quarta-feira, 18 de junho de 2025

Frankenstein Tem que Ser Destruído

Frankenstein Tem que Ser Destruído 
Mais um bom filme da Hammer que eu sinceramente não conhecia até assistir. A história segue em frente. Com isso quero dizer que o roteiro desse filme não quis ser mais uma milésima adaptação do livro "Frankenstein" de Mary Shelley. Nada disso. Quando o filme começa o Dr. Frankenstein já está em apuros, sendo procurado por policiais e investigadores. Todo mundo já sabe o que ele tentou fazer antes, criar vida humana através de pedaços de corpos humanos mortos. Ele é considerado um monstro, por isso vive fugindo e se escondendo, o que não quer dizer que ele tenha desistido de suas pesquisas bizarras. Agora ele quer fazer o primeiro transplante de cérebros da história da ciência. Citando Mozart, Newton e outros gênios da humanidade, o perturbado cientista vitoriano entende que determinadas mentes jamais podem morrer e assim ele coloca suas novas pesquisas em frente, sempre fugindo, sempre fazendo as experiências em porões sujos e escondidos, uma agonia. 

Um filme bem legal. Nada picareta, nada trash, como se poderia pensar inicialmente. A Hammer seguramente tinha seu valor e falta de classe não era um de seus defeitos, muito pelo contrário. Muitas vezes utilizando dos chamados monstros clássicos da Universal, já em uma época bem posterior dos filmes originais, eles conseguiam excelentes resultados. Esse é um deles. Um filme bem interessante e satisfatório que tenta seguir em frente com as histórias do Dr. Victor Frankenstein, um sujeito que fazia monstruosidades em nome de uma ciência bem particular. 

Frankenstein Tem que Ser Destruído (Frankenstein Must Be Destroyed, Reino Unido, 1969) Direção: Terence Fisher / Roteiro: Bert Batt, Anthony Nelson Keys / Elenco: Peter Cushing, Veronica Carlson,  Freddie Jones / Sinopse: O Barão Frankenstein passa a ser um homem procurado. Foragido, tenta uma nova pesquisa que o absorve, levando às raias da obsessão. Ele agora almeja fazer o primeiro transplante de cérebros da história! 

Pablo Aluísio. 

3 comentários:

  1. Pablo:
    Em 2025 o Frankenstein deu certoja deu certo ha um bom tempo. A minha filha trabalha, e faz especialização, na Unesp de Botucatu e o transplante de órgãos pra ela é uma realidade do dia a dia, principalmente de coração que exige uma descarga elétrica para dar partida no funcionamento.
    Claro que no filme de terror eram usados cadáveres ja antigos, o que amplia o absurdo, mas o princípio é o mesmo, ou seja, órgãos de uma pessoa morta funcionando e dando vida à outra pessoa.

    ResponderExcluir
  2. Certamente o mundo hoje é outro. O transplante de órgãos já é visto de uma forma bem normal. Só que no século XIX esse tipo de avanço da ciência era vista por boa parte da sociedade como algo sinistro. Afinal o livro original foi publicado em 1818 pela Mary Shelley.

    ResponderExcluir