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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Half Nelson

Professor do chamado High School (equivalente ao ensino médio no Brasil) dá aula numa escola pública de Nova Iorque cuja maioria dos alunos é negra. Além dos problemas com uma antiga namorada que está prestes a se casar ele tem que lidar com seu vício em drogas. Quando descobre o crack começa a ter problemas até para se concentrar nas aulas. A partir daí sua vida entra em parafuso. Assisti esse Half Nelson sem maiores expectativas, para falar a verdade pensei que fosse apenas mais um filme clichê do tipo "Ao Mestre com Carinho" mas estava completamente enganado. Half Nelson é um soco no estômago, um tapa na cara da sociedade que ainda não conseguiu entender o tamanho do problema das drogas em todos os setores sociais. O filme bem demonstra isso. Na sala de aula o problema já começa com o mestre, que adora cocaína e quase sempre chega em classe chapado. Os jovens alunos estão com a criminalidade em suas portas, muitos deles inclusive sendo aliciados de forma ostensiva por traficantes locais. Caberia a escola mostrar o caminho correto para essa juventude mas como fazer isso se até o professor usa crack no banheiro feminino do colégio?!

Ryan Gosling está se firmando rapidamente como um dos melhores talentos jovens do cinema americano. Seu papel aqui lhe cai como uma luva. Seu olhar perdido, meio abestalhado, noiado, é totalmente adequado ao personagem do professor chapadão. Além disso ele está perfeito nas cenas de abuso de drogas. A mais marcante acontece no final quando ele encontra sua aluna numa festa de junkies. Seu olhar de fracasso completo é um dos grandes momentos do filme. Enfim, "Half Nelson" é excelente, atual e lida de forma muito consciente com o avanço das drogas pesadas como o crack dentro da sociedade. Pelo andar da carruagem caminhamos rapidamente para isso - quebra total das regras sociais, dos valores morais e avanço indiscriminado da nova e poderosa droga! Será que um dia resolveremos esse problema?!

Half Nelson (Idem, Estados Unidos, 2006) / Direção: Ryan Fleck / Roteiro: Ryan Fleck, Anna Boden / Trilha Sonora: Broken Social Scene / Elenco: Ryan Gosling, Anthony Mackie, Karen Chilton, Nathan Corbett, Nicole Vicius, Tristan Wilds, Christopher Williamson / Sinopse: Professor do chamado High School (equivalente ao ensino médio no Brasil) dá aula numa escola pública de Nova Iorque cuja maioria dos alunos é negra. Além dos problemas com uma antiga namorada que está prestes a se casar ele tem que lidar com seu vício em drogas. Quando descobre o crack começa a ter problemas até para se concentrar nas aulas. A partir daí sua vida entra em parafuso

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Capitã Marvel

Eu ando muito por fora de histórias em quadrinhos... Confesso que conhecia o Capitão Marvel desde criança, mas a Capitã Marvel... olha, nunca tinha ouvido falar. Também isso é previsível pois não sou leitor de gibis. De qualquer forma... cinema sempre foi minha paixão e assim temos aqui essa nova aventura Marvel com essa personagem que, pelo que soube, sempre foi bem secundária nas revistas - isso apesar de ser uma heroína cheia de poderes! Pois bem,  aqui vão minhas impressões de leigo em comics, mas fã da sétima arte. O filme me agradou. É aquele tipo de produto que gosto de chamar de linha cósmica da Marvel, com muitos planetas e civilizações extraterrestres, seres de outras raças do universo, etc. Se você curte "Star Trek" muito provavelmente vai gostar desse filme (o roteiro até faz piadinhas sobre os trekkers, fãs de Jornada Nas Estrelas).

A atriz Brie Larson tem dois atributos que logo chamam a atenção: é muito bonita e bem carismática. Ela ganha o filme já nas primeiras cenas. Seu contraponto ao lado de Samuel L. Jackson funcionou perfeitamente bem. Sim, o elenco de um modo em geral segurou muito bem o roteiro, com destaque até para uma participação (importante dentro da trama) da veterana Annette Bening; Fazia muitos anos que a tinha visto no cinema. Então foi um reencontro agradável.  Jude Law também está adequado. Ele faz muito bem esse tipo de papel, a do sujeito que parece ser seu amigo, mas que pode estar escondendo um punhal para enfiar nas suas costas quando aparecer a oportunidade.

Em termos de produção temos efeitos especiais de luz e brilho à vontade. Só não gostei muito das cenas de lutas dentro da nave. Elas me pareceram escuras demais e em certos momentos também confusas, do tipo "quem está batendo em quem agora?". O uniforme da mocinha é nitidamente brega, mas isso faz parte do pacote e também rende algumas piadinhas ao longo do filme. Por fim é bom salientar que essa Capitã conseguiu superar a marca do 1 bilhão de dólares arrecadados ao redor do mundo! Incrível uma cifra dessas! Ela logo estará no novo filme dos Vingadores e ao que tudo indica será uma das salvadoras do universo Marvel no cinema. Isso tanto do ponto de vista das estorinhas, como também comercialmente falando. A Marvel já pode ir preparando os cofres para encher com essa fortuna nos próximos anos...

Capitã Marvel (Captain Marvel, Estados Unidos, 2019) Direção: Anna Boden, Ryan Fleck / Roteiro: Anna Boden, Ryan Fleck / Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Annette Bening, Jude Law, Ben Mendelsohn / Sinopse: Vers (Larson), de um planeta distante, vem parar na Terra em busca de uma arma secreta que colocará fim à guerra entre sua povo e uma raça selvagem e guerreira. Só que ela acaba descobrindo um passado que desconhecia nesse novo mundo.

Pablo Aluísio.