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terça-feira, 16 de maio de 2017

Balas de um Bandoleiro

Título no Brasil: Balas de um Bandoleiro
Título Original: Guns of a Stranger
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Hinkle
Roteiro: Charles W. Aldridge
Elenco: Marty Robbins, Chill Wills, Dovie Beams, Bill Coontz, Charles W. Aldridge, Ronny Robbins
  
Sinopse:
Durante uma confusão em sua cidade, o xerife Matthew Roberts (Marty Robbins) acaba matando um jovem aspirante à pistoleiro, um forasteiro de Abilene que estava de passagem pela região. A morte de alguém tão jovem frustra o velho xerife, que decide deixar sua estrela de prata de lado para cavalgar pelo velho oeste. No Arizona ele acaba encontrando uma quadrilha de bandoleiros que está aterrorizando a população local. Em pouco tempo seu instinto de homem da lei aflora novamente e ele resolve então enfrentá-los com armas em punho.

Comentários:
Filme de faroeste dos anos 70 que tenta seguir os passos dos filmes italianos, do famoso gênero Western-Spaghetti. Sinceramente falando, essa influência que veio da Europa é uma das coisas mais curiosas que já aconteceram dentro da indústria cinematográfica americana. Quando os primeiros filmes italianos chegaram no mercado americano eles foram ridicularizados pela crítica, porém com o tempo eles foram conquistando cada vez mais público. O western americano estava em crise e assim acabou copiando muito do estilo do cinema europeu. Os filmes americanos dos anos 70 assim já foram produzidos com essa forte influência, a tal ponto que chegaram até mesmo a perderem um pouco de sua própria identidade. "Guns of a Stranger" tem um roteiro muito eficiente, com trama redondinha, explorando a velha figura (mítica para alguns) dos xerifes do velho oeste. Homens quase sempre retratados como pessoas honestas, acima de qualquer suspeita! Claro que no mundo real não era bem assim - havia certamente xerifes corruptos que se aliavam à criminalidade - porém para o lado mais tradicional do western americano isso quase nunca acontecia (efeitos de uma visão de mundo conservadora e moralista da época). Embora não seja um grande filme, "Guns of a Stranger" pelo menos consegue divertir em certos momentos. O ator Marty Robbins era fraco, o que compromete a fita de uma maneira em geral. Mesmo assim, com esses problemas, ainda vale a pena ser conhecido, mesmo que tudo seja pela mera curiosidade apenas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Os Rifles do Kentucky

Título no Brasil: Os Rifles do Kentucky
Título Original: Kentucky Rifle
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Howco Productions Inc
Direção: Carl K. Hittleman
Roteiro: Carl K. Hittleman, Lee Hewitt
Elenco: Chill Wills, Lance Fuller, Cathy Downs, Sterling Holloway, Henry Hull, Jeanne Cagney
  
Sinopse:
O mercenário Tobias Taylor (Chill Wills) é designado para uma perigosa missão: escoltar um carregamento de rifles por um território dominado por índios. Para seu azar os nativos descobrem que as armas estão na carroça que está sendo protegida por Taylor e seus homens e resolvem cercar seu caminho. Encurralados, eles recebem um ultimato do cacique: ou entregam todos os rifles para os guerreiros apaches ou então serão mortos!

Comentários:
Esse faroeste "Os Rifles do Kentucky" tem algumas coisas bem interessantes, uma delas é seu roteiro que se baseia em uma situação de tensão e suspense. Os cowboys e mercenários ficam cercados por apaches bem no meio do deserto. Eles querem as armas, mas os homens brancos não parecem dispostos a cederem às pressões. O próprio diretor Carl K. Hittleman escreveu o roteiro, baseado em uma estória criada por ele mesmo, após ler uma reportagem sobre os perigos que os nativos enfrentavam quando iam ao oeste selvagem em busca de uma nova vida. Curiosamente embora o filme tenha em seu título uma referência ao Estado americano sulista do Kentucky, tudo foi filmado nos desertos próximos de Santa Clarita, na Califórnia. No Kentucky não existem desertos, mas grandes montanhas verdes, em um terreno bem conhecido dos americanos em geral. Enfim, mais uma vez Hollywood deu um jeitinho de mudar um pouco o cenário natural de suas locações. Tirando esses detalhes de lado o filme até que diverte, embora, como é previsível, também esteja muito datado por causa dos anos passados. O tempo é realmente implacável e deixa suas marcas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de março de 2006

O Estouro da Manada

Alguns filmes da era de ouro do western americano eram verdadeiras homenagens ao estilo de vida do cowboy, aquele bravo que atravessava as mais inóspitas regiões para levar seu gado até a fronteira, onde era finalmente comercializado e vendido para os grandes centros. Esse “O Estouro da Manada” é uma das mais sinceras odes que já assisti em relação ao vaqueiro das pradarias. No enredo um garoto mimado e chato, filho do dono da ferrovia, chamado Chester (Dean Stockwell), se perde no meio do deserto, um dos lugares mais hostis do mundo. Nessa região ele é encontrado por acaso pelo cowboy Dan Matthews (Joel McCrea). O vaqueiro está atrás de um mustang negro selvagem que ele gosta de chamar de “Midnight”. De inicio o garoto rico se faz de arrogante e esnobe com o velho cowboy, mas conforme ambos vão convivendo juntos a relação de amizade muda de tom. A busca pelo cavalo e o trabalho duro de se tocar o gado no meio do deserto acaba criando no jovem rapaz um espírito completamente diferente, de honradez e trabalho. O antes prepotente e irascível garoto acaba se transformando em um homem de verdade, forjado no cotidiano da vida dos cowboys americanos, aqui personificado com maestria pelo ídolo Joel McCrea.

O filme tem lindas sequências ao ar livre. “O Estouro da Manada” foi rodado no Vale da Morte na Califórnia, um dos lugares mais secos do planeta. Mesmo assim a natureza em todo seu esplendor acaba proporcionando para a filmografia da produção um lindo cenário natural. No fundo o roteiro trata sobre o aprendizado de um jovem com um homem mais velho que acaba lhe ensinando grandes valores através de pequenas coisas que acontecem no cotidiano de um cowboy.  Enquanto tenta chegar em Santa Fé para entregar a manada o cowboy Dan e seu pupilo vão aprendendo sobre a vida e os valores do homem que vive de seu trabalho, tocando o gado pelas terras sem fim do oeste americano.

Para os fãs do ator Joel McCrea o filme é uma ótima opção. Seu personagem é um vaqueiro que tem o sonho de abrir um rancho próprio para uma criação de cavalos. Por isso ele tentará durante todo o filme capturar Midnight, o cavalo selvagem puro sangue que sempre consegue lhe escapar. A seqüência final, com o estouro de uma enorme manada pelo deserto é maravilhosamente bem realizada. Um clímax mais do que adequado para esse filme que louva com muito sucesso o mais simbólico personagem do velho oeste americano: o cowboy!

O Estouro da Manada (Cattle Drive, Estados Unidos, 1951) Direção: Kurt Neumann / Roteiro: Jack Natteford, Lillie Hayward / Elenco: Joel McCrea, Dean Stockwell, Chill Wills, Leon Ames, Henry Brandon, Howard Petrie / Sinopse: Garoto rico e mimado é esquecido no meio de deserto após o trem que o transportava lhe esquecer durante uma parada. Perdido no meio do nada, ele é salvo por um cowboy, Dan (Joel McCrea), que está no local tocando uma manada de gado em direção a Santa Fé. Juntos, atravessando o deserto, o jovem rapaz irá começar a mudar sua atitude e mentalidade ao tomar conhecimento do modo de viver dos cowboys americanos.

Pablo Aluísio.