domingo, 6 de janeiro de 2008

A Volta do Vinil

Fico surpreso pela volta do interesse do vinil. Eu sou de uma geração que já nasceu ouvindo música por esse formato. Os discos eram obras de arte, com suas capas maravilhosas. O som do vinil também sempre foi muito elogiado. Depois surgiu o CD e aí o bom e velho vinil deixou de ser fabricado. As pessoas jogaram fora seus antigos vinis e muitos terminaram no lixo ou então virando reciclagem, como um bonito relógio na parede.

Eu nunca joguei meus vinis fora. Sempre mantive a coleção. Não os ouço mais, é verdade, pois não tenho mais vitrola, porém por uma questão sentimental mantenho todos eles. De Elvis Presley a The Beatles, passando por vários outros estilos musicais, não quero me desfazer dessas relíquias.

O curioso é que o vinil acabou tendo uma sobrevida. Ele tem despertado interesse nas novas gerações. Virou algo cult. Que coisa não? Em termos industriais o velho formato era considerado coisa do passado, por causa de sua tecnologia jurássica. Realmente havia muitos ruídos e "fogueiras queimando" ao lado do cantor quando ouvíamos esse tipo de produto industrial. Porém as pessoas também criaram um certo sentimento de nostalgia relacionado a eles. De qualquer forma tudo é válido nesse mundo musical.

De minha parte não voltarei ao vinil. Primeiro porque já renovei todas as minhas coleções para o formato CD e depois porque cansei mesmo de correr atrás. Dizem que um disco de vinil novo, recentemente saído da fábrica, não sai por menos de 200 reais. Pelo visto não foi apenas o vinil que voltou, mas a exploração também. Acho um absurdo esse tipo de coisa. Isso porque criou-se um tipo de fetiche em torno do produto em si. Nada a ver. Se o vinil voltar mesmo que volte acessível a todos, como foi no passado. Nada de glamorizar uma mídia sonora para ter um tipo de status em relação a isso. O tal "fetiche da mercadoria" não está com nada, como já dizia o barbudo Karl Marx

Um crônica sobre o velho disco de vinil - "Ligue a sua eletrola..." - cantava Nelson Gonçalves no bolerão "Meu Triste Long-Play". Para os mais jovens essas duas palavras não fazem o menor sentido, pois não sabem o que é uma eletrola e nem muito menos o que seria um Long-Play. Normal. A tecnologia avança para frente e esses duas ferramentas tecnológicas são tão obsoletas e ultrapassadas hoje em dia como a máquina de escrever e a caneta tinteiro. São tecnologias mortas, que foram deixadas de lado após o advento da tecnologia digital. Claro, existem os colecionadores saudosistas e os que defendem o som mecânico (entenda-se vinil) mas do ponto de vista do avanço da ciência não há mais volta. Sim, sou do tempo do LP (Long-Play) e ainda tenho vários em minha casa. Não os ouço mais, pois não tenho mais o toca-discos para isso, a tal eletrola citada na voz de Nelson Gonçalves.

Em termos de qualidade e preço tenho poucas saudades do disco de vinil. Eram caros, se velhos vinham com vários defeitos, furos, e o som era completamente comprometido. Comprar um disco no sebo então era uma verdadeira loteria. O problema é que quem gostava de clássicos (como eu) tinha que se sujeitar a isso para conseguir ouvir aquele cantor de rock antigo, como o próprio Elvis. Esperar pelas gravadoras era o fim da picada, principalmente no Brasil. Aliás não tenho a menor saudade das gravadoras, pois lançavam apenas o que queriam e quando queriam. Quando a maioria delas começou a descer a ladeira não tive a menor pena. Pelo contrário, me senti vingado para falar a verdade!

Hoje em dia a cultura musical navega online, com muita facilidade. Se você quiser adquirir todo o catálogo de qualquer artista basta dar um click. Na minha época era tudo muito complicado. A maioria dos álbuns eram fora de catálogo e você tinha que ir em algum sebo de discos usados para quem sabe, num lance de sorte, encontrar aquele disco raro pela frente. As antigas lojas de discos usados mais pareciam antigas criptas de reis do Egito. Muita poeira, ratos por todos os lados e aquele atendente que não sabia de coisa nenhuma. Você tinha assim que se lançar sobre pilhas e pilhas de discos velhos, sujos, empoeirados e alguns até mesmo com resquícios de crimes - certa vez peguei um disco que gostava muito que estava com sangue coagulado humano na capa!!! Provavelmente estava na cena de algum assassinato! Imagine o meu nojo ao me deparar com aquilo! Horrível, horrível...

As capas dos vinis eram maravilhosas, temos que convir. Eram grandes, bonitas e algumas verdadeiras obras de arte (como a do "Sgt Peppers" dos Beatles). O problema é que como eram de papel podia-se escrever nelas e brasileiro sempre teve o péssimo, horroroso hábito de fazer dedicatórias para suas namoradas. Assim quando você encontrava aquele super raro disco do Carl Perkins tinha um choque quando via na capa em letras garrafais a dedicatória de "Xampinho, com amor para Maria Simplória". Imagine a decepção! Outra coisa comum era encontrar a capa mas não o disco em si! Certa vez achei uma capa maravilhosa do Eric Clapton mas dentro colocaram o disco do Genival Lacerda! Outra decepção dos tempos do vinil.

Como escrevi guardo ainda uma boa coleção de discos de vinil por pura questão sentimental. A maioria deles já tenho em CD e outras mídias sonoras. Para falar a verdade quase tudo que tenho em vinil caberia em no máximo dez DVDs se gravasse os discos no formato data arquivo. Ele ocupam um espaço que hoje em dia soa desconfortável para a maioria das pessoas, principalmente atualmente quando os apartamentos e casas diminuem na medida em que aumenta o valor médio do metro quadrado nas grandes cidades. Se tornou um objeto sem propósito, desproporcional. Mas como disse tem seus defensores. Algumas vezes penso sobre essa curiosa atração que o vinil ainda exerce (inclusive sobre mim). Talvez seja o carisma da própria tecnologia em si ou apenas um símbolo de uma era que não existe mais. Provavelmente o apaixonado por discos de vinil seja apenas um simpático saudosista vintage. Afinal, o passado também tem seu charme.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de janeiro de 2008

American Crime Story

Todo mundo ainda se lembra do caso de assassinato da ex-esposa de O.J. Simpson. Essa morte foi tão explorada pela mídia que chegou a cansar, saturar. Depois de alguns anos o ator John Travolta resolveu produzir essa série que conta justamente esse acontecimento trágico. Para quem não recorda em detalhes é uma boa oportunidade para conferir os bastidores de tudo o que aconteceu. A jovem esposa de O.J. foi assassinada juntamente ao lado de seu suposto namorado no corredor de sua bela casa em um bairro chique de Los Angeles. Ela foi esfaqueada várias vezes no pescoço com requintes de extrema brutalidade. O mesmo aconteceu com o rapaz que estava com ela no momento do crime.

Com histórico de violência doméstica logo as suspeitas recaíram sobre O.J. Várias pistas confirmavam isso, até sangue dele foi encontrado na cena do crime, mas... provando que a justiça americana não é lá essa maravilha toda que dizem por aí. ele acabou inocentado pela força de seu status de celebridade e dinheiro, muito dinheiro. Claro que uma série onde todos já sabem de antemão o que vai acontecer (O.J. escapou da prisão apesar de ter todas as provas contra ele) o programa perde um pouco da graça, Mesmo assim esse primeiro episódio me deixou bem satisfeito. Além do bom elenco que conta com um John Travolta com forte maquiagem (o ator interpreta o advogado Robert Shapiro) o roteiro é muito interessante e até mesmo revelador. Vale a pena acompanhar.

American Crime Story 1.01 - From the Ashes of Tragedy (EUA, 2016) Direção: Ryan Murphy / Roteiro: Jeffrey Toobin, Scott Alexander / Elenco: Cuba Gooding Jr, John Travolta, David Schwimmer, Nathan Lane, Bruce Greenwood./ Sinopse: A série resgata o conturbado caso envolvendo o ídolo do esporte americano OJ Simpson. Ele foi acusado de ter matado sua ex-esposa e o namorado dela na ocasião de sua morte. Levado a julgamento o caso teve um desfecho que chocou a sociedade americana.

Pablo Aluísio.

American Crime

American Crime 1.01 - Pilot
Nova série criada, roteirizada e dirigida por John Ridley (o roteirista de "12 Anos de Escravidão", entre outros filmes). A trama desse episódio piloto começa quando Russ Skokie (interpretado por um envelhecido Timothy Hutton) descobre que seu filho e a esposa dele foram violentamente agredidos durante um assalto em sua residência. Ele não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo. Ela, após ter sido violentada, ainda luta por sua vida com ajuda de aparelhos em um hospital da cidade. Um evento devastador para todos os envolvidos. A situação é ainda mais delicada porque após longos anos de seu divórcio Russ precisa reencontrar sua ex-esposa, uma mulher com muitas mágoas provenientes de um casamento desastroso no passado. O filho assassinado do casal era fuzileiro naval e tinha uma reputação impecável, o que acaba deixando todos os familiares ainda mais transtornados. A polícia, por sua vez, tem poucas pistas seguras. O que se sabe é que um dos assaltantes tinha aparência hispânica, um latino provavelmente, e estava dirigindo um velho carro que em pouco tempo consegue ser rastreado nas investigações. A partir desse ponto o castelo de cartas começa a ruir rapidamente. Um dos envolvidos no crime acaba sendo localizado pelos detetives dirigindo o próprio veículo que foi usado no crime. Um jovem latino, tal como os relatos apontavam. Seu envolvimento acaba chocando seu próprio pai, um homem que procura viver uma vida honesta e íntegra, trabalhando dia a dia em sua pequena oficina de conserto de carros. O caso ainda envolve um negro, com histórico de violência, viciado em metanfetaminas com sua namorada branca e um pequeno patife das ruas que vive de pequenos golpes com cartões de crédito roubados. Gostei bastante desse episódio piloto. Achei tudo muito bem roteirizado e dirigido. O argumento toca sutilmente no problema racial sempre em voga nos Estados Unidos. Em determinado momento a mãe do rapaz assassinado questiona as leis americanas pois seu filho estava servindo à pátria e acaba sendo morto por um imigrante ilegal, mostrando as chagas que ainda existem dentro da sociedade daquela nação. / American Crime 1.01 - Pilot (EUA, 2015) Direção: John Ridley / Roteiro: John Ridley / Elenco: Timothy Hutton, W. Earl Brown, Felicity Huffman.

American Crime 1.02
Essa nova série se baseia nas tensões sociais e raciais que ainda persistem em existir hoje em dia dentro da sociedade americana. Um casal de jovens é brutalizado por um crime sem explicação. Ao que tudo indica os criminosos fazem parte de uma gangue formada por latinos e negros. Após as investigações realmente membros dessas etnias são presos, inclusive um jovem latino, filho de um imigrante que sempre buscou levar uma vida honesta e digna dentro dos Estados Unidos. Agora ele vê tudo ruir da noite para o dia. Seu filho acabou alugando o próprio carro de seu pai para uma gangue e essa foi acertar contas com um veterano de guerra americano e sua namorada. A polícia desconfia que tudo não passou de um acerto de contas entre traficantes rivais, mas essa tese é contestada de forma veemente pela mãe do jovem morto. O roteiro deixa bem claro nas entrelinhas que ela tem uma personalidade racista bem enraizada em sua alma, a tal ponto de se sentir completamente desconfortável quando é atendida por uma detetive negra do departamento de polícia! Sem pensar muito racionalmente ela praticamente se desespera em busca de um policial que seja branco e americano como ela! O roteiro também não se contenta em apenas explorar o crime bárbaro em si, mas também mostrar os dramas das famílias das vítimas. O pai do jovem assassinado é interpretado por Timothy Hutton. Cinéfilos de outrora vão reconhecer ele de filmes como "A Traição do Falcão" e "A Janela Secreta". Excelente ator, ele agora tenta o caminho da TV depois de um hiato na carreira no cinema. Seu personagem é um misto de fracasso pessoal e profissional, exarcebado por um crime que ele tenta compreender, mas sem sucesso. "American Crime" é uma excelente dica para que estiver em busca de uma nova série para assistir que tenha qualidade e consistência dramática. Com nove indicações ao Emmy é uma ótima pedida para o fim de noite. / American Crime 1.02 - Episode Two (EUA, 2015) Direção: John Ridley / Roteiro: John Ridley / Elenco: Felicity Huffman, Timothy Hutton, W. Earl Brown.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

The Catch

Logo no começo somos apresentados aos principais personagens, investigadores privados contratados por grandes empresas para descobrirem quem as estariam prejudicando. No caso a principal investigadora é a bonita ruiva Alice Vaughan (Mireille Enos). Há tempos ela vem investigando um fraudador e vigarista internacional conhecido apenas como Mr. X. Ele já desviou milhões de dólares de seus clientes. Assim seu objetivo é identificar o criminoso. Mal sabe ela que o inimigo mora ao lado, pois ele na verdade é o seu próprio noivo, Christopher Hall (Peter Krause), que usa esse relacionamento justamente para colocar as mãos em dados confidenciais.

Partindo do que vi nesse primeiro episódio posso adiantar que a série é apenas na média, sem nada de muito especial a não ser uma edição bem feita e um roteiro esperto, cheio de reviravoltas. Seu grande atrativo vem mesmo do elenco a começar por Mireille Enos, aqui fortemente maquiada para fazer o estilo mulherão. Um visual bem distante de sua personagem mais famosa, a policial Sarah Linden de "The Killing", onde fazia o estilo mais bagaceira. Já Peter Krause eu já conhecia bem de "Parenthood". Se lá ele interpretava um paí de família quadradão, aqui ele dá vida a um estelionatário com talento para fugir do FBI e da cadeia. Em suma, vou acompanhar os próximos episódios para ver se a série melhora com o tempo. É questão de esperar para ver.

The Catch 1.01 - Pilot (The Catch, Estados Unidos, 2016) Direção: Julie Anne Robinson / Roteiro: Allan Heinberg, Kate Atkinson / Elenco: Mireille Enos, Peter Krause, Alimi Ballard / Sinopse: Investigadora particular contratada por uma grande empresa descobre que o seu alvo na verdade é o seu próprio noivo! Criando assim uma série de situações delicadas e no mínimo constrangedoras!

Pablo Aluísio.

Steve Martin

Steve Martin

Hoje é o aniversário do ator. Ele completou 76 anos de idade. Nos saudosos anos 80 eu assistia todo e qualquer filme do Steve Martin que encontrava pela frente, seja na TV onde vi pela primeira vez muitos de seus filmes, seja nas locadoras de vídeo. As lembranças mais antigas dos filmes do Martin que tenho em minha memória vem de seus títulos que eram mais do que estranhos para aquela época. Filmes chamados como "Um Espirito Baicou em Mim" ou "O Homem com dois Cérebros" despertavam minha atenção de adolescente. E ele era ótimo em cada uma dessas comédias.

Nos anos 80 eu não saia que ele fazia sucesso nos Estados Unidos no programa Saturday Night Live já que as informações eram escassas em nosso país em um tempo em que não existia internet. Só depois fiquei sabendo que ele veio das apresentações cômicas de stand up e só depois fez sucesso na TV, tendo finalmente abertas as portas do cinema para seu talento. Por fim para terminar esse pequeno texto de lembranças do passado eu quero citar o filme "O Rapaz Solitário" que consegua ser engraçado, melancólico e triste, tudo ao mesmo tempo. Uma prova do grande talento desse ótimo ator e comediante, um dos que mais gostei ao longo de minha vida.

Pablo Aluísio.

Lista dos indicados ao Oscar 2020


Lista Completa dos indicados ao Oscar 2020

 Melhor filme
Ford vs Ferrari
O Irlandês
Jojo Rabbit
Coringa
Adoráveis Mulheres
História de um Casamento
1917
Era uma vez em... Hollywood
Parasita

Melhor direção

Martin Scorsese, por O Irlandês
Todd Phillips, por Coringa
Sam Mendes, por 1917
Quentin Tarantino, por Era uma vez em...Hollywood
Bong Joon Ho, por Parasita



Melhor ator
Joaquin Phoenix, por Coringa
Leonardo DiCaprio, por Era Uma Vez em... Hollywood
Adam Driver, por História de um Casamento
Antonio Banderas, por Dor e Glória
Jonathan Pryce, por Dois Papas

Melhor atriz
Renée Zellweger, por Judy: Muito Além do Arco-Íris
Scarlett Johansson, por História de um Casamento
Charlize Theron,por O Escândalo
Cynthia Erivo, por Harriet
Saoirse Ronan, por Adoráveis Mulheres


Melhor ator coadjuvante
Brad Pitt, por Era Uma Vez em... Hollywood
Joe Pesci, por O Irlandês
Al Pacino, por O Irlandês
Tom Hanks, por Um Lindo Dia na Vizinhança
Anthony Hopkins, por Dois Papas

Melhor atriz coadjuvante
Laura Dern, por História de um Casamento
Kathy Bates, por O Caso
Richard Jewell Florence Pugh, por Adoráveis Mulheres
Scarlett Johansson, por Jojo Rabbit
Margot Robbie, por O Escândalo


Melhor roteiro original
Entre Facas e Segredos
História de Um Casamento
1917
Era Uma Vez Em... Hollywood
Parasita

Melhor roteiro adaptado
O Irlandês
Jojo Rabbit
Coringa
Adoráveis Mulheres
Dois Papas

Melhor fotografia
1917
Era Uma Vez Em... Hollywood
Coringa
O Irlandês
O Farol


Melhor animação
Toy Story 4
Link Perdido
Como Treinar o Seu Dragão 3
Perdi Meu Corpo
Klaus

Melhores efeitos visuais
Vingadores: Ultimato
O Irlandês
Star Wars: A Ascensão Skywalker
O Rei Leão
1917

Melhor documentário
Democracia em Vertigem
For Sama
Indústria Americana
Honeyland
The Cave


Melhor figurino
O Irlandês
Jojo Rabbit
Coringa
Adoráveis Mulheres
Era uma vez em... Hollywood

Melhor mixagem de som
Ad Astra
Ford vs Ferrari
Coringa 1917
Era Uma Vez... Em Hollwood

Melhor edição de som
1917
Ford vs Ferrari
Coringa
Era Uma Vez... em Hollywood
Star Wars: A Ascensão Skywalker


Melhor trilha-sonora
Coringa
Adoráveis Mulheres
História de Um Casamento
1917
Star Wars: A Ascensão Skywalker

Melhor curta-metragem de animação
Dcera (Daughter)
Hair Love
Kitbull
Memorable Sister

Melhor curta-metragem
Brotherhood
Nefta Football Club
The Neighbor's Window
Saria
A Sister

Melhor filme internacional (estrangeiro)
Corpus Christi, Polônia
Honeyland, Macedônia
Dor e Glória, Espanha
Parasita, Coreia do Sul
Os Miseráveis, França

Melhor cabelo e maquiagem
O Escândalo
Coringa
Judy
Malévola: Dona do Mal
1917

Melhor design de produção

1917
Era Uma Vez Em... Hollywood
O Irlandês
Jojo Rabbit
Parasita

Melhor canção original
I Can't Let You Throw Yourself Away, de Toy Story 4
(I'm Gonna) Love Me Again, de Rocketman
I'm Standing With You, de Breakthrough
Into the Unknown, de Frozen 2
Stand Up, de Harriet


Melhor montagem
Ford vs. Ferrari
O Irlandês
Jojo Rabbit
Coringa
Parasita

Melhor documentário de curta-metragem
In the Absence
Learning to Skateboard in a Warzone (If You're a Girl)
Life Overtakes Me
St. Louis Superman
Walk Run Cha-Cha

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Na Natureza Selvagem

O excelente filme dirigido por Sean Penn me despertou curiosidade sobre essa história. Assim comprei um exemplar do livro escrito por Jon Krakauer. O roteiro do filme foi devidamente inspirado nessas páginas. No livro o autor procura seguir os passos do jovem Chris McCandless. Nos anos 90, após terminar seu colegial, ele pegou uma mochila, colocou poucas roupas dentro e quase sem dinheiro, ganhou a estrada. Seu sonho era chegar no gelado Alaska de carona, vivendo como poucos, fugindo do mundo que conhecia, para se encontrar dentro da natureza selvagem. Bom, se você viu o filme já sabe que não é uma história com final feliz. O Alaska é uma das regiões mais hostis do mundo, com temperaturas congelantes, ursos famintos e pouca comida para quem tiver a coragem de se aventurar em suas terras selvagens.

O autor assim vai contando a história do "Supertramp". Ele ouviu familiares e pessoas que encontraram com McCandless enquanto ele cruzava os Estados Unidos. Todos, sem exceção, dão sua visão sobre a aventura desse rapaz. O curioso é que todos eles deixam claro que para entrar mesmo em uma viagem como essa, deve-se ter acima de tudo um preparo especial, um treinamento e conhecimento dos desafios que se vai enfrentar. Esse foi o erro fatal de McCandless. Ele viu essa jornada de uma forma muito sonhadora, sem se debruçar sobre os desafios reais que teria que enfrentar. Ao subestimar a força da natureza acabou sendo destruída por ela.

O livro em si me agradou. Há um pequeno deslize de seu autor que em determinado momento esquece que está escrevendo um livro sobre McCandless e passa a falar de si mesmo, de suas viagens, algumas bem parecidas com a do protagonista. Esse aspecto é falho em meu ponto de vista. O leitor está atrás de informações sobre o principal personagem do livro e não seu autor. Porém fora esse tropeço o resto do livro é muito bom, cheio de detalhes e informações preciosas. Quem gostou muito do filme certamente também vai apreciar esse livro. No final de tudo, quando lemos sobre os últimos momentos do jovem idealista, um certo ar de melancolia e tristeza nos abate um pouco. Afinal foi uma vida desperdiçada. Ele era um bom rapaz, só não tinha os instrumentos ideais e a racionalidade exigida para sobreviver a algo assim.

Na Natureza Selvagem
Editora: Companhia das Letras
Autor:  Jon Krakauer

Pablo Aluísio.

Horizonte Profundo: Desastre no Golfo - Curiosidades

1. O roteiro foi escrito pensando em ser estrelado pelo ator Jack Nicholson. O script foi enviado ao astro, mas ele recusou a proposta. Nicholson está há muitos anos afastado do cinema e não parece disposto a interromper sua aposentadoria. Existem boatos também que ele está com problemas de saúde que afetam sua capacidade de atuar.

2. Mark Wahlberg foi contratado bem depois. Os produtores pediram a ele que contactasse outros astros que estivessem interessados em atuar na produção. Um dos nomes sugeridos por Wahlberg foi justamente Kurt Russell, um de seus ídolos. Após um breve encontro em Los Angeles Russell aceitou a oferta, dizendo que havia adorado o roteiro.

3. A atriz Kate Hudson interpreta uma personagem chamada Felicia. Para ela o filme foi um momento muito especial na carreira pois ela nunca tinha trabalhado ao lado de seu padrasto Kurt Russell antes. Para celebrar a ocasião ela postou uma foto ao lado de Russell em seu Instagram. Alegre, escreveu que esse havia sido o primeiro filme feito com Kurt e que estava adorando a experiência.

4. As filmagens do filme foram feitas em locação na cidade de Chalmette, Louisiana. Não foi uma boa ideia pois o clima daquela região costuma ser muito irregular, trazendo vários transtornos para a equipe de filmagem. Os custos iniciais do orçamento logo passaram dos limites previamente estipulados.

5. A produção também precisou lidar com os familiares das pessoas que morreram nos eventos históricos reais. Muitos diziam que o roteiro não era respeitoso o bastante com certos trabalhadores das grandes estações de petróleo. Quem acalmou os ânimos foi o ator Mark Wahlberg que fez um belo trabalho de relações públicas com esses familiares, conversando com eles, convencendo a todos que o filme iria tratar todos os eventos de forma respeitosa.

6. O filme custou 110 milhões de dólares e não conseguiu recuperar o investimento em seu lançamento no mercado americano. A esperança do estúdio agora se concentra no lançamento internacional do filme.

7. Em termos de crítica o filme foi bem recebido, mesmo sendo uma produção com muitos efeitos visuais, que levam alguns críticos americanos a não gostarem muito do resultado final.

8. O filme foi lançado nos Estados Unidos no final de setembro de 2016.

9. A produção contou com investimento internacional, principalmente de produtores de cinema de Hong Kong. Por isso está garantida a distribuição no mercado asiático, um dos mais promissores em termos de bilheteria de todo o mundo.

10. Kristen Stewart foi convidada para atuar no filme, mas alegou que não tinha agenda pois já havia se comprometido com outros filmes. Emma Stone também recusou o convite pois o roteiro ainda não estava pronto quando ela foi convidada.

Pablo Aluísio.