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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Maratona da Morte

Título no Brasil: Maratona da Morte
Título Original: Marathon Man
Ano de Lançamento: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: William Goldman
Elenco: Dustin Hoffman, Laurence Olivier, Roy Scheider, William Devane, Marthe Keller, Fritz Weaver

Sinopse:
Thomas 'Babe' Levy (Dustin Hoffman) é um jovem universitário comum do curso de história que adora esportes e se prepara para disputar uma maratona. Sua vida vira ao avesso depois que ele descobre que está envolvido, de forma completamente involuntária, em uma grande conspiração internacional de espionagem envolvendo inclusive nazistas, criminosos de guerra. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante (Laurence Olivier).

Comentários:
Quando fez esse filme o ator Dustin Hoffman estava no auge de sua carreira do cinema. Ao lado de Al Pacino e Robert De Niro ele era considerado um dos grandes nomes da nova geração de atores em Hollywood. O interessante é que todos eles pareciam homens comuns, nada semelhantes aos grandes galãs do passado. Um claro sinal do realismo que o cinema norte-americano abraçou na década de 1970. E isso definitivamente era muito bom. Esse filme assim tenta mostrar o lado da espionagem internacional que abalava a vida das pessoas normais, que não estavam envolvidas diretamente nesse meio de espiões, segredos de Estado, etc. E nesse aspecto o filme realmente funcionava muito bem. O tema iria seguir em frente, mas esse pode ser considerado um dos filmes pioneiros nessa temática. Tem bom ritmo e o roteiro lida muito bem com o suspense envolvido em toda a situação. Também vale destacar o trabalho do veterano Laurence Olivier, naquele que pode ser considerado o seu último grande papel no cinema. Enfim, está mais do que recomendada essa pequena obra-prima dos anos 70. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Esquadrão Implacável

Título no Brasil: Esquadrão Implacável
Título Original: The Seven-Ups
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Philip D'Antoni
Roteiro: Albert Ruben, Alexander Jacobs
Elenco: Roy Scheider, Tony Lo Bianco, Victor Arnold, Ken Kercheval, Richard Lynch

Sinopse:
O ator Roy Scheider interpreta um detetive durão que faz parte de uma unidade de elite policial da cidade de Nova York que está tentando descobrir quem matou seu parceiro, mas acaba descobrindo durante suas investigações uma conspiração para sequestrar mafiosos italianos em troca de dinheiro.

Comentários:
Esse filme foi fruto do esforço pessoal do ator Roy Scheider. Caiu em suas mãos um roteiro que ele achou muito bom. Era uma história policial envolvendo o submundo do crime em Nova Iorque. O estúdio não acreditou muito no projeto, mas ele foi em frente. Conseguiu o apoio de parte da equipe que havia feito "Operação França" e conseguiu transformar o projeto em realidade, conseguindo viabilizar a produção dessa fita policial. Podemos dizer que é um filme básico, sem firulas ou exageros. Poderia ser, por causa de seu realismo, quase confundido com um documentário sobre policiais de Nova Iorque dos anos 70. E como não poderia deixar de ser também tem uma boa cena de perseguição pelas ruas da cidade, da big apple. Assim deixo mais essa dica de bom filme policial dos anos da discoteca. 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de julho de 2023

Klute, O Passado Condena

Klute, O Passado Condena
Nesse filme uma bela e jovem Jane Fonda interpreta uma prostituta de Nova Iorque. Ela foi para a grande cidade em busca de trabalho como modelo ou atriz. Só que os testes nem sempre deram certo e o grande número de jovens mulheres como ela, com os mesmos sonhos, torna tudo muito mais complicado. A saída para sobreviver foi então se tornar uma garota de programa de luxo atendendo homens velhos, ricos e solitários. E tudo corria com uma certa normalidade até que um de seus clientes desaparece sem deixar vestígios. Um engenheiro da Pensilvânia que vai para Nova Iorque e desaparece do mapa. A polícia não tem respostas para o caso. Os familiares então contratam um detetive, John Klute (Donald Sutherland), para investigar. Descobre que o desaparecido gostava de contratar prostitutas. Mas as coisas se complicam ainda mais quando algumas delas são encontradas assassinadas. O que estaria por trás desses crimes e desses eventos trágicos?

Temos aqui um bom filme da década de 1970. A direção foi do ótimo cineasta Alan J. Pakula. O elenco está todo ótimo. Jane Fonda, jovem e linda, com um penteado moderno, se destaca. O papai Henry Fonda não gostou muito de ver sua filha nesse papel, mas para ela era antes de tudo um grande desafio interpretar uma profissional do sexo. Conhecida por ser uma ativista de direitos humanos e uma progressista em suas opiniões políticas, ela encontrou um belo desafio nesse papel. Não cai na vulgaridade, mesmo em certos diálogos mais fortes e tem boa atuação nas cenas mais ousadas. E ela levou o Oscar por esse trabalho! Uma premiação que surpreendeu muita gente na época. De qualquer forma merece todos os elogios. O mesmo vale para o eterno esquisitão Donald Sutherland no papel do detetive meio estranho. Por fim Roy Scheider surge como um cafetão violento e explorador da personagem de Jane. Um trio de talento que sustentaria qualquer filme, vamos ser sinceros. Enfim, tudo em seus devidos lugares. Um filme que sem dúvida merece recomendação. Bom momento da filmografia de suspense policial dos anos 70. 

Klute, O Passado Condena (Klute, Estados Unidos, 1971) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: Andy Lewis, David E. Lewis / Elenco: Jane Fonda, Donald Sutherland, Roy Scheider, Charles Cioffi / Sinopse: Uma jovem prostituta de Nova Iorque vira alvo de investigação de um detetive particular após o desaparecimento de um de seus clientes. E a morte de outras profissionais do sexo levam a crer que há uma rede de crimes por trás de tudo. Filme premiado com o Oscar de melhor atriz (Jane Fonda). 

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de abril de 2022

Nenhum Passo em Falso

Título no Brasil: Nenhum Passo em Falso
Título Original: 52 Pick-Up
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: John Steppling
Elenco: Roy Scheider, Ann-Margret, Kelly Preston, Vanity, John Glover, Alex Henteloff, Clarence Williams

Sinopse:
Um homem bem sucedido, bem casado, passa a ser chantageado por criminosos envolvidos com o submundo sórdido e cruel da pornografia clandestina e ilegal. Roteiro baseado em obra de Elmore Leonard.

Comentários:
Caso raro de filme produzido pela Cannon com ótimo diretor e elenco acima da média. Quem poderia prever que um cineasta como John Frankenheimer iria trabalhar nessa companhia? O mesmo vale para a dupla central de atores, Roy Scheider e Ann-Margret, dois veteranos consagrados por sua carreira no passado. A bela presença de Kelly Preston, bem jovem e cheia de charme também é um item positivo do filme. Apesar do talentoso trio o filme se revelou bem fraco, com enredo que muitas vezes não convence muito. Talvez o próprio roteiro não tenha ajudado muito, apesar de ser uma adaptação de um romance policial escrito por Elmore Leonard. De qualquer forma é um daqueles filmes dos anos 80 que até merece ser assistido. Não é um grande filme, mas pelos nomes envolvidos merece ao menos ser conhecido.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Mistérios e Paixões

Título no Brasil: Mistérios e Paixões
Título Original: Naked Lunch
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, Canadá
Estúdio:  Recorded Picture Company (RPC)
Direção: David Cronenberg
Roteiro: David Cronenberg
Elenco: Peter Weller, Judy Davis, Ian Holm, Julian Sands, Roy Scheider, Monique Mercure

Sinopse:
Depois de desenvolver um vício na substância tóxica que usa para matar insetos, um exterminador acidentalmente mata sua esposa e se envolve em um plano secreto do governo orquestrado por insetos gigantes em uma cidade portuária no Norte da África. Filme indicado no Berlin International Film Festival e Fangoria Chainsaw Awards na categoria de melhor direção (David Cronenberg).

Comentários:
Não procure por sentido e lógica. "Mistérios e Paixões" de David Cronenberg não faz muito sentido mesmo.  William S. Burroughs é obviamente uma referência cultural muito forte, ao ponto do diretor e roteirista ter creditado o roteiro como inspirado na sua conhecida novela. A questão é que literatura e cinema, apesar das semelhanças, não são artes completamente conexas. Nem sempre o que funciona na literatura dá muito certo no cinema. Porém não espere por fidelidade total do filme com o livro original. Esse aliás foi descrito por Orson Welles como uma dessas obras literárias que eram impossíveis de se adaptar para as telas de cinema. David Cronenberg sabia muito bem disso, mas tentou a sorte. Ao invés de buscar por uma narrativa linear ele priorizou as imagens estranhas, bizarras, de um ser humano literalmente virando um inseto gigante. Eu me recordo que quando assisti ao filme pela primeira vez não gostei do que vi. Hoje porém já tenho uma opinião melhor sobre essa película. Nem tudo que vira filme precisa fazer muito sentido. Isso é secundário. O que vale é a arte pela arte e mesmo que seja estranha, vale a pena. Aqui David Cronenberg voltou aos insetos asquerosos, mas ao contrário de "A Mosca" sua intenção não era fazer terror, mas sim literatura cinematográfica. Valeu pela coragem e boas intenções.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de julho de 2016

Tubarão

Título no Brasil: Tubarão
Título Original: Jaws
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb
Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss
  
Sinopse:
Baseado no livro de Peter Benchley, "Tubarão" conta as terríveis consequências que se abatam sobre uma região costeira quando vários banhistas passam a ser atacados por um enorme e feroz tubarão branco. Para caçar e destruir o monstro se unem um marinheiro experiente, um cientista marinho e um xerife linha dura. Os três tentarão destruir a ameaça em alto-mar. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora (John Williams). Também indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Comentários:
Hoje em dia filmes de terror com tubarões estão saturados e banalizados. Algo que não existia quando Spielberg lançou "Jaws" em 1975. Foi seu primeiro grande sucesso de bilheteria e de certo modo foi a produção que o transformou no verdadeiro Rei Midas do cinema americano. Depois de "Tubarão" Spielberg se tornou o cineasta mais bem sucedido da história de Hollywood, colecionando um sucesso atrás do outro. O curioso é que ninguém poderia prever algo assim durante as conturbadas e confusas filmagens. Para criar o Tubarão do título o estúdio providenciou uma geringonça mecânica que vivia quebrando. Sem contar com o ferro velho Spielberg precisou inovar e isso contribuiu ainda mais para o suspense do filme. No final a fita caiu nas graças do público e virou, para muitos, o primeiro blockbuster (filmes denominados de arrasa-quarteirão por causa das grandes filas formadas nas portas dos cinemas). Claro que o tempo cobra o seu preço e revisto hoje em dia "Jaws" já não assusta mais como antes. A única coisa que se manteve firme foi a trilha sonora, com ótimo tema musical composto pela mestre John Williams. Todo o resto está realmente e inegavelmente muito datado.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de junho de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. 

O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio

terça-feira, 3 de maio de 2016

Operação França

"Operação França" é um caso raro dentro do cinema americano. Foi um dos poucos filmes do gênero policial que foi premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Filme! Mais surpreendente do que isso é constatar que se formos bem sinceros numa avaliação isenta perceberemos que não há nada de excepcional nessa produção. Claro que o diretor William Friedkin (que também dirigiu outra obra prima, "O Exorcista") era um cineasta realmente excepcional, mas devo dizer que aqui temos apenas um filme de policiais e bandidos bem realizado, porém nada muito além disso. O cenário é um Nova Iorque saturada, em plenos anos 70. Uma cidade mal cuidada, suja e cheia de criminosos pelas ruas. Em um fervor quase messiânico o tira da narcóticos Jimmy "Popeye" Doyle (Gene Hackman) faz da caça de traficantes de drogas o seu objetivo na vida. Durante um happy hour em um bar local com outro policial, Buddy Russo (Roy Scheider), ele implica com um bandido italiano pé de chinelo chamado Sal Boca (Tony Lo Bianco).

Acontece que Boca está muito bem vestido, em ternos impecáveis, usufruindo da presença de pessoas bem acima do que ele na hierarquia do crime. Para Popeye só há uma explicação para o que ele está vendo: Boca deve estar envolvido em algo grande. Dito e feito. O policial e seu parceiro começam a seguir os passos do italiano e em pouco tempo descobrem uma conexão internacional de tráfico de drogas para Nova Iorque. A partir daí o tempo fecha. Popeye não é conhecido por sua delicadeza, muito pelo contrário, ele geralmente chega nos lugares tocando o terror na bandidagem, com métodos violentos e fora das regras. A melhor cena do filme, que inclusive foi imitada por anos e anos, acontece quando Popeye sai em disparada na perseguição de um atirador de elite sob comando da máfia francesa. O sujeito segue no metrô, enquanto Popeye o persegue em um velho carro todo estropiado. Na década de 70 havia uma preocupação maior com realismo e por essa razão não espere por cenas muito espetaculares como o público se acostumaria nos anos 80, com seus filmes ultra violentos. Para Friedkin o importante era contar de forma eficiente sua estória e nesse ponto ele novamente se saiu muito bem.

Operação França (The French Connection, EUA, 1971) Direção: William Friedkin / Roteiro: Ernest Tidyman, baseado no livro escrito por Robin Moore / Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey, Tony Lo Bianco / Sinopse: Dois tiras do departamento de narcóticos da cidade de Nova Iorque investigam um criminoso italiano de baixo nível que muito provavelmente está envolvido num grande esquema de tráfico de drogas internacional, com carregamentos de cocaína vindos diretamente da França. Filme premiado pelo Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Gene Hackman), Melhor Direção (William Friedkin), Melhor Roteiro Adaptado (Ernest Tidyman) e  Melhor Edição (Gerald B. Greenberg). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Roy Scheider).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

2010 - O Ano Em Que Faremos Contato

Título no Brasil: 2010 - O Ano Em Que Faremos Contato
Título Original: 2010
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Peter Hyams
Roteiro: Peter Hyams
Elenco: Roy Scheider, John Lithgow, Helen Mirren
  
Sinopse:
Baseado no livro de ficção escrito por Arthur C. Clarke, o filme "2010 - O Ano Em Que Faremos Contato" dá sequência aos acontecimentos vistos no clássico de Stanley Kubrick "2001 - Uma Odisséia no Espaço". Uma nova expedição, dessa vez soviética, é enviada até os confins do sistema solar. O objetivo é chegar o mais rapidamente possível em Júpiter para descobrir o que teria acontecido com a tripulação da expedição anterior que desapareceu misteriosamente, sem deixar vestígios. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Especiais, Som, Figurino, Maquiagem e Direção de Arte.

Comentários:
Acredito que seja um dos filmes mais subestimados da história. Há muitos pontos positivos, mas primeiro vamos comentar alguns probleminhas que a história apresenta nos dias de hoje. Em termos de futurologia o roteiro apresenta vários erros de previsão sobre o futuro. Acontece que no enredo do filme temos uma nave espacial soviética indo até Júpiter no ano de 2010. Tudo bem, na época em que o livro foi escrito era de se esperar que os russos tivessem mesmo capacidade no futuro para uma viagem espacial desse nível. Arthur C. Clarke só não contava que o muro de Berlim seria derrubado em 1989, colocando por terra todo o império socialista soviético naquele mesmo ano. Ele foi atropelado por um evento histórico que ninguém conseguiria prever na época. Outro fato que não se cumpriu, fruto de um otimismo típico dos anos 1960, vem da própria expedição humana rumo ao planeta Júpiter. No filme isso acontece em 2010 de uma forma quase rotineira. Pois bem, estamos em 2015 e até hoje a humanidade não conseguiu pisar em nenhum outro astro cósmico além da Lua. Nem o mais pessimista amante de astronomia dos anos 60 poderia antecipar um futuro tão decepcionante como esse! 

Quem diria... Também não há nenhum sinal de contato com seres extraterrestres. A não ser que você considere as aparições de OVNIs como algo válido nesse sentido. Para a ciência séria porém nada aconteceu. Estamos na mesma. Enfim, esses são equívocos de previsão, afinal de contas ninguém pode antecipar com segurança o que aconteceria no futuro próximo. De qualquer maneira considero um filme muito bem realizado, com um enredo muito bom, que embora muitos não digam, seria fartamente copiado nos anos que viriam por outras produções de Hollywood. Uma maneira de balancear o lado mais intelectual do filme original com uma história mais acessível ao fã de ficção mais comum. Também não podemos negar que o elenco é excelente. Além de Roy Scheider e John Lithgow, dois atores que gosto bastante, ainda temos a presença da dama da atuação Helen Mirren. Elegância e sofisticação que salvam o filme no quesito atuação. Só ela já justificaria o interesse em todo o filme. Em suma, vale a pena rever o filme para uma boa revisão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tubarão 2

Título no Brasil: Tubarão 2
Título Original: Jaws 2
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb,
Elenco: Roy Scheider, Lorraine Gary, Murray Hamilton

Sinopse:
A pequena cidade turística da ilha de Amity está tentando se recuperar dos problemas financeiros que sofreu depois de se tornar conhecida como o local de ataques de um sanguinário tubarão, quatro anos antes. Há inclusive a inauguração de um luxuoso resort nas belas praias da região. O que todos temiam porém acontece. Um novo tubarão surge nas águas das praias do local. O chefe de polícia Martin Brody (Roy Scheider) tenta alertar sobre o perigo mas é pressionado para não o fazer, mesmo após a morte de dois mergulhadores.

Comentários:
Depois do enorme sucesso de "Tubarão", dirigido por Steven Spielberg, era previsível que a Universal procurasse lançar uma continuação. O próprio Spielberg não aceitou o convite de dirigir o segundo filme e assim o estúdio acabou escalando o francês Jeannot Szwarc que tinha se destacado na TV dirigindo episódios das populares séries "Columbo", "O Homem de Seis Milhões de Dólares" e "Kojak". O resultado porém se mostrou muito morno e saturado (e olha que estamos falando apenas do segundo filme da franquia, já que outros viriam em seu rastro). Spielberg foi inteligente ao declinar dessa direção pois o primeiro filme já era perfeito e se fechava de maneira completa. Apenas a ganância de faturar mais alguns trocados é que justificava essa sequência. De bom apenas a volta do ator Roy Scheider. De resto nada de muito marcante nesse verdadeiro caça-níqueis da Universal.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Trovão Azul

Título no Brasil: Trovão Azul
Título Original: Blue Thunder
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Dan O'Bannon, Don Jakoby
Elenco: Roy Scheider, Warren Oates, Candy Clark

Sinopse:
As ruas de Los Angeles estão dominados pela violência e caos. Para combater a falta de segurança para seus cidadãos o departamento de polícia coloca em ação um helicóptero especialmente modificado de codinome "Trovão Azul". Fortemente armado e projetado especialmente para controlar insurgências de rua ele é comandado pelo experiente piloto Frank Murphy (Roy Scheider), um veterano da Guerra do Vietnã. O que o oficial não desconfia é que na verdade o helicóptero é muito mais do que apenas uma aeronave da polícia de Los Angeles, sendo na realidade um projeto secreto de inteligência artificial colocado em teste pelas forças armadas americanas.

Comentários:
A imensa maioria do público brasileiro lembra de "Trovão Azul" não por causa desse excelente filme de ação dirigido pelo mestre John Badham, mas sim pela popular série de TV que fez grande sucesso por aqui, inclusive sendo exibido nas noites de terça pela Rede Globo em meados dos anos 1980. O filme em si infelizmente já não é muito lembrado hoje em dia, talvez apenas pelos que foram garotos naqueles anos - até porque o Helicóptero de combate acabou virando um dos brinquedos mais populares daquela década. Revisto hoje em dia "Blue Thunder" continua sendo no mínimo um eficiente filme de ação e aventura, que apostava bastante nas inovações tecnológicas do mercado de armas para cair nas graças do público em geral. Interessante é que a maioria das novidades daquela máquina de guerra que eram vistas como mera ficção já viraram realidade nos dias atuais. Isso não é novidade pois geralmente a vida de fato imita a arte. Outro atrativo para os cinéfilos é a presença do veterano Roy Scheider, que demonstra muito bem ainda ter fôlego para encarar uma fita tão movimentada como essa. Some-se a isso a ótima direção de John Badham e você terá uma divertida fita de ação com todas as características que fizeram dos anos 80 o tempo de ouro para esse estilo cinematográfico.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

All That Jazz

Esse musical que já virou ícone cultural é considerado hoje a obra prima definitiva do grande cineasta Bob Fosse. Como explicaria anos depois o roteiro era baseado em suas próprias experiências pessoais e biográficas. Era uma alegoria de seus muitos anos de experiência como dançarino, coreógrafo e diretor de musicais na Broadway. Assim que chegou aos cinemas "All That Jazz" ganhou o respeito do público e crítica. Os números musicais apresentados, as coreografias e a excelência técnica conquistaram realmente os especialistas, a ponto do filme ser aclamado alguns meses depois conquistando um prêmio praticamente inédito para o gênero musical ao vencer a Palma de Ouro em Cannes. Era o reconhecimento de uma carreira que até hoje é louvada nos Estados Unidos como uma das mais importantes da história dos números musicais da Broadway. Fosse é certamente um dos autores mais reverenciados no meio teatral americano.

O filme narra a vida caótica e ocupada de Joe Gideon (Roy Scheider), um grande diretor da Broadway. Muito requisitado ele tenta contrabalancear sua vida profissional entre a Broadway, onde pretende criar o musical definitivo da história e os bastidores do cinema, onde também trabalha em vários projetos, tudo de forma paralela e um pouco atribulada. Ao seu redor, na vida pessoal, circulam sua ex-esposa, sua namorada atual e sua filha, todas com problemas pessoais que direta ou indiretamente afetam a sua vida. Para piorar ainda mais Gideon tem sérios problemas com drogas, o que torna sua existência ainda mais alucinada! Mas não se preocupe muito com isso, afinal "All That Jazz" não é propriamente um drama mas sim um musical ao velho estilo, com muitas danças, números musicais e coreografias mais do que inspiradas. Um filme obrigatória para quem admira o gênero.

All That Jazz - O Show Deve Continuar (All That Jazz, Estados Unidos,1979) Direção: Bob Fosse / Roteiro: Robert Alan Aurthur, Bob Fosse / Elenco: Roy Scheider, Jessica Lange, Leland Palmer / Sinopse: No meio de vários números musicais o filme narra a vida estressada e caótica de um grande diretor da Broadway. Vencedor dos Oscars de Melhor Trilha Musical, Montagem, Figurino e Direção de Arte.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Casa da Rússia

Alguns filmes são literalmente atropelados pela história. Um exemplo claro disso aconteceu com esse “A Casa da Rússia” que foi lançado no mesmo ano em que o Muro de Berlim caiu! Como adaptação de uma típica novela da Guerra Fria, com todos aqueles espiões russos retratados como vilões e malvados, o filme entrou em cartaz justamente no momento histórico em que tudo isso estava mudando de forma radical. A Perestroika e a Glasnost sob o comando do premier Mikhail Gorbachev simplesmente colocaram abaixo o antigo regime que era a essência do bloco soviético e do Pacto de Varsóvia. Assim a Rússia sempre vista como o “Império do Mal” deixou de ter essa conotação tão maniqueísta. Como conseqüência o filme também perdeu sua razão de existência, se tornando ultrapassado, anacrônico, fora de moda. E isso tudo aconteceu em questão de semanas. John Le Carré, o autor do livro no qual o filme foi baseado, que praticamente só escrevia sobre espiões da Guerra Fria, de repente se tornou um dinossauro ideológico. “A Casa da Rússia” hoje soa muito curioso pois capta todos aqueles valores que estavam na ordem do dia na época em que o mundo era basicamente dividido em dois grandes blocos, o dos países ocidentais capitalistas e o dos países comunistas orientais liderados pela temida União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Claro que hoje em dia isso tudo ficou para trás e só existe nos livros de história, mas mesmo assim é muito interessante acompanhar a mentalidade que predominava naqueles anos de grande tensão entre as potências mundiais.

A trama gira em torno de uma série de dossiês cujos conteúdos revelam terríveis planos do governo comunista de Moscou em relação aos Estados Unidos. Os textos foram escritos por um renomado cientista soviético de codinome Dante (Klaus Maria Brandauer, amigo pessoal de Sean Connery e incluído no elenco atendendo a seu pedido pessoal). Katya (Michelle Pfeiffer) é uma amiga de Dante que é designado por esse para levar os dossiês até o Ocidente. Sua intenção é revelar os planos do governo russo para assim impedir que uma catástrofe mundial ocorra entre as nações. Katya assim tenta passar os documentos para um famoso editor britânico chamado Barley (Sean Connery). Convencido pelo serviço secreto inglês, Barley então é enviado até Moscou para colocar as mãos nos dossiês ao mesmo tempo em tentará descobrir quem realmente é Dante. De quebra deverá se certificar se os documentos são verdadeiros ou não, uma vez que táticas de contra espionagem eram muito comuns na época. Como se pode perceber “A Casa da Rússia” é um típico filme de espionagem da Guerra Fria. É muito curioso ver Sean Connery nesse tipo de filme, uma vez que ele tentava se afastar de seu personagem mais famoso, justamente o espião 007.  Apesar de seu personagem não ser um espião aos moldes do anterior a trama cheia de reviravoltas, planos e espionagem lembrava bastante os livros de Ian Fleming. Mais interessante ainda é saber que ele fez o filme logo após sua premiação de Melhor Ator por “Os Intocáveis” que de certa forma coroavam esses novos rumos trilhados em sua carreira, ao se distanciar da franquia que o tornou famoso. O filme acabou não dando certo nas bilheterias pelas razões já expostas. Um famoso crítico americano inclusive denominou a produção de “um fantasma da guerra fria”. Assim foi um dos últimos de uma grande série de películas que mostravam o eterno conflito entre União Soviética e Estados Unidos. O mundo definitivamente havia mudado e para melhor e não havia mais espaço para esse tipo de roteiro. Não havia outra conclusão, o filme “A Casa da Rússia” havia sido literalmente atropelado pela história.  

A Casa da Rússia (The Russia House, Estados Unidos, 1989) Direção: Fred Schepisi / Roteiro: Tom Stoppard baseado na obra de John Le Carré /  Elenco: Sean Connery, Michelle Pfeiffer, Roy Scheider, Klus Maria Brandauer, James Fox, John Mahoney, Michael Kitchen, J.T. Walsh, Ken Russell. / Sinopse: Uma série de arquivos contendo um complexo dossiê revela segredos do governo russo durante a Guerra Fria. Para tentar colocar as mãos neles o serviço secreto britânico envia um editor até Moscou onde ele acaba se vendo envolvido numa grande conspiração de espionagem.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tubarão

Quando Steven Spielberg dirigiu Tubarão em 1975 ele era apenas um jovem diretor com muitas idéias na cabeça e pouca confiança do estúdio em lhe dar um orçamento generoso. Para falar a verdade os executivos da Universal não levavam muita fé na produção. Seu roteiro lembrava em muito as produções de monstros da década de 50 e ninguém poderia realmente prever o sucesso que o filme alcançaria. O interessante é que o Tubarão era uma engenhoca grande e sem jeito que sempre pifava nas filmagens. Sem poder contar com aquele ferro velho Spielberg resolveu ser criativo e usou e abusou da chamada câmara subjetiva. Já que o público não veria o monstro então que tivessem a sensação de estar vendo o que a criatura via. Com isso o filme ganhou muito em suspense e tensão. Além disso a música tema escrita pelo sempre talentoso John Williams virou ícone, sendo sempre muito lembrada até nos dias de hoje. O elenco era liderado por dois atores considerados de segundo escalão, Roy Scheider e Richard Dreyfuss. Houve uma certa tensão entre elenco e diretor por causa das péssimas condições de trabalho durante as filmagens. Um dos barcos em que estavam afundou e vários membros correram risco.

Além disso a idéia de filmar em alto mar se revelou péssima pois a tonalidade do mar sempre mudava comprometendo a continuidade do filme, além de expor tudo aos humores do clima, ora chovendo, ora fazendo sol forte. Apenas a diplomacia e a camaradagem de Spielberg conseguiram evitar uma rebelião entre os envolvidos. Mesmo sendo caótica a produção do filme, o longa "Tubarão" logo caiu nas graças do público, virando rapidamente um fenômeno de bilheteria. A empolgação levou a crítica junto e "Jaws" conseguiu um feito e tanto conquistado três prêmios Oscar nas categorias Edição, Trilha Sonora e Som (todos merecidos). E por uma surpresa geral também foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito raro para um filme com essa temática. Visto hoje em dia "Tubarão" se revela bem datado. A consciência ecológica desmontou seu argumento pois todos sabem atualmente que as verdadeiras vítimas são os tubarões e não os seres humanos, esses os verdadeiros predadores. O filme de Spielberg também ostenta uma curiosidade interessante pois foi o primeiro filme a ganhar o título de Blockbuster dado pela imprensa americana. No final das contas vale pelo menos uma revisão. E por favor esqueça suas continuações, todas ruins e mercenárias. O original é o único que merece ainda ser redescoberto.

Tubarão (Jaws, Estados Unidos, 1975) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb baseados na novela de Peter Benchley / Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton. / Sinopse: Tubarão assassino faz várias vítimas em uma pequena cidade litorânea da costa dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.