quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Exterminador do Futuro - Gênesis

Título no Brasil: O Exterminador do Futuro - Gênesis
Título Original: Terminator Genisys
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Laeta Kalogridis, Patrick Lussier
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Jason Clarke, Emilia Clark, Jai Courtney, J.K. Simmons
  
Sinopse:
No futuro o líder rebelde John Connor (Jason Clarke) decide enviar seu amigo e companheiro de armas Kyle Reese (Jai Courtney) para o passado com a missão de proteger sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke). A Skynet teria enviado um exterminador a 1984 com a missão de matá-la, evitando assim que o futuro líder da resistência humana contra as máquinas pudesse nascer. Uma vez no passado Kyle descobre que tudo o que ele esperava encontrar foi alterado mais uma vez por causa do envio de uma outra máquina ainda mais distante no tempo, o que acabou mudando completamente a linha temporal no qual está inserido.

Comentários:
Ao custo de 150 milhões de dólares esse novo filme da saga "Terminator" não tem correspondido às expectativas. Além de estar indo mal nas bilheterias americanas esse retorno de Arnold Schwarzenegger ao papel que o consagrou no passado também tem despertado muitas críticas negativas, tanto do público como das publicações especializadas em cinema. A mais recorrente delas diz respeito ao roteiro truncado e em muitos aspectos completamente sem sentido. Não faltam espectadores reclamando que pouco entenderam da trama do filme. Se você se enquadra entre eles não precisa ficar preocupado ou com sensação de não ter prestado a devida atenção em tudo o que acontecia em cena. O fato é que o roteiro é mal escrito mesmo. Tentando colocar ordem cronológica em algo tão confuso os roteiristas só conseguiram mesmo dar um nó na mente de grande parte do público. A sensação que temos foi a de que tiveram ideias demais para a curta duração do filme e ao tentarem juntar tudo em um só roteiro a coisa ficou indigesta e em muitos aspectos inexplicável. Mesmo para os que são fãs da série o novo filme parece ter ultrapassado todos os limites do bom senso narrativo. Um deles é a quantidade absurda de pontas soltas e perguntas sem resposta! Só para citar um exemplo: podemos questionar quem teria enviado o primeiro Exterminador, aqui conhecido carinhosamente por Sarah como "papi". De onde ele veio? Quem o enviou? Qual seria seu objetivo verdadeiro? Ninguém responde e nem mesmo os roteiristas parecem ter alguma explicação para essas perguntas.

Pior é o surgimento de uma multidão de personagens secundários sem a menor importância e as estranhas explicações sem sentido que são jogadas sem qualquer sutileza para o público digerir. Atores excelentes como J.K. Simmons tem poucas linhas de diálogo e na grande maioria das cenas se limita a sair correndo de um lado para o outro. Os efeitos especiais, que deveriam ser o cartão de apresentação principal do filme, também pouco impressionam. O exterminador T-1000 não é novidade nenhuma desde o segundo filme da franquia. A única boa ideia em termos de roteiro parece ter sido transformar um dos antigos mocinhos dos filmes anteriores em um dos vilões mais interessantes desse novo filme. Fora isso é um deserto de boas inovações. O que acaba salvando em termos o filme é algumas poucas boas presenças no elenco, com destaque para Emilia Clarke como Sarah Connor. Com um visual diferente do que estamos acostumados a ver na série "Game of Thrones" ela pouca lembra de sua personagem Daenerys Targaryen. Com boa presença de cena e o estilo de atuação certa, ela acaba amenizando em muito o descontentamento geral em relação ao filme como um todo. Pena que com um roteiro ruim desses pouca coisa pode ser salva. A conclusão final a que chegamos é a de que "Terminator Genisys" prova mais uma vez que muitas vezes ideias complexas demais nem sempre resultam em uma boa diversão. De todos os filmes anteriores da série esse só não consegue ser pior do que o terceiro, "O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas", que curiosamente trazia Arnold Schwarzenegger em vias de se aposentar na época para emplacar uma nova e promissora carreira política. Se formos nos basear em filmes como esse novo Exterminador para celebrar seu retorno ao cinema então seria melhor que ele continuasse aposentado mesmo.

Pablo Aluísio.

Maggie - A Transformação

Título no Brasil: Maggie - A Transformação
Título Original: Maggie
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Grindstone Entertainment
Direção: Henry Hobson
Roteiro: John Scott 3
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Abigail Breslin, Joely Richardson
  
Sinopse:
O mundo passa por uma terrível ameaça. Descoberto há poucos anos um novo tipo de vírus começa a tomar conta da natureza. Plantações precisam ser destruídas para evitar novas contaminações e pessoas começam a ser infectadas por esse novo tipo de doença desconhecida pela ciência. Para os que são atingidos pelo mal não há muito o que fazer a não ser entrar em quarentena, esperando por uma nova cura que parece nunca chegar. Não há salvação à vista e os sintomas praticamente deixam o infectado com os modos e a aparência de um zumbi. Para Wade Vogel (Arnold Schwarzenegger) a situação é ainda mais desesperadora uma vez que ele descobre que sua própria filha adolescente Maggie (Abigail Breslin) está com a nova peste. Determinado a não levá-la para um abrigo do governo, Wade decide ficar ao seu lado, em sua fazenda, enquanto testemunha sua gradual degradação que aos poucos vai transformando a antes bela jovem em um ser repugnante, sedento por carne humana.

Comentários:
Filme de apocalipse Zumbi com Arnold Schwarzenegger? Praticamente isso mesmo. O enredo se desenvolve em um futuro próximo quando o personagem de Schwarzenegger precisa lidar com um terrível drama familiar ao descobrir que sua própria filha Maggie (Breslin) estaria contaminada com esse novo e devastador vírus que transforma todos os infectados em zumbis devoradores de carne humana. Obviamente que o espectador vai ligar imediatamente o roteiro desse filme ao da série de sucesso "The Walking Dead". Sim, há zumbis e um clima de destruição no ar. As cidades parecem desertas e as autoridades não sabem o que fazer com a situação calamitosa. As semelhanças porém param por aí. A trama procura explorar e desenvolver o drama pessoal do pai em desespero Wade (Schwarzenegger), não abrindo praticamente nenhum espaço para uma história cheia de ação, violência e reviravoltas mirabolantes. Isso de certa maneira pode vir a decepcionar os fãs de Arnold Schwarzenegger, já que ele construiu toda a sua carreira em cima de filmes violentos de ação. Muitos inclusive vão esperar que ele vá empunhar uma escopeta em todas as cenas para estourar os miolos dos zumbis que venha a encontrar pela frente. Desista, isso não acontecerá nesse filme.

Ao invés disso o diretor Henry Hobson optou por desenvolver e explorar as angústias de um pai vendo sua filha adolescente sendo tomada gradualmente aos poucos por esse terrível mal. Embora seja aconselhado por todos (médicos e os policiais da cidade) a mandar ela com urgência para um lugar de quarentena determinado pelo Estado ele resiste, querendo ficar ao lado dela até o fim. No fundo é uma história de amor entre pai e filha. O veterano durão Schwarzenegger até mesmo deixa cair algumas lágrimas pelo rosto em um momento crucial do enredo, imagine você! O problema é que apesar de todas as suas boas intenções a doença rapidamente começa a tomar conta da jovem, fazendo com que ela aos poucos vá perdendo o contato com a realidade, sendo tomada por infectas feridas negras por todo o corpo, além de uma indisfarçável atração e gosto por carne humana. Conforme o tempo passa a fome vai se tornando cada vez mais presente e insuportável de resistir. Isso tudo vai acontecendo aos poucos. O ritmo é lento, contemplativo e com poucas cenas de ação (na verdade há apenas uma, bem tímida e discreta que não chega a fazer qualquer diferença). Fora isso tudo o que você encontrará pela frente é realmente a história de um pai fazendeiro que fica destruído emocionalmente por causa do estado de saúde cada vez mais deteriorado de sua própria filha. Quem poderia imaginar que um dia o brucutu Arnold Schwarzenegger iria estrelar um filme tão sensível como esse?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mar Negro

Título no Brasil: Mar Negro
Título Original: Black Sea
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Dennis Kelly
Elenco: Jude Law, Scoot McNairy, Ben Mendelsohn
  
Sinopse:
Depois de trabalhar por mais de trinta anos em uma empresa de exploração submarina, o Capitão Robinson (Jude Law) é demitido. De repente ele se vê numa situação muito complicada pois é um profissional extremamente especializado numa função em que não é fácil conseguir um novo emprego no mercado. Sem dinheiro e sem opções, ele resolve apostar alto numa jogada arriscada. Recruta um grupo de ex-marinheiros como ele e levanta financiamento com um gangster para alugar um velho submarino. O objetivo é encontrar um antigo U-Boot alemão afundado durante a II Guerra Mundial. A embarcação nazista estaria supostamente carregada com milhões em ouro puro quando foi a pique! Uma fortuna enterrada nas profundezas do oceano só esperando por um resgate. 

Comentários:
"Black Sea" me surpreendeu de forma muito positiva. Parecia ser mais um daqueles filmes derivativos sobre submarinos, do mesmo tipo que vemos há anos. Não é bem assim. O roteiro tem ótimas surpresas, algumas muito bem boladas. A história de um Capitão que resolve encarar uma missão submarina para resgatar ouro nazista já é bem interessante. Junte-se a isso o bom roteiro e você certamente terá uma diversão e tanto. Obviamente que há alguns absurdos no desenvolvimento da trama - situações que você dificilmente engolirá tão facilmente. Isso porém deve ser deixado de lado em nome do puro divertimento. O submarino que esse velho grupo de marujos veteranos e desempregados precisam encarar é uma verdadeira banheira flutuante, uma velha embarcação toda enferrujada. Isso porém não diminui o ânimo de todos, afinal de contas se forem bem sucedidos ficarão ricos pois a promessa é de dividir a fortuna em parte iguais entre todos eles. São apenas doze homens que precisam encarar o desafio de irem até as profundezas do mar negro em busca desse submarino nazista afundado cheio de ouro em seu interior. 

A carga milionária teria sido enviada pelo próprio Stálin para os cofres do Reich como uma amostra de sua boa vontade após a assinatura do pacto de não agressão entre as duas nações, nas vésperas da invasão alemã sobre o território soviético. Depois que a guerra entre a Alemanha Nazista e o Estado Soviético começou o velho U-Boot alemão foi destruído por navios de guerra russos, ficando por 70 anos enterrado em seu túmulo no fundo do mar. O problema é que a tripulação do Capitão Robinson (Law) não tem autorização para resgatar esse carregamento. Eles precisam passar incógnitos pela própria marinha russa que patrulha a região. Enquanto procuram pelo submarino alemão desaparecido no fundo do oceano, navios russos passam por cima deles, na superfície! Essa porém nem é a maior dificuldade pois o próprio submarino que estão utilizando começa a apresentar um problema técnico atrás do outro, fruto de seu mal estado de conservação, afinal de contas era uma nau praticamente aposentada há anos! Enfim, uma aventura como nos velhos tempos. Sim, sua trama é bem improvável e muitas cenas são totalmente inverossímeis, mas a despeito de tudo isso a diversão também estará garantida.

Pablo Aluísio.

Tracers

Título no Brasil: Tracers
Título Original: Tracers
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Daniel Benmayor
Roteiro: Leslie Bohem, Matt Johnson
Elenco: Taylor Lautner, Marie Avgeropoulos, Adam Rayner
  
Sinopse:
Depois da morte dos pais, o jovem Cam (Taylor Lautner) faz o que é possível para sobreviver. De dia entrega correspondência em Nova Iorque com sua bicicleta. De noite tenta recuperar o velho carro que seu pai lhe deixou. Morando numa garagem que mal consegue pagar o aluguel, a vida não é nada fácil para ele. Durante um dia no trampo ele acaba conhecendo um grupo de jovens que praticam parkour pela cidade. Imediatamente ele acaba ficando interessado no estilo de vida deles e na adrenalina que esse esporte radical proporciona aos seus praticantes. Precisando de grana urgente, que deve a um criminoso de Chinatown, Cam acaba também aceitando fazer parte de alguns trabalhos sujos arranjados pelo mentor da turma. Algo que será muito arriscado e perigoso.

Comentários:
Filme de ação estrelado pelo ídolo teen Taylor Lautner. Para quem não se lembra ele foi o ator que interpretou o personagem Jacob Black na saga "Crepúsculo". Sim, aquele jovem que se transformava em lobo e que nunca vestia uma camisa! Pois bem, desde o fim daquela franquia os estúdios estão tentando transformar em astros o trio principal da série (que contava ainda com Kristen Stewart e Robert Pattinson). Até agora nenhum deles têm conseguido grande sucesso de bilheteria. Robert Pattinson vem acumulando fracassos e Kristen Stewart, apesar de ter aparecido em alguns poucos filmes interessantes, também ainda não entrou no grupo de elite do cinema americano. Taylor Lautner, como o menos badalado da turma, tem tentado emplacar no gênero dos filmes de ação. 

Esse aqui aposta numa moda popular entre os jovens americanos e europeus, o parkour. Nunca ouviu falar? Basicamente são acrobacias e movimentos que usam a arquitetura das grandes cidades como um grande playground. Esses jovens, que não sabem o perigo que correm, pulam em vãos de prédios, sobem andares sem equipamento de proteção e fazem todo tipo de pirueta em cima de carros, pontes e viadutos. Não é algo que você vá recomendar para seus filhos - a não ser que queira que eles sofram algum tipo de acidente mais sério. Enfim, mais uma modinha do mundo dos esportes radicais. O enredo é simples e direto, sem muita firulas. Dentro do nicho adolescente e com uma visão de não se esperar por muita coisa, até que a fita consegue divertir em suas pretensões modestas. Há uma trama envolvendo o submundo do crime, mas no fundo tudo é mera desculpa para os dublês darem shows de parkour por aí - realmente os caras são feras naquilo que se propõe a fazer. No final de tudo o que fica de mais interessante é a oportunidade de conhecer um pouco mais dessa nova modalidade radical. Não vai mudar em nada sua vida e nem lhe trará maior bagagem cultural, mas pensando bem, para um jovem de 16 anos isso também pouco importa. Está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Echoes of War

Título Original: Echoes of War
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: American Film Productions
Direção: Kane Senes
Roteiro: John Chriss, Kane Senes
Elenco: James Badge Dale, Ethan Embry, William Forsythe
  
Sinopse:
Com o fim da guerra civil americana o ex-soldado confederado Jimmy Wade (James Badge Dale) resolve voltar para a antiga casa de sua mãe. Há muito ela está morta, mas sua irmã ainda vive no lugar ao lado do marido e de seu filho, um garoto. A propriedade rural deles é vizinha com a de Randolph McCluskey (William Forsythe), um ex-criador de gado arruinado pela guerra. Quando um de seus filhos rouba uma caça do cunhado de Wade começa uma verdadeira guerra entre os dois clãs, ambos assolados pela miséria e desolação.

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O enredo se passa nas primeiras semanas após o fim da guerra civil. O sul, derrotado nos campos de batalha, está praticamente destruído. As antigas fazendas ricas e prósperas estão abandonadas. Os que ficaram para trás passam por sérias dificuldades, inclusive fome, pois as plantações estão queimadas e o rebanho há muito foi levado pelas tropas da União. Nesse cenário de desespero e miséria extremas todo alimento é valioso. Para sobreviver o cunhado de Wade, o jovem confederado que retorna ao lar depois de ter vivido a desgraça da guerra, caça pequenos animais da região como porcos selvagens, coelhos e esquilos. É o que os salva da falta de alimentos naquelas terras arrasadas pela guerra. É uma verdadeira luta pela sobrevivência. Com poucos dias de seu retorno ao antigo lar Wade descobre que o filho do fazendeiro vizinho está roubando as caças presas nas armadilhas de sua família. O que começa com um simples desentendimento logo desanda para um verdadeiro banho de sangue. Justiça, ódio e vingança se misturam. O roteiro desse filme é muito bem desenvolvido. Ele não está preocupado em contar sua história com pressa, pelo contrário, tudo vai sendo desenrolado aos poucos. Isso abre espaço para termos uma visão de como era dura a vida no sul após sua derrota para os exércitos do norte. Uma verdadeira calamidade. É um bom faroeste, valorizado e muito por sua temática interessante. A vida no velho oeste definitivamente não era nada fácil.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Showtime

Título no Brasil: Showtime
Título Original: Showtime
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tom Dey
Roteiro: Jorge Saralegui, Keith Sharon
Elenco: Robert De Niro, Eddie Murphy, Rene Russo, Alex Borstein, Marshall Manesh, Nestor Serrano

Sinopse:
Um policial de verdade e um ator de programas de TV precisam conviver juntos enquanto um novo projeto é filmado. Claro que acabam não se dando bem, porque um é um tira durão e o outro é um canastrão em busca da fama e sucesso.

Comentários:
Não deu muito certo essa parceria entre Robert De Niro e o comediante Eddie Murphy. Claro que o filme os uniu para tentar ser comercial, porém nem os fãs de De Niro e nem os de Murphy no final compraram a ideia. O filme está mais para comédia do que ação e o roteiro insiste em utitlizar a mesma piada, cena após cena. Com isso logo se torna cansativo ao extremo. Robert De Niro na época estava desesperado por um sucesso nos cinemas, já que sua carreira ia de mal a pior, com sucessivos fracassos de bilheteria. Ao invés de apostar em dramas (de preferência com mafiosos, onde se sai muito bem) ele apostou nessa comédia policial descartável. Já Murphy, outro astro que também sofreu com muitos fracassos no cinema, tentou levantar sua bola ao atuar com o prestigiado (pelo menos em relação aos seus filmes antigos) De Niro. No final nem um e nem outro ganhou nada com isso e esse filminho acabou sendo esquecido com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Diabo Veste Azul

Quando esse filme foi lançado Denzel Washington ainda não era Denzel Washington, se é que você me entende. Ele não era ainda um astro de Hollywood e nem um campeão de bilheterias no verão americano. Isso porém é secundário. O que realmente importa aqui é a qualidade cinematográfica do filme em si. E nesse aspecto não há o que reclamar. Temos aqui um filme de detetives ao velho estilo, lembrando muito o clima do cinema noir, com claras referências a filmes como "Chinatown". E não é à toa que toda a história se passa na era dos grandes romances policiais.

Nessa trama Denzel Washington interpreta um personagem chamado Easy Rawlins. Ele é contratado para encontrar o paradeiro de uma mulher, só que isso acaba sendo apenas a ponta do iceberg porque em seu desaparecimento há crimes envolvendo figurões da política, inclusive um asqueroso candidato à prefeitura da cidade. O roteiro também explora a tênua linha que separava brancos e negros na época em que a história se passa. E essa linha não poderia ser cruzada, algo que o detetive Easy Rawlins não pensa duas vezes antes de ultrapassar. Bom filme, com ótimo clima vintage e aquele jeitão de produção antiga, inclusive contando com uma ótima trilha sonora.

O Diabo Veste Azul (Devil in a Blue Dress, Estados Unidos, 1995) Direção: Carl Franklin / Roteiro: Carl Franklin, baseado no livro escrito por Walter Mosley / Elenco: Denzel Washington, Tom Sizemore, Jennifer Beals, Don Cheadle / Sinopse: Uma mulher desaparece. Easy Rawlins (Denzel Washington) é contratado para encontrá-la. No caminho descobre um jogo sujo e violento envolvendo inclusive políticos influentes e corruptos. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Centurião

Título no Brasil: Centurião
Título Original: Centurion
Ano de Produção: 2010
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Neil Marshall
Roteiro: Neil Marshall
Elenco:  Michael Fassbender, Dominic West, Olga Kurylenko

Sinopse:
Durante a ocupação do Império Romano em 117 na distante e fria ilha da Bretanha (futura Inglaterra) um grupo de sobreviventes da Nona Legião Romana tenta sobreviver nas florestas misteriosas da região. Cercados por todos os lados pelos povos bárbaros que habitam o local os romanos lutam para conseguir voltar para a segurança de seu exército.

Comentários:
Tinha boas expectativas em relação a esse "Centurião". Afinal de contas é raro encontrar algum épico histórico ruim mostrando toda a glória de Roma e suas legiões no mundo antigo. O próprio tema ajuda, principalmente para amantes da história (como esse que vos escreve). Pois bem, após assistir a "Centurião" cheguei na conclusão de que minhas expectativas estavam altas demais. O filme não é ruim, não me entendam mal, porém poderia certamente ser muito melhor. Há uma queda de ritmo e qualidade no decorrer do enredo. O que começa muito interessante vai decaindo cada vez mais. Atribuo isso ao roteiro, pouco focado, diria até desleixado. Também é imperdoável o fato do filme não explorar mais as tensas relações políticas envolvidas na presença romana na distante província da Bretanha! E onde foram parar as batalhas grandiosas que não podem faltar nesse tipo de produção? No final das contas o pano de fundo de tudo o que acontece é mais interessante do que a trama principal, que logo cai no clichê. Uma pena.

Pablo Aluísio.