quarta-feira, 14 de agosto de 2024

McQ - Um Detetive Acima da Lei

Título no Brasil: McQ - Um Detetive Acima da Lei
Título Original: McQ
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Sturges
Roteiro: Lawrence Roman
Elenco: John Wayne, Eddie Albert, Julie Adams, Diana Muldaur, William Bryant, Julian Christopher

Sinopse:
Após a morte de seu parceiro na corporação, um veterano policial decide investigar o crime, mas é impedido por seus superiores no Departamento de Polícia. Ele então decide entregar seu cargo, sua insígnia e suas armas, se tornando detetive particular. E ele acabará pagando um alto preço por tentar desvendar aquele crime de todas as maneiras possíveis. 

Comentários:
No final de sua carreira o ator John Wayne procurou por novos caminhos, tentando outros estilos de filmes. Não ficar tão preso na fórmula de seus filmes de faroeste. Um exemplo dessa tentativa de mudar encontramos aqui nesse filme policial dos anos 70. É sem dúvida um bom filme, mas fiquei com a impressão de que Wayne tentava copiar o estilo dos filmes de Dirty Harry de Clint Eastwood. E isso era bem curioso porque Wayne não gostava de Clint. De qualquer forma vale destacar duas boas cenas de ação. A primeira ocorre quando o carro do personagem de Wayne é encurralado num pequeno trecho entre dois prédios. Ele é literalmente amassado por dois caminhões enormes e tudo isso com Wayne dentro dele. Outra boa cena surge no final, quando há uma perseguição de carros nas areias de uma praia californiana. Ficou tudo muito bem realizado. Enfim, um bom filme policial com o bom e velho John Wayne, aqui dando um tempo em seus famosos filmes de cowboy. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

41ª DP: Inferno no Bronx

Título no Brasil: 41ª DP: Inferno no Bronx
Título Original: Fort Apache the Bronx
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Daniel Petrie
Roteiro: Heywood Gould, Thomas Mulhearn
Elenco: Paul Newman, Edward Asner, Ken Wahl

Sinopse:
O ator Paul Newman interpreta um policial que trabalha no bairro mais pobre e violento de Nova Iorque, o Bronx. A situação que já era ruim fica ainda pior quando dois patrulheiros são mortos em seu carro. Um novo comandante é designado para o Distrito, mas ele não conhece aquela comunidade. E a violência apenas aumenta a cada dia que passa. 

Comentários:
Bom filme policial produzido no começo dos anos 80. Paul Newman, já maduro e experiente pela idade, não perdeu o ímpeto de suas boas interpretações. O cenário é o Bronx, bairro de população negra e pobre de Nova Iorque. Ser um policial de rua naquela região era mais do que simplesmente fazer cumprir a lei, mas ter também um certo jogo de cintura para sobreviver a mais um dia de trabalho perigoso naquela selva de pedra. Além das boas cenas de ação e do próprio contexto dentro do Distrito, tendo que lidar com policiais corruptos envolvidos em crimes pesados, o personagem de Newman ainda tentava reconstruir sua vida pessoal, começando um caso amoroso improvável com uma enfermeira. O problema é que ela tinha sérias recaídas, pois era viciada em drogas. Em um lugar tão caótico realmente a felicidade não iria reinar por muito tempo. Além disso as ruas estavam cada vez mais dominadas pelo tráfico de drogas e sedentas pelo sangue de policias mortos. Filme dos bons, especialmente indicado para quem gosta de um bom filme policial à moda antiga. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

A Trama

Título no Brasil: A Trama
Título Original: The Parallax View
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: David Giler. Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Warren Beatty, Paula Prentiss, William Daniels

Sinopse:
Um candidato a senador nos Estados Unidos é assassinado em Seattle. Após sua morte várias pessoas que estavam no local do crime passam a morrer das maneiras mais inusitadas. Isso chama a atenção de um jovem jornalista investigativo que passa a seguir pistas sobre uma organização criminosa que provavelmente estaria por trás de todos aqueles homicídios. 

Comentários:
Essa onda de teorias da conspiração não vem dos dias atuais como bem podemos perceber nesse filme. O roteiro é todo baseado em uma grande teoria da conspiração que envolveria a morte de políticos nos Estados Unidos. Obviamente que a morte do presidente JFK serve como um modelo, ainda que não citado em momento algum do filme. Basicamente se ataca essa coisa de se pensar que apenas um criminoso comum, um lobo solitário, seria o responsável por esse tipo de crime. Claro que a imaginação das pessoas geralmente não aceitam explicações tão simples, mesmo que sejam as verdadeiras. Então desse tipo de situação nascem essas tais teorias da conspiração. 

Dito isso, até que apreciei o filme, muito embora esteja pessoalmente farto de teorias desse tipo. ainda mais nos dias de hoje com tantas fake news e teorias da conspiração das mais diversas circulando nas redes sociais. É algo que se tornou cansativo mesmo. Do ponto de vista cinematográfico é um bom filme, mas fiquei com a clara impressão de que foi feita uma edição meio brusca, nada sutil. Provavelmente sejam cortes promovidos pelo estúdio para deixar o filme com uma menor duração. Certamente esse sensação de narrativa truncada não deve ser colocada no rol de culpas do diretor Alan J. Pakula. Ele fez um bom trabalho com o elenco e com o material que tinha em mãos. 

Pablo Aluísio.

Evocação

Título no Brasil: Evocação
Título Original: The White Cliffs of Dover
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Clarence Brown
Roteiro: Claudine West
Elenco: Irene Dunne, Alan Marshal, Roddy McDowall, Elizabeth Taylor

Sinopse:
O filme narra a estória dramática da vida de Susan Ashwood (Irene Dunne), uma enfermeira americana em Londres que ajuda na recuperação e tratamento de centenas de feridos em combate. Seu trabalho se torna ainda mais importante quando seu próprio filho volta do campo de batalha, completamente destruído tanto do ponto de vista físico como psicológico. 

Comentários:
Outro filme da infância de Liz Taylor (ela tinha apenas 10 anos de idade quando a produção foi filmada). O roteiro foi baseado no poema de  Alice Duer Miller, o que já nos dá uma ideia de como o cinema era lírico naqueles tempos. Outro fato digno de nota em relação à pequena Elizabeth Taylor é que esse foi o primeiro filme com ela no elenco a concorrer ao Oscar, na categoria Melhor Fotografia em preto e branco (méritos do excelente diretor de fotografia, o respeitado e conhecido George J. Folsey, que merecia ter levado o prêmio para casa). Embora possa ser classificado como um drama de guerra com pitadas de  tragédia, esse filme tem como grande virtude resgatar um pouco do heroísmo das mulheres que serviram como enfermeiras durante a sangrenta segunda guerra mundial. Importante salientar que quando o filme foi lançado a guerra ainda persistia, o que no final das contas acabou se revelando uma bonita homenagem para todas essas heroínas anônimas que prestaram seus serviços no conflito mais devastador da história da humanidade.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de agosto de 2024

Pilatos

Pilatos
Pilatos teria desaparecido da história se nao tivesse sido citado nos textos do Novo Testamento. O máximo de sua carreira política em Roma se deu justamente quando se tornou governador da Judéia e isso definitivamente não era um prêmio para nenhum homem público de Roma. Na realidade era praticamente uma punição. A Judéia era considerada uma província problemática pelos romanos. Situada geograficamente muito longe da capital do império, era vista pelos romanos como uma região de desertos, com povo rebelde, fanático por suas convicções religiosas e por essa razão complicado de dominar. 

Além disso Pilatos nunca se deu bem com o Imperador Tibério. Pilatos era da chamada baixa nobreza romana. Para essa classe de famílias realmente não haveria nada de muito promissor para eles em termos políticos. Ao que tudo indica Tibério o nomeou como governador da Judéia praticamente como uma punição. E definitivamente Pilatos não ficou nada feliz com essa indicação. Ainda assim foi para a Judéia onde se envolveu em inúmeros problemas. 

Logo ao chegar Pilatos mandou pintar a imagem de uma divindade romana nos escudos dos legionários. Isso foi visto pelos judeus como uma provocação pois eles não admitiam imagens de divindades pagãs. O velho problema do fanatismo religioso surgia novamente naquela província distante. Logo estourou uma violenta rebelião que Pilatos esmagou com mão de ferro. Centenas de revoltosos foram executados, das mais diferentes formas, sendo que os líderes foram pendurados em cruzes. Uma mensagem do império para todos os que desejavam seguir pelo mesmo caminho da revolta contra o poder de Roma. 

Pilatos era visto pelo povo como um homem cruel e sanguinário, por essa razão historiadores não acreditam naquela imagem dele que surge dos evangelhos. Ali ele foi retratado como um homem que lavou as mãos em relação à morte de Yeshua (o nome verdadeiro de Jesus). Para historiadores isso seria pura ficção. Pilatos não teria nenhum pudor de mandar Jesus para a cruz, uma vez que ele havia se envolvido numa confusão no templo em plena Páscoa judaica. E o fato de seus seguidores o chamarem de Messias definitivamente não ajudou em nada. O termo Messias era usado para designar os judeus que iriam expulsar o invasor romano de suas terras. Inclusive os historiadores duvidam muito que Pilatos tenha julgado Jesus ou algo do tipo. Jesus era um camponês e Pilatos nem sequer teria perdido tempo ao mandar executá-lo. Ele foi considerado um terrorista político por Roma e por essa razão foi morto na cruz, tal como aconteceu com centenas de outros homens de sua época. 

O que parece ter acontecido é que os escritores do novo testamento, que eram escribas gregos que viviam no Império Romano, tiveram receios de colocar uma péssima imagem de uma autoridade romana em seus escritos. Afinal eles também poderiam ser mortos por isso. Então criaram um Pilatos cheio de compaixão, lavando as mãos sobre a morte daquele judeu.  Nessa caso o medo deles falseou a realidade histórica, algo que muitas vezes aconteceu ao longo da história. 

Pablo Aluísio. 

Imperador Romano Justiniano

Imperador Romano Justiniano
Quem cursou Direito certamente ouviu falar muito desse Imperador do Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino. Justiniano foi um nome muito importante na história do Direito Romano. Foi ele que mandou formar uma comissão de juristas para catalogar e reunir em apenas um Codex (Código) todas as leis que estavam circulando dentro do Império. Havia uma infinidade de leis esparsas, das mais diferentes épocas de Roma e ninguém sabia ao certo quais ainda estavam em vigor e quais tinham sido revogadas. Diante dessa bagunça e insegurança jurídica, Justiniano criou o primeiro código de leis escritas da história, o que iria dar origem uma nova modalidade de documento jurídico que iria ser seguido pelos séculos seguintes pelos mais diferentes povos do planeta. 

Essa código pioneiro ficou conhecido como Corpus Juris Civilis. E foi considerado o primeiro Código Civil da história, muito embora também trouxesse leis de direito público, inclusive de administração imperial. Mas Justiniano não parou por aí. Ele também mandou organizar os inúmeros decretos imperiais que existiam por todo o vasto território romano. Isso daria origem a uma Constituição Imperial, a primeira que se tem notícia. Muitos gostam de dizer que a Constituição dos Estados Unidos foi a primeira constituição da história, mas esse é um erro. Antes dela existiu a Constituição Imperial de Justiniano. Foi um marco e também acabou se tornando um de seus maiores legados históricos. 

E Justiniano não resumiu sua importância histórica ao campo das leis. Ele também foi o último imperador romano a reunificar os dois lados do Império, formado pelo Império Romano do Ocidente (com capital em Roma) e o Império Romano do Oriente (com capital em Constantinopla). Era um velho sonho do imperador e ele conseguiu esse feito. Infelizmente a unificação não sobreviveu muitos anos após sua morte. O Império Romano do Ocidente estava sendo constantemente invadido por diversos povos bárbaros e não havia exército no mundo que conseguiria deter esses avanços. Não tardou muito e Roma voltou a cair após a morte de Justiniano. Já o Império Romano do Oriente teria existência muito mais longa, só caindo mesmo no século XV, com a invasão do Império Otomano.

Curiosamente na vida privada Justiniano enfrentou diversos problemas. Ele se apaixonou perdidamente por uma artista de circo chamada Teodora. Isso era um escândalo na época porque segundo a tradição o Imperador deveria se casar com alguma mulher nobre, das famílias mais tradicionais. Só que Justiniano era um daqueles homens românticos sem salvação. Ele pagou o preço e fez dessa mulher artista sua imperatriz. Também demonstrava ser controlado por ela, o que chocava a alta nobreza bizantina. De qualquer maneira o Imperador lhe foi fiel até sua morte. Esse entretanto foi apenas um capítulo menor de sua vida, uma vez que seu maior legado mesmo foi no mundo do Direito. Nesse campo ele realmente foi um dos nomes mais importantes da história romana. 

Pabllo Aluísio. 

sábado, 10 de agosto de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 2

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 2
Não foi por mero acaso que esse álbum de Elvis se chamou "Elvis Country (I'm 10,000 Years Old)". O cantor tinha esse lado muito espiritualista e ele se considerava uma antiga alma que tinha vivido em várias vidas passadas. Pois é, Elvis acreditava plenamente na possibilidade de reencarnação após a morte, muito embora não fosse um leitor que gostasse das teorias do espiritismo. Estava mais para um lado do budismo e religiões orientais mesmo. Então ele realmente se identificou com essa coisa de ter 10 mil anos de idade! É sempre bom lembrar que Elvis adorava ler livros sobre religião, teologia, seitas esotéricas, esse tipo de leitura. 

Só que no caso desse disco cometeram um erro. Colocaram a faixa "I Was Born About Ten Thousand Years Ago" ligando as músicas do disco, aos pedaços. Ela não aparecia completa, para irritação dos fãs. Tantas foram as reclamações que chegaram no escritório de Tom Parker que ele ligou diretamente para a sede da RCA Victor em Nova Iorque pedindo explicações. De lá ouviu que Elvis havia achado uma boa ideia a sugestão do produtor Felton Jarvis. O velho Coronel porém não admitia ser contrariado. Assim a RCA teve que colocar a música completa no disco "Elvis Now" no ano seguinte. Foi a forma que o Coronel teve de pedir desculpas a quem reclamou dessa edição sui generis e completamente fora do comum do álbum. 

Outra faixa que despertou curiosidade foi "Whole Lotta Shakin' Goin' On". Essa música nem era um country para falar a verdade. Era um rock que havia feito muito sucesso na voz de Jerry Lee Lewis na década de 1950. Elvis havia tido sua cota de problemas com Lewis, mas relevou tudo isso e gravou a música. Quando a produção ficou pronta ela foi levada até Elvis para aprovação. Ele não gostou dos arranjos que Felton Jarvis havia feito. Imediatamente telefonou para o produtor e lhe disse: "Jarvis, tire esse arranjo de metais da canção. Tire as cornetas. Não se trata disso, essa é uma música de rock". O produtor engoliu então seu orgulho e ego e fez o que Elvis lhe ordenou. Ainda assim considero que o arranjo não ficou muito bom. Passou longe de ter a pegada da versão de Lewis. 

Muito melhor ficou a versão de Elvis para uma música de Willie Nelson. Se tratava da faixa "Funny How Time Slips Away". A versão de Elvis é bem mais suave e menos country do que a original. O próprio Nelson gostou do que ouviu e elogiou a releitura de Mr. Presley. Depois confessou que jamais poderia seguir a linha de Elvis porque afinal ele era um artista assumidamente country, que só sabia cantar naquele estilo. De qualquer maneira as palavras elogiosas de Nelson agradaram bastante a Elvis que ficou orgulhoso de sua interpretação na gravação. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Help! - Parte 1

Retornando aos comentários dos discos oficiais dos Beatles vamos agora tecer algumas observações sobre o disco "Help!" de 1965. Lembrando que tomarei como base a discografia inglesa dos Beatles, do selo EMI, por ser considerada a oficial. A discografia dos Estados Unidos é diferente, com outros discos lançados pela Capitol, outras seleções de faixas. E sobre a discografia brasileira posso fazer textos sobre as peculiaridades inerentes a esses discos nacionais bem diferenciados. Isso porém será tema para outra ocasião. Vamos falar de "Help!" então...

Segundo o próprio John Lennon os Beatles estavam cheirando muita cocaína quando gravaram o álbum "Help!". Para John era óbvio que a letra pedindo socorro não era apenas uma poesia ao sabor do vento, era sim um verdadeiro pedido de socorro, pelo menos por parte dele. Havia toda aquela loucura da Beatlemania acontecendo, os Beatles eram pressionados para escrever um sucesso atrás do outro, muito consumo de drogas e a vida havia se tornado uma roda viva de insanidade. Pedir socorro era algo natural para John Lennon. Quem poderia culpá-lo por agir assim? De uma maneira ou outra essa faixa virou um clássico imediato dos Beatles, se tornando rapidamente um grande sucesso mundial.

As demais canções da trilha sonora também eram muito interessantes. Particularmente gosto muito do ritmo de "The Night Before". Aliás essa faixa foi considerada tão satisfatória pelos Beatles que em algum momento eles até mesmo cogitaram colocá-la como título do álbum, posto que obviamente foi perdido quando John Lennon apareceu com a música "Help!", essa imbatível para dar nome ao novo álbum. Também era o título ideal para o filme. A companhia cinematográfica achou ótima a sugestão de usar "Help!" como nome do filme. Era chamativo e tinha o impacto necessário. "The Night Before" havia sido composta por Paul McCartney. Seu estilo pessoal está em cada detalhe, em cada nota musical.

A balada "You've Got to Hide Your Love Away" tem uma doce melancolia. Essa criação de John Lennon tem claras tintas no estilo de Bob Dylan. O cantor e compositor americano inclusive havia se encontrado com os Beatles. Segundo John, ele não gostou muito de Dylan. Achou ele muito paranoico e estranho. Isso porém não os impediu de fumar maconha ao lado do cantor norte-americano, terminando a noite dando muitas risadas. Após ouvir alguns discos de Dylan, John chegou na conclusão que poderia fazer algo melhor, no próprio estilo do colega músico. E assim nasceu essa faixa, que aliás ficou excelente. Um John Lennon cheio de inspiração e talento tentando seguir os passos e o estilo de Bob Dylan. Tudo resultando numa pequena obra-prima dos Beatles nessa fase.

Pablo Aluísio.