção: Zack Snyder / Roteiro: Zack Snyder e Steve Shibuya / Elenco: Emily Browning, Vanessa Hudgens, Jena Malone, Carla Gugino / Sinopse: Babydoll (Emily Browning) foi internada em um sanatório pelo padrasto, de olho na fortuna da mãe. Para sobreviver ao tormento e escapar de uma provável lavagem cerebral, ela descobre que pode se refugiar dentro da própria mente, criando um universo paralelo.

Pablo Aluísio.