domingo, 22 de setembro de 2024

Homeland - Sétima Temporada

Título no Brasil: Homeland - Sétima Temporada
Título Original: Homeland 
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime Networks
Direção: Lesli Linka Glatter
Roteiro: Debora Cahn, Alex Gansa
Elenco: Claire Danes, Mandy Patinkin, F. Murray Abraham, Elizabeth Marvel, Rupert Friend, Maury Sterling

Sinopse:
Carrie Mathison (Claire Danes) agora trabalha na iniciativa privada. Isso não significa que ela cortou laços definitivos com a agência governamental onde trabalhou no passado, a CIA. Ela descobre uma grande conspiração usando fake news, influenciadores de extrema-direita nas redes sociais e uma bem arquitetada onda de propagação de discursos de ódio usados para desestabilizar o governo e a democracia nos Estados Unidos. 

Comentários:
Assisto Homeland há muitos anos e quando pensei que nada de melhor seria produzido na série tive uma bela surpresa nessa sétima temporada. Os episódios lidam com um tema muito atual em nossa realidade. O uso de fake news em massa nas redes sociais, tudo com objetivos políticos, criando uma massa de manobra de pessoas fanatizadas que odeiam os valores democráticos. Acontece agora nos Estados Unidos e também no Brasil. E por trás de tudo haveria uma operação de espionagem do serviço secreto da Rússia para desestabilizar o governo dos Estados Unidos. Também já aconteceu no mundo real. E como ponto mais do que positivo temos uma protagonista com problemas de saúde mental. Que outra série teria coragem de levar algo assim em frente? Homeland é mesmo uma série diferenciada. Por tudo isso e por tantos outros pontos positivos, Homeland seguramente é uma das melhores produções surgidas na TV nesses últimos anos. 

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de setembro de 2024

The Beatles - Help! - Parte 5

The Beatles - Help! - Parte 5
Finalizando essa série de textos sobre o disco Help! vamos tecer alguns comentários sobre a versão norte-americana do álbum. Antes de mais nada meu veredito é definitivo: o disco americano da Capitol é muito ruim e sem noção! Eles ignoraram a ótima seleção de faixas do original inglês e fizeram uma mistureba indigesta com músicas instrumentais (inclusive de outros filmes) e as músicas dos Beatles. Coitados dos fãs que moravam nos Estados Unidos e tiveram que comprar essa porcaria para levar para casa. 

Os erros começam logo na primeira faixa do disco. Acredite, eles abriram o álbum com o tema de James Bond! Eu sei que o filme era uma espécie de paródia engraçadinha dos filmes do agente secreto, mas não era preciso esse tipo de escolha infeliz. O que não faltavam era músicas novas dos Beatles, então escolher o tema de Bond era uma verdadeira palhaçada por parte dos executivos da Capitol. 

As músicas instrumentais são todas sem graça. A Capitol queria lançar uma trilha sonora mesmo do filme, por isso enfiaram músicas instrumentais incidentais que foram usadas ao longo das cenas. Os fãs americanos dos Beatles não queriam ouvir isso. Queriam ouvir os Beatles! Não houve como reclamar, tiveram mesmo que engolir temas como "In the Tyrol", "The Bitter End / You Can't Do That", "The Chase", entre outras, todas arranjadas pelo maestro Ken Thorne.

E afinal o que entrou dos Beatles no disco? Acredite, poucas músicas mesmo! Inclusive cortaram "Yesterday" do disco! Eu nunca vi tamanho absurdo na minha vida. Simplesmente um dos maiores clássicos da discografia dos Beatles! Não dá para acreditar! Da seleção do disco original só entraram mesmo as seguintes músicas: "The Night Before", "You've Got to Hide Your Love Away",  "I Need You", "Another Girl",  "Ticket to Ride",  "You're Gonna Lose That Girl"  e obviamente a música título do filme, "Help!". O resto das faixas foi cortada, sem dó e nem piedade. Os fãs americanos ficaram a ver navios! Enfim, a versão Made in USA do disco "Help!" era mesmo uma imensa porcaria!

Pablo Aluísio. 

Book: Marlon Brando



Book: Marlon Brando
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Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

O Senhor do Caos

Título no Brasil: O Senhor do Caos
Título Original: Lord of Misrule
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido, Irlanda
Estúdio: Magnet Films
Direção: William Brent Bell
Roteiro: Tom de Ville
Elenco: Tuppence Middleton, Ralph Ineson, Matt Stokoe

Sinopse:
Numa pequena cidade, durante um festival de verão que relembra velhas mitologias das antigas religiões pagãs da região, uma garotinha desaparece. Os pais ficam desesperados, em especial a mãe que é a reverenda da cidade. E para seu completo espanto parece haver uma conspiração por trás de tudo, envolvendo os próprios moradores do lugar. 

Comentários:
Gostei desse terror inglês. Aliás se existe um gênero cinematográfico que os britânicos são mestres, esse é o terror. E aqui temos mais um exemplo de como um bom filme feito naquele país pode ser interessante. As antigas religiões pagãs nunca desapareceram no velho continente. Com o avanço do cristianismo elas foram demonizadas, mas sobreviveram em pequenos costumes e também em festivais feitos durante o verão europeu. Como se trata de um filme de terror, o roteiro não iria ficar apenas nas curiosidades sociológicas desse tipo de evento festivo. Dá um passo a frente para criar sustos no espectador e nesse processo nem perde o bom senso e nem muito menos a elegância narrativa. O filme não sai do chão da realidade em nenhum momento e nem apela para sustos sensacionalistas e vazios. Com isso ganha muitos pontos a favor. De bom mesmo fica a mensagem de que o fanatismo religioso é certamente uma das coisas mais perigosas que possam existir dentro de uma sociedade. Uma lição para ser aprendida por todos. 

Pablo Aluísio.

O Senhor das Sombras

Título no Brasil: O Senhor das Sombras
Título Original: Shadow Builder
Ano de Lançamento: 1998
País: Canadá
Estúdio: Applecreek Productions
Direção: Jamie Dixon
Roteiro: Michael Stokes, Bram Stoker
Elenco: Michael Rooker, Leslie Hope, Shawn Thompson

Sinopse:
Um malvado arcebispo da Igreja Católica convoca um demônio para tentar destruir o mundo. Os invocadores são mortos, mas o demônio escapa para caçar a vítima que tanto procura. Essa logo se revela uma criança com potencial para se tornar uma santa. Depois de devastar a cidade e virar seus cidadãos contra si mesmos, o demônio logo localiza e captura sua presa. Será que ela vai conseguir sobreviver às forças das trevas?

Comentários:
Assisti nos anos 90 e pelos meus registros pessoais gostei muito pois dei classificação "excelente" para o filme. Bom, outros tempos, outra mentalidade. Eu realmente vi muitos filmes por essa época, mas a maioria deles realmente me esqueci completamente. Esse aqui pelo menos tinha um atrativo a mais para quem gosta de filmes de terror e da mitologia do horror na literatura. O roteiro foi baseado nos escritos de ninguém mais, ninguém menos, do que o escritor Bram Stoker, o autor que deu ao mundo o clássico absoluto "Drácula". É um livro menor dele, pouco conhecido, mas que como bem podemos perceber também tem seu valor. E o cinema, não iria deixar passar essa sua obra sem ter ao menos uma adaptação e ela está aqui, para quem tiver curiosidade em assistir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Duna: Parte Dois

Título no Brasil: Duna: Parte Dois
Título Original: Dune: Part Two
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Denis Villeneuve, Jon Spaihts
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Austin Butler, Javier Bardem, Josh Brolin, Christopher Walken, Stellan Skarsgård, Charlotte Rampling, Zendaya

Sinopse:
O Planeta desértico que na antiguidade era conhecido como Duna, passa a ser cada vez mais atacado pelas forças impiedosas do império. O povo oprimido espera pela chegada do Messias que vai trazer liberdade a todos eles, mas antes será precisa deixar claro que esse Messias é um jovem que ainda não está plenamente convencido de seu destino. 

Comentários:
Achei bem melhor do que o primeiro filme, isso apesar de ter ficado incomodado pelo fato de que a história segue inconclusiva, afinal são vários livros para serem adaptados nos próximos anos. Pense bem, essa história toda é nada mais, nada menos, do que uma adaptação da história de Jesus para o mundo Sci-fi. A premissa é semelhante em tudo, com o Messias, um povo oprimido que vive numa região de desertos, invadidos por uma potência estrangeira. O povo que se une a essa figura que inicialmente se mostra um Messias relutante, seu sacrifício pessoal, a luta contra o império e tudo mais. Nesse segundo filme isso fica mais do que óbvio. Gostei de praticamente tudo, até mesmo de ver o Austin Butler (do filme "Elvis") dando uma de vilão psicopata. Mesmo sem ter muito o que desenvolver, ele se saiu bem. Só me incomodou mesmo essa coisa de montar vermes gigantes do deserto. Acho uma coisa bem boba, no final das contas. Só que vamos reconhecer, não é falha do filme, mas dos livros originais que foram escritos naquela época de muita LSD, hippies e cultura psicodélica. Duna, no fundo, é bem isso aí, uma versão dos evangelhos escritos com muita erva na cabeça! 

Pablo Aluísio.

Os Cavaleiros do Zodíaco

Título no Brasil: Os Cavaleiros do Zodíaco
Título Original: Knights of the Zodiac
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony
Direção: Tomasz Baginski
Roteiro: Josh Campbell, Matt Stuecken
Elenco: Mackenyu, Famke Janssen, Sean Bean

Sinopse:
O filme "Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo" conta a história de um jovem de descendência oriental que descobre, para sua total surpresa, que foi o escolhido por uma antiga divindade da Grécia para salvar o mundo de uma terrível ameaça do Mal. Adaptação para o cinema da famosa série de animação dos anos 90. 

Comentários:
Quando os desenhos animados originais começaram a fazer muito sucesso na TV brasileira eu já tinha passado da minha infância para acompanhar. Mas claro, conhecia a marca e via a quantidade de brinquedos que eram vendidos nas lojas de departamentos. Foi uma febre e tanto em nosso país. A criançada adorava. Pois bem, passados tantos anos fizeram esse filme para o cinema, em Live Action. Na boa, poderiam ter feito algo muito melhor. Esse filme é muito ruim! Incrível como conseguem errar em algo que já estava pronto para adaptar para as telas de cinema. Não precisava muito esforço, apenas fazer um bom filme de fantasia e aventuras. Mas aqui, definitivamente, erraram feio. Praticamente nada presta, nem os efeitos especiais que eu pensava seriam bons pelo menos, afinal é uma produção dos estúdios Sony. Mas isso não aconteceu. Do roteiro, ao elenco ruim, passando pela produção fraca, nada se salva mesmo nessa tentativa de trazer o famoso desenho para as salas de cinema. Uma grande bola fora. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Kansas City

Título no Brasil: Kansas City
Título Original: Kansas City
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Films
Direção: Robert Altman
Roteiro: Robert Altman, Frank Barhydt
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Miranda Richardson, Harry Belafonte, Michael Murphy, Steve Buscemi, Dermot Mulroney

Sinopse:
Kansas City, década de 1930. Um ladrão e pequeno criminoso de Kansas City é levado por um grupo de gângsters. Sua namorada, uma jovem obstinada, então decide sequestrar um figurão da política da cidade para usar como moeda de troca com os que levaram seu companheiro embora para o cativeiro. Eles agora devem libertá-lo ou então todos os policiais da cidade vão invadir seus redutos e becos da criminalidade. 

Comentários:
É um filme da era de ouro dos gângsters, mas não espere encontrar algo na linha de "Os Intocáveis". Robert Altman, o mais independente de todos os cineastas americanos da história, não fazia esse tipo de cinema. Ao contrário disso você vai encontrar um típico filme de Altman, que parecia sempre fazer cinema independente, mesmo quando contava com os dólares de um grande estúdio de Hollywood. Eu até gostei do filme, mas devo admitir que ele apresenta problemas de ritmo. Para um filme que conta uma história dos tempos de Al Capone era de se esperar também um pouquinho mais de ação, com aquelas metralhadoras do tipo machine gun cuspindo balas pelas ruas de Kansas City. Mas é aquela coisa que já expliquei, esse tipo de cinema não era mesmo com o Robert Altman. Salva-se no final as boas interpretações de todo o elenco. Só gente boa em cena. 

Pablo Aluísio.