sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Se Eu Ficar

Título no Brasil: Se Eu Ficar
Título Original: If I Stay
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), New Line Cinema
Direção: R.J. Cutler
Roteiro: Shauna Cross, Gayle Forman
Elenco: Chloë Grace Moretz, Mireille Enos, Jamie Blackley
  
Sinopse:
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é filha de um casal que no passado teve até mesmo uma banda de punk rock. Ela ama música, mas nada referente à barulheira que seus pais adoram. Mia é apaixonada mesmo pela riqueza da música clássica e se dedica todos os dias a aprender violoncelo. Quando chega a oportunidade de entrar para uma das mais prestigiadas escolas de música erudita dos Estados Unidos, a Juilliard School em Nova Iorque, ela fica em dúvida se deve seguir em frente com seus sonhos ou ficar em Portland ao lado da família e seu namorado roqueiro. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Um bom romance juvenil com toques espiritualistas em seu roteiro (não convém contar muito sobre isso para não estragar a surpresa do espectador). No geral o roteiro gira em torno da vida de Mia, uma garota normal, talvez um pouco tímida e reservada, que adora estudar música clássica. Enquanto os jovens de sua idade estão ouvindo rap e pauleiras em geral, ela está disciplinamente trancada em seu quarto praticando seu instrumento do coração, o violoncelo. Seus pais são do tipo moderninho, mas ela prefere fazer o estilo mais careta e conservador. Seu jeito de ser é abalado quando ela conhece um garoto roqueiro de sua escola que tem uma banda e sonha um dia ser um popstar. O enredo assim vai se desenvolvendo, mostrando em flashbacks o romance adolescente, seus primeiros problemas e o complicado jogo do amor nessa fase da vida, mas não é só isso que o filme procura explorar. Há uma linha narrativa que se passa ao largo dessa história de amor, mostrando ou pelo menos tentando mostrar, que o tempo segue em frente e muitas vezes eventos inesperados podem colocar tudo a perder em questão de segundos. Com esse filme Chloë Grace Moretz parece confirmar seu status de jovem atriz mais promissora de Hollywood. Realmente ela tem surpreendido pelas escolhas certas, mostrando uma segurança em cena digna de profissionais experientes. Se não cair na vala comum das celebridades de tablóides poderá certamente ter um brilhante futuro pela frente. O tempo dirá.

Pablo Aluísio.

O Homem da Máscara de Ferro

Título no Brasil: O Homem da Máscara de Ferro
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
  
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).

Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Contagem Regressiva

Título no Brasil: Contagem Regressiva
Título Original: Blown Away
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: John Rice, Joe Batteer
Elenco: Jeff Bridges, Tommy Lee Jones, Suzy Amis
  
Sinopse:
James 'Jimmy' Dove (Jeff Bridges) trabalha para o esquadrão anti-bombas em Boston. Como é um veterano experiente sempre é designado para os casos mais complicados. Depois de vários anos na ativa decide que irá se dedicar apenas ao ensino de novatos na força policial. Quando seu ex-parceiro é morto por causa de uma explosão de uma bomba terrorista, Jimmy decide ir atrás dos verdadeiros responsáveis pelo atentado criminoso. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão (Tommy Lee Jones) e Melhor Sequência de Ação.

Comentários:
Em meus velhos registros de filmes assistidos acabei dando uma nota muito boa a essa produção quando a assisti pela primeira vez, há 20 anos. Uma nota merecida pois "Blown Away" é uma prova de que o cinema americano também consegue realizar muito bem fitas de pura ação com inteligência e boas atuações. Conforme a trama vai avançando o personagem de Jeff Bridges descobre que um velho fantasma de seu passado pode ser o responsável pelos bem arquitetados atentados à bomba que estão acontecendo. O diretor Stephen Hopkins resolveu inovar na trilha sonora, trazendo uma série de compositores clássicos para trazer uma certa exuberância (alguns diriam "lirismo") às explosões gigantescas que vão surgindo em sucessivos ataques terroristas. Tommy Lee Jones parece muito à vontade em seu papel de vilão, um piromaníaco com ideias anarquistas sem muito sentido. No fundo ele deseja mesmo é explodir a sociedade contemporânea e seus valores distorcidos. Uma diversão garantida, com ótimas cenas e uma dupla de atores que duelando em cena mantém o interesse até o fim. 

Pablo Aluísio.

Patch Adams

Título no Brasil: Patch Adams - O Amor é Contagioso
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).

Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Identidade

Título no Brasil: Identidade
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.

Pablo Aluísio.

Stargate

Título no Brasil: Stargate
Título Original: Stargate
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Kurt Russell, James Spader, Jaye Davidson
  
Sinopse:
Um aparelho de teletransporte interestelar, encontrado nas areias escaldantes do Egito, leva todos os que nele entram a um estranho universo, em outra dimensão, a um planeta com seres humanos que se assemelham aos antigos egípcios e que adoram o deus Rá, na verdade uma entidade extraterrestre com poderes especiais. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção. Também indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Talvez seja o único filme assinado por Roland Emmerich que realmente valha a pena. Lançado há vinte anos no Brasil, "Stargate" era uma ficção que apostava alto na imaginação e na criatividade. Criando um elo direto entre civilizações extraterrestes e o antigo Egito, o roteiro realmente era muito original. Hoje em dia de forma curiosa o público em geral associa "Stargate" não tanto a esse longa-metragem, mas sim à série que durou longas dez temporadas (de 1997 até 2007). Confesso que esse seriado nunca me cativou, não acompanhei e os poucos episódios que assisti não me deixaram impressionado. Como eu já escrevi, bom mesmo é esse filme que acabou dando origem a tudo. Com um elenco muito bom, protagonizado pela dupla Kurt Russell e James Spader (antes de ficar careca e mais cool), o roteiro procurava explorar um universo todo próprio. Em termos de efeitos especiais não havia o que reclamar, principalmente quando tínhamos em cena antigos deuses da religião do Egito antigo disparando lasers de suas lanças históricas! Realmente tudo muito divertido e inovador. Longe dos excessos que iriam macular sua carreira nos anos que viriam, Roland Emmerich conseguiu acertar a mão, lidando com um argumento bem criado e bem desenvolvido. Assim deixamos a dica do verdadeiro "Stargate" que anda bem esquecido atualmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Anjos da Noite - A Evolução

Título no Brasil: Anjos da Noite - A Evolução
Título Original: Underworld - Evolution
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Danny McBride, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy
  
Sinopse:
"Underworld: Evolution" continua a saga da guerra entre os vampiros e os lobisomens. O enredo volta no tempo para mostrar os primórdios da antiga rivalidade entre as duas tribos que deram origem às criaturas que tentam se destruir na atualidade. Assim a vampira Selene (Kate Beckinsale) e o híbrido Michael (Scott Speedman) tentam desvendar os segredos de suas linhagens. Filme indicado a cinco categorias no Fangoria Chainsaw Awards. Também indicado nos prêmios MTV Movie Awards e Scream Awards.

Comentários:
Eu assisti ao primeiro filme com reservas. Apesar de gostar bastante de filmes sobre vampiros em geral essa franquia Underworld nunca esteve entre as minhas preferidas. Em minha forma de entender são filmes bastante influenciados pela cultura game e pelo universo Matrix, embora poucos realmente parem para pensar sobre isso. O ritmo é sempre frenético, com muitas cenas de ação (bem elaboradas, é verdade, mas também vazias e destituídas de emoção). Os pontos realmente interessantes se resumem na bonita direção de arte (bebendo de fontes ao estilo vintage futurista) e o elenco. Kate Beckinsale é uma atriz versátil, que pula de filmes pop como esse diretamente para dramas mais bem elaborados. É uma mulher bonita, ao estilo clássica, que consegue manter os olhos do espectador interessados no que se passa na tela. O enredo em si não muda muito em relação ao filme original, seguindo a linha mais pop e comic. Mesmo assim, para não perder a franquia de vista, compensa ao menos uma visita.

Pablo Aluísio.

A Balada do Pistoleiro

Título no Brasil: A Balada do Pistoleiro
Título Original: Desperado
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Joaquim de Almeida
  
Sinopse:
El Mariachi (Antonio Banderas) cruza as estradas empoeiradas do México com seu violão a tiracolo. A todos avisa que é apenas um artista em viagem, procurando por alguém que lhe pague alguns pesos por apresentação. Na verdade ele é algo mais além disso, um pistoleiro bom de gatilho que acaba se envolvendo numa guerra de traficantes. Filme indicado ao prêmio do Chicago Film Critics Association na categoria de Melhor Revelação Feminina (Salma Hayek). Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Beijo!

Comentários:
E por falar em Antonio Banderas eis aqui o remake de "O Mariachi", filme de baixo orçamento realizado em 1992. Imagine que no filme original o diretor Robert Rodriguez contou com apenas 5 mil dólares para rodar sua produção. Isso em termos de cinema é praticamente nada, uma quantia tão irrisória que não se consegue nem ao menos cobrir o custo dos equipamentos em um filme de orçamento médio. De qualquer maneira Rodriguez conseguiu realizar seu precário filme. Três anos depois o ator Antonio Banderas decidiu que queria estrelar um remake americano do mesmo roteiro. Afinal de contas em sua opinião havia muito potencial nesse enredo de um cantor errante das estradas que trazia algo a mais em sua caixa de violão. Banderas lutou e conseguiu levantar sete milhões de dólares no mercado americano e assim o filme foi finalmente feito. Em termos de Hollywood esse valor também não significa um orçamento satisfatório, mas como todos tencionavam repetir o espírito do primeiro filme seguiram em frente. O resultado é apenas mediano. Você como espectador precisa comprar a ideia, gostar dos personagens, do cenário e da proposta mais tosca desse enredo primário. Não é um filme sofisticado e nem muito desenvolvido. Está mais para um bangue-bangue moderno, sem cowboys e nem bandoleiros. No geral vale como uma mera curiosidade realmente. Para assistir apenas uma vez, conhecer e seguir adiante.

Pablo Aluísio.