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sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A Profecia

Fui assistir, na época de seu lançamento original, a esse remake do clássico de terror no cinema. Não achei tão ruim como a crítica afirmava na época. Pelo contrário, achei um filme muito bem organizado em termos de roteiro, coeso mesmo. Como se sabe o filme original (que repito, é um clássico) acabou dando origem a uma série de sequências e continuações, cada vez mais fracas, algumas bem ruins. Velho problema que acontece com filmes de terror que fazem sucesso comercial. Então os executivos decidiram que não havia mais como levar essa franquia capenga em frente. O melhor caminho era mesmo produzir um novo filme, um novo recomeço. Nesse aspecto posso dizer que acertaram em cheio.

Não mudaram a premissa básica da história. Segue sendo a história de um garoto que desde o seu nascimento chama a atenção pelo estranho comportamento. Filho de um homem respeitável, um funcionário público (uma clara referência com a história de Hitler), esse menino chamado Damien se mostra fora do convencional. O diretor John Moore, que já havia dirigido bons filmes como "Atrás das Linhas Inimigas" e "O Voo da Fênix" entregou um produto que pode ser considerado no mínimo eficiente. O destaque vai para o suspense, sempre valorizado. Não se rendeu ao fácil, aos efeitos digitais em série. Talvez esse seja mesmo o grande mérito dessa nova "A Profecia".

A Profecia (The Omen, Estados Unidos, 2006) Direção: John Moore / Roteiro: David Seltzer / Elenco: Liev Schreiber, Julia Stiles, Seamus Davey-Fitzpatrick / Sinopse: A história de um garoto, que ao que tudo indica poderá se tornar o Anticristo no futuro, a Besta do apocalipse. Filme remake do clássico filme de terror "A Profecia".

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Um Dia de Chuva em Nova York

Título no Brasil: Um Dia de Chuva em Nova York
Título Original: A Rainy Day in New York
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Gravier Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Timothée Chalamet, Elle Fanning, Liev Schreiber, Jude Law, Diego Luna, Selena Gomez

Sinopse:
Um casal de jovens universitários do curso de arte decide passar um dia em Nova Iorque. Ele, Gatsby Welles (Timothée Chalamet), vai ter que reencontrar a mãe possessiva. Ela, Ashleigh Enright (Elle Fanning), vai conhecer um importante e famoso diretor de cinema que poderá abrir as portas para sua carreira. Só que obviamente as coisas não saem exatamente como era esperado.

Comentários:
Woody Allen está com 84 anos de idade. Será que alguém ainda pode julgar seus filmes como antigamente? Penso que não. O que ele tinha que fazer no cinema, já o fez. Não precisava realizar mais nada. Tudo o que deveria ter feito, já foi feito. Mesmo assim ele parece não desistir nunca. Tal como Clint Eastwood penso que ele provavelmente vai romper a barreira dos 90 anos ainda dirigindo filmes. Esse aqui é um de seus filmes menos pretensiosos. Com roteiro do próprio diretor, ele coloca na boca de seus personagens simples devaneios de sua própria mente. Por isso surgem coisas esquisitas na tela. Por exemplo, a atriz Elle Fanning interpreta uma loirinha tola, infantil e não muito inteligente. Na maioria das cenas ela se mostra assim. Porém quando Allen resolve soltar um grande pensamento usando justamente ela, nem pensa duas vezes. Juro que senti que a menina estava "possuída" pela mente irônica e muito inteligente de Allen. E ver esse senhor octogenário soltando seus pensamentos mais sutis através da boca da bobinha e sorridente personagem de Fanning é pra lá de esquisito! No fundo praticamente todos os personagens em cena funcionam como espécies de espelhos, de alter ego coletivo do diretor, em maior ou menos grau. Allen usa todos apenas como peças decorativas de seu tabuleiro de pensamentos, com ele soltando suas divagações aqui e acolá. Algumas pessoas vão ao psicanalista. Woody Allen faz filmes como esse para desabafar o que pensa. No geral é um filme bem bonitinho, uma graça. Parece uma caixa de bombons. Claro, comparado com seu passado, tudo soará muito inocente e sem grande importância. Porém para quem já tem uma filmografia maravilhosa como Woody Allen, tudo é plenamente perdoado. Absolutamente tudo. Até ser meio bobinho agora com esse seu novo filme.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de março de 2016

Spotlight: Segredos Revelados

Quando foi anunciado o Oscar de Melhor Filme para Spotlight muita gente ficou surpresa. O filme não era o favorito e não havia vencido em categorias fundamentais como Melhor Direção, Ator ou Fotografia - prêmios esses que tradicionalmente são dados para o vencedor do grande prêmio da noite. Assim foi quebrada uma tradição de longa data pela Academia. O roteiro (que inclusive venceu o Oscar de Melhor roteiro original) explora uma história baseada em fatos reais. Um pequeno grupo de jornalistas de um jornal de Boston começa a investigar diversos casos (que inicialmente pareciam isolados) de abusos sexuais de padres em relação a crianças da região. Depois que as investigações avançam eles descobrem que se trata de algo maior e mais complexo, que pode inclusive ter sido acobertado por altas autoridades da igreja, envolvendo até mesmo o cardeal da cidade. Nesse aspecto a estrutura da narrativa me lembrou bastante de "Todos os Homens do Presidente" - apenas saiu de cena um escândalo envolvendo a Casa Branca para dar lugar ao furacão de casos envolvendo pedofilia dentro da Igreja Católica, tudo descoberto por esses jornalistas investigativos. Cinematograficamente falando porém não há como comparar os dois filmes. O agora clássico filme da década de 70 é infinitamente superior e mais bem realizado. Esse aqui é, sendo bem sincero, apenas mediano.

Talvez o problema central de "Spotlight" seja justamente esse. Sem dúvida se trata de um bom filme, bem escrito e tudo mais, porém afirmar que esse é o melhor filme do ano já é um exagero absurdo! Se formos pensar nos últimos vinte anos do Oscar, acredito que esse seja um dos mais fracos vencedores da categoria de melhor filme. Não vai levantar ninguém da cadeira do cinema e nem tampouco se tornará marcante com o passar dos anos. Certamente a força da história é o seu grande trunfo, mas tirando isso de lado sobra pouca coisa. De certa maneira é um filme burocrático demais para ser tão premiado. O diretor Tom McCarthy não mostra a que veio. Não há inovações em termos de narrativa e nada de muito especial em relação ao seu elenco. Liev Schreiber está esquisito, pouco natural. Ele interpreta um editor judeu que não quer apenas denunciar os casos de abusos, mas sim destruir o próprio sistema religioso da Igreja. Com voz forçada e falta de expressões faciais, sua atuação é quase caricatural. Outro que está muito esquisito é Mark Ruffalo. Ele conseguiu arrancar uma indicação de melhor ator coadjuvante (não sei como!), mas é outro que foi superestimado. Cheio de maneirismos, caretas e um estranho comportamento corporal, acaba chamando a atenção pelos motivos errados. No fim das contas quem se sai bem mesmo é Michael Keaton, mostrando mais uma vez que nem sempre o exagero é um bom caminho a se seguir. Ele está contido e acaba ofuscando todos os demais. Econômico e eficiente em sua atuação. O roteiro captura um momento em que a imprensa de papel (os chamados jornais impressos) começavam a entrar na grave crise que até hoje se encontram, levando vários desses jornais tradicionais à beira da falência. Isso porém é também pouco explorado. Assim "Spotlight" definitivamente não deveria ter levado o Oscar de Melhor Filme. Foi um exagero por parte da Academia. Penso que em pouco tempo ele será esquecido. É muito mediano para se destacar mais do que já conseguiu. Não terá posteridade histórica em termos cinematográficos.

Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight, Estados Unidos, 2015) Direção: Tom McCarthy / Roteiro: Josh Singer, Tom McCarthy / Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Stanley Tucci, Liev Schreiber / Sinopse: Um novo editor judeu de um tradicional jornal de Boston resolve colocar um grupo de jornalistas investigativos em cima de suspeitas de casos de pedofilia envolvendo padres da cidade. Roteiro baseado em fatos reais. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Também indicado nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Mark Ruffalo), Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel McAdams), Melhor Edição e Direção (Tom McCarthy).

Pablo Aluísio. 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Um Ato de Liberdade

Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
  
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Despertar de uma Paixão

Título no Brasil: O Despertar de uma Paixão
Título Original: The Painted Veil
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, China, Canadá
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Curran 
Roteiro: Ron Nyswaner
Elenco: Edward Norton, Naomi Watts, Liev Schreiber e Toby Jones

Sinopse:
Walter Fane (Edward Norton) é um jovem médico que decide ir junto com a esposa para a distante, isolada e bastante atrasada China. Uma vez no novo país ele começa seus esforços para combater uma epidemia de cólera na região, tentando curar as pessoas enfermas, enquanto explica para aos chineses as melhores formas de prevenir a terrível doença. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Trilha Original (Alexandre Desplat). 

Comentários:
Filme romântico ao velho estilo, baseado na novela de W. Somerset Maugham. Entre os destaques que podemos chamar a atenção estão a ótima fotografia, capturando belas paisagens da China, que em certos aspectos ainda continua tão selvagem e intocada como nos tempos remotos em que a história se passa, o bom enredo e a excelente atuação dos atores principais. Grande parte do filme foi rodado na província de Guangxi, uma região bem conhecida por causa das belezas naturais. Essa simbiose entre montanhas e rios tranquilos trouxe muita beleza ao filme. O romance também chama a atenção por causa da complexidade de todos os personagens. O médico interpretado por Edward Norton prefere se refugiar na ciência do que ter que encarar os problemas de um relacionamento conturbado com sua mulher. Essa também é outra surpresa, interpretada com convicção pela bela e talentosa Naomi Watts, ela vive um casamento infeliz e sem amor, pois foi pressionada pelos pais para se casar com o médico - afinal que família não gostaria de ver sua filha casada com alguém com esse status? Com o tempo porém a frustração aumenta, levando-a até mesmo a procurar por casos fora do casamento. Enfim, belo filme com sabor à moda antiga. Agradará quem estiver em busca de um bom romance com teor mais complexo e personagens mais bem desenvolvidos do ponto de vista psicológico.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Os Últimos Dias em Marte

Título no Brasil: Os Últimos Dias em Marte
Título Original: The Last Days on Mars
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Irlanda
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ruairi Robinson
Roteiro: Sydney J. Bounds, Clive Dawson
Elenco:  Liev Schreiber, Romola Garai, Elias Koteas

Sinopse:
Um grupo de pesquisadores em Marte está em seu último dia de expedição no planeta vermelho. Durante um procedimento padrão de rotina um dos membros da equipe acaba sendo engolido por uma fenda. Enquanto os demais tentam lhe socorrer algo inesperado acontece. Uma bactéria desconhecida começa a infectar a todos, transformando a missão em uma terrível luta pela sobrevivência.

Comentários:
"The Last Days on Mars" até que começa muito bem. Em seus trinta primeiros minutos a tônica do roteiro é de seriedade, com muitas informações cientificas e bons efeitos digitais. A direção de arte, figurino e designs dos rovers espaciais são bem realizados. Eles se parecem até com antigas diligências do velho oeste, numa óbvia referência usada pelo diretor para criar um vínculo entre os pioneiros da colonização americana e aquelas astronautas em Marte, que afinal de contas também são pioneiros do espaço. Em determinado ponto chegamos mesmo a pensar que estamos vendo um filme realmente sério sobre o assunto. O problema é que como consta na sinopse logo uma bactéria começa a se alastrar entre os pesquisadores, transformando os infectados em verdadeiros zumbis espaciais. Pois bem, a partir do momento em que isso acontece a coisa toda desanda. O roteiro se torna extremamente derivativo a ponto de ser impossível não encontrar paralelos com a conhecida franquia "Aliens". Há uma tentativa de resgate desesperado dos sobreviventes mas isso também se torna caótico. No final das contas não chega a ser um filme ruim mas que deixa muito a desejar, principalmente para quem esperava encontrar por algo diferente. O clímax deixa a porta aberta para futuras continuações. Será que alguém vai se interessar?

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de agosto de 2014

Ray Donovan

Título no Brasil: Ray Donovan
Título Original: Ray Donovan
Ano de Produção: 2013 - 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Tucker Gates, Michael Uppendahl   
Roteiro: Ann Biderman, David Hollander
Elenco: Liev Schreiber, Jon Voight

Sinopse:
Ray Donovan (Liev Schreiber) é um profissional especializado em encobrir e esconder o lado mais podre das celebridades de Hollywood. Usando de métodos pouco convencionais (e até ilegais) ele vai administrando crises causadas por artistas e atletas milionários que não querem ver seus nomes manchados nas páginas de tablóides sensacionalistas. Série premiada com o Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante - Série Drama (Jon Voight). Também indicado ao mesmo prêmio na categoria Melhor Ator - Série Drama (Liev Schreiber).

Comentários:
Com um certo atraso comecei a acompanhar essa nova série dramática do canal Showtime (o mesmo de "Dexter" entre outros grandes sucessos da TV americana). O personagem principal é um sujeito que ganha a vida limpando a barra de atores e pessoas poderosas do show business. A série se passa em Los Angeles - Meca da indústria do entretenimento americano - e mostra a vida conturbada dos ricos e famosos. Assim Ray é o homem a se chamar quando se acorda ao lado de uma prostituta morta por overdose ou quando se é um ator popular de filmes de ação que se esconde no armário, pois é gay, adora sair com travestis e não pode ter sua imagem de "machão" arranhada. O episódio piloto me pareceu bastante seco e cru, o personagem Ray Donovan tem pouco carisma e parece sempre estar muito tenso e sério. O ator Liev Schreiber parece estressado o tempo todo. O destaque em termos de elenco vai para o veterano Jon Voight (que inclusive foi premiado com o Globo de Ouro por esse papel). Ele interpreta o pai do protagonista, um velho que sai da prisão após longos anos e que mais se parece com uma víbora pronta a atacar. No quadro geral, apesar da tensão reinante, vou continuar a acompanhar pois em se tratando de uma série dramática do canal Showtime não há como simplesmente ignorar.

Pablo Aluísio. 

Episódio Comentado:

Ray Donovan 1.02 - A Mouth Is a Mouth
Como se sabe Ray Donovan ganha a vida de uma forma diferente. Ele é pago para limpar a barra de astros de Hollywood que se envolvem em escândalos. Aqui nesse episódio ele tem que lidar com a chantagem de um travesti que filmou o grande astro do momento fazendo sexo oral com ele. Nos filmes o ator encarna heróis de ação enquanto que na sua vida privada se mostrou um apaixonado por travestis e homossexuais. Para não divulgar o vídeo comprometedor o sujeito exige um milhão de dólares. Donovan arma então uma cilada para virar o jogo, colocando o chantageador como chantageado. Na outra linha narrativa seu pai, Mickey (Jon Voight), decide ir conhecer seus netos e sua nora. Desde que saíra da prisão Donovan deixou claro que o queria longe de sua família, até porque o velho é envolvido em vários problemas com a lei. Após ficar cumprindo uma pena de 20 anos de cadeia ele quer conhecer a vida familiar de seu filho, obviamente tentando tirar algum proveito disso tudo. Segundo episódio dessa primeira temporada, onde o roteiro já desenvolve melhor todos os personagens, até porque não há mais a necessidade de apresentar um a um como no piloto. Ray, que nunca dá um sorriso, continua tenso e seu relacionamento com o pai se torna ainda mais explosivo, à beira do colapso. Destaque para a excelente presença do veterano Voight, sempre um ponto mais do que positivo em cada cena que surge. / Ray Donovan - A Mouth Is a Mouth (EUA, 2013) Direção: Allen Coulter / Roteiro: Ann Biderman / Elenco: Liev Schreiber, Paula Malcomson, Eddie Marsan, Jon Voight.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Fundamentalista Relutante

Título no Brasil: O Fundamentalista Relutante
Título Original: The Reluctant Fundamentalist
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Inglaterra, Catar
Estúdio: IFC Films
Direção: Mira Nair
Roteiro: Javed Akhtar, Ami Boghani
Elenco: Riz Ahmed, Liev Schreiber, Kate Hudson, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Changez (Riz Ahmed) é um jovem natural do Paquistão que ganha uma bolsa de estudos numa conceituada universidade americana. Lá conhece a riqueza e a liberdade da sociedade dos Estados Unidos e chega até mesmo a se envolver com uma linda garota de Nova Iorque, Erica (Kate Hudson). Após se formar, arranja emprego numa empresa especializada no mercado financeiro. Tudo corria conforme seu planos até o dia 11 de setembro de 2001 quando Nova Iorque sofre o maior atentado terrorista de sua história. O mundo não seria mais o mesmo e nem a vida de Changez, que acaba entrando em um grande dilema moral consigo mesmo.

Comentários:
Pelo visto os americanos não vão superar 11 de setembro tão cedo. Esse é mais um filme que se propõe a discutir os efeitos e as causas daquele terrível evento. O ponto de vista acaba sendo o de um paquistanês que vai para a América estudar, se formar e começar a progredir em sua vida pessoal e profissional até que tudo vira de cabeça para baixo com os atentados terroristas. O filme se utiliza bastante bem do recurso de flashbacks. Logo no começo somos apresentados a um suposto jornalista americano (Liev Schreiber) que vai até uma casa de chá na capital paquistanesa para entrevistar um professor universitário local que tentará lhe dizer que nada tem a ver com o sequestro de um outro americano, um acadêmico acusado de espionagem que caiu nas garras de grupos extremistas. A partir desse encontro o homem, a quem a CIA acredita estar envolvido na captura do refém americano, vai lhe contar sua história. E a partir daí o espectador vai conhecendo todos os eventos. Essa opção do roteiro se mostra bastante eficiente pois o espectador começa a compreender o que acaba levando alguém a entrar numa guerra religiosa tão sangrenta como a do Oriente Médio, mesmo essa pessoa tendo tido contato com a cultura e o modo de pensar dos ocidentais. O filme tem ótimo elenco, direção segura e firme e uma trama mais do que interessante. Não vai interessar a todos os públicos mas para quem procura por respostas sobre a eterna crise internacional do mundo islâmico será muito proveitoso.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de agosto de 2012

Salt

Evelyn Salt (Angelina Jolie) é uma agente CIA que vê seu mundo desmoronar depois de ser acusada de ser uma espiã dupla ao serviço da inteligência russa. Depois do fim do bloco comunista oriental em 1989 Hollywood ficou sem os seus vilões preferidos da guerra fria, os russos. "Salt" tenta revitalizar esse tipo de filme mas sem sucesso nenhum. Não tem mais como requentar esse prato indigesto. Outro problema grave em "Salt" é que sua trama é boba, sem sofisticação nenhuma. Quem conhece os antigos filmes de espião da guerra fria sabe que seus roteiros eram bem escritos, com tramas intrigantes e inteligentes, coisa inexistente em "Salt" que em resumo é apenas um filme de ação pela ação, sem mais nada a acrescentar. Para piorar "Salt" usa e abusa de um velho clichê das produções em Hollywood, a chamada reviravolta do roteiro. 

O espectador é levado a crer em algo para logo depois todo o jogo mudar, aqui é ainda pior pois temos uma "reviravolta da reviravolta" - o que leva o público a em determinado momento simplesmente se cansar de tentar acompanhar. Nesse momento o excesso de ação desenfreada também aborrece e o filme se torna bem chato. Na realidade toda a produção se apoia na fama e no carisma da atriz Angelina Jolie. É pouco. Angelina não está particularmente bonita, usa um figurino pouco atraente e perucas falsas e medonhas. Um mal gosto incrível. Para quem é fã apenas da Jolie celebridade certamente será uma decepção. Junte-se a isso seu pouco interesse em cena. Ela parece apenas passear pelo filme, sem qualquer tipo de envolvimento maior. Para quem abraça tantas causas mundo afora realmente essa fitinha de ação deve ter sido extremamente entediante. Ao que tudo indica o auge da carreira de Phillip Noyce ficou definitivamente para trás. Diretor de filmes interessantes nessa linha de espionagem como "Perigo Real e Imediato" e "Jogos Patrióticos" o cineasta parece ter perdido a mão para bons filmes. Talvez o fracasso de "O Santo" tenha sido a pá de cal em sua criatividade, quem sabe.

Salt (Salt, Estados Unidos, 2010) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Kurt Wimmer / Elenco: Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor / Sinopse: Evelyn Salt (Angelina Jolie) é uma agente CIA que vê seu mundo desmoronar depois de ser acusada de ser uma espiã dupla ao serviço da inteligência russa.
  
Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aconteceu em Woodstock

Elliot Tiber (Demetri Martin) é filho do dono de um pequeno hotel localizado perto de uma fazenda chamada Woodstock. Ele tem a idéia de usar o local para organizar um festival de rock. Mal sabia que estava prestes a fazer parte de um dos maiores festivais de rock da história. O filme é muito bom. Tem um bom elenco e um roteiro bem desenvolvido. Os coadjuvantes são destaques e a reconstituição de época foi perfeita (as cenas com a multidão de hippies foi realmente muito bem executada, principalmente para quem já assistiu o documentário original do festival). Bem no clima dos anos 60 acompanhamos como o maior festival de música da história nasceu quase que por acaso, sem pretensão. O que seria um festival de fundo de quintal (literalmente) acabou virando um dos maiores eventos que se tem notícia! Embora seja um filme bom existem alguns reparos. 

O roteiro é focado quase que completamente nos bastidores do festival - assim o festival em si, as apresentações e as músicas não aparecem (provavelmente por causa do alto custo dos direitos autorais). Existe um erro histórico ao tocar uma música dos Doors na trilha (o grupo de Jim Morrison não foi aceito no festival por causa dos problemas de Morrison com a lei na época). Assim ficou deslocado e de mal gosto tocar logo a música do grupo que foi esnobado pelos organizadores do festival. A cena de viagem de LSD dentro da Kombi foi bem feita, porém ficou a sensação ruim de que havia uma apologia ao uso de drogas ali. De qualquer maneira o filme vale a pena sim. Não é completo ou perfeito mas serve muito bem ao objetivo de mostrar os personagens que fizeram Woodstock.  

Aconteceu em Woodstock (Taking Woodstock, Estados Unidos, 2009) Direção: Ang Lee / Roteiro: James Schamus / Elenco: Demetri Martin, Liev Schreiber, Emile Hirsch, Jeffrey Dean Morgan / Sinopse: Elliot Tiber (Demetri Martin) é filho do dono de um pequeno hotel localizado perto de uma fazenda chamada Woodstock. Ele tem a idéia de usar o local para organizar um festival de rock. Mal sabia que estava prestes a fazer parte de um dos maiores festivais de rock da história.  

Pablo Aluísio.