quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Elvis Presley - On Stage, February 1970 - Parte 4

Elvis Presley - On Stage, February 1970 - Parte 4
Seguindo a audição do disco em frente ouvimos os primeiros acordes do clássico "Yesterday" de Lennon e McCartney. A canção original dos Beatles foi um dos maiores sucessos dos anos 60. Lançada originalmente no álbum "Help!" em 1965 ela acabou virando um verdadeiro fenômeno de vendas e popularidade naquela década inesquecível. Durante anos se especulou se Elvis algum dia iria lançar sua própria versão, já que praticamente todos os outros grandes cantores americanos, como Frank Sinatra e Dean Martin, acabaram fazendo as suas. Em estúdio isso jamais aconteceria. Embora Elvis gostasse de vários discos e canções dos Beatles, ele nunca se interessou em gravar suas próprias versões do repertório do quarteto inglês, pelo menos até 1969. Isso mudou com sua volta aos palcos. Como artista de concertos ao vivo Elvis sentiu a necessidade de incluir algumas canções dos Beatles em seu repertório. 

"Yesterday", a imortal criação de Paul McCartney, foi a primeira delas a sair em um disco oficial de Elvis Presley. Ela veio não numa versão de estúdio, como era esperado, mas ao vivo, no palco. Um fato curioso envolve a inclusão dessa faixa nesse álbum. Como sabemos o disco foi intitulado "On Stage - February, 1970" (Em bom português: "No Palco - Fevereiro de 1970"). Isso levava o ouvinte a pensar que todas as gravações tinham sido realizadas nesse período, justamente a da segunda temporada de Elvis em Las Vegas. Isso era apenas parcialmente verdadeiro. "Yesterday" na verdade havia sido gravada em agosto do ano anterior, na primeira temporada de Elvis em Las Vegas. Para ser mais exato no dia 25 de agosto de 1969, algo que nunca foi informado ao fã que comprou o disco uma vez que não havia ficha técnica e nem maiores detalhes na edição original desse disco. Apesar disso a boa seleção acabou deixando tudo com um aspecto bem imperceptível ao fã menos atento. Na realidade o consumidor menos detalhista poderia até mesmo jurar estar ouvindo a uma única apresentação de Elvis, realizada na mesma ocasião. Deixando isso um pouco de lado temos que admitir que essa versão live de "Yesterday" é muito boa, embora não seja tecnicamente perfeita. Se Elvis a tivesse gravada em estúdio, com todo o aparato e cuidado técnico que esse tipo de gravação traz, o resultado teria sido inegavelmente muito superior.

Dentro do conceito de trazer músicas inéditas dentro da discografia de Elvis na época (estamos falando de 1970) a RCA Victor selecionou essa versão ao vivo do grande clássico do rock americano, "Proud Mary". A canção havia sido lançada originalmente em janeiro de 1969 pelo grupo Creedence Clearwater Revival, um dos melhores de sua geração. O single (com "Born on the Bayou" no lado B) acabou se tornando um dos maiores sucessos da banda. Realmente é uma grande composição, um exemplo perfeito do tipo de country / rock que Elvis estava procurando para renovar seu repertório. Certamente cantar novas versões de sucessos dos anos 50 como "Hound Dog" ou "Don´t Be Cruel" em Las Vegas até poderia soar interessante, principalmente para os fãs mais veteranos, porém era igualmente necessário não esquecer o tipo de sucesso que andava tocando nas rádios naquele período. Segundo Felton Jarvis, o produtor e arranjador de Elvis, tudo o que o cantor queria na época era equilibrar seu legado, suas antigas canções, com o mundo musical contemporâneo. Não soar apenas como um artista meramente nostálgico, que vivia de glórias passadas. A escolha foi perfeita. A interpretação de Elvis foi uma das mais empolgantes e se tornou o ponto alto da temporada. Curiosamente, apesar da boa repercussão, Elvis iria deixar a música de lado nos anos seguintes. 

É bom lembrar porém que "Proud Mary" surgiu duas vezes na discografia oficial de Elvis. A primeira foi aqui, no "On Stage". Uma versão bem executada, bem elaborada, com um ritmo mais cadenciado e um sabor quase acústico. A segunda gravação veio no álbum "Elvis as Recorded at Madison Square Garden" de 1972. Para muitos essa segunda versão seria bem melhor, contando com um pique e ritmo que ficaram bem conhecidos dessa eletrizante apresentação de Elvis em Nova Iorque. Por fim, um detalhe interessante: Embora muitos reconheçam que o single do Creedence Clearwater Revival tenha sido vital para que Elvis a gravasse, sua maior influência teria vindo mesmo da versão de Ike & Tina Turner, que lançada nesse mesmo ano (1970), teria impressionado pela garra e vitalidade da interpretação da cantora. Ouvindo todas as versões (a do Creedence, a de Tina Turner e a de Elvis) chegamos na conclusão que realmente Elvis retirou muito mais inspiração da segunda gravação, que combinava muito mais com o estilo de Las Vegas. Afinal de contas ele certamente sabia que poderia contar com essa música para levantar o público durante os shows.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Terra do Inferno

Dentre todos os filmes da carreira de Randolph Scott esse é um dos que trazem a melhor trama. Scott interpreta Owen Merritt, um pequeno rancheiro que vê sua namorada se casar com um fazendeiro rico e poderoso, Will Isham (Alexander Knox), dono do Rancho Skull. Ela está se casando por puro interesse e Merritt se resigna sobre tudo. O problema é que a rivalidade entre eles não se resume a assuntos amorosos. Will pretende comprar todas as propriedades que cercam sua fazenda para assim dominar completamente a região mas Merritt se recusa a vender o seu rancho. Para intimidar e mudar sua decisão o poderoso dono de terras então resolve contratar um pistoleiro, Fay Dutcher (Richard Rober), que começa a cometer atos de terror contra Merritt e seus homens. O objetivo é intimidar o máximo possível para que ele finalmente venda suas terras. Há muitas nuances interessantes nesse roteiro. O personagem de Randolph Scott se vê praticamente forçado a agir contra os desmandos de Will e seu grupo armado, principalmente depois que seus dois principais homens, dois jovens cowboys, são covardemente assassinados.

“Terra do Inferno” é mais uma produção do próprio Randolph Scott na Columbia. Aqui o ator investiu em um bom roteiro para contar um enredo aparentemente simples mas que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. O filme mostra um processo que foi bem comum na colonização do velho oeste: a formação de grandes latifúndios, criados através da compra de pequenos ranchos de proprietários que se viam muitas vezes obrigados a vender suas terras com medo de serem mortos. Algumas seqüências de “Terra do Inferno” são realmente ótimas como uma luta numa cachoeira congelada em Cânion Rock e um tiroteio às escuras em um saloon infestado de facínoras. 

Outras cenas marcantes ocorrem quando os capangas de Will causam um estouro da manada de Scott, causando muitos danos ao seu rebanho. Outro bom momento acontece no clímax do filme quando Scott finalmente enfrenta em um duelo o pistoleiro Dutcher, tudo no meio de uma tempestade de areia. O roteiro ainda traz alguns alívios cômicos (para a trama não ficar pesada demais) e até um belo número musical cantado por Tennessee Ernie Ford durante um acampamento noturno. Em suma, “Terra do Inferno” é certamente um dos melhores faroestes da carreira de Randolph Scott.
 

Terra do Inferno (Man in the Saddle, Estados Undos, 1951) Direção: André De Toth / Roteiro: Kenneth Gamet, baseado no livro de Ernest Haycox / Elenco: Randolph Scott, Joan Leslie, Ellen Drew, Alexander Knox, Richard Rober, Tennessee Ernie Ford / Sinopse: Rico fazendeiro começa a intimidar e aterrorizar rancheiros menores para comprar suas terras. Contra essa situação de terror se levanta um pequeno proprietário de terras que enfrentará a situação de frente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

A História de Rock Hudson - Parte 17

A História de Rock Hudson - Parte 17
O filme que transformou Rock Hudson em um astro de Hollywood foi o drama de Douglas Sirk intitulado "Sublime Obsessão" de 1954. Era uma adaptação de um best-seller da época escrito por Lloyd C. Douglas. Durante muito tempo os estúdios disputaram os direitos autorais desse romance e depois de um verdadeiro leilão a Universal finalmente conseguiu o que queria. Inicialmente o estúdio pensou em trazer um grande astro para interpretar o principal personagem do filme, mas todos eles pareciam estar com compromissos. Então o jeito foi apelar para o próprio grupo de atores da empresa. Dentre eles, Rock foi o escolhido. O personagem que iria interpretar se chamava Bob Merrick e tinha nuances complexas em sua personalidade. Sem dúvida era um desafio e tanto para Rock. 

Anos depois ele seria sincero sobre esse trabalho. Inicialmente relutante, Rock aceitou o papel, mesmo com um certo receio. No começo até pensou em se matricular em cursos mais avançados de arte dramática, mas depois desistiu. Ele mesmo seria sincero sobre essa questão ao afirmar:  "Eu poderia falar que atuei baseado em alguma filosofia de trabalho, mas estaria mentindo. Eu simplesmente tive coragem, fui lá e fiz. É isso! Pode soar meio estranho e até arrogante, mas naquela época eu era assim. Fui lá, decorei minhas falas, trabalhei com seriedade e torci para dar tudo certo!." Para sorte de Rock, o público gostou e a crítica também elogiou seu trabalho, colocando ele finalmente na primeira lista de astros da Universal. 

Essa fase foi seu auge como galã de personagens românticos e trágicos. Logo estava de volta a um filme com a mesma equipe técnica e o mesmo diretor Douglas Sirk no hoje clássico "Tudo o que o Céu Permite". Esse filme foi considerado um grande passo na carreira do ator, outro grande sucesso de público e crítica. Rock surge bem mais seguro em cena, consciente de sua nova posição de grande astro. Seu nome aparecia com destaque no poster do filme e nas marquises de cinema por todo o mundo. E Rock não se importava em ser estigmatizado como galã romântico como bem deixou claro em entrevistas da época. Ele declarou: "Fico feliz em ter encontrado um tipo de papel que agrade ao público. Esse considero meu segundo grande filme e estou muito feliz em saber que foi bem sucedido! Voltarei a trabalhar em filmes desse estilo pois percebi que consigo desenvolver um bom trabalho nesse tipo de produção!". 

Depois desses dois sucessos no cinema, choveram convites para Rock Hudson atuar em grandes produções da época, mas praticamente todos foram recusados pois ele tinha um contrato de exclusividade com a Universal Pictures por sete anos, o que era o contrato padrão para o cinema americano da época. Com o dinheiro ganho nos filmes, Rock finalmente comprou uma bela casa no alto da colina, em Los Angeles, com Hollywood logo abaixo. Antes ele vivia em um veleiro ancorado na praia de Malibu. Também comprou um Cadillac novinho para ir todas as manhãs na Universal City para trabalhar. Rock então logo transformou sua nova casa em um local de ponto de encontro para jovens atores e atrizes da Universal, dando apoio para quem ainda estava procurando um lugar ao sol. Era considerado um dos atores mais amigáveis de Hollywood em termos de jovens talentos, nunca recusando ajudar esses jovens em busca do sucesso. Sobre essa questão esclareceu: "Eu sempre ajudarei aos mais jovens, os novatos. Simplesmente porque um dia eu fui um deles. Eu sei como é importante ter alguma ajuda no começo da carreira em Hollywood". 

Pablo Aluísio. 

domingo, 10 de dezembro de 2023

Toda Luz Que Não Podemos Ver

Título no Brasil: Toda Luz Que Não Podemos Ver
Título Original: All the Light We Cannot See
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Anthony Doerr, Steven Knight
Elenco: Mark Ruffalo, Hugh Laurie, Aria Mia Loberti, Louis Hofmann, Lars Eidinger, James Dryden

Sinopse:
Uma jovem garota francesa, cega, tenta evitar que os invasores da Alemanha Nazista em Paris, durante a II Guerra Mundial, se apossem de uma rara joia extremamente valiosa, pertencente ao museu da cidade, onde seu pai trabalhou como curador de peças antigas. Ao mesmo tempo ela passa a colaborar com a resistência francesa, passando códigos cifrados em transmissões de rádio amador. 

Comentários:
De forma em geral, até gostei dessa minissérie em poucos episódios. Bem produzida, com produção elegante e direção de arte de muito bom gosto, certamente vai agradar quem esteja em busca de algo melhor para ver na Netflix. Entretanto tem um aspecto nela que me incomodou um pouco. Tudo é bem suavizado nessa história. Não haveria maiores problemas nisso se não estivéssemos na presença de uma história que se passa na Segunda Guerra Mundial, com as botas nazistas marchando em uma bela Paris ocupada pelos fascistas alemães. E nisso a coisa toda começa a parecer meia falsa, meia plastificada. Claro que a protagonista vai agradar logo de cara. A não ser que você seja um psicopata, irá criar empatia imediata com uma garotinha cega que luta ao seu modo em prol da resistência francesa. Mas é isso, o que poderia ser muito visceral, no final das contas, não segue por esse caminho. É um tema forte, que exigiria coragem para mostrar tudo, mas isso não estava mesmo nos planos da Netflix. Não desgostei do que vi, mas que poderia ser muito melhor, sem dúvida, poderia. 

Pablo Aluísio.

Freud

Título no Brasil: Freud 
Título Original: Freud
Ano de Lançamento: 2020
País: Áustria, Alemanha
Estúdio: Netflix
Direção: Marvin Kren
Roteiro: Marvin Kren, Stefan Brunner
Elenco: Robert Finster, Ella Rumpf, Georg Friedrich, Brigitte Kren, Philipp Hochmair, Rainer Bock

Sinopse:
Um jovem Freud, trabalhando em Viena, tem um teste de fogo para comprovar suas novas teorias ao lidar com dissidentes do império austro-húngaro e um complô para matar o novo imperador da Áustria. E nesse caminho encontra os tipos mais estranhos e bizarros que se possa imaginar. 

Comentários:
Fui assistir com grandes expectativas. Afinal, como poderiam errar ao contarem a história de Freud em uma minissérie? Infelizmente aconteceu, erraram feio nessa minissérie. O problema nem é tanto nos diversos tropeços e erros históricos em relação à biografia do famoso médico. O problema mesmo vem do fato de que misturaram muitas coisas que não tinham nada a ver com o que queríamos ver nesse enredo. Colocar no meio da história de Freud um bando de militares que nunca deixam claro a que vieram na história, misturados com uma espécie de vidente que tem sonhos insanos e que em determinados momentos parece ser possuída por um ente demoníaco, é realmente algo do tipo nada a ver. Não pensei que isso iria acontecer, mas aconteceu. Erraram a mão na história, embora deva confessar que se trata de uma bela produção, com elogios também extensíveis à direção de arte. Só erraram mesmo, e muito, nesse roteiro disperso, muitas vezes tedioso e por demais cansativo.  

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de dezembro de 2023

Elis

Título no Brasil: Elis
Título Original: Elis
Ano de Lançamento: 2016
País: Brasil
Estúdio: Ancine
Direção: Hugo Prata
Roteiro: Luiz Bolognesi, Vera Egito, Hugo Prata
Elenco: Andréia Horta, Gustavo Machado, Caco Ciocler, Lúcio Mauro Filho, Ícaro Silva, Zécarlos Machado

Sinopse:
Cinebiografia da cantora brasileira Elis Regina. De origem humilde, ela se muda para o eixo Rio - São Paulo onde começa a gravar suas primeiras músicas. Em pouco tempo chama a atenção do público e da crítica, vencendo importantes festivais de música, se tornando uma das artistas mais amadas do país. Filme baseado em fatos reais. 

Comentários:
De modo em geral, eu prefiro documentários quando se trata de contar a história de alguma personalidade famosa do passado. Entretanto quando temos uma cinebiografia bem feita, não tenho nenhuma reserva a fazer. É o caso aqui. Um bom filme realmente. Claro que o fã, aquele que conhece muito sobre discos, obra e a biografia da artista, vai acabar achando a coisa meio superficial. Eu vejo de outro modo esse tipo de questão. Trazendo os momentos mais importantes da carreira em um filme bem produzido, já está de bom tamanho. A atriz que interpreta Elis, a talentosa Andréia Horta, é ótima e isso já é um meio caminho andado para que eu viesse a gostar do filme como um todo. Além disso esse roteiro esbanja elegância e bom gosto, até mesmo no momento mais trágico da história da cantora, quando ela morreu ao misturar bebida alcóolica com cocaína. Esse momento, em particular, é mostrado com sutileza e respeito à sua memória. Em suma, bom filme nacional. Não teria maiores críticas a fazer sobre ele. Deixo a recomendação. 

Pablo Aluísio.

Love Story

Título no Brasil: Love Story: Uma História de Amor
Título Original: Love Story
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Erich Segal
Elenco: Ryan O'Neal, Ali MacGraw, Ray Milland, Katharine Balfour, John Marley, Sydney Walker

Sinopse:
O filme conta a história de um jovem casal que vive um grande amor na década de 1970, mas que infelizmente está fadado a viver uma enorme tragédia, apesar dos lindos sentimentos que nutrem um pelo outro. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música (Francis Lai). 

Comentários:
Ontem tivemos a triste notícia da morte do ator Ryan O'Neal. Falecimento esse que lamento bastante pois pude acompanhar grande parte de sua carreira. Ele fez excelentes filmes ao longo de todo o seu trabalho no cinema. Vasculhando aqui em nosso acervo do blog pude constatar que escrevi sobre diversos filmes de sua carreira, mas pasmem, ainda não havia tecido comentários sobre esse filme romântico que foi seu maior sucesso no cinema e pelo qual será lembrado para sempre. É um filme que se tornou, de certa maneira, um marco nesse tipo de história. Não tem jeito, todo filme produzido posteriormente que quis contar uma história parecida com essa sempre trará elementos de "Love Story" em seu conteúdo cinematográfico. É um filme que se tornou padrão, até porque fez muito sucesso e marcou a juventude daquela época. Aquele tipo de sentimento romântico que estava de certa forma adormecido nas telas. Com ecos que podem lembrar até mesmo obras muito antigas, como "Romeu e Julieta", por exemplo, esse filme é uma espécie de cartilha em forma de película de como fazer um belo filme sobre romantismo, amor e a fugacidade e brevidade da vida humana. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Nyad

Título no Brasil: Nyad
Título Original: Nyad
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi
Roteiro: Diana Nyad, Julia Cox
Elenco: Annette Bening, Jodie Foster, Anne Marie Kempf, Carolyn McCormick, Marcos Diaz, Eric T. Miller

Sinopse:
Diana Nyad (Annette Bening), uma nadadora veterana, agora idosa, decide que vai enfrentar um desafio esportivo que ela não conseguiu superar no passado. Mesmo com sua idade, ela resolve atravessar o mar aberto entre Cuba e a Flórida, nos Estados Unidos. Vai nadar todo aquele trajeto, enfrentando diversos riscos na travessia. 

Comentários:
Bom filme. Além de ser bem realizado, traz uma história de superação que merecia mesmo ganhar um filme. Outro aspecto digno de nota é que a dupla central de atrizes encarou o filme com toda a honestidade e coragem, sem maquiagem, mostrando e assumindo as idades que possuem. Isso vai chocar alguns cinéfilos, porque afinal de contas as duas estão bem coroas. No caso da Jodie Foster ela assume aquela que muito provavelmente seja a primeira personagem lésbica de sua carreira. Sim, ela é homossexual na vida real, mas sempre foi muito discreta, nunca subindo bandeiras coloridas de sua causa. Aqui continua na mesma, mas de qualquer modo a forma dela se mostrar assim em um filme não deixa de ser algo corajoso. Gostei mesmo do filme, acho uma boa história, bem desenvolvida, bem interpretado e com preciosas lições de vida. Tem tudo que um bom filme precisa ter no menu. 

Pablo Aluísio.