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sexta-feira, 17 de junho de 2022

Os Violentos Vão Para O Inferno

Título no Brasil: Os Violentos Vão Para O Inferno
Título Original: Il mercenario
Ano de Produção: 1968
País: Itália, Espanha
Estúdio: Produzioni Europee Associati (PEA)
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Giorgio Arlorio, Adriano Bolzoni
Elenco: Franco Nero, Jack Palance, Tony Musante

Sinopse:
Na fronteira entre Texas e México domina um poder corrupto e opressor, principalmente em relação aos mexicanos, tratados como cidadãos de segunda classe, sem quaisquer direitos. Diante dessa situação um líder revolucionário, saído do meio da classe mineradora, Paco (Tony Musante), resolve contratar um mercenário europeu violento, Sergei (Franco Nero). Para combater o levante popular um pistoleiro assassino também é contratado, o cruel Curly (Jack Palance).

Comentários:
Sergio Corbucci foi um dos mais importantes e influentes cineastas do auge do chamado Western Spaghetti. Aqui está aquele que é considerado um de seus melhores filmes. Os destaques começam logo no elenco, ótimo por sinal, liderado pelos carismáticos Franco Nero (o eterno Django) e Jack Palance (dando um tempo em Hollywood para trabalhar no cinema europeu). O roteiro é clássico, com dois personagens centrais que passam o enredo todo se provocando para finalmente acertarem contas em um duelo ao velho estilo. No meio de tudo há o contexto histórico da revolução mexicana, muito bem retratada e mostrada na película. Some-se a isso o estilo spaghetti, com todos os seus elementos mais importantes e característicos em cena e você terá uma diversão e tanto - um filme que apesar dos anos ainda não envelheceu.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Django

Não restam dúvidas que Django é um dos mais famosos faroestes do chamado Western Spaguetti. Na época de seu lançamento causou grande repercussão não apenas por algumas propostas que eram realmente inovadoras como também pela violência explícita. Por causa desse último fator o filme foi lançado em alguns países europeus com a mais rígida classificação etária, sendo proibido para menores de 18 anos. Um exagero obviamente. Django ainda hoje se mantém como um produto bem realizado. Claro que revisto atualmente muitas das seqüências vão soar fantasiosas demais ou exageradas, mas isso fazia parte de um estilo de fazer cinema que já não existe mais. Os faroestes macarrônicos eram assim mesmo. De positivo temos uma boa direção de arte – a cidade onde Django chega, por exemplo, é um lamaçal completo, suja, feia e abandonada. Sua imagem carregando um caixão, completamente enlameado, entrou na cultura pop e virou um ícone daquele estilo. O próprio Franco Nero, bronzeado, de olhos azuis, chegou até mesmo a virar símbolo sexual e sua interpretação se tornou um tipo de modelo a ser seguido em centenas e centenas de outros Spaguettis. Seu Django era um sujeito durão, de poucas palavras e capaz de grandes façanhas com seu revólver.

O diretor Sergio Corbucci tinha preferências por enredos desse tipo, bem crus, mas nunca se descuidava dos aspectos técnicos em seus filmes. Os cenários eram bem pensados, as tomadas de cena procuravam tirar o melhor proveito do momento e os roteiros, mesmo simples como eram, sempre procuravam fisgar o espectador com cenas marcantes. Django está repleto desses momentos. Logo na primeira cena o diretor procura mostrar todo o seu estilo. O pistoleiro Django surge bem no meio do nada, carregando um pesado caixão. Esse tipo de coisa fica marcada na mente do espectador, não tem jeito. Outra cena muito interessante é aquela em que Django finalmente revela o que traz dentro desse caixão que sempre o acompanha. É um impacto certamente. O enfrentamento contra os soldados sulistas mais lembram produções de ação dos anos 80 do que qualquer outra coisa.

De certa forma Django inspiraria aqueles filmes em que um homem conseguia liquidar todo um exército praticamente sozinho. É claro que é inverossímil, é claro que é exagerado, mas também é o tipo de seqüência estilizada que o público da época adorava! Franco Nero se consagrou no papel e praticamente nunca mais se livrou dele. Chegou a realizar alguns outros filmes como Django, com o mesmo Corbucci como roteirista, mas sem o mesmo impacto. Depois disso o personagem Django acabaria trilhando o mesmo caminho de outro personagem popular do cinema italiano, Maciste, aparecendo em dezenas e dezenas de outros filmes, muitos deles de baixíssimo orçamento e de qualidade técnica bem pobre. O excesso de exploração comercial acabou queimando o personagem que virou símbolo de cinema mal feito, vendido de qualquer jeito. O que vale a pena mesmo nesse mar de “Djangos” é realmente esse, o primeiro filme, o original, os demais são meras imitações baratas. Se você gostou de “Django Livre” de Tarantino não deixe de reservar um tempinho para assistir (ou redescobrir) o Django original de Franco Nero e Sergio Corbucci. Provavelmente você vai achar no mínimo bem interessante.
 
Django (Django, Itália, 1966) Direção: Sergio Corbucci / Roteiro: José Gutiérrez Maesso, Piero Vivarelli / Elenco: Franco Nero, Loredana Nusciak, Eduardo Fajardo, José Bódalo / Sinopse: Vagando pelo meio do deserto o pistoleiro Django (Franco Nero) acaba salvando a vida de uma mulher que está sendo chicoteada por bandidos. Juntos vão até uma cidade lamacenta e perdida no meio do nada que é disputada por dois grupos armados, o primeiro formado por revolucionários mexicanos e o segundo por confederados sulistas liderados por um corrupto oficial. Agora com sua chegada as coisas vão realmente mudar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Django

Título no Brasil: Django
Título Original: Django
Ano de Produção: 1966
País: Itália
Estúdio: B.R.C. Produzione, Tecisa Films
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: José Gutiérrez Maesso, Piero Vivarelli
Elenco: Franco Nero, Loredana Nusciak, Eduardo Fajardo, José Bódalo

Sinopse:
Vagando pelo meio do deserto o pistoleiro Django (Franco Nero) acaba salvando a vida de uma mulher que está sendo chicoteada por bandidos. Juntos vão até uma cidade lamacenta e perdida no meio do nada que é disputada por dois grupos armados, o primeiro formado por revolucionários mexicanos e o segundo por confederados sulistas liderados por um corrupto oficial.

Comentários:
Não restam dúvidas que Django é um dos mais famosos faroestes do chamado Western Spaguetti. Na época de seu lançamento causou grande repercussão não apenas por algumas propostas que eram realmente inovadoras como também pela violência explícita. Por causa desse último fator o filme foi lançado em alguns países europeus com a mais rígida classificação etária, sendo proibido para menores de 18 anos. Um exagero obviamente. Django ainda hoje se mantém como um produto bem realizado. Claro que revisto atualmente muitas das sequências vão soar fantasiosas demais ou exageradas, mas isso fazia parte de um estilo de fazer cinema que já não existe mais. Os faroestes macarrônicos eram assim mesmo. De positivo temos uma boa direção de arte – a cidade onde Django chega, por exemplo, é um lamaçal completo, suja, feia e abandonada. Sua imagem carregando um caixão, completamente enlameado, entrou na cultura pop e virou um ícone daquele estilo. O próprio Franco Nero, bronzeado, de olhos azuis, chegou até mesmo a virar símbolo sexual e sua interpretação se tornou um tipo de modelo a ser seguido em centenas e centenas de outros Spaguettis. Seu Django era um sujeito durão, de poucas palavras e capaz de grandes façanhas com seu revólver. O diretor Sergio Corbucci tinha preferências por enredos desse tipo, bem crus, mas nunca se descuidava dos aspectos técnicos em seus filmes. Os cenários eram bem pensados, as tomadas de cena procuravam tirar o melhor proveito do momento e os roteiros, mesmo simples como eram, sempre procuravam fisgar o espectador com cenas marcantes. Django está repleto desses momentos. 

Logo na primeira cena o diretor procura mostrar todo o seu estilo. O pistoleiro Django surge bem no meio do nada, carregando um pesado caixão. Esse tipo de coisa fica marcada na mente do espectador, não tem jeito. Outra cena muito interessante é aquela em que Django finalmente revela o que traz dentro desse caixão que sempre o acompanha. É um impacto certamente. O enfrentamento contra os soldados sulistas mais lembram produções de ação dos anos 80 do que qualquer outra coisa. De certa forma Django inspiraria aqueles filmes em que um homem conseguia liquidar todo um exército praticamente sozinho. É claro que é inverossímil, é claro que é exagerado, mas também é o tipo de sequência estilizada que o público da época adorava! Franco Nero se consagrou no papel e praticamente nunca mais se livrou dele. Chegou a realizar alguns outros filmes como Django, com o mesmo Corbucci como roteirista, mas sem o mesmo impacto. Depois disso o personagem Django acabaria trilhando o mesmo caminho de outro personagem popular do cinema italiano, Maciste, aparecendo em dezenas e dezenas de outros filmes, muitos deles de baixíssimo orçamento e de qualidade técnica bem pobre. O excesso de exploração comercial acabou queimando o personagem que virou símbolo de cinema mal feito, vendido de qualquer jeito. O que vale a pena mesmo nesse mar de “Djangos” é realmente esse, o primeiro filme, o original, os demais são meras imitações baratas. Se você gostou de “Django Livre” de Tarantino não deixe de reservar um tempinho para assistir (ou redescobrir) o Django original de Franco Nero e Sergio Corbucci. Provavelmente você vai achar no mínimo bem interessante.
 
Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Especialista - O Vingador de Tombstone

Título no Brasil: O Especialista - O Vingador de Tombstone
Título Original: Gli specialisti
Ano de Produção: 1969
País: Itália, França, Alemanha
Estúdio: Adelphia Compagnia Cinematografica, Les Films Marceau
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sabatino Ciuffini, Sergio Corbucci
Elenco: Johnny Hallyday, Françoise Fabian, Sylvie Fennec
  
Sinopse:
Bret Dixon (Johnny Hallyday) é um pistoleiro do velho oeste que chega na pequena cidade de Blackstone para um acerto de contas. Acontece que seu irmão foi linchado de maneira covarde por alguns membros da população da cidade. Dixon quer saber o motivo e quem promoveu a morte horrível de seu irmão. Ele quer vingança contra cada um dos assassinos infames, os responsáveis por essa barbaridade indescritível.

Comentários:
Todo fã de western spaguetti (ou como gostam de dizer os mais sofisticados, Euro-Western) sabe que um dos grandes mestres desse tipo de filme foi o italiano Sergio Corbucci (nascido em Roma em 1926, falecido em 1990). Ao invés de investir apenas em ação e tiroteios, Corbucci procurava também trazer um background psicológico para todos os seus personagens. O protagonista aqui é um exemplo. interpretado pelo bom Johnny Hallyday (que apesar do nome americano era francês de nascimento, natural da bela Paris), ele é um pistoleiro solitário em busca não tanto de justiça, mas sim de vingança. Seu irmão foi morto de forma covarde pelos cidadãos ditos decentes da cidade. Um linchamento em praça pública. Ele foi acusado de ter roubado um dinheiro que deveria ter trazido com segurança de Dallas. A questão é que em volta dessa acusação sem fundamento se esconde vários interesses escusos, envolvendo membros influentes daquela sociedade. Para muitos críticos da época o diretor Sergio Corbucci teria errado a mão apenas numa questão: ele exagerou no clima sufocante e deprimente na qual se passa a estória. Não penso dessa forma. Na realidade o que vemos aqui é uma tentativa desse cineasta em criar um ambiente psicologicamente sufocante. Não é à toa que Sergio Corbucci é ainda hoje cultuado pelos filmes que dirigiu.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Os Cruéis

Título no Brasil: Os Cruéis
Título Original: I Crudeli
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Espanha
Estúdio: Alba Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Albert Band, Louis Garfinkle
Elenco: Joseph Cotten, Norma Bengell, Al Mulock, Julián Mateos, Aldo Sambrell, Gino Pernice

Sinopse:
Após a derrota humilhante na guerra civil americana as tropas do sul são dispensadas. Muitos veteranos começam a vagar pelo velho oeste em busca de algum meio de sobrevivência. Para o Coronel Jonas (Joseph Cotten) essa situação é humilhante. O veterano então decide planejar um grande roubo de ouro para reerguer o exército confederado. Um sonho megalomaníaco que ele lutará para transformar em realidade. 

Comentários:
Western Spaghetti dirigido pelo grande diretor Sergio Corbucci. Esse cineasta seguramente foi um dos mais talentosos mestres do cinema italiano, em especial dos faroestes. Ele criou e dirigiu o grande sucesso "Django", provavelmente o filme mais famoso dessa época. Colhendo os frutos desse sucesso (e de muitos outros), Sergio Corbucci procurou ampliar os horizontes desse tipo de filme, explorando mais aspectos históricos, etc. Ao ler sobre um fanático oficial confederado que lutou para reerguer a Confederação sulista após o fim da guerra civil nos Estados Unidos, o diretor resolveu escrever o roteiro desse filme. A história (que era real) parecia tão absurda que daria certamente um ótimo western italiano. Inicialmente Corbucci pensou em escalar Franco Nero para o papel, mas como o protagonista era um veterano coronel sulista, bem mais velho, o ator não foi contratado. Outro detalhe que chama a atenção no elenco é a presença da atriz brasileira Norma Bengell. Com um figurino elegante, em trajes negros, ele chama a atenção pela classe e sofisticação. Então é basicamente isso. Um bom faroeste italiano que prima por ter sido dirigido por um dos grandes mestres do gênero.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de setembro de 2016

Joe, o Pistoleiro Implacável

Título no Brasil: Joe, o Pistoleiro Implacável
Título Original: Navajo Joe
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: Dino de Laurentiis Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Ugo Pirro, Piero Regnoli
Elenco: Burt Reynolds, Aldo Sambrell, Nicoletta Machiavelli, Fernando Rey, Tanya Lopert
  
Sinopse:
Após um brutal massacre envolvendo todos os seus familiares e amigos de sua tribo, o nativo conhecido apenas como Navajo Joe (Burt Reynolds) resolve partir para uma vingança sangrenta, procurando todos os responsáveis pelas mortes de todas aquelas mulheres, idosos e crianças inocentes. Seu sede de justiça e vingança não tardará a ser saciada.

Comentários:
Um western spaghetti estrelado pelo ator Burt Reynolds? Pois é, no mínimo curioso. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme foi dirigido pelo mestre Sergio Corbucci, considerado um dos cineastas mais talentosos dessa fase do cinema europeu. Esse aliás foi seu segundo filme a ser rodado depois do grande sucesso de "Django" um ano antes. Ele vinha da realização de outro sucesso chamado "Ringo e Sua Pistola de Ouro", estrelado por Mark Damon e por essa razão havia uma certa expectativa nessa produção. "Navajo Joe" tem uma produção bem melhor do que a dos filmes anteriores. Isso porque Sergio Corbucci assinou com os estúdios pertencentes ao mega produtor Dino de Laurentiis. Todos os cinéfilos bem sabem que Dino podia ter muitos defeitos, mas realizar filmes pobres certamente não era um deles. Laurentiis, já por essa época, tinha fama de não economizar nos custos de suas produções e isso se faz sentir bem em "Navajo Joe". Um exemplo disso vem inclusive da própria contratação do astro americano Burt Reynolds, que na época era considerado um futuro e potencial superstar do cinema americano - algo que se confirmaria na década seguinte, durante os anos 70. Então basicamente é isso. Um filme italiano de faroeste, todo rodado nos desertos da Espanha, estrelado por um ator americano e dirigido por um verdadeiro artesão do spaghetti western. São boas qualificações que por si só já justificam assistir ao filme. Boa diversão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de julho de 2006

Ringo e Sua Pistola de Ouro

Título no Brasil: Ringo e Sua Pistola de Ouro
Título Original: Johnny Oro
Ano de Lançamento: 1966
País: Itália 
Estúdio: Sansom Films
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Adriano Bolzoni
Elenco: Mark Damon, Valeria Fabrizi, Franco De Rosa, Giulia Rubini, Loris Loddi, Andrea Aureli, Amerigo Castrighella

Sinopse:
Um bandido mexicano se une a um bando de nativos americanos renegados para vingar da morte violenta de seus irmãos mais velhos. Eles foram mortos por um caçador de recompensas obcecado por ouro, que vaga pelo velho oeste em busca de criminosos procurados vivos ou mortos.
 
Comentários:
Na história real do velho oeste Johnny Ringo realmente existiu. Foi um pistoleiro, assassino e bandoleiro que cruzou caminho com a família Earp. Acabou sendo morto com um tiro certeiro na cabeça, sendo enterrado numa cova rasa no deserto, nos arredores de Tombstone. Morto o homem, nasceu o personagem de tantos livros de bolso e filmes de faroeste. Esse aqui rodado na Itália não está preocupado com fatos históricos reais, mas sim em trazer entretenimento para quem apreciava o conhecido Western Spaghetti. A boa notícia para colecionadores é que se trata de mais um filme dirigido pelo mestre Sergio Corbucci. Esse diretor realmente sabia o que fazia. Geralmente com muito pouco, fazia bons e eficientes filmes de western. E essa produção se enquadra perfeitamente nesses quesitos de qualidade cinematográfica, pelo menos dentro do estilo do cinema italiano da época. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Massacre no Grand Canyon

Título no Brasil: Massacre no Grand Canyon
Título Original: Massacro al Grande Canyon
Ano de Lançamento: 1964
País: Itália 
Estúdio: Ultra Film
Direção: Sergio Corbucci, Albert Band
Roteiro: Fede Arnaud, Albert Band
Elenco: James Mitchum, Gabriella Pallotta, Milla Sannoner, George Ardisson, Eduardo Ciannelli, Giacomo Rossi Stuart

Sinopse:
Após uma busca pelos assassinos de seu pai, o cowboy e pistoleiro Wes Evans (Mitchum) volta para casa apenas para se ver envolvido em uma sangrenta disputa de terras. Nesse novo desafio ele vai precisar contar novamente com sua destreza em suas armas de fogo, em seu colt sempre presente em sua cintura. 

Comentários:
James Mitchum era o filho mais velho do astro de Hollywood Robert Mitchum. A cara não negava, era extremamente parecido com o pai. Com o auge do cinema italiano de faroeste ele cruzou o Atlântico em busca de oportunidades no western spaghetti. E se deu bem, atuando em vários filmes de faroeste. Nessa produção teve a honra e o privilégio de atuar sob direção do grande Sergio Corbucci, diretor de Django e um dos grandes nomes desse gênero cinematográfico europeu. O interessante é que a presença de Mitchum acabou influenciando Corbucci a fazer um filme de faroeste mais próximo do que era produzido nos Estados Unidos do que os que eram filmados na Itália. Isso trouxe um maior cuidado com o desenvolvimento dos personagens e menos ênfase nas cenas de ação. Por oprtar por esse estilo, acabou sendo criticado, principalmente pelos jornalistas de seu próprio país, pois o que fazia o diferencial no Spaghetti era justamente a busca por uma linguagem própria, distante até certo ponto, do que era visto dentro dos filmes americanos de western. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

O Vingador Silencioso

Título no Brasil: O Vingador Silencioso
Título Original: Il Grande Silenzio
Ano de Produção: 1968
País: Itália, França
Estúdio: Adelphia Cinematografica, Les Films
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Vittoriano Petrilli
Elenco: Jean-Louis Trintignant, Klaus Kinski, Luigi Pistilli, Frank Wolff, Mario Brega, Carlo D'Angelo

Sinopse:
Um atirador mudo defende uma jovem viúva e um grupo de moradores de uma gangue de assassinos de recompensas no inverno de 1898. Há diversos pistoleiros profissionais entre os bandoleiros, o que resulta numa luta tensa e sombria entre os inimigos.

Comentários:

Produção franco-italiana dirigida pelo "mestre do western spaghetti", o hoje cultuado Sergio Corbucci. Esse cineasta, ao lado de Sergio Leone, é considerado um dos mestres do cinema italiano de faroeste da década de 1960. O curioso é que durante anos seus filmes foram impiedosamente malhados pelos críticos, mas depois sua filmografia foi ganhando um status cult, principalmente nos cursos de cinema ao redor do mundo. A estética de Corbucci hoje em dia é estudada nos mais renomados centros universitários, seus filmes são exibidos em cineclubes e assim sua obra foi devidamente reconhecida, embora tardiamente. Infelizmente o diretor, falecido em 1990, não teve a oportunidade de ver suas filmes sendo resgatados pela academia. De qualquer maneira a sua obra está aí, para quem deseja conhecer. Esse "O Vingador Silencioso" é um desses filmes que na época de lançamento passou em brancas nuvens, mas que hoje em dia é extremamente elogiada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Companheiros

Título no Brasil: Companheiros
Título Original: Vamos a matar, compañeros
Ano de Produção: 1970
País: Itália, Espanha
Estúdio: Tritone Cinematografica, Atlántida Films
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Arduino Maiuri, Massimo De Rita
Elenco: Franco Nero, Tomas Milian, Fernando Rey, Iris Berben, Eduardo Fajardo, Karin Schubert

Sinopse:
Dois homens, de origens diferentes, de nacionalidades diversas, se unem para resgatar um revolucionário mexicano. Um intelectual que propõe uma mudança radical em sua sociedade.

Comentários:
Esse western italiano (mais conhecido como faroeste espaguetti) tem dois nomes de peso em sua ficha técnica. O primeiro é o astro Franco Nero, o ator que se eternizou como Django. Muito popular na Europa e no Brasil, qualquer filme que estampasse seu nome no cartaz era sinônimo de sucesso de bilheteria. O outro bom motivo é a direção do talentoso cineasta Sergio Corbucci, um dos grandes mestres, ao lado de Sergio Leone, nesse tipo de produção. O filme foi praticamente todo rodado no deserto de Andalucia, na Espanha. O lugar se parecia muito com o deserto californiano, por isso se tornou a região perfeita para essas produções que tinham seus roteiros supostamente passados no velho oeste americano. Enfim, um bom filme, valorizado por essa verdadeira dupla de craques do cinema italiano. Vale a pena conferir.

Pablo Aluísio.