sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Chicago Fire - Terceira Temporada

Chicago Fire - Terceira Temporada
Existe uma trilogia de séries filmadas em Chicago atualmente. Chicago Fire, Chicago PD e Chicago Med. A primeira sobre bombeitos, a segunda sobre tiras e a terceira sobre médicos. Três tradições da televisão americana. A primeira delas foi Chicago Fire de onde todas as outras surgiram. São boas séries, mas também são bem convencionais, produzidas para serem exibidas na TV aberta nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, se eu não estou enganado, elas são exibidas pelo canal a cabo da Universal. 

Pois bem, cheguei no final dessa terceira temporada de Chicago Fire. É uma temporada muito longa, com 22 episódios, por isso o desgaste no espectador chega, mais cedo ou mais tarde. Muita gente abandona no meio do caminho. Pensando nisso os roteiristas bolaram uma forma de que cada episódio tenha sua autonomia, enquanto segue um tênue fio narrativo que liga todas as histórias de uma temporada. 

Aqui temos além do feijão com arroz dos salvamentos e incêndios, que fazem o dia a dia dos bombeiros, uma pequena história envolvendo mafiosos e um club de strip-tease onde um dos tenentes vai fazer um serviço extra. E há maior desenvolvimento também do personagem Severide, o queridinho das fãs pois o ator Taylor Kinney é considerado gato demais pelo público feminino americano. Ele cai em desgraça a ponto de perder sua patente. E tudo por uma amizade tóxica. Essa amizade do símbolo sexual da série também me deixou muito suspeito de que ele na verdade tenha suas quedas pelo mesmo sexo. Vai saber... Cada um com suas próprias escolhas. 

Mas enfim, gostei dessa temporada. Não sei se vou seguir assistindo, talvez sim, talvez não. A série foi prejudicada pela pandemia e os produtores resolveram parar as filmagens recentemente. Pode ser que seja cancelada. Não tem problema, afinal são 239 episódios divididos em 11 temporadas. Quem gosta da série vai ter material para assistir por muitos anos ainda pela frente... Boa sorte! 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Keith Richards: Under the Influence

Keith Richards: Under the Influence
Esse é uma espécie de documentário musical mostrando um lado do guitarrista dos Rolling Stones que muita gente nem conhece. Em sua curta duração, que se consome basicamente em uma grande entrevista informal, Keith Richards desfila seu amor ao Blues dos Estados Unidos. Também fala dos pioneiros do rock como Elvis Presley e Chuck Berry. Sobre o primeiro, o inglês diz que ele foi o grande influenciador de toda uma geração de jovens ingleses que decidiram se dedicar a ser roqueiros e músicos. Colocando aí nesse baú não apenas os Stones, mas também os Beatles e toda aquela geração de grandes nomes pioneiros do rock inglês. 

Sobre Chuck Berry, bem, o Keith Richards não tem apenas boas lembranças. Ele recorda como foi complicado trabalhar com Berry nos anos 80, em um especial que celebrava justamente a importância e a carreira desse pioneiro do rock. Richards lembra que o músico era nervoso, uma pilha e estava sempre pronto a dizer desaforos contra todos ao seu redor, até contra ele mesmo que estava ali por admiração ao legado de Chuck Berry, mas que no fundo ficou bem decepcionado com seu modo de trabalhar e agir com os colegas de profissão. Berry era vulgar, foi isso o que transpareceu das lembranças de Richards. Então é isso, gostei. Um item bem interessante para quem aprecia e história do rock. Já para quem é fã dos Rolling Stones esse é um filme realmente obrigatório. 

Keith Richards: Under the Influence (Estados Unidos, 2015) Direção: Morgan Neville / Roteiro: Morgan Neville / Elenco: Keith Richards, Anthony DeCurtis, Steve Jordan / Sinopse: Ao longo de uma extensa entrevista o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards relembra sua jornada ao longo de todos os anos, colocando em relevo os artistas e gêneros musicais que deram origem à sua própria musicalidade. 

Pablo Aluísio.

Robôs Assassinos

Robôs Assassinos 
Quando se pensa em um título como esse; logo vem à mente algum filme B dos anos 80 sobre máquinas mortais. Não é nada disso. Esse é mais um bom documentário do selo "Explorando o Desconhecido" que mostra uma realidade que saiu dos antigos livros de ficção para o mundo real, o atual mundo em que vivemos. Já existem muitos robôs assassinos lutando em guerras como a da Ucrânia contra a Rússia. O próprio drone de guerra já faz parte dessa categoria. São máquinas construídas e utilizadas para matar o inimigo no campo de batalha. São extremamente eficientes em suas missões, como aliás temos visto todos os dias nos campos de batalha da Ucrânia. 

E o mais assustador de tudo é saber que muitos robôs já estão na guerra e usando a Inteligência Artificial para tomar suas próprias decisões, sem a interferências de seres humanos. Alguns drones náuticos da Ucrânia, que inclusive afundaram navios de guerra da Rússia, estão agindo de forma completamente independente do comando de seres humanos. Eles mesmos decidem se vão destruir uma ponte ou atacar um navio russo. Pois é, o mundo de "O Exterminador do Futuro" já é uma realidade. Só espero que as máquinas não cheguem na conclusão que o ser humano é a fonte de todo o mal e que deve ser eliminado da face da Terra. 

Explorando o Desconhecido: Robôs Assassinos (Killer Robots, Estados Unidos, 2023) Direção: Jesse Sweet / Roteiro: Jesse Sweet / Elenco: Max Tegmark, Nick Bilton, Andrew Yang / Sinopse: Documentário que mostra os avanços da alta tecnologia que usa robôs assassinos baseados em inteligência artificial nos campos de guerra pelo mundo afora. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Caverna de Ossos

Caverna de Ossos 
Antes que um Homo Sapiens andasse sobre a Terra, existiram diversas outras espécies de homens ancestrais, muitos deles ainda na transição do macaco para o ser humano, tal como o conhecemos hoje. Esse documentário da Netflix resgata uma expedição arqueológica feita em uma grande caverna no continente africano, na África do Sul, onde se encontraram ossos de um desses antepassados do Sapiens. Ainda era uma forma de vida muito primitiva, com aparência mais de um macaco do que de um homem, mas já tinha características importantes que iríamos herdar com a evolução das espécies. 

Uma delas foi o cuidado com seus mortos. Os cientistas descobriram que esses primatas antigos enterravam seus mortos com todo o respeito e consideração. Havia inclusive sinais de rituais fúnebres. Nada assemelhado com outros animais que simplesmente abandonavam seu mortos pelo meio do caminho. Um claro sinal de humanidade. Esse cuidado indicava acima de tudo que esse ser primitivo já tinha consciência de sua própria mortalidade. E isso, concordam os arqueólogos, também poderia ser um sinal do surgimento da cultura humana. Artes nas paredes, em forma geométricas, também foram encontradas nessa caverna. Trocando tudo isso em miúdos, esse Homo ancestral já trazia consigo muitas das mais valiosas características que seriam herdadas pelo Homo Sapiens. Era o começo de todo um conjunto de valores que iriam dar origem ao nosso modo de pensar e agir. 

Caverna de Ossos (Estados Unidos, 2023) Direção: Mark Mannucci / Roteiro: Mark Mannucci / Elenco: Lee Berger, Agusin Fuentes, Keneiloe Molopyane / Sinopse: Equipe de arqueólogos encontra uma série de ossos de um homem primitivo que teria vivido há milhares de anos numa grande caverna na África do Sul. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Asteroid City

Asteroid City
Existem pessoas que amam o cinema de Wes Anderson e outros que odeiam. Não parece haver meio termo. Bom, eu fico nesse espaço, nem idolatro e nem esculacho. Primeiro vejo o filme. Alguns gostei, outros não. Normal. O problema é que esse aqui se enquadra nos filmes chatos e absurdamente pretensiosos do Wes Anderson. E coloca chato nisso! Que filme irritante! As cenas não parecem seguir uma lógica narrativa, não muito bem delimitada. O roteiro tenta recriar a mente de um escritor de teatro que está montando sua nova peça. Ele só tem alguns elementos definidos, nada muito claro ou coerente. E o filme vai nessa mesma linha. Tem, em vários momentos, a iniciativa de tentar um humor baseado na fina ironia. Ok, tudo bem. Entretanto devo dizer... é um tipo de humor dos mais chatos que já vi na minha vida. Ruim demais até mesmo para chegar ao final do filme. Wes Anderson está afundado em sua própria egotrip. Essa é a verdade! 

Ao que tudo indica, a constante babação da crítica americana em relação aos seus filmes subiu à cabeça de Wes Anderson. Ele perdeu os limites, as estribeiras. Como tudo que faz é recebido pela crítica especializada como a segunda vinda do Messias, ele chegou na conclusão que pode fazer qualquer coisa que os elogios descabelados virão. E todo mundo vai ficar muito intrigado, satisfeito, mesmo que vários deles não tenham entendido nadica de nada. Pura tolice. O filme é ruim, não tem como negar. Eu achei o mais irritante de sua filmografia. No fim do primeiro ato já pensava em abandonar o filme no meio do caminho. Foi um verdadeiro sacrifício chegar ao fim. Os cacoetes cults de Wes Anderson atingiram os picos do Everest aqui. Masturbação completa de seu ego! O diretor está absolutamente deslumbrado consigo mesmo. Seria bom voltar para o Planeta Terra e parar de encher tanto o nosso saco! 

Asteroid City (Estados Unidos, 2023) Direção: Wes Anderson / Roteiro: Wes Anderson, Roman Coppola / Elenco: Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Edward Norton, Bryan Cranston / Sinopse: Um grupo de pessoas aleatórias, que não possuem nada em comum, vão parar no meio de uma pequena cidade do deserto chamada Asteroid City. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Demônios de São Petersburgo

Demônios de São Petersburgo
Quando jovem, o escritor Fyodor Dostoyevsky acabou se envolvendo com um grupo revolucionário russo que lutava contra a monarquia. Eles queriam derrubar o regime Romanov. Não deu certo. Dostoyevsky foi preso e enviado para a congelante Sibéria onde amargou dez anos numa prisão de trabalhos forçados. A história desse filme começa quando encontramos Dostoyevsky já na velhice. Ele luta pela sobrevivência, sempre sendo explorado por editores gananciosos que no fundo querem apenas controlar seus direitos autorais. Desde sempre escritores são explorados, infelizmente esse é um capítulo que se repete ao longo da história. Para facilitar e agilizar seu novo romance ele então contrata uma jovem secretária. Enquanto ele dita, ela vai escrevendo a história. E ele fica emocionalmente envolvido com ela, pra variar...

Seu mundo vira do avesso novamente quando um jovem surge em seu caminho. O rapaz tem os mesmos ideais que tinha o jovem Dostoyevsky, só que os anos de experiência na prisão quebraram sua alma. Mesmo assim, sem refletir muito e indo pelos valores que ele tanta prezava em seus tempos de juventude, o velho Dostoyevsky acaba se envolvendo um pouco demais nessa nova luta revolucionária. Bom filme, valorizado pelo bom desempenho dos atores e por um detalhe que não deve passar em branco para quem for assistir essa produção cinematográfica. A trilha sonora foi assinada pelo talentoso Ennio Morricone. Mais simbólico do que isso para quem ama cinema, impossível. 

Demônios de São Petersburgo (I demoni di San Pietroburgo, Rússia, Itália, 2008) Direção: Giuliano Montaldo / Roteiro:Andrey Konchalovskiy, Paolo Serbandini, Monica Zapelli / Elenco: Predrag 'Miki' Manojlovic, Carolina Crescentini, Roberto Herlitzka / Sinopse: Na velhice o escritor Dostoyevsky encontra um grupo de jovens revolucionários e isso novamente acende seus ideais dos tempos de sua própria juventude. 

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de agosto de 2023

Sem Fôlego

Título no Brasil: Sem Fôlego
Título Original: Brooklyn Boogie
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Paul Auster, Wayne Wang
Roteiro: Paul Auster, Wayne Wang
Elenco: Harvey Keitel, Lou Reed, Michael J. Fox, Roseanne Barr, Lily Tomlin, Jim Jarmusch

Sinopse:
Uma pequena loja de cigarros do bairro no Brooklyn em Nova Iorque vira palco de encontros entre pessoas que moram nessa região da grande cidade norte-americana. Indicado ao American Comedy Awards.

Comentários:
Filmes como esse fizeram a fama da companhia cinematográfica Miramax. A empresa se propunha a fazer um tipo de cinema mais independente, mais intelectualizado. Em poucas palavras, um tipo de cinema mais cult. A força vinha do diálogos, das improvisações dos atores, do clima mais descontraído. E tudo isso você encontrará nessa produção. Como era uma proposta muito interessante para a época, nomes conhecidos de Hollywood acabaram aceitando fazer parte desse elenco. É o tipo de filme mais indicado para cinéfilos e mais indicado ainda para quem é de Nova Iorque. Isso porque a grande protagonista do filme é justamente a própria cidade. Os personagens debatem, discutem, contam casos aleatórios, curiosos, tudo o que faz Nova Iorque ser a big apple. As boas atuações e uma direção inspirada garantem a qualidade do filme. Certamente é um bom filme para quem gosta do cinema independente norte-americano.

Pablo Aluísio.

Dois Espiões e um Bebê

Título no Brasil: Dois Espiões e um Bebê
Título Original: Undercover Blues
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Ian Abrams
Elenco: Kathleen Turner, Dennis Quaid, Stanley Tucci, Fiona Shaw, Larry Miller, Tom Arnold

Sinopse:
Uma dupla de ex-espiões, marido e mulher, chega a Nova Orleans em licença maternidade com sua filha. Lá eles são incomodados por assaltantes, a polícia e seu chefe do FBI, que quer que eles façam apenas mais um trabalho.

Comentários:
Nos anos 90 houve uma modinha de filmes com bebês. Isso foi causado basicamente pelo sucesso de bilheteria de dois filmes, "3 solteirões e um bebê" e "Olha quem está falando". Depois dos milhões de dólares arrecadados nos cinemas, todos os estúdios correram para lançar seu filme com bebês fofinhos. Esse foi um deles e segue basicamente na mesma linha. A diferença é que essa produção oportunista é muito ruim. Se os outros filmes já eram bobinhos, esse aqui extrapolou todos os limites. Não apenas bobinho, mas também chato demais. A única coisa que salva é a presença de Kathleen Turner. Ela ainda estava na sua fase de mulher bonita. Muito atraente. Pena que o papel era tão idiota que até sua beleza foi estragada na tela. Quando um filme é ruim, pouca coisa consegue se salvar.

Pablo Aluísio.