quarta-feira, 2 de julho de 2014

Uma Noite de Crime: Anarquia

Título no Brasil: Uma Noite de Crime: Anarquia
Título Original: The Purge - Anarchy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James DeMonaco
Roteiro: James DeMonaco
Elenco: Kiele Sanchez, Frank Grillo, Zach Gilford

Sinopse:
Um grupo de jovens que se auto denominam anarquistas invade as ruas de uma grande cidade americana para tocar o terror - destruindo carros, lojas e o patrimônio alheio como forma de protesto contra o sistema. Indefesas, as pessoas começam a sofrer todo tipo de abusos até que um sujeito resolve se armar até os dentes para parar com toda essa insanidade!

Comentários:
Tinha tudo para ser um novo retrato da juventude sem esperanças e frustrada que prolifera nos grandes centros urbanos, até porque o tema parece ser mais atual do que nunca - inclusive se formos pensar na realidade brasileira. Infelizmente esqueçam esse tipo de expectativa. O roteiro é cheio de clichês, completamente banal e apela o tempo todo para situações que já foram exaustivamente exploradas pelo cinema comercial americano. Garotas sendo salvas no último minuto, justiça pelas próprias mãos e todo o arsenal de baboseiras que os cinéfilos mais veteranos já estão cansados e fartos de ver. Nem mesmo a direção de arte se salva, haja vista que os tais anarquistas nada mais são do que bobocas com máscaras ridículas que saem, sem qualquer justificativa plausível, cometendo violências contra quem encontra pelas ruas sujas! Completamente dispensável e uma tremenda decepção no final das contas. Melhor assistir ao noticiário brasileiro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de julho de 2014

O Segredo de Beethoven

Título no Brasil: O Segredo de Beethoven 
Título Original: Copying Beethoven
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: Stephen J. Rivele, Christopher Wilkinson
Elenco: Ed Harris, Diane Kruger, Matthew Goode

Sinopse:
Viena, 1824. Nos dias que antecederam a primeira apresentação da Nona Sinfonia, Beethoven (Harris) precisa de ajuda para copiar suas partituras, então resolve dar uma chance à promissora estudante Anna Holtz, 23 anos, que é enviada para ajudá-lo. Ela espera encontrar um dos maiores gênios da história da música, mas acaba encontrando um compositor temperamental, doente e prestes a ficar completamente surdo, o que para ele se torna a maior tragédia de sua vida.

Comentários:
Outra boa dica caso você esteja em busca de filmes que tentem desvendar os aspectos mais interessantes da personalidade do gênio Ludwig van Beethoven é esse muito bem realizado "Copying Beethoven", uma produção que passou em brancas nuvens para a maioria dos cinéfilos. Esse bom roteiro procura enfocar os últimos anos na vida do compositor, mostrando o desespero que nasce ao perceber que estaria perdendo aquilo que lhe era o mais precioso, sua audição. Imaginem o drama de um maestro e criador como ele perceber que ficaria surdo em alguns anos! Essa aliás foi uma das maiores ironias de toda a história se formos parar para pensar de forma bem racional. No papel do genioso Beethoven temos um esforçado e muito aplicado Ed Harris! Sou um admirador confesso desse ator, sempre se doando completamente em todos os personagens que interpreta. Perceba que fisicamente ele pouco lembra o Beethoven da vida real mas compensa tudo isso com paixão e fúria em sua atuação. O diretor Agnieszka Holland assim entrega uma obra muito passional e relevante, não é à toa que foi indicado a inúmeros prêmios mundo afora. Um bom mergulho na vida privada e na alma do grande criador de obras primas da história da música. Vale certamente a recomendação.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Minha Amada Imortal

Título no Brasil: Minha Amada Imortal
Título Original: Immortal Beloved
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Bernard Rose
Roteiro: Bernard Rose
Elenco: Gary Oldman, Jeroen Krabbé, Isabella Rossellini

Sinopse:
Mundialmente famoso e respeitado, o compositor Ludwig van Beethoven (Gary Oldman) passa por uma forte e constante crise existencial por não conseguir manter um romance com a mulher que ama, uma dama da sociedade que está indisponível para ele por questões morais e de costumes. Para superar sua desilusão amorosa Beethoven resolve então se refugir em sua música, criando algumas das maiores obras primas de todos os tempos.

Comentários:
Já que estamos falando de filmes românticos vamos relembrar esse "Immortal Beloved" que fez um belo sucesso no mercado de vídeo no Brasil quando foi lançado na década de 1990. O compositor Ludwig van Beethoven não era um sujeito fácil de conviver. A despeito de ser um dos maiores gênios musicais da humanidade era também um sujeito mal humorado, turrão e brigão. Os relatos de pessoas que conviveram com ele são bem uniformes sobre esse aspecto de sua personalidade forte e muito mercurial. Não raro tinha acessos de fúria e descontava suas frustrações e raivas com quem estivesse por perto. E quem diria, por baixo de toda essa maneira rude de ser, também se escondia um romântico inveterado. O roteiro desse filme explora justamente esse aspecto tão pouco conhecido de sua vida - tão misterioso inclusive que só foi revelado aos historiadores muitas décadas após sua morte, quando cartas foram encontradas em velhos arquivos históricos empoeirados. Isso mistifica em certa parte a tormentosa personalidade de Beethoven pois talvez tudo fosse apenas fruto de sua própria frustração amorosa. De uma maneira ou outra, temos aqui um belo filme, com ótima produção filmada na linda República Tcheca e de bônus uma atuação maravilhosa por parte de Gary Oldman no papel principal. Uma película especialmente indicada para todos os românticos incuráveis.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de junho de 2014

No Limite do Amanhã

Título no Brasil: No Limite do Amanhã
Título Original: Edge of Tomorrow
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Doug Liman
Roteiro: Christopher McQuarrie, Jez Butterworth
Elenco: Tom Cruise, Emily Blunt, Bill Paxton

Sinopse:
Futuro. A Terra luta por sua própria sobrevivência após ser invadida por uma estranha raça de alienígenas. O Major Cage (Tom Cruise) é um ex-publicitário que exerce a função de relações públicas das forças armadas americanas. Seu trabalho consiste em ir em programas de TV para fazer propaganda e levantar o moral das tropas. Ele não tem a menor intenção de ir para o campo de batalha mas acaba sendo enviado para a invasão do norte da França. Lá acaba passando por uma estranha experiência que irá mudar os rumos de sua vida e de toda a humanidade.

Comentários:
Esse filme do Tom Cruise me fez lembrar muito de outro dele recentemente lançado, "Oblivion". Ambos são ficções passadas em um planeta Terra invadido por forças alienígenas. Nos dois casos os invasores são seres biológicos de origem desconhecida. Aqui eles são retratados como monstros de design bem interessante. Alguns são bem parecidos com insetos gigantes, principalmente aranhas (o que me fez recordar imediatamente de "Tropas Estelares"). Com tantas lembranças de outras produções não qualificaria essa fita de original ou nada parecido. A única novidade vem do roteiro que é do estilo fragmentado. Não sei se vocês se lembram de um antigo filme do Bill Murray chamado "Feitiço do Tempo". Lá ele acordava todas as manhãs para viver o mesmo dia, sempre! Pois bem, a premissa aqui me lembrou bastante daquela antiga comédia. O personagem de Cruise está sempre retornando ou como ele diz, em linguagem de videogame, está sempre reiniciando a vida (ou o jogo). Assim que algo lhe acontece e ele aparentemente é abatido em combate, volta para a mesma manhã do dia anterior. Superficialmente pode parecer cansativo esse tipo de coisa mas os roteiristas conseguiram fugir do tédio e do aborrecimento, injetando ritmo e agilidade às situações. Mesmo assim não vá esperando por nada muito profundo. Após ser explicado o estranho evento, o roteiro abraça de vez o estigma mais clichezado do cinema comercial americano e tudo caminha para um final bem convencional, sem maiores surpresas. Cruise está lá e irá salvar o mundo - quantas vezes você não já viu isso no cinema? Sendo bem sincero, como o filme foi bem badalado, estava esperando muito mais. Do jeito que está, é apenas ok! Um passatempo divertido, embora passe longe, bem longe, de ser uma obra prima Sci-fi.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de junho de 2014

Profissão De Risco

Título no Brasil: Profissão De Risco
Título Original: The Bag Man
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Studios
Direção: David Grovic
Roteiro: David Grovic, Paul Conway
Elenco: John Cusack, Rebecca Da Costa, Robert De Niro, Crispin Glover

Sinopse:
John Dragna (Robert De Niro) é um chefão mafioso de Nova Iorque que resolve contratar o assassino profissional Jack (John Cusack) para um trabalho diferente. Ele deve levar uma pequena bolsa para um distante, pequeno e isolado motel de beira de estrada para entregá-la a um enviado especial. Parece simples demais mas o alto valor prometido por Dragna pelo serviço intriga Jack, que recebe ordens expressas de jamais olhar para o conteúdo da bolsa. O serviço, tal como desconfiava, certamente não será nada fácil.

Comentários:
Um filme com uma trama interessante que infelizmente não consegue cumprir todas as promessas e potenciais. Além do roteiro curioso, cheio de mistérios (que vão se revelando aos poucos) o grande atrativo aqui é certamente o elenco. O cult John Cusack repete o personagem de assassino profissional, algo que é até recorrente em sua carreira. Robert De Niro surge em cena com figurino e cabelos esquisitos, uma mistura de Martin Scorsese com Robert Evans. A cafonice é para salientar o fato dele ser um chefe criminoso de Nova Iorque - um tipo italiano cheio de frases e diálogos ricos em cultura, mas por outro lado profundamente violento e psicopata. Outro destaque do elenco é a participação do ator Crispin Glover, o pai de Michael J. Fox na série "De Volta Para o Futuro". Fazia tempo que tinha visto o sujeito pela última vez. Continua bem talentoso. Ele aqui incorpora o único empregado do motel vagabundo, um cara que parece estar sempre chapado e ouvindo Heavy Metal no último volume. Divertido mas também sinistro. Apesar de tanta gente boa o roteiro não consegue sair das armadilhas dos clichês recorrentes em Hollywood. A reviravolta final pode até surpreender, mas depois se opta covardemente pelo caminho mais fácil e meloso. Uma pena, se tivessem ido até as últimas consequências o resultado teria sido bem melhor. Enfim, passável mas nada memorável.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Albergue

Título no Brasil: O Albergue
Título Original: Hostel
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Eli Roth 
Roteiro: Eli Roth
Elenco: Jay Hernandez, Derek Richardson, Eythor Gudjonsson

Sinopse:
Produzido por Quentin Tarantino o filme narra a estória de três jovens que decidem conhecer a Europa como mochileiros. Ao chegarem numa distante e isolada cidade da fria Eslováquia eles acabam caindo na armadilha de um sangrento pesadelo. Filme indicado ao prêmio de Melhor Filme de Terror da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films. Indicado a sete categorias no Fangoria Chainsaw Awards, entre eles Melhor Direção (Eli Roth). 

Comentários:
Filme extremamente violento que chocou bastante em seu lançamento nos cinemas. Eu me recordo inclusive de muitas pessoas se levantando e indo embora no meio da sessão, justamente por causa do estilo slasher elevado à nona potência da produção. Some-se a isso o rótulo que alguns críticos criaram para designar filmes como esse, "Torture Porn", e você terá uma ideia do que encontrará pela frente. De fato o enredo é dos mais simples e o que parece ser a principal motivação de tudo é mostrar mesmo ao espectador o máximo de violência possível, com muitas torturas, mutilações e assassinatos. Tudo exposto da maneira mais crua e suja possível, sem poupar muito. Existem duas versões do filme, uma bem mais visceral que saiu na Europa e outra com alguns cortes feita especialmente para o mercado americano. Os produtores resolveram fazer esses cortes pois caso contrário o filme nem sequer encontraria espaço no circuito comercial americano. Dependendo de sua capacidade de ver filmes violentos escolha uma ou outra. Eu prefiro a mais intensa, até porque se "Hostel" se propôs a isso desde o começa então que se vá até o fim.

Pablo Aluísio.

Bad Boys II

Título no Brasil: Bad Boys II
Título Original: Bad Boys II
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: George Gallo, Marianne Wibberley
Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Gabrielle Union

Sinopse:
Dois tiras do departamento de narcóticos de Miama, Mike Lowrey (Smith) e Marcus Bennett (Lawrence), precisam combater uma rede de tráfico de  ecstasy nas principais casas noturnas da cidade. As investigações acabam apontando para um poderoso narcotraficante instalado na cidade, um verdadeiro rei do crime.

Comentários:
É aquele tipo de filme de ação que não tem o menor pudor de se assumir como um pipocão comercial e nada mais. Também o que você iria esperar de um filme da dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer, e ainda por cima dirigido por Michael Bay, o rei das explosões gratuitas? Ora, nada além disso. O que salva essa franquia "Bad Boys" é a dupla central, ou melhor dizendo, o carisma desses dois atores. A trama, como era de se esperar, é bem genérica, então cabe a Will Smith e Martin Lawrence segurar o filme nas costas. Claro que para muitos Lawrence é um comediante intragável e insuportável mas aqui ele tem Smith para contrabalancear um pouco sua chatice. Nada parecido com "Vovó... Zona" ou algo desse naipe. Aliás para quem gosta desses filmes fica o aviso de que vem mais um aí pela frente. "Bad Boys III" já foi anunciado pela Sony para fechar a trilogia dessa franquia. A previsão de lançamento é para 2015. Na falta de novas ideias nada melhor do que reciclar o que já deu certo em Hollywood, mesmo que apenas do ponto de vista puramente comercial.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Crocodilo Dundee II

Título no Brasil: Crocodilo Dundee II
Título Original: 'Crocodile' Dundee II
Ano de Produção: 1988
País: Austrália, Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Cornell
Roteiro: Paul Hogan
Elenco: Paul Hogan, Linda Kozlowski, John Meillon

Sinopse:
Michael J. 'Crocodile' Dundee (Paul Hogan) vai até Nova Iorque por sugestão de sua namorada, a americana Sue Charlton (Linda Kozlowski). Ele, que pensava ser um caipira que morava no meio do mato, mal sabia a selva que a grande cidade iria se revelar diante de seus olhos.

Comentários:
Nos anos 80 surgiu esse curioso personagem chamado Crocodilo Dundee nas telas de cinema. Ele foi criado pelo ator australiano Paul Hogan que conseguiu o feito de cair nas graças do público americano, que achou muito divertido aquele bronco dos rincões da distante e exótica Austrália. Sucesso de bilheteria, acabou rendendo essa sequência. O roteiro tenta divertir colocando em evidência as diferenças culturais de Dundee com a rotina da grande cidade de Nova Iorque. O resultado é bem morno pois a piada logo se torna cansativa e repetitiva. A partir de certo momento, como se não houvesse mais novas ideias, tudo descamba para os mais batidos clichês do cinema americano. Nesse aspecto o primeiro filme era bem mais divertido e honesto em suas pretensões. Com isso Crocodilo Dundee sumiu tão rapidamente como apareceu. Revisto hoje em dia soa apenas como uma curiosidade dos anos 80, época em que tudo era possível, até mesmo o surgimento de um personagem exótico como esse. Se tiver vontade assista sem maiores pretensões a não ser conhecer uma diversão ligeira e passageira bem ao estilo 80´s.

Pablo Aluísio.