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terça-feira, 8 de abril de 2003

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 65

E qual seria o tipo de mulher que a indústria americana de filmes adultos mais valoriza? Certa vez um produtor famoso respondeu sem pensar duas vezes: "O que mais procuramos é um tipo padrão de garota. Ela precisa ter olhos azuis, ser loira, possuir grandes seios e se possível ter uma beleza fora do comum". O surgimento de Silvia Saint (foto) marcou um momento de virada dentro da indústria. Essa tcheca tinha todos os requisitos. Os seios não eram tão grandes, mas era ideais para seu padrão físico. Já o rosto, era outro nível, impressionante para os produtores. Um deles resumiu a questão: "A Silvia Saint tinha uma beleza fora do normal. Parecia uma princesa da Disney!".

Depois da Silvia Saint os padrões mudaram dentro da indústria. Nos anos 70 e até mesmo nos anos 80 qualquer mulher mediana seria contratada por uma produtora pornô. Até porque nem havia oferta de mão de obra na época. Um produtor relembra: "Só as mulheres com muitos problemas pessoais entravam no pornô! Era coisa de prostituta mesmo. Prostituta de rua ou de beira de cais. A partir dos anos 90 muitas garotas lindas entraram no negócio! Hoje em dia só as muito bonitas se tornam estrelas. Não há mais espaço para as mulheres feias. É uma carreira que se bem administrada pode tornar qualquer uma delas rica!".

Embora haja diversidade nas produções adultas, essa não é uma questão central. Há pornstars negras que fazem sucesso, mas o brilho e a fama recai mesmo nas garotas caucasianas. E quanto mais jovens, melhor. Claro, sempre se respeitando a idade mínima de 18 anos. Quando uma jovem com aparência muito adolescente aparece nas produtoras, a escolha se torna mais criteriosa. "No passado alguns produtores foram presos por contratar menores. Elas trouxeram documentos falsos. Hoje em dia contratamos até detetives para descobrir se a garota é mesmo maior de idade"" - diz um diretor.

Outro produtor negro resumiu a questão: "O público masculino quer ver brancas, loiras e bonitas. Algumas vezes fazemos elas transarem com negros bem dotados, algo que no mundo real chocaria os mais conservadores, os racistas. É um fetiche mesmo!. Eu estou sempre atrás das brancas. Uma vez um cara disse que eu deveria ir para a África para selecionar belas negras. Eu disse que não! O público voyeur quer ver loiras suculentas. Eu sou um vendedor, vendo o que eles querem consumir" - resumiu seu ponto de vista.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de abril de 2003

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 58

Entrevista: Silvia Saint

Entrevistador: Por favor, conte-nos um pouco sobre o seu passado.

Silvia Saint: Depois da escola, estudei administração por dois anos em um instituto em Brno. Depois disso, trabalhei como gerente em um dos maiores hotéis da cidade de Zlin. De lá, mudei para uma empresa privada onde era responsável por contabilidade e marketing. O trabalho era difícil e eu não ganhava muito dinheiro. Por isso aceitei uma proposta para ser modelo. Comecei fazendo desfiles de roupas íntimas e depois surgiram propostas de fotos nuas suaves. Eu tentei e gostei.

Entrevistador: Como você se envolveu com a indústria pornográfica?

Silvia Saint: Meu então namorado me levou a um casting para uma produção pornô americana. De todas as garotas presentes, eu era a única que foi selecionada. Eles me deram alguns dias para pensar sobre isso e, finalmente, eu disse que sim. 

Entrevistador:  Qual foi o seu primeiro filme?

Silvia Saint: Foi dirigido por Frank Thring e acredito que se chama 'Lee Nover: em busca dos seios perfeitos'. Fiz uma cena lá com o ator tcheco Robert Rosenberg.

Entrevistador: você continuou modelando para revistas ao mesmo tempo?

Silvia Saint: Sim, eu fiz muito. Principalmente fotos suaves de solteiro ou casal. Fui Penthouse Pet do ano de 1996 na Penthouse tcheca. E também estava competindo por isso na edição dos Estados Unidos, em 1998. Fiz muitas fotos para revistas tchecas como Fontana, Leo."

Entrevistador: Você tem namorado?

Silvia Saint: Não. Eu tive um antes - ele também estava neste negócio, mas não estava feliz por eu ter feito este trabalho. É por isso que nos separamos. Mas ainda somos bons amigos.

Entrevistador: Qual é o melhor filme que você fez até agora, você acha?

Silvia Saint: Seria o Experimento de Urano. Foi um trabalho muito interessante de se fazer, com uma ótima equipe, muita diversão, cenas legais e, claro, sexo em gravidade zero.

Entrevistador: Você tem algum ator favorito para trabalhar?

Silvia Saint: Na verdade não. Eu gosto de trabalhar com profissionais apenas em primeiro lugar. Eles sabem o que fazer e como fazer, são 100% limpos e são cuidadosos e carinhosos. Gostei de trabalhar com caras como Philippe Dean e Andrew Youngman. Com mulheres, gostava de trabalhar com minha boa amiga Dolores Nero, American Missy ou holandesa Helen Duval.

Entrevistador: E o Rocco?

Silvia Saint: Só trabalhei com Rocco uma vez. Isso foi com 'Rocco e Miss Erotica em Praga'. Fizemos apenas 4 cenas e ele as cortou em outros filmes. O que me lembro é que fizemos uma cena em uma limusine. Rocco ficou muito louco, porque gostava de trabalhar comigo. Eu o vi há algumas semanas e ele estava me propondo um papel em um de seus novos filmes, em setembro. 

Entrevistador: Você é bissexual?

Silvia Saint: Não, sou 100% hetero. Mas não me oponho a fazer sexo com outras mulheres.

Entrevistador: O que você mais gosta: filmar na Europa ou nos Estados Unidos?

Silvia Saint: Eu prefiro trabalhar nos Estados Unidos. Porque nos EUA eles não filmam sexo duro como na Europa. Eles apenas fazem algumas cenas de sexo e no máximo você faz anal. É isso. E eles são muito mais rápidos que os europeus. Uma cena em Los Angeles geralmente leva até quatro horas. Na Europa, às vezes, uma cena leva 20 horas.

Entrevistador: Por que há tantas garotas tchecas em filmes adultos?

Saint: Eu não sei. De qualquer forma, tenho certeza de que o número delas é muito menor do que as garotas húngaras. Tudo bem, para mim, desde que as garotas sejam bonitas, saibam o preço e saibam o que fazem e fazem. profissionalmente.

Entrevistador: Você é bem conhecida em seu país?

Silvia Saint: Eu sei que algumas pessoas me conhecem, viram minhas fotos em uma revista ou assistiram a meus filmes. Algumas delas gostam de mim e me apóiam, outras me odeiam por fazer pornografia e ganhar muito dinheiro. Acho que são só ciúmes.

Entrevistador: Por quanto tempo você quer continuar neste negócio?

Silvia Saint: Provavelmente por mais 4 a 5 anos, eu realmente não sei. Depende de quem quer trabalhar comigo. Mas eu gostaria de fazer mais fotos suaves, isso me convém melhor.

Entrevistador: Silvia, em "Dangerous Things", você interpreta Ether, uma famosa escritora de romances eróticos que não consegue parar de fazer amor. Com que frequência você faz sexo?

Silvia Saint: Bem, todos os dias. Trabalhar neste negócio é a coisa mais comum.

Entrevistador: Você já esteve no Brasil?

Silvia Saint: Sim, eu estive na Bahia filmando um filme. Achei o país muito bonito e também muito quente. Quente, no sentido de ser quente mesmo, faz um calor muito grande naquele país tropical. As pessoas são ótimas, me trataram muito bem.

Pablo Aluísio. 

sábado, 22 de março de 2003

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 44

A Silvia Saint era uma beleza. Até hoje considero a mais bela mulher a fazer filmes adultos. A Tcheca realmente era de outro mundo, uma loira belíssima, digna de estar na capa de qualquer grande revista de moda da Europa. Só que ela optou pelos filmes XXX, para nossa sorte. O que assistir dessa verdadeira deusa do pornô? Olha os primeiros filmes dela são sem dúvida os melhores. E eles chegaram em nossas locadoras para surpresa de muita gente. Acontece que o selo Buttman lançou os principais em nosso mercado. Claro, foram grandes sucessos de vendas.

O primeiro que indico é "Fresh Meat 4" de 1997. Um pornô dirigido pelo veterano John Leslie. O que me admira nesse filme nem é tanto a produção, que é realmente muito boa, tudo muito bem filmado, mas também o fato de que a Silvia Saint ainda era uma novata quando fez esse filme. Ela só havia feito dois pornôs antes e já chegava arrasando, fazendo uma furiosa cena de DP com os atores Jake Steed e Vince Voyeur que depois iria fundar sua própria produtora, com muito sucesso.

"Miss Erotica" pode ser considerado o primeiro pornô da loira Tcheca. Aqui ela fez uma cena memorável ao lado do garanhão italiano Rocco Silfredi. Rapaz, não sobra pedra sobre pedra. Eles transam no banco de trás de uma limousine de luxo pelas ruas da cidade (acredito que seja Praga). Uma ótima, ótima cena, pena que a transa se limitou apenas dentro do carro, se tivesse continuado, por exemplo dentro de um hotel, as coisas iriam ficar ainda mais quentes. Transar dentro de um carro não traz muitas variedades e posições, esse é o ponto.

Outro filme digno de nota dessa fase da carreira da Saint e o pornô "Nasty Nymphos 17". Outra cena de trio, com DP e tudo o mais que tinha direito. Ela era muito jovem, mas encarava os veteranos da pornografia americana de igual para igual. Impressionante. Aqui ela derrubou dois conhecidos garanhões, o Mark Davis e novamente, Vince Voyeur. Outro filme que ganhou versão VHS em fita nacional nas nossas locadoras. Outro registro de uma jovem Silvia Saint com todo o furor e selvageria de uma jovem atriz, linda demais e louca por sexo!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de março de 2003

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 40

Videolocadora Vintage
Aqui vão algumas dicas de bons filmes adultos dos tempos em que existiam as locadoras de vídeos VHS. Filmes realmente muito bons, que foram lançados no Brasil nas décadas de 1980 e 1990. 

The Spectacle
Duas beldades loiras da Califórnia expandem seus limites sexuais ao se encontrarem com novos parceiros no ensolarado estado norte-americano. Quem vai vencer esse duelo de belezas loiras? Esse filme reuniu duas das mais bonitas loiras do cinema adulto americano da década de 90. Era estrelado pela loiraça Savannah, mas essa, como era muito dito na época, não passava de uma Brastemp, ou seja, era uma linda loira por fora, mas gelada por dentro. Infelizmente, vários filmes, mesmo em seu auge de popularidade, iriam confirmar isso. Assim quem acabou roubando o filme, na minha opinião, foi a Sandra Scream, uma mulher daquele tipo mulherão, com fartas e generosas curvas e muita carne para os fãs de loiras voluptuosas. Ela contracenou em uma cena ao lado de seu namorado, o sempre presente Woody Long. Aliás, ela nunca fez filmes com outro parceiro. O que lhe valeu o título irônico de a "virgem Maria do pornô". Enfim, um bom filme, que foi lançado no Brasil na época. Eu mesmo cheguei a locar a fita naqueles tempos hoje distantes.

Seymore Butts is Blown Away
A gatinha Jessica Fox chega do Texas para começar uma nova carreira na cidade de Los Angeles. Ela quer se apresentar em boates de striptease e fazer filmes de conteúdo adulto. Acaba conhecendo o diretor Seymore Butts e o ator Ron Jeremy que a impulsionam nessa nova carreira. Como era linda a Jessica Fox! Uma gracinha de cabelos ruivos, corpo bem branquinho e seios perfeitos. Tinha tudo para ser uma grande estrela do cenário, mas infelizmente a carreira dela acabou muito rápido. Depois desse sucesso inicial, ela adotou um visual ruim, com cabelos loiros e curtos demais. Não ajudava no conjunto. De filme ruim em ruim, não decolou e acabou voltando para o Texas de mãos vazias, prematuramente aliás. O diretor Seymore Butts era muitas vezes acusado de ser uma mera cópia de Buttman. Ele realmente fez alguns filmes fracos, mas quando acertava, acertava em cheio, como no caso dessa fita. Além das duas excelentes cenas com a Jessica Fox, o filme ainda trazia uma explosiva sequência com Danyel Cheeks e Rocco Siffredi. O casal loiro soltava faíscas da tela. É certamente a melhor cena de toda a carreira de Danyel Cheeks, que também não resistiu por muitos anos no mundo porno.

Miss Erotica
Silvia Saint Vs. Rocco! Veja Rocco ao vivo em um show pornô selvagem em Praga, República Tcheca. Veja-o conhecer os fãs e maravilhe-se com o poder deste mito do mundo da pornografia! Esse foi apenas o segundo filme da deusa pornô Silvia Saint. Estava no auge da juventude e da beleza, e era praticamente uma verdadeira princesa da Disney! Anos depois ela explicaria que havia gravado 4 cenas com o Rocco. Ela pensou que as cenas iriam fazer parte do mesmo filme... como era bobinha!!! O Rocco prevendo seu sucesso iria lançar uma cena em cada filme, o que lhe faria ganhar muito dinheiro. Na cena aqui dessa produção a Silvia Saint transaria com o Rocco na limousine. Uma cena para não esquecer, imagine o impacto que teve nos anos 90. Todo mundo dizia que ela era bonita demais para o pornô. Sabiam de nada os inocentes!

Sex Wars
Esse foi o primeiro filme adulto que assisti! Jovens adolescentes com os hormônios em ebulição nos anos 80 e farta oferta desses filmes para locar nas locadoras de VHS. Uma combinação, vamos ser sinceros, bem explosiva. O filme é, como se pode ver, uma podreira trash. O diferencial vinha justamente pelas cenas de sexo explicito. Um aspecto curioso é que nos anos 80 ainda havia por parte dos produtores de filmes adultos a preocupação de dar um verniz de filme verdadeiro para essas produções. Diante disso, há um roteiro, atores falando suas falas e toda aquela ambientação muito fraca que estamos acostumados a ver em filmes de ficção, de orçamento barato, da época. Com o surgimento do gonzo, tudo isso iria ficar para trás de uma vez por todas. Os produtores entenderam que poderiam ganhar muito mais dinheiro fazendo filmes mais realistas, como se fossem filmados no dia a dia de qualquer um espectador.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de março de 2003

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 6

Silvia Saint
Realmente, se eu fosse fazer uma escala das atrizes mais bonitas de todos os tempos no mercado de cinema adulto, a tcheca Silvia Tomcalova estaria no topo. Silvia Saint, seu nome artístico, realmente marcou época. Era impossível ficar indiferente a uma jovem de rosto tão bonito, clássico, maravilhoso. Ela foi a maior representante de uma leva de lindas mulheres que vieram do leste europeu, após a queda do muro de Berlim, para dominar o mercado adulto nos Estados Unidos e no resto da Europa. Se o comunismo não tivesse sido banido desses países, jamais teríamos garotas como a Silvia Saint atuando, causando admiração ao redor do mundo.

Ela nasceu em uma pequena cidadezinha do interior da República Tcheca em 12 de fevereiro de 1976. Era uma jovem completamente normal, como todas as outras de sua idade. Se formou em administração de empresas em uma universidade em Brno e chegou a trabalhar em um hotel na cidade de Zlin. Como era extremamente bonita, muito mais do que a média geral, acabou aceitando fazer ensaios como modelo. Primeiro, de forma convencional. Depois descobriu que os ensaios de nudez pagavam muito mais. Aceitou o convite para fazer uma sessão nesse estilo.

Foi capa de muitas revistas tais como "High Society", "Swank", "Cheri", "Club International" e "Penthouse". Depois disso não parou mais. Apareceu em centenas e centenas de revistas na Europa. Ela não tinha problemas em aparecer nua nessas fotos e assim foi decolando na carreira. Acabou aceitando uma oferta excelente vinda dos Estados Unidos e não parou mais. Foi para o ramo das produções de filmes adultos. Fez seu primeiro filme em 1996 e se tornou uma das maiores estrelas do mundo nesse segmento.

No total fez 218 filmes ao longo de sua produtiva carreira. Ela inclusive esteve no Brasil, na Bahia, filmando um de seus filmes de maior sucesso. E aqui no Brasil foi bem badalada, inclusive dando entrevistas em canais de TV aberta, como o SBT. Hoje a Silvia Saint está com 44 anos de idade. Ela abandonou o ramo, mas de vez em quando surge como grande atração em convenções de cinema adulto pelo mundo. Recentemente deu uma entrevista desaprovando o pornô atual, que para ela não valoriza mais tanto a mulher. A bela loira tcheca, de lindos olhos azuis e rosto angelical, realmente deixou muitas saudades em seu enorme fã clube.

Pablo Aluísio.