terça-feira, 25 de abril de 2017

10 Curiosidades - Alien: Covenant

10 Curiosidades - Alien: Covenant (2017)

1. O novo filme da franquia Aliens custou 111 milhões de dólares. Um valor considerado até bem razoável para um filme como esse, que tem pretensões de ser um blockbuster, um arrasa quarteirão nas bilheterias.

2. O diretor Ridley Scott ficou meses em dúvida se iria ou não dirigir esse primeiro filme depois de Prometheus (2012), Esse foi o primeiro filme dessa nova linha de produções e na opinião de Scott não foi tão bem recebido como ele pensava. A decepção por parte da crítica o fez pensar em dar a sequência para outro diretor dirigir. Depois pensou melhor e resolveu assumir definitivamente a direção desse novo filme.

3. Em entrevistas Ridley Scott confidenciou que havia odiado Alien³ (1992). Ele então juntou peças de um antigo roteiro que havia escrito na época de lançamento daquele filme (e que nunca havia sido filmado) com elementos novos que surgiram depois de Prometheus. Juntando ideias novas e antigas ele finalmente chegou na versão final dessa nova estória vista em Alien: Covenant.

4. Por questões financeiras e fiscais o estúdio Fox decidiu que esse novo filme seria filmado em Sydney, na Austrália. Toda a equipe técnica americana assinou um contrato especial que previa a permanência naquele país por pelo menos seis meses. No final, como bem explicou Ridley Scott, o filme foi praticamente todo feito em Sydney, não apenas em relação às filmagens, mas montagem e edição também. Apenas os efeitos digitais foram produzidos em Los Angeles.

5. O ator Michael Fassbender teve um choque de agendas entre as filmagens desse novo filme "Alien: Covenant" e "X-Men: Apocalipse". Ridley Scott então, por pura gentileza profissional, adiou o começo das filmagens para que Fassbender tivesse tempo de terminar seus compromissos e viajar para a distante Austrália para começar a trabalhar nesse nova produção.

6. O primeiro nome do filme era "Alien: Paradise Lost" (Alien: Paraíso Perdido). Era esse o título que Ridley Scott queria para a produção, mas os executivos da Fox o convenceram a escolher outro nome, isso porque poderia haver uma certa confusão na mente do público com a série "Lost". Além disso, para a Fox, o título escolhido por Ridley Scott era pouco comercial e até brega!

7. Ridley Scott explicou que esse "Alien: Covenant" é na verdade o segundo filme de uma trilogia que serve como prequel para a franquia principal Aliens. O enredo se passa antes do que é visto em "Alien: O Oitavo Passageiro". O primeiro filme dessa nova trilogia foi exatamente o filme "Prometheus" de 2012. O terceiro filme está previsto para ser lançado nos cinemas em 2019 ou 2020.

8. O título "Alien: Covenant" se refere a um pacto entre criadores e criaturas. Uma óbvia referência à história bíblica do pacto entre Deus e os homens que está presente nas escrituras sagradas da tradição judaico-cristã.

9. Os nomes de andróides, David e Walter, são uma homenagem de Ridley Scott aos produtores David Giler e Walter Hill. "Uma questão que apenas os envolvidos no filme vão entender completamente" - explicou o diretor.

10. Na apresentação do filme aos jornalistas americanos o diretor Ridley Scott explicou: "Eu fiquei em dúvida se faria esse segundo filme. Havia também uma nova continuação para Blade Runner e eu pensei por um tempo em ir dirigir o outro filme, mas depois optei por Alien. No final terminamos o filme no custo previsto e no cronograma certo. Estou feliz com o resultado. Espero que todos gostem do novo filme".

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

10 Curiosidades - O Chamado 3

10 Curiosidades Sobre O Chamado 3

1. O filme custou 33 milhões de dólares - um valor até acima da média para filmes de terror em geral. Grande parte desse orçamento milionário foi gasto em efeitos especiais e marketing. O resultado comercial nas bilheterias até o momento tem sido considerado bom.

2. A principal personagem da franquia "O Chamado" é a garota Samara Morgan. A atriz Bonnie Morgan a interpreta nessa terceira parte, substituindo Kelly Stables da parte 2 e Doona Bae do filme original. Curiosamente a primeira atriz a interpretar Samara foi uma japonesa,  Ayane Miura, no filme que deu origem a tudo em 1995.

3. Esse novo filme foi dirigido pelo espanhol F. Javier Gutiérrez. Ele é praticamente um novato no cinema, tendo dirigido anteriormente apenas o filme Três dias. É a sua primeira experiência no gênero terror.

4. Inicialmente o filme deveria ter chegado nas telas em novembro do ano passado, mas seu lançamento foi adiado porque os executivos do estúdio não ficaram satisfeitos com algumas cenas, principalmente em relação ao visual de Samara. Um novo especialista em maquiagem e figurinos, Arjen Tuiten, também foi contratado para melhorar (ou piorar, dependendo do ponto de vista) o visual da protagonista.

5. A atriz Naomi Watts foi convidada para retornar a essa terceira sequência, mas declinou do convite. Ela alegou que O Chamado não lhe interessava mais. Era parte do passado.

6. Os dois filmes anteriores ficaram bem conhecidos por causa da imagem assustadora de Samara. Seu visual foi criado pelo multi oscarizado Rick Baker. Ele também iria trabalhar nessa terceira continuação, mas resolveu se aposentar em meados do ano passado. Foi uma perda bem sentida para a equipe técnica do filme.

7. O Chamado 3 não tem sido bem recebido pela crítica em geral. Muitos estão reclamando do roteiro mal escrito, repetitivo e sem novas ideias.

8. O roteiro foi reescrito várias vezes, por uma equipe formada por cinco roteiristas, incluindo o mesmo grupo que escreveu os roteiros de filmes como "A Última Casa da Rua" e "A Casa dos Sonhos". Nada disso porém surtiu efeitos muito positivos.

9. A franquia "O Chamado" é toda baseada em um livro de terror escrito por Kôji Suzuki. A primeira adaptação para as telas aconteceu em meados dos anos 90.

10. Kôji Suzuki é um mestre da literatura de horror. Outros livros seus também viraram filmes de sucesso como "Água Negra" e "A Invocação". Sobre o fato de se dedicar a livros sobre o sobrenatural o escritor japonês explicou: "A mente humana é um lugar sombrio. Em meus livros procuro conhecer esse labirinto de escuridão".

Pablo Aluísio.

10 Curiosidades - Cinquenta Tons Mais Escuros

10 Curiosidades sobre "Cinquenta Tons Mais Escuros"

1. O filme "Cinquenta Tons Mais Escuros" foi rodado praticamente de forma simultânea com o terceiro filme da franquia chamado "Cinquenta Tons de Liberdade". A intenção do estúdio foi economizar custos, além de viabilizar um lançamento mais próximo do outro.

2. A Universal Pictures investiu 60 milhões de dólares nessa continuação. Para não pagar tantos impostos o estúdio decidiu que as filmagens seriam realizadas no exterior, em Vancouver no Canadá. Ela foram finalizadas em julho de 2016, em Paris e Nice, na França.

3. O ator Jamie Dornan quase não conseguiu chegar em um acordo com a Universal. Ele pediu um cachê que para o estúdio foi considerado alto demais. Só após várias negociações ele finalmente acertou sua volta como o personagem Christian Grey. Estima-se que ele tenha recebido 10 milhões de dólares pelos dois filmes.

4. Kim Cattrall, Michelle Pfeiffer e Charlize Theron foram cogitadas para atuar nessa segunda produção.

5. O roteirista Niall Leonard é casado com a escritora E.L. James, que escreveu todos os romances que deram origem aos filmes. Essa aproximação ajudou bastante na hora em que havia dúvidas sobre a adaptação do texto original para o cinema.

6. Um momento de tensão aconteceu nas filmagens, quando a equipe se encontrava em Nice, na França. Houve um atentado terrorista, onde várias pessoas foram mortas. A Universal então cancelou o restante das filmagens e toda a equipe técnica retornou aos Estados Unidos.

7. A atriz Dakota Johnson ficou visivelmente abalada com tudo o que aconteceu na França. Na volta aos Estados Unidos decidiu não falar sobre o assunto em suas entrevistas de divulgação do filme.

8. Essa é a estreia do diretor James Foley na franquia. Ele foi contratado para dirigir ainda o terceiro filme "Cinquenta Tons de Liberdade". Profissional experiente no mundo das séries ele dirigiu vários episódios de "House of Cards".

9. A Universal espera faturar algo em torno de 300 a 500 milhões de dólares em bilheteria.

10. Assim como aconteceu com o primeiro filme essa nova continuação não tem sido muito bem recebida pela crítica mundial.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de abril de 2017

Lista de Filmes - Parte IV

Infelizmente para Ridley Scott seu mais recente filme na franquia Aliens, o novo "Alien: Covenant", não tem sido muito bem recebido pela crítica. É até algo parecido com o que aconteceu com o primeiro filme dessa nova linha, o "Prometheus" que também passou longe de colecionar boas resenhas dos críticos ao redor do mundo.

Agora surpresa mesmo é perceber que o novo filme de Scott tem sido criticado principalmente em relação ao seu roteiro, considerado por muitos como primário, desorganizado e sem novidades, repleto de clichês por todos os lados! Ainda não assisti ao filme, mas esse tipo de crítica me parece bem surpreendente. De qualquer maneira por ser um filme novo da série que vem se consagrando nos cinemas desde "Alien o Oitavo Passageiro", não há como ignorar o filme. É aquele tipo de produção obrigatória para todos os fãs do gênero Sci-Fi.

Existem outras opções para os fãs de terror nessa semana? A partir do dia 18 (próxima quinta-feira) estreia o filme nacional de terror e suspense "O Rastro". Dirigido por J. C. Feyer e com um elenco que conta com Leandra Leal, Natália Guedes e Rafael Cardoso. Esse interpreta um médico que precisa coordenar a transferência de um hospital público no Rio de Janeiro. Durante essa mudança ele toma contato com uma jovem que aparente ter poderes sobrenaturais. É sempre bom saber que o cinema brasileiro está procurando por novos caminhos. Só o fato de termos um filme de suspense e terror feito aqui no Brasil já é uma boa notícia por si mesma.

Por fim, para quem gosta de fantasia medieval, fica a dica de "Rei Arthur - A Lenda da Espada". É mais uma produção que explora a figura lendária do Rei inglês que para alguns historiadores foi apenas um personagem lendário e para outros teria alguma ligação a história real da formação da nação britânica. O filme foi dirigido por Guy Ritchie (amado por alguns, odiado por outros) e conta no elenco com Charlie Hunnam (da série "Sons of Anarchy) no papel principal e Jude Law, mais uma vez atuando nesse tipo de filme. Uma nova versão sobre Arthur que vale a pena conferir nesse próximo fim de semana.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Parte III

Eu mantive por muitos anos o hábito de listar os filmes que ia assistindo. Em uma época em que não existia internet essa era uma opção para não esquecer o que havia assistido. Assim consultando esses velhos registros que sobreviveram ao tempo pude verificar algumas coisas bem interessantes. Em janeiro de 2000, por exemplo, assisti a dez filmes. Um bom número. Um filme novo a cada três dias. Uma boa média. O destaque do mês foi dado para "007 - O Mundo Não é o Bastante" (já comentado aqui no blog). Era mais um novo filme na longa franquia do agente James Bond no cinema. Nessa época Bond era interpretado por Pierce Brosnan. Em minha opinião essa foi uma fase muito boa do personagem. Não existem filmes realmente ruins com Brosnan estrelando. Considero todos bons.

Outro filme que assisti nesse mês foi "X-Men: O Filme". Esse fui ao cinema assistir. Gostei do resultado, porém não cheguei a ficar impressionado ou nada parecido. Esse foi o primeiro filme de uma longa franquia. É um dos pioneiros da invasão Marvel nos cinemas. Dirigido por Bryan Singer, esse filme passou pelo teste do tempo mesmo por causa de seu elenco. Não era todo dia que o espectador via atores como Patrick Stewart, Hugh Jackman e Ian McKellen em um mesmo filme. Coisa fina. O roteiro, como não poderia deixar de ser, era de origens, ou seja, tinha que explicar a origem daquele universo para quem não era leitor de quadrinhos (o que era o meu caso). Foi bacana, assistir no cinema e tudo mais, porém em termos de efeitos especiais a fita hoje soa bem datada.

Também vi nesse mesmo mês o filme "O Hotel de Um Milhão de Dólares". Já escrevi resenha no blog Drama & Romance. É basicamente um filme que tenta ser cult ao extremo, mas que no final só se torna mesmo muito chato. Apesar de ter Mel Gibson no elenco, pouca coisa se salva. É daqueles filmes que passam bem lentamente, torrando a paciência do espectador. Na seção micos, conferi a comédia bobinha e descartável "Até que a Fuga os Separe" com Eddie Murphy e Martin Lawrence. Nos anos 80 Eddie era sinônimo de filmes bons, comédias excelentes. O tempo foi passando e ele foi perdendo a graça, virando um xarope. Não sei se isso aconteceu porque o tempo passou e eu não era mais um menino, ou se o comediante perdeu mesmo o rumo. Está mais para a segunda alternativa. De qualquer forma superei esse tipo de fita sem importância. Na sequência vi "O Talentoso Ripley". Muito bom esse filme. Elenco acima da média (contando com Matt Damon, Gwyneth Paltrow e Jude Law), o filme era uma espécie de estudo da alma humana em frangalhos. Incisivo, mordaz e cruel nas medidas certas.

Já "O Homem Bicentenário" foi um filme massacrado pela crítica, mas que acabei gostando. Uma produção classe A, com ótimos efeitos especiais, que acabou ganhando um tom melancólico por causa da morte trágica do ator Robin Williams. O roteiro explorava a história de um androide em busca de emoções humanas. Ao longo de sua existência ele ia presenciando a partida de pessoas queridas, ficando para trás. Rever hoje tornaria tudo ainda mais triste. Outro bom filme assistido nesse mesmo mês foi "Hurricane - O Furação". Esse é o tipo de filme que mostra como Denzel Washington é um grande ator (e isso há muito tempo!). Aqui dirigido pelo mestre Norman Jewison ele interpretava um boxeador, da glória à decadência. Um drama forte, em atuação magistral, que valeu uma indicação ao Oscar para Denzel.

Completam a lista filmes menores, porém alguns muito bons como "Regras da Vida" (também comentado recentemente em um dos meus blogs) e o terror "Premonição", o primeiro de uma longa lista. Por essa época eu já andava um pouco saturado de filmes de terror, então imagine o quanto o gênero decaiu de lá para cá. Esse ainda tinha algumas boas ideias, que não foram tão bem aproveitadas. Mesmo assim até que valeu o preço da locação. Fecha a lista o péssimo "Wing Commander", filme que também já comentei. Um genérico de "Star Wars" de baixo orçamento. Ninguém mais lembra desse filminho hoje em dia, o que não deixa de ser uma justiça do destino. Melhor esquecer mesmo!

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de abril de 2017

Lista de Filmes - Parte II

Em fevereiro de 2000 assisti ao clássico "O Grande Ditador" de Charles Chaplin, O roteiro era obviamente uma sátira mordaz contra o ditador nazista Adolf Hitler. Muitos não param para pensar nisso, mas Chaplin rodou o filme antes dos Estados Unidos entrarem na guerra. Na época o governo americano procurava se manter neutro diante do que acontecia na Europa. Outro fato marcante é que Chaplin não sabia na ocasião que milhões de judeus como ele estavam sendo mortos em campos de concentração na Alemanha e na Polônia ocupada. Ele inclusive chegou a dizer que se soubesse na época das filmagens que o holocausto estava ocorrendo jamais faria o filme em respeito ás vítimas desse horror. O que podemos dizer ainda de um filme como esse, tão importante? Praticamente nada. É uma das grandes obras primas da história do cinema. Magnífico.

Outro bom filme assistido nesse mês foi "Magnólia". Com o tempo esse drama de Paul Thomas Anderson acabou sendo mais lembrado por causa de sua estranha cena final, com a chuva de sapos sobre Los Angeles. O fato porém é que Magnólia é bem mais do que isso, valorizado por um roteiro bem inteligente, ao estilo mosaico, que contava ainda com um excelente elenco com, entre outros, Tom Cruise, Jason Robards e Julianne Moore. Esse aliás foi um dos últimos filmes cult da carreira de Cruise que pelo visto desistiu desse tipo de produção, se limitando a estrelar um blockbuster atrás do outro. Uma pena, já que esse produto tipicamente da Miramax, tem seus méritos inegáveis. "Meninos não Choram" é outro bom drama dos anos 90. Um retrato muito bem realizado da questão LGBT naquela época. A atriz Hilary Swank teve a maior interpretação de toda a sua carreira e levou o Oscar! Prêmio mais do que merecido. A temático do filme aliás continua bem atual, ainda mais agora onde se discute tanto a tal teoria do gênero.

No cinema assisti "O Homem Sem Sombra". O filme é praticamente um remake do clássico de terror "O Homem Invisível". Claro que se no antigo filme tínhamos apenas um homem com pano enrolado na cabeça, aqui havia o melhor em termos de efeitos especiais, mostrando literalmente em detalhes o desaparecimento do personagem de Kevin Bacon. Há uma cena com um gorila que até hoje impressiona pela qualidade dos efeitos digitais. Não havia mais limites para o que o cinema podia reproduzir na tela com os avanços da tecnologia.

Por fim mais dois filmes. "Vivendo no Limite" era estrelado por Nicolas Cage. Ele interpretava um paramédico prestes a perder a sanidade em uma Nova Iorque caótica e insana. O diretor Martin Scorsese aproveitou sua experiência com seu vício em cocaína para imprimir um ritmo todo surreal ao seu filme. Não fez tanto sucesso e nem hoje é tão lembrado, mesmo assim é um filme que vale a pena. Já "Mortos de Fome" era um estranho filme de horror. O roteiro misturava suspense, morbidez e canibalismo nessa fita que causou uma certa repercussão em seu lançamento.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Parte I

Aqui vai uma pequena lista de filmes que assisti recentemente. Alguns deles ganharam resenhas em outros blogs. Ontem conferi esse "Macbeth - Ambição e Guerra", estrelado por Michael Fassbender. É mais uma adaptação da obra de William Shakespeare. O texto é dos melhores, mostrando um nobre guerreiro que é corroído pela ambição, se tornando um assassino insano e cruel, tudo para se sentar no trono da Escócia.

Essa peça era considerada maldita e amaldiçoada pelos contemporâneos de Shakespeare, justamente por causa de seu tema sórdido envolvendo até mesmo bruxaria. É de se pensar na coragem de Shakespeare escrevendo sobre um rei insano em pleno auge do absolutismo inglês. No geral é um bom filme, gostei.

Já "Sala Verde" é um thriller de suspense que não convence muito. No elenco apenas um nome conhecido: Patrick Stewart, sim ele mesmo, o Capitão Picard de "Star Trek - A Nova Geração" e o Professor Xavier da franquia "X-Men". Ator talentoso não teve muito com o que trabalhar nesse filme. O enredo é vulgar. Uma banda de rock do estilo Hard Punk vai se apresentar em um "buraco", um lugar frequentado por skinheads e membros do movimento White Power. Todos neonazistas, todos racistas. Após o show um dos membros do grupo presencia uma cena grotesca, uma jovem é esfaqueada na cabeça. Agora todos eles se tornaram testemunhas de um crime e vão ter que pagar muito caro para sair daquele lugar com vida. Patrick Stewart é o velho líder racista, dono do lugar, que fará de tudo para mandar todos eles para a cova rasa. Um filme apenas irregular, nada memorável.

Nesse gênero suspense, já indo para o terror, melhor mesmo é conferir "Ouija: Origem do Mal". O filme já vinha sendo elogiado bastante, por isso resolvi conferir e acabei gostando. A história se passa nos anos 60 e embora o roteiro tenha muitos clichês, tudo se garante na base da referência a bons filmes de terror do passado. Pena que o mesmo não possa ser dito do novo filme da franquia "Anjos da Noite" intitulada "Guerras de Sangue" que é apenas um prato requentado de todos os demais filmes da série. Dispense. Por fim duas dicas para quem gosta de história. São dois filmes sobre a última rainha da França, Maria Antonieta. "Adeus Minha Rainha" mostra os últimos momentos da monarca, tudo sob o ponto de vista de uma de suas damas de companhia. Já "Maria Antonieta" conta a história da rainha em uma narrativa quase documental. A atriz que interpreta a protagonista é extremamente parecida com a Maria Antonieta real. Um filme muito bom, diria até mesmo educativo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Mickey Rourke - Primeiros Filmes

A imprensa começou a falar em Mickey Rourke lá por volta da primeira metade dos anos 80. Claro, ele já havia feito filmes antes dessa década, mas quase sempre como mero coadjuvante e em alguns casos como um extra perdido no meio da multidão. Não era alguém para se prestar atenção. Dessa primeira fase de sua filmografia vale a pena citar "Portal do Paraíso" e "1941 - Uma Guerra Muito Louca", ambos os filmes fracassaram nas bilheterias. Nem o nome de Steven Spielberg conseguiu salvar 1941 de afundar feio nos cinemas. De fato foi o primeiro fracasso comercial do diretor. Logo ele que vinha já naquela época de uma sucessão de sucessos!

Assim o primeiro filme do ator a realmente chamar a atenção foi "Quando os jovens se Tornam Adultos", o conhecido "Diner" de 1982.  Dirigido por Barry Levinson o filme tinha um elenco jovem muito bom, contando com, entre outros, Steve Guttenberg e Kevin Bacon. Com um roteiro acima da média mostrava um grupo de rapazes procurando por um caminho na vida, mas sem encontrar nada consistente mesmo. E no meio desse turbilhão de situações havia o momento em que eles se encontravam, no mesmo lugar, para jantar e jogar conversa fora.

Esse foi o primeiro filme que chamou atenção para Mickey Rourke. Numa de suas primeiras entrevistas inclusive ele dizia que seu apelido "Mickey" (que não era seu nome original) havia sido dado por causa de sua baixa estatura. Como se ele fosse um garoto do tipo raquítico tentando sobreviver na Nova Iorque de sua infância. E para quem não sabe seu nome real é Phillip Andrew Rourke. Pois bem, com "Diner" Mickey Rourje ganhou seu primeiro filme de relevância, pelo menos para ele pessoalmente, dentro de sua carreira. Seu personagem chamado Robert 'Boogie' Sheftell foi um verdadeiro presente para quem tentava decolar uma carreira iniciante de ator.

Pablo Aluísio.