quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A Nau dos Insensatos

Título no Brasil: A Nau dos Insensatos
Título Original: Ship of Fools
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Stanley Kramer
Roteiro: Abby Mann, baseado na obra de  Katherine Anne Porter
Elenco: Vivien Leigh, Simone Signoret, Lee Marvin, José Ferrer, Oskar Werner, George Segal, Michael Dunn
  
Sinopse:
Durante uma viagem de navio entre o México e a Alemanha um grupo de tripulantes e passageiros vivem seus próprios dramas pessoais, de relacionamento e até mesmo políticos. Entre os viajantes há desde uma condessa arruinada, passando por uma esnobe viúva americana, até chegando em um frustrado jogador profissional de beisebol, relembrando todos os motivos que provocaram o seu fracasso esportivo nos campos. Ligando todos eles há todos aqueles velhos sentimentos em comum, como solidão, tristeza, amargura e melancolia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Simone Signoret), Melhor Ator (Oskar Werner), Melhor Ator Coadjuvante (Michael Dunn), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Figurino. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Ernest Laszlo) e Melhor Direção de Arte (Robert Clatworthy e Joseph Kish).

Comentários:
Esse foi o último filme da carreira de Vivien Leigh. Ela morreria apenas dois anos depois de interpretar a esnobe viúva Mary Treadwell. Foi uma bela despedida do cinema. O roteiro, uma adaptação do romance escrito por Katherine Anne Porter, procurava retratar nas pessoas que viajavam em um cruzeiro transatlântico, a própria sociedade como um todo, com todos os seus problemas, contradições, dramas e tristezas. Assim a força dramática desse enredo vinha justamente de seus personagens. A estória se passa antes da II Guerra Mundial. A Alemanha já está nas mãos dos nazistas, mas eles ainda não começaram suas perseguições aos judeus e nem suas invasões aos países vizinhos. Há muitos alemães viajando no navio e como é óbvio a delicada situação política de seu país acaba virando a tônica de vários diálogos. Entre os passageiros há inclusive um senhor judeu, Julius Lowenthal (Heinz Rühmann), que sofre todos os tipos de segregação social. Mesmo assim ele não acredita que haverá uma perseguição real na cidades alemãs. Em um momento ele solta uma pensamento que seria tristemente irônico. Ao falar sobre o nazismo ele pergunta: "Há mais de um milhão de judeus na Alemanha! O que Hitler fará com eles? Matará a todos?!". Mal sabia o tamanho da loucura do III Reich que estava por vir. Além dele outros personagens se destacam. Vivien Leigh interpreta uma solitária viúva americana muito esnobe e arrogante, mas igualmente amargurada. 

Após a morte de seu marido, um diplomata, ela passa a realizar essas viagens para despistar a solidão pessoal em que vive. Amarga e desiludida, ela sofre ao perceber que a juventude e a beleza se foram para sempre. Lee Marvin, por outro lado, é um ex-jogador de beisebol rude e bêbado que parece sempre disposto a criar alguma confusão. É curioso perceber como Marvin se saiu bem nesse papel bem dramático, algo que era bem raro em sua filmografia. Ele, que havia se especializado em interpretar vilões em filmes de western, surpreende e não fica abaixo do restante do elenco. Um dos personagens mais bem construídos e humanos é a de Simone Signoret. Ela dá vida para a Condessa, uma mulher em desgraça que acaba se apaixonando pelo médico do navio após pedir a ele alguma medicação para que conseguisse finalmente dormir. O Dr. Wilhelm Schumann (Oskar Werner), fruto de sua afeição, é um homem frustrado, desiludido com seu casamento sem amor, se resumindo a muitas obrigações que para ele já não possuem muito sentido. Sofrendo de problemas do coração, percebendo que está no fim de sua vida, ele tenta se agarrar a esse relacionamento improvável. Curiosamente um anão, Karl Glocken (Michael Dunn), acaba sendo o narrador da estória, chegando ao ponto até mesmo de dialogar com a própria plateia durante o filme. Um toque muito interessante dado pelo cineasta Stanley Kramer, que mostra muito talento para desenvolver todos os personagens do roteiro sem que em nenhum momento deixe tudo ficar chato ou arrastado (e olha que o filme tem quase duas horas e meia de duração). Então é isso, "A Nau dos Insensatos" é no fundo uma grande metáfora sobre a própria humanidade, com todos os seus problemas. Um filme acima de tudo muito humano, que vale a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Operação França 2

Título no Brasil: Operação França 2
Título Original: French Connection II
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Alexander Jacobs, Robert Dillon
Elenco: Gene Hackman, Fernando Rey, Bernard Fresson
  
Sinopse:
Após ser caçado em Nova Iorque pelo policial Popeye Doyle (Gene Hackman), o traficante internacional de drogas Alain Charnier (Fernando Rey) consegue fugir de volta para seu país natal, a França. Inconformado por estar solto, Popeye resolve ir para a Europa para colocar as mãos no criminoso, algo que não será nada fácil já que ele não poderá agir com autonomia em uma país estrangeiro e nem contar com a boa vontade dos policiais franceses. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Gene Hackman).

Comentários:
Depois de quatro anos do lançamento do filme original a Twentieth Century Fox resolveu produzir sua continuação. Algumas mudanças se fizeram necessárias. Saiu o diretor William Friedkin e entrou em seu lugar John Frankenheimer, um veterano de filmes de ação. Também deixou o elenco o ótimo ator Roy Scheider, Em compensação ficaram Gene Hackman como o policial de Nova Iorque Popeye Doyle e Fernando Rey como o traficante Alain Charnier. O cenário também foi mudado. Saíram as ruas decadentes de uma Nova Iorque suja e poluída e entraram os cenários mais sofisticados da ensolarada Marseille, na costa francesa. Esse segundo filme claramente investe mais na ação e na tensão causada pela caçada a Charnier. Isso não significa que não tenha ótimas cenas, ideais para Gene Hackman atuar bem, como naquela em que ele é sequestrado por traficantes e sofre uma sessão de tortura, onde fartas doses de heroína pura lhe são injetadas à força nas veias, tudo para que ele se torne um viciado, tal como àqueles que caça pelas ruas. Fernando Rey, que sempre considerei um ótimo ator, completamente subestimado em sua carreira, tem maiores chances de desenvolver seu personagem, um criminoso frio e psicopata. Em geral é um bom filme policial, embora o primeiro seja realmente melhor. Mesmo assim é essencial para quem gostou de "French Connection" pois aqui temos o desfecho da trama que se iniciou em 1971. Sem conferir "Operação França 2" você ficará pelo meio do caminho, sem uma definição da estória que acompanhou no filme original. Assim deixo a dica dessa sequência. Mais um bom momento do sempre talentoso Gene Hackman.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Operação França

Título no Brasil: Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
  
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.

Comentários:

Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei. O tira de Hackman, por exemplo, não se preocupa em usar a violência física ou a intimidação para obter informações. Nem tampouco está preocupado em seguir à risca as normas. Ele apenas deseja colocar atrás das grades todos os criminosos que cruzam seu caminho como o sofisticado Charnier, que por fora mais parece um homem culto, amante das artes, mas que na realidade é um traficante violento e brutal com seus inimigos. O cenário dessa caçada é formado pelas próprias ruas de uma Nova Iorque em plena decadência urbana, com seus lugares sujos, repletos de prostitutas e bandidos de todos os tipos. Diante de tantos méritos cinematográficos não é de se espantar que o filme tenha sido o grande vencedor do Oscar naquele ano. Entre outros levou para casa a cobiçada estatueta de Melhor Filme, Ator (Hackman, de forma bem merecida) e Direção (mostrando que William Friedkin era um cineasta talentoso, não se resumindo apenas à garotinha possuída pelo demônio em "O Exorcista"). Assim deixo a dica desse clássico dos anos 70. Um filme policial realista, com excelente roteiro e direção. O melhor de dois mundos em apenas uma produção.

Pablo Aluísio.

A Ponte do Rio Kwai

Título no Brasil: A Ponte do Rio Kwai
Título Original: The Bridge on the River Kwai
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Horizon Pictures
Direção: David Lean
Roteiro: Carl Foreman, Michael Wilson
Elenco: William Holden, Alec Guinness, Jack Hawkins, Sessue Hayakawa, James Donald

Sinopse:
Com roteiro baseado na novela histórica de Pierre Boulle, o filme "A Ponte do Rio Kwai" conta a história de um grupo de militares ingleses e americanos, feitos prisioneiros pelos japoneses durante a II Guerra Mundial que são forçados a construir uma ponte no Rio Kwai.

Comentários:
Esse é sempre lembrado como um dos maiores filmes de guerra já feitos. E com razão. "A Ponte do Rio Kwai" é um filme maravilhoso que captou muito bem a mentalidade dos ingleses durante a guerra. E são levados a construírem uma ponte estratégia e aceitam o desafio com disciplina, empenho e eficácia, tudo para demonstrar aos japoneses o seu valor como soldados e principalmente como homens de verdade. A música tema assobiada é até hoje facilmente reconhecível, mas o mérito maior vai não apenas ao elenco maravilhoso, mas também ao cineasta David Lean, um mestte da sétima arte. Ele foi sem dúvida um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Deixo aqui meus respeitos e meus aplausos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A Tortura da Suspeita

Título no Brasil: A Tortura da Suspeita
Título Original: The Naked Edge
Ano de Produção: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Joseph Stefano, Max Ehrlich
Elenco: Gary Cooper, Deborah Kerr, Peter Cushing, Eric Portman
  
Sinopse:
George Radcliffe (Gary Cooper) se torna a única testemunha de um assassinato na empresa em que trabalha. Durante uma noite seu patrão é morto com uma facada. Além disso o criminoso foge com mais de 60 mil libras. Para George o autor do assassinato é Donald Heath (Ray McAnally), também funcionário da empresa. Ele é preso, julgado e condenado com a ajuda do testemunho de George. O dinheiro roubado porém desaparece. Pouco tempo depois desse crime a sorte muda para George. De simples empregado ele consegue montar sua própria empresa que cresce a cada ano. Em pouco tempo se torna um homem rico e bem sucedido. Sua esposa Martha (Deborah Kerr) começa a desconfiar que George teria algo a ver com o crime, principalmente após receber uma carta denunciando sua participação na noite da morte de seu patrão. Além disso fica a dúvida: como conseguiu se tornar um homem rico da noite para o dia? Seria George inocente ou culpado pelas acusações?

Comentários:
Thriller de suspense que se notabiliza por dois aspectos. O primeiro é que foi o último filme da carreira do grande ator Gary Cooper. Ele viria a falecer no mesmo ano de lançamento dessa sua última produção. O segundo vem do fato do filme ter sido produzido pela companhia de Marlon Brando, uma empresa que ele havia fundado para a realização de filmes que fugissem um pouco do lado mais comercial de Hollywood. O ator chamou sua nova companhia cinematográfica de Pennebaker Productions e colocou seu próprio pai como presidente. Por essa razão nos créditos desse filme você encontrará a indicação de Marlon Brando Sr como produtor. No geral é um bom filme de suspense que segue em certos momentos o estilo do gênio Alfred Hitchcock. O diretor Michael Anderson deixa isso bem claro em vários momentos, seja nas tomadas ousadas de câmera, seja no uso de uma trilha sonora bem marcante (que em determinados pontos me fez lembrar até mesmo do clássico "Psicose"). O enredo se aproveita de uma linha básica, as suspeitas de Martha (Kerr) em relação ao seu marido George (Cooper). Ele testemunha em um caso de assassinato ocorrido em sua empresa onde uma pequena fortuna foi roubada. O dinheiro desapareceu. 

Algum tempo depois o próprio George, que era apenas um empregado, surge endinheirado o suficiente para fundar sua própria companhia. Tudo muito suspeito. Para piorar ele começa a apresentar um comportamento suspeito, meio paranoico, com o passado que ressurge para lhe atormentar. Em determinado ponto a própria Martha começa a temer por sua vida pois George deixa claro que não deixará nada atrapalhar seu recém conquistado sucesso empresarial. Seria George o verdadeiro assassino ou apenas um bom homem envolvido numa rede de coincidências que o incriminariam pelo crime? Teria ele mandado com seu testemunho no tribunal um homem inocente para a prisão perpétua por um crime cometido por ele mesmo? Como conseguiu ficar rico tão rapidamente após o crime e o roubo do dinheiro na empresa em que trabalhava? As respostas a todas essas perguntas só surgem na última cena, deixando o espectador o tempo todo tentando decifrar o enigma. Tudo muito bem realizado e montado. O roteiro manipula o tempo todo a situação, ora dando margem para suspeitarmos mesmo do personagem de Cooper, ora nos convencendo a deixarmos de lado esse tipo de suspeita. Curiosamente no final, quando os créditos finais já foram exibidos, um pedido dos realizadores do filme pede aos que já assistiram que não contem a identidade real do assassino para ninguém. Um conselho mais do que adequado para que a surpresa não seja estragada. Em suma, "A Tortura da Suspeita" foi uma bela despedida do mito Gary Cooper ao cinema, bem à altura de sua importância. 

Pablo Aluísio.

Os Rifles de Batasi

Em pleno declínio do sistema colonial inglês, numa distante colônia africana, um pequeno regimento do exército britânico acaba ficando sitiado bem no meio de uma enorme e incontrolável revolta popular. O povo daquela nação sai às ruas pedindo independência, deixando cercados um pequeno grupo de oficiais ingleses. Para piorar ainda mais uma situação que já parecia bastante crítica membros do próprio pelotão, africanos recrutados pelos britânicos, também resolvem aderir ao movimento popular, promovendo um verdadeiro motim dentro do quartel. Apenas o Sargento Major Lauderdale (Richard Attenborough) e seus homens resolvem resistir. O plano é tomar o paiol de armas da corporação para evitar que caia nas mãos dos revoltosos, algo que exigirá muita coragem e bravura dos militares à serviço de sua majestade, a Rainha da Inglaterra.

Há duas leituras possíveis desse bom filme de guerra. A primeira é que seria uma homenagem aos membros de um quartel sitiado por uma revolução popular numa colônia africana. A outra seria que usando de fino humor negro tipicamente inglês se estaria na verdade criticando aquela ocupação colonial. O roteiro é tão bem escrito que embora antagônicas as duas visões acabam sendo complementares no caso desse filme. O personagem interpretado pelo ator Richard Attenborough (que depois se tornaria um consagrado diretor) é um exemplo disso. Pomposo, exagerado, quase patético em suas convicções e modo de agir, ele acaba se tornando o grande "herói" dessa resistência. Ao se ver cercado por revolucionários africanos não aceita se submeter, mantendo erguida a bandeira inglesa até o fim. E por falar em final, o desfecho dessa produção guarda algumas surpresas, caindo em um tom inesperadamente cômico. Em suma, belo filme inglês, retratando de uma forma bem inteligente a mentalidade e as contradições do sistema colonial europeu que predominou em relação às suas dominações na África selvagem durante o século XIX.

Os Rifles de Batasi (Guns at Batas, Inglaterra, 1964) Direção: John Guillermin / Roteiro: Robert Holles, baseado na novela escrita por Robert Holles / Elenco: Richard Attenborough, Jack Hawkins, Flora Robson, Mia Farrow / Sinopse: Pequeno regimento de oficiais ingleses fica cercado após a eclosão de uma grande revolta popular em um país africano durante o período colonial. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Revelação Feminina (Mia Farrow). Também vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator Britânico (Richard Attenborough).

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de dezembro de 2016

10 Curiosidades - Anjos da Noite: Guerras de Sangue

10 Curiosidades - Anjos da Noite: Guerras de Sangue 

1. Está estreando em todo o Brasil hoje o novo filme da franquia Underworld. Nesse universo vampiros e lycons (lobisomens) disputam uma guerra violenta em um mundo repleto de monstros e seres mitológicos.

2. Inicialmente a atriz Kate Beckinsale não demonstrou muito interesse em voltar para a série. A personagem da vampira Selene já não lhe despertava mais o mesmo entusiasmo de antes. O estúdio Lakeshore porém lhe ofereceu um cachê irrecusável. Assim Kate acabou fechando contrato não apenas para a realização desse filme, mas também de um próximo, a sexta aventura Underworld.

3. Esse é o filme mais caro da franquia, com cenas rodadas em Praga na República Checa. O filme tinha data de previsão de estreia para junho de 2016, mas diversos atrasos atrapalharam o cronograma previsto.

4. O grande rival desse novo Underworld nas telas de cinema do mundo será o novo filme de outra franquia popular de terror, Resident Evil. É a primeira vez que filmes dessas séries batem de frente nas bilheterias, estreando no mesmo mês.

5. O elenco conta com cinco atores da série de grande sucesso "Game of Thronnes" entre eles Charles Dance (Thomas) que interpretou Tywin Lannister, Tobias Menzies (Marius) que interpretou Edmure Tully, James Faulkner que interpreta Randyll Tarly e Lara Pulver (Semira) que atuou como Lady Elissa Forrestor.

6. A direção foi entregue para a cineasta Anna Foerster. Esse será seu primeiro grande filme nas telas de cinema, pois antes ela se concentrava em dirigir séries de TV como "Outlander" e "Madam Secretary".

7. O roteirista Cory Goodman trabalhou em outros filmes de universos parecidos como "Padre" e "O Último Caçador de Bruxas".

8. A atriz Kate Beckinsale tem procurado diversificar sua carreira. Recentemente esteve no filme de suspense "O Quarto dos Esquecidos" (que ainda está em cartaz no Brasil) e no drama de época "Amor & Amizade" onde interpreta Lady Susan Vernon, uma viúva interesseira, personagem escrito pela romancista consagrada Jane Austin.

9. A crítica, como era de se esperar, recebeu esse novo filme com reservas. Não houve grandes elogios, mas tampouco as resenhas foram destruidoras. É um considerado um filme mediano dentro de seu gênero.

10. O filme custou 60 milhões de dólares e já recuperou seu investimento nas salas de cinema dos Estados Unidos e Europa.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Filmes no Cinema - Edição V

Ok, hora de conferir as estreias da semana. Como acontece sempre temos um filme de ponta no circuito comercial que serve de cavalo de batalha para os demais. Nessa semana esse papel cabe ao novo filme de Brad Pitt, "Aliados". Em breve vou publicar uma resenha aqui sobre essa produção dirigida por Robert Zemeckis. O enredo mistura II Guerra Mundial, espionagem e Casablanca! Ei, não seria uma espécie de remake do clássico de Humphrey Bogart? Calma, ainda é cedo para chegar a esse tipo de conclusão. De qualquer maneira esse filme é um dos obrigatórios dessa semana, não apenas pelo tema vintage, mas também pelos nomes envolvidos.

Outro lançamento comercial da semana com potencial de gerar bastante bilheteria é "John Wick - Um Novo Dia Para Matar", filme de ação estrelado por Keanu Reeves e Laurence Fishburne. Vou logo adiantando que não gostei do primeiro filme (essa é a sequência), uma vez que esses filmes seguem uma linha bem exagerada mesmo, não é apenas um filme de ação como tantos outros. É ação impossível que beira o nonsense. Até o poster promocional vai por essa linha, com centenas de armas apontadas para a cabeça de Reeves! Pelo visto hoje em dia o que não for exagerado ao extremo corre o risco de ser ignorado pelo público jovem nos cinemas. Sinal dos tempos.

Para quem gosta de filmes mais alternativos, do gênero drama, indico "Lion - Uma Jornada Para Casa", a história de um garoto indiano que se perde dos pais. No elenco o grande chamariz é a estrela Nicole Kidman. O que será que deu nela para atuar em filmes como esse, tão fora da rota do cinemão americano? Já no documentário "Eu Não Sou Seu Negro", o ator Samuel L. Jackson narra a odisseia que o livro "Remember This House" percorreu desde que foi escrito. Tendo como tema as mortes de líderes do movimento negro americano, esse manuscrito ficou anos perdido, sendo reencontrado apenas após várias décadas. Um filme, digamos, curioso. Só será exibido em poucas salas pelo Brasil. Especialmente indicado para quem estiver em busca de um cinema de causa, ativista, principalmente em relação às minorias.

E para fechar a semana aqui vão algumas dicas de filmes para os admiradores de cinema cult em geral: "A Cura", produção alemã, que mostra um executivo em tratamento com águas milagrosas nos Alpes suícos; "Um Homem Chamado Ove" sobre um aposentado sueco mau humorado que vê seus dias passando de forma lenta e entediante; "Eu, Olga Hepnarová", drama polonês e tcheco sobre a vida de uma homossexual reprimida por sua sociedade e finalmente a animação de arte "A Tartaruga Vermelha", sobre um homem naufragado e uma incomum visitante da natureza que vem para lhe ajudar. Bucólico e ecológico, uma graça de filme. Vale o ingresso.

Pablo Aluísio.