sexta-feira, 21 de abril de 2023

O Cerco de Waco

Título no Brasil: O Cerco de Waco
Título Original: Waco: American Apocalypse
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Tiller Russell
Roteiro: Tiller Russell
Elenco: David Koresh (imagens de arquivo), David Thibodeau, Chris Whitcomb, Lee Hancock, Kathy Schroeder, Gary W. Noesner

Sinopse:
Minissérie documental mostrando cenas reais e gravações feitas po telefone durante a tragédia de Waco, quando uma seita de religiosos fanáticos abriram fogo contra agentes do governo americano que estavam atrás de armas ilegais. Dezenas de pessoas morreram no que aconteceu durante esse cerco. 

Comentários:
Eu costumo dizer que religião é algo perigoso de se lidar. Nas mãos erradas se torna uma ferramenta poderosa de dominação de mentes, podendo resultar em casos extremos. Foi o que aconteceu no caso dessa seita. Seu líder, o tal de David Koresh, dizia que era Jesus Cristo. Como tal recebia mensagens diretamente de Deus que lhe dizia que ele tinha que transar com todas as mulheres da seita e que seus maridos deveriam aceitar isso como uma benção divina. Também se armou até os dentes, com armas de guerra em uma região deserta e distante do Texas. Quando o ATF e o FBI foram atrás dessas armas ilegais deu-se o inferno na Terra. Esse documentário em forma de minissérie é muito bom, trazendo cenas da época, inclusive de emissoras de TV. E há também material colhido dentro das próprias agências governamentais. Lição para se aprender sobre o que o fanatismo pode fazer com o ser humano. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Anne Frank - Vidas Paralelas

Título no Brasil: Anne Frank - Vidas Paralelas
Título Original: #AnneFrank - Parallel Stories
Ano de Lançamento: 2019
País: Itália, Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Roteiro: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Elenco: Helen Mirren, Anne Frank (imagens de arquivo), Martina Gatti, Arianna Szorenyi, Martina Gatti, Adolf Hitler (imagens de arquivo), Heinrich Himmler (imagens de arquivo).

Sinopse:
Documentário histórico que reconta a história da adolescente Anna Frank, uma garota judia que foi vítima dos horrores do holocausto nazista durante a II Guerra Mundial. Sua história é mostrada ao mesmo tempo em que sobreviventes dos campos de horror nazistas também relembram tudo o que passaram naquela época terrível para a história da humanidade. 

Comentários:
Muito bom, humano e tocante esse documentário sobre a jovem Anne Frank. Ela foi o maior símbolo das vítimas do holocausto. Uma adolescente, inteligente, boa escritora, cheia de sonhos para o futuro, que teve sua vida ceivada pela insanidade nazista. O documentário usa o depoimento de sobreviventes dos campos de concentração que tinham a mesma faixa etária na época da Anne Frank. O horror se revela no que essas pessoas relembram, as experiências terríveis que viveram. A barbárie nazista foi um ponto de inflexão na história da humanidade, mostrando sem retoques, sobre até onde poderia ir a maldade e a perversidade humanas. Infelizmente ela a irmã não sobreviveram a essa tragédia, mas seu diário que foi encontrado depois que ela foi capturada pelos nazistas, levou para a posteridade todos os seus pensamentos. E hoje, dia de aniversário do mais infame de todos os ditadores da história, fica a lição de um capítulo que jamais poderá se repetir, em lugar nenhum, em época alguma. O passado ensina lições, basta apenas não esquecer delas. 

Pablo Aluísio.

Império Romano - Terceira Temporada

Título no Brasil: Império Romano
Título Original: Roman Empire
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Thaddeus Bouska
Roteiro: Christian Baker, Brian Burstein
Elenco: Ido Drent, Craig Walsh-Wrightson, Elizabeth Felker, Teressa Liane, Colin Moy, Steve West

Sinopse:
A terceira temporada de Império Romano conta a história do Imperador Calígula, sucessor do imperador Tibério. Subiu ao poder absoluto ainda muito jovem e no começo foi até um bom imperador. Depois de uma febre inexpicável, ao qual sobreviveu, ele começou a desenvolver ttraços de uma mente psicótica e violenta além de desvios sexuais chocantes, como o amor incestuoso com suas próprias irmãs! 

Comentários:
Por um descuido de minha parte comecei a assistir essa série documental da Netflix a partir da terceira temporada. Não tem maiores problemas pois cada temporada cuida de de um imperador em particular, não sendo necessário assisti-las em ordem cronológica. Nessa temporada o imperador enfocado foi Calígula, considerado o imperador insano. De fato não haveria outra qualificação melhor para ele. Um sujeito com uma personalidade depravada que só chegou ao poder porque foi o único parente que sobreviveu ao violento Tibério, um imperador que praticamente matou toda a sua família. A série mescla cenas recriadas com atores e explicações de historiadores e especialistas sobre a história de Roma. No meu caso, que sempre aprecie história em geral desde os meus tempos de colegial, tudo soa muito mais do que interessante. É o tipo de série que já conta com minha simpatia, antes mesmo de começar a assistir. Então se você também aprecia história deixo essa recomendação. Você não vai se decepcionar, a série tem muita qualidade.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Elvis Presley - King Creole - Parte 5

Então chegamos na faixa "Dixieland Rock". Antes de qualquer coisa cabe a pergunta: O que é Dixieland? Dixieland é um lugar que não existe no mundo real. É como Avalon. É um símbolo, uma imagem, uma localidade no imaginário de todo norte-americano nascido no sul dos Estados Unidos. Dixieland é um lugar nenhum e ao mesmo tempo são todos os lugares. Todas as cidades do sul são Dixieland, embora nenhuma delas seja de fato Dixieland. Dixieland é o sentimento de regionalidade, de pertencer ao sul. Quando um sulista nascido nos Estados Unidos diz que nasceu em Dixieland, todos entendem. Ele nasceu no sul, não importando qual estado e cidade ele efetivamente nasceu.

New Orleans é no sul. New Orleans então está em Dixieland. Agora o interessante é que a cultura de New Orleans é tão própria que podemos dizer que se existe uma cidade sulista que seja bem diferente do resto do sul, essa seguramente é New Orleans. Aqui há forte herança da cultura negra, dos escravos que chegaram no novo mundo nas caravelas dos escravocratas das fazendas de algodão do sul. Nesse novo mundo os negros mantiveram seus costumes, sua cultura e sua música. Ao mesmo tempo eles trouxeram para si parte também da cultura francesa, pois a  Louisiana pertenceu por muitos anos à coroa francesa, daí vem seu nome, a terra de Louis, rei da França.

"Dixieland Rock" é uma boa gravação de King Creole, o álbum, mas também temos que convir que com todo esse peso cultural que caiu sobre ela, as coisas se tornaram um pouco turvas. É um bom momento do disco, um momento cheio de vibração e energia, com Elvis em pleno pique. Só não vale tentar comparar com a herança cultural que o nome Dixieland evoca, até porque aí seria realmente até mesmo uma covardia. Séculos e séculos de cultura esmagariam esse música pop / rock da nascente cultura roqueira da década de 1950.

E sobre "Hard Headed Woman", que já tive oportunidade de escrever, não vejo muita salvação. O ritmo é legal, bem rock, muito positivo, pra frente, go, go, go... Só que convenhamos... a letra é realmente péssima. A própria expressão que dá título à música soaria de mau gosto nos dias de hoje. Soaria vulgar, de cultura rasteira. Aqui foi desperdiçado o bom trabalho vocal de Elvis e sua banda, além dos instrumentistas da orquestra de metais que o acompanhou. Tudo isso para chamar uma jovem senhorista de "mulher cabeça-dura"? Não, não me soa interessante. Um momento anacrônico de uma trilha sonora muito boa. Essa música assim perde muitos pontos por causa da letra, embora o ritmo seja muito bom. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de abril de 2023

Audie Murphy e o Western - Parte 8

Em 1954 o ator Audie Murphy atuou em três filmes, todos produzidos pela Universal Pictures, estúdio pelo qual havia assinado um contrato de sete anos, algo que era corriqueiro em Hollywood naqueles tempos. Seu nome havia se consolidado, tornando viável aos produtores escalar Murphy para uma série de filmes de faroeste. Embora ele fosse um herói de guerra, o que o qualificaria para estrelar filmes nessa linha, a Universal entendeu que ele estava muito bem em filmes de western. Parecia ser o mais adequado para ele naquela fase da carreira. Além disso o número das bilheterias mostrava que o caminho era esse. 

"Traição Cruel" foi o primeiro filme do ano. Audie Murphy interpretava um sujeito comum, mas que sofria uma grande injustiça. Seu pai e seu irmão eram covardemente assassinados. Em busca de justiça e vingança ele então entrava para uma quadrilha de bandoleiros. Um autêntico bang-bang, esse filme B da Universal rendeu uma excelente bilheteria em sua estreia. O público também queria se divertir nos cinemas, não apenas ver profundas e complexas obras-primas da sétima arte. 

"Tambores da Morte" foi o segundo filme de Audie Murphy a chegar nos cinemas nesse ano. A história mostrava uma terra em conflito no velho oeste. Colonos brancos descobriam ouro nas terras tradicionalmente ocupadas por índios. Obviamente que a ganância acabava falando mais alto. Os nativos queriam a preservação de suas terras e os colonos queriam extrair todo aquele ouro das montanhas que eram sagradas pelos índios. A guerra entre eles não demorava a acontecer. 

"Antro da Perdição" fechou o ano para o ator nos cinemas. Foi lançado nas férias de fim de ano e se deu muito bem nas bilheterias. Esse western foi dirigido pelo ótimo cineasta George Marshall. A história mostrava um jovem que se tornava xerife de uma cidade do velho oeste. O problema é que a corrupção imperava naquela região. O próprio prefeito, aliado a um criminoso e bandoleiro, dominavam tudo, roubando e pilhando toda a riqueza da cidade. Ser um xerife honesto naquele meio certamente não seria fácil. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Tora! Tora! Tora!

Título no Brasil: Tora! Tora! Tora!
Título Original: Tora! Tora! Tora!
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Fleischer
Roteiro: Larry Forrester
Elenco: Martin Balsam, Sô Yamamura, Jason Robards, James Whitmore, Richard Anderson, Keith Andes

Sinopse:
O filme mostra os bastidores políticos e os preparativos do Japão para o ataque surpresa que desferiu contra a esquadra dos Estados Unidos que estava ancorada no porto de Pearl Harbor, no Havaí. Esse fato histórico seria o estopim da entrada dos americanos na II Guerra Mundial. Filme vencedor do Oscar na categoria de efeitos especiais. 

Comentários:
Esse filme sempre é lembrado quando se trata do ataque japonês a Pearl Harbor. Realmente o roteiro procura seguir muito de perto os eventos históricos, ser o mais fiel possível. Tecnicamente é um filme muito bem realizado, tanto que foi premiado no Oscar. Entretanto eu teria algumas observações a fazer sobre ele. Penso que o roteiro ficou em um meio termo entre ser um documentário ou um filme convencional sobre a segunda guerra. Nunca se decide completamente para ir para um lado ou para o outro. Também tem uma duração excessiva. Eu me recordo que quando foi lançado em VHS no Brasil durante os anos 80 vinha em fita dupla. E também não há nenhum grande astro de Hollywood no elenco. De qualquer forma sem dúvida é um filme essencial para quem queira conhecer melhor a história dessa guerra, tudo valorizado inclusive com algumas cenas reais do ataque que foram incorporadas ao filme. 

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2023

Creed III

Título no Brasil: Creed III
Título Original: Creed III
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michael B. Jordan
Roteiro: Keenan Coogler, Zach Baylin
Elenco: Michael B. Jordan, Tessa Thompson, Jonathan Majors, Wood Harris, Phylicia Rashad, Mila Davis-Kent

Sinopse:
O lutador de boxe Adonis Creed (Michael B. Jordan), agora aposentado, resolve ajudar Damian Anderson (Jonathan Majors), um velho conhecido, após ele ficar anos na prisão. Na realidade Creed se sente culpado por algo que aconteceu em seu passado. Só que o novo (velho) lutador Damian decide que quer tudo, inclusive levar Creed de volta ao ringue para um último acerto de contas entre eles. 

Comentários:
Esse filme ficou mais falado por causa das brigas de bastidores do que pelo próprio filme em si. Stallone brigou com os produtores e o elenco. Ele foi ignorado na produção do filme, embora seu nome ainda seja creditado como um dos produtores. Acontece que ele perdeu os direitos autorais do universo de Rocky há muitos anos. Disse que o roteiro novo não era bom, era sombrio. Dessa vez o estúdio não quis sua colaboração, o que o deixou irado. Não deveria. Esse roteiro é muito parecido com os que ele mesmo escrevia na franquia original de Rocky. Chega até mesmo a ser constrangedor de tão quadradinho e sem novas ideias. A velha história do lutador inexpressivo que desafia o campeão e se torna o novo número 1 do boxe. Essa não era a mesma história do primeiro filme Rocky dos anos 70? Pois é, nada de novo nesse front. E justamente por ser tão sem originalidade que esse filme fica sem maior interesse. Pelo menos no meu caso que já acompanho cinema há muitas décadas. Talvez para um cinéfilo novato haja algum sabor de novidade. No meu caso, lamento dizer, é tudo mais do mesmo. Já vi esse filme antes, há muitos anos e ele era bem melhor! 

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2023

A Sniper Russa

Título no Brasil: A Sniper Russa
Título Original: Bitva za Sevastopol
Ano de Lançamento: 2015
País: Rússia, Ucrânia
Estúdio: Kinorob
Direção: Sergey Mokritskiy
Roteiro: Maksim Budarin, Max Dankevich
Elenco: Yuliya Peresild, Joan Blackham, Evgeniy Tsyganov, Oleg Vasilkov, Nikita Tarasov, Vladimir Lilitskiy

Sinopse:
O filme conta a história real da sniper soviética Lyudmila Pavlichenko. Ela foi recrutada após chamar a atenção em um parque de diversões, numa competição de tiro. Depois disso foi levada para as fileiras do Exército Vermelho durante a invasão alemã ao seu país. Acabou se destacando no campo de batalha por sua destreza e mira perfeita. No filme também acompanhamos sua visita à Casa Branca, onde participou de uma campanha para que os Estados Unidos entrasse na guerra. 

Comentários:
Antes de mais nada é bom salientar que o título nacional desse filme está errado! A protagonista histórica desse filme não era russa, mas sim ucraniana! Para ser mais preciso do ponto de vista histórico o filme deveria se chamar mesmo "A Sniper Soviética" porque na Segunda Guerra Mundial a Ucrânia estava sob dominação da União Soviética. Outro aspecto a se considerar é que o filme é uma produção em conjunto entre Ucrânia e Rússia. Isso, obviamente foi realizado antes dessa guerra insana que está acontecendo entre os dois países. De qualquer forma é um bom filme. Tem um roteiro quadradinho que apesar de seu convencionalismo conta bem sua história. Os personagens não são tão bem desenvolvidos, não mostram muita profundidade psicológica, mas como eu já escrevi, vale por resgatar a história dessa jovem mulher que matou no campo de batalha mais de 300 nazistas! Sem dúvida, não se pode negar, ela fez um belo serviço para a história da guerra. Como se dizia nas fileiras do Exército vermelho na época: "Lugar de fascista é numa cova rasa no solo da mãe Rússia!".

Pablo Aluísio.