sexta-feira, 17 de abril de 2015

O Enigma das Cartas

Esse é aquele tipo de filme que você provavelmente assistiu em sua vida, mas passados tantos anos já esqueceu! Novamente uma fita que vale pelo seu elenco. Acredite, Kathleen Turner foi uma das mulheres mais sensuais de Hollywood. Ok, o tempo não foi tão gentil com essa diva, mas naquela época ela realmente era de arrasar. Muito de sua carreira se deveu justamente ao seu Sex appeal. que era um pouco diferenciado das outras atrizes loiras dos anos 80. Na verdade ela sempre foi um pouco mais velha que suas concorrentes, mas conseguia fazer frente até mesmo a beldades bem mais jovens como Sharon Stone. A sensualidade não parece ter mesmo idade! Ao seu lado temos novamente o operário padrão de Hollywood, Tommy Lee Jones, que na época era considerado apenas um coadjuvante competente, pronto para encarar qualquer tipo de produção.

O enredo gira em torno de uma mãe, Ruth Matthews (Kathleen Turner), que precisa lidar sozinha com os problemas de autismo da filha, após a morte de seu marido. Ela tenta se comunicar com a jovem garota se utilizando do próprio universo muito particular de ser da menina, que costuma construir grandes castelos de cartas em seu quarto. Como se sabe as pessoas que sofrem de autismo acabam tendo grande dificuldade de interagir socialmente com as pessoas ao seu redor, sendo que muitos autistas acabam vivendo em um mundo muito particular, onde nem mesmo os próprios membros da família conseguem entrar. Em suma, um bom drama, especialmente indicado para quem tem algum membro da família passando por esse problema.

O Enigma das Cartas (House of Cards, Estados Unidos, 1993) Direção: Michael Lessac / Roteiro: Michael Lessac, Robert Litz / Elenco: Kathleen Turner, Tommy Lee Jones, Asha Menina / Sinopse: Thriller com fortes personagens femininos. Filme vencedor do WorldFest Houston na categoria de Melhor Atriz (Kathleen Turner).

Pablo Aluísio. 

Os Puxa-Sacos

Como sempre o título nacional é de amargar. Tudo bem, é uma comédia até bobinha, talvez nem merecesse qualquer resenha, mas de uma forma ou outra vale pelo menos a menção pelo elenco. O filme é estrelado pelo ator Michael J. Fox. Bom, se você foi cinéfilo na década de 80 sabe muito bem quem ele é, o adolescente que viajava no tempo na franquia inesquecível "De Volta Para o Futuro". Além disso ele por muitos anos participou de uma sitcom muito divertida e popular (até mesmo no Brasil) chamada "Caras e Caretas" que era exibida no final das tardes na Rede Globo naquela saudosa década.

Michael J. Fox é sempre uma atração a mais, porém o que vale mesmo a pena aqui é rever o veterano e ídolo da era de ouro do cinema americano Kirk Douglas em uma de suas últimas participações na tela grande. Douglas (que ainda está vivo, quase chegando aos 100 anos de idade que completará no ano que vem) é um daqueles mitos da história do cinema que vale qualquer sacrifício, até mesmo o de gastar algum dinheiro com uma comédia descartável como essa. Por causa da sua idade avançada ele não aparece muito no filme, mas quando surge mostra que ainda é um dos mais carismáticos astros que já passaram por Hollywood. Então, diante disso, esqueça o péssimo título nacional e arrisque conhecer. O Kirk vale o esforço.

Os Puxa-Sacos (Greedy, Estados Unidos, 1994) Direção: Jonathan Lynn / Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel / Elenco: Michael J. Fox, Kirk Douglas, Nancy Travis / Sinopse: Comédia estrelada pelo carismático ator Michael J. Fox e o veterano da era de ouro do cinema, Kirk Douglas.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O Cliente

Um garoto acaba testemunhando um assassinato cometido por membros da máfia italiana. Isso coloca em perigo sua própria vida. Para ajudar em sua delicada situação, seu pai resolve pedir ajuda a uma inexperiente advogada, interpretada por Susan Sarandon. O diretor Joel Schumacher é conhecido pelos altos e baixos na carreira. De fato ele pode dirigir excelentes filmes e depois afundar tudo, assinando verdadeiras bombas cinematográficas. Aqui temos, por sorte, um proveniente de sua boa safra. "The Client" é baseado no livro do famoso autor de best sellers John Grisham, o que já garante no mínimo um bom drama de tribunal como background narrativo.

Some-se a isso a presença de atores talentosos como a engajada Susan Sarandon e o sempre competente Tommy Lee Jones e você certamente terá em mãos aquele tipo de película onde nem mesmo um diretor ruim conseguiria estragar. Não que Joel Schumacher mereça esse tipo de título, mas sim pelo fato que mesmo que ele estivesse em um momento ruim dificilmente estragaria o resultado final. Assim "O Cliente" é um bom drama jurídico, que explora o lado mais visceral desse mundo fascinante do direito.

O Cliente (The Client, Estados Unidos, 1994) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Susan Sarandon, Tommy Lee Jones, Brad Renfro, William H. Macy / Sinopse: O filme mostra o tenso caso de um jovem que deverá testemunhar contra mafiosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Susan Sarandon). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Screen Actors Guild Awards na mesma categoria.

Pablo Aluísio.

Mudança de Hábito 2

Sequência bem mais fraquinha do sucesso "Sister Act", novamente produzido pela Touchstone Pictures (do grupo Disney) e contando novamente com a carismática presença da atriz e comediante Whoopi Goldberg. O roteiro, temos que reconhecer, é bem mais fraco do que o original, também pudera, não havia muita margem de manobra para se ir além. Dessa forma a estória é basicamente a mesma do primeiro filme, com algumas pequenas mudanças pontuais. O que acaba salvando essa continuação é, como não poderia deixar de ser, a música! Sim, muitos filmes ao longo da história foram salvos da mediocridade completa apenas por causa de sua trilha sonora. Além disso os números musicais são animados e bem coreografados.

O diretor William Henry Duke Jr conseguiu captar muito bem o clima gospel e religioso de pequenas comunidades religiosas de Nova Iorque, levando essa bagagem para o filme como um todo. Além disso o que podemos dizer da maravilhosa Maggie Smith? Uma atriz que realmente dispensa maiores comentários. Assim temos mais um belo trabalho que salvou o conjunto do rótulo de mero caça-níquel comercial. O que excelentes canções e atrizes de talento não conseguem fazer, não é mesmo?

Mudança de Hábito 2: Mais Confusões no Convento (Sister Act 2: Back in the Habit, EUA, 1993) Direção: Bill Duke / Roteiro: Joseph Howard, James Orr/ Elenco: Whoopi Goldberg, Kathy Najimy, Maggie Smith / Sinopse: Continuação do sucesso "Mudança de Hábito". Uma fugitiva apronta várias confusões se fazendo passar por freira em um animado convento. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Atriz (Whoopi Goldberg).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Cor da Noite

Um dos grandes fracassos comerciais da carreira de Bruce Willis. Um roteiro confuso, que procura ser sensual sem conseguir, resultando tudo em muita estética cinematográfica, mas pouca qualidade de fato. Ao assistir o filme você ficará com a sensação de estar vendo a uma longa peça publicitária da década de 90, com tudo de ruim que isso possa significar. A fotografia surge saturada e no meio da tentativa de tudo soar chic a coisa desanda, virando uma breguice realmente insuportável. Na época a ruindade do filme foi comentada, mas o que mais chamou a atenção da crítica e do público foram as cenas gratuitas de nudez de Bruce Willis!

Como se não bastasse ser bem ruim a fita, o espectador ainda tinha que aguentar os ataques de ego do peladão Willis! Acredito que ele hoje em dia tenha muita vergonha dessas sequências. E a estória? Do que se trata? Willis interpreta um psiquiatra que fica abalado com o suicídio de uma de suas pacientes. Depois tenta recuperar o equilíbrio com um colega de profissão, porém descobre alarmado que ele foi morto, provavelmente por uma de suas clientes. Enfim, bobagem pura, sendo que esse filme você pode dispensar sem maiores problemas. Mesmo assim conseguiu ser indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("The Color of the Night"). Porém depois foi "vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria de Pior Filme do Ano! Realmente não houve salvação...

A Cor da Noite (Color of Night, Estados Unidos, 1994) Direção: Richard Rush / Roteiro: Billy Ray, Matthew Chapman / Elenco: Bruce Willis, Jane March, Rubén Blades / Sinopse: A história de um homem mais velho que se envolve sexualmente com uma garota mais jovem.

Pablo Aluísio.

Minha Vida

Michael Keaton interpreta Bob Jones, um sujeito que descobre estar sofrendo de uma doença terminal que não o deixará acompanhar o crescimento e a vida de seus filhos em um futuro próximo. Inicialmente decepcionado com a trágica notícia, ele decide então gravar uma série de fitas para os garotos, com conselhos que todos os pais deveriam dar para os filhos. Numa delas ensina os meninos a tirarem a barba da forma correta, na outra deixa dicas preciosas de beisebol e por aí vai. Um filme que tentou ser leve, mas que tem um tema pesado, que simplesmente não dá para aliviar.

O filme não é grande coisa, mas também não chega a ser ruim completamente. Para ajudar na duração temos a linda Nicole Kidman interpretando Gail, a esposa de Bob (Keaton). Ela talvez seja o único motivo para rever o filme nos dias de hoje. Ainda jovem e muito bonita (se bem que ela nunca deixou de ser uma linda mulher), a atriz empresta graça e carisma a um roteiro meio capenga que perde o pique depois da segunda metade de duração. No final das contas o filme não fez muito sucesso (na realidade seu resultado comercial foi bem fraco) o que fez com que a carreira de Keaton fosse cada vez mais para o buraco. Foram tempos difíceis para o ex-Batman.

Minha Vida (My Life, Estados Unidos, 1993) Direção: Bruce Joel Rubin / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Michael Keaton, Nicole Kidman, Bradley Whitford / Sinopse: Um homem que descobre que vai morrer em breve decide gravar uma série de vídeos para serem assistidos pelos seus filhos, em um futuro próximo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Mr. Saturday Night

Para muitos o comediante Billy Crystal é apenas aquele cara meio chatinho e metido a engraçadinho que de vez em quando apresenta o Oscar. Pois bem, na verdade ele sempre foi considerado um dos melhores atores cômicos dos Estados Unidos. Esse aqui foi um projeto bem pessoal dele, onde Crystal dirigiu, escreveu o roteiro, produziu e atuou ao mesmo tempo. Com óbvios toques autobiográficos o filme narra a estória de Buddy Young Jr (Crystal), um sujeito que se considera engraçado e que aposta em uma carreira de humorista, inicialmente em clubes de Stand Up, para depois conquistar os grandes palcos e até mesmo o cinema.

Embora seja considerado basicamente uma comédia o filme também aposta no lado mais dramático, onde Crystal procura mostrar também o lado duro da profissão de fazer rir. Além disso perpetua a velha imagem do palhaço triste, ou seja, daquele artista que vive de divertir os outros enquanto que na intimidade cultiva uma alma melancólica dentro de si. No saldo final temos um bom filme, que não fará você se arrepender de conferir.

Mr. Saturday Night - A Arte de Fazer Rir (Mr. Saturday Night, Estados Unidos, 1992) Direção: Billy Crystal / Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz / Elenco: Billy Crystal, David Paymer, Julie Warner / Sinopse: A história de um comediante norte-americano. Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (David Paymer). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Billy Crystal) e Melhor Ator Coadjuvane (David Paymer). /

Pablo Aluísio.

Atraídos Pelo Destino

"It Could Happen to You" é uma comédia romântica que fez relativo sucesso na década de 90. O enredo gira em torno de Charlie Lang (Nicolas Cage), um policial de Nova Iorque. Após uma refeição numa lanchonete da cidade ele descobre que está sem dinheiro para dar uma gorjeta para a simpática garçonete Yvonne (Bridget Fonda). Então brincando tira um bilhete de loteria de seu bolso e diz para ela que se ganhar o grande prêmio voltará para dividir todo o dinheiro com ela! Pois bem, naquela mesma noite acontece o inesperado! Ele ganha a bolada de quatro milhões de dólares na loteria da cidade! E agora? Cumprirá a promessa? Nicolas Cage já havia trabalhado antes com o diretor Andrew Bergman no bem sucedido "Lua de Mel a Três" e voltou à parceria.

O roteiro, por incrível que pareça, foi baseado em um fato real! O resultado é bem agradável, lembrando em certos aspectos da ingenuidade bem intencionada dos antigos filmes de Frank Capra. Tudo acontece nesse clima de fábula romântica e tudo mais. Não chega a ser marcante em nenhum momento, porém felizmente não irrita também. Vale a pena pelas boas intenções e pela sempre bela presença de Bridget Fonda, a mais bonita integrante do clã Fonda. Pena que ela hoje esteja aposentada do cinema. Para os fãs de Cage (e ele tem um grande fã-clube no Brasil) é uma boa oportunidade de vê-lo em um papel mais diferenciado em sua carreira.

Atraídos Pelo Destino (It Could Happen to You, Estados Unidos, 1994) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Jane Anderson / Elenco: Nicolas Cage, Bridget Fonda, Rosie Perez / Sinopse: Uma história romântica que começa quando duas pessoas solitárias são unidas por uma situação surreal.

Pablo Aluísio.