terça-feira, 12 de julho de 2022

Luta pela Fé

O filme conta a história de um padre norte-americano chamado Stuart Long, que na Juventude foi lutador de boxe. Após uma luta particularmente violenta, ele acabou sendo afastado dos ringues por problemas de saúde. Nunca mais poderia lutar novamente. Em busca de um novo rumo na vida, ele partiu para a Califórnia com o sonho de se tornar ator, mas acabou indo trabalhar em um pequeno supermercado de bairro. Nesse mercado ele conheceu uma jovem latina bonita. Acabou se apaixonando por ela. Tentando ficar próximo acabou indo na mesma igreja católica que ela frequentava e aos poucos foi se interessando cada vez mais pelo catolicismo, ao ponto de decidir se tornar padre, para espanto de todos os seus familiares e amigos. Todos demoraram a acreditar que ele iria levar mesmo essa história de ser padre à sério. Assim entrou no seminário, mal sabendo o que o destino estava lhe reservando em seu futuro.

O filme como obra cinematográfica em si é muito interessante, diria até muito satisfatório, só que algumas observações são necessárias em relação à história real. O padre Stuart não era tão rude e tosco como nós vemos do filme. Na realidade ele frequentou a universidade de filosofia e teologia, ou seja, era um homem culto, estudado. Tampouco ele só veio a conhecer o catolicismo por causa da garota Latina pelo qual ele se apaixonou, nada disso. Na verdade ele estudou em escola católica desde a Juventude, desde o colegial. Conhecia muito bem a doutrina católica, nada foi por mero acaso como o roteiro pode levar a crer. Assim temos um filme que passa longe de ser historicamente preciso. Ainda assim se salva por causa da boa mensagem que passa adiante. Foi salvo pelas boas intenções.

Luta pela Fé - A História do Padre Stu (Father Stu, Estados Unidos, 2022) Direção: Rosalind Ross / Roteiro: Rosalind Ross / Elenco: Mark Wahlberg, Mel Gibson, Jacki Weaver, Teresa Ruiz / Sinopse: O filme conta a história de um padre norte-americano cuja vida se tornou um exemplo de fé e coragem diante dos problemas de nossa existência terrena.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

As vidas de Marilyn Monroe - Parte 23

Na foto ao lado, tirada nas filmagens do filme "Os Desajustados", Marilyn Montor surge bem natural, com os cabelos até mesmo despenteados. Esse filme foi o último a ser lançado nas telas de cinema, mas não foi o último filme da carreira de Marilyn. Não foi a última vez que ela pisou em um set de filmagens. Os últimos momentos de Marilyn Monroe no cinema foram captados para uma produção que jamais foi finalizada chamada "Something's Got to Give". Esse último filme de Marilyn (sim, o verdadeiro último filme da atriz) contava em seu elenco com o cantor e comediante Dean Martin, aqui em um momento bem posterior ao fim de sua bem sucedida parceria ao lado de Jerry Lewis. 

Marilyn chegou a filmar algumas cenas para o filme, mas seus atrasos e furos foram tão grandes que tudo ficou inacabado. Na maioria das vezes Dean Martin contracenava sozinho, com um assistente de produção falando as falas de Marilyn pois ela simplesmente não havia aparecido para trabalhar. O caos completo. E quando Marilyn apareceu na festa de aniversário de John Kennedy, isso após dizer que estava doente para o estúdio, a Fox não teve outra alternativa e demitiu Marilyn.

Foi o fim da longa parceria entre Marilyn Monroe e os estúdios Fox. Ela tinha chegado no estúdio ainda como uma simples jovem aspirante ao estrelato. Era pouco conhecida e havia sido demitida pela Columbia após se envolver com um dos executivos e ter traído ele como um jovem ator.  Pois é, Marilyn tascou um belo par de chifres em um dos chefões da Columbia. Na Fox Marilyn Monroe iria finalmente se tornar uma grande estrela de Hollywood. O estúdio soube exatamente o que fazer com ela, a escalando geralmente para atuar como "loira burra" em comédias com ótimos roteiros Depois disso Marilyn Monroe se tornou uma grande colecionadora de sucessos no cinema. Seus filmes geralmente ficavam entre os cinco primeiros filmes mais assistidos do ano. 

O sucesso de bilheteria porém escondia vários problemas dentro dos estúdios. Marilyn geralmente chegava atrasada ao trabalho, sem decorar suas falas, sem conseguir acertar direito suas cenas. Como era uma estrela de sucesso, a Fox segurou as pontas por vários anos, até que um dia o caldo entornou e Marilyn foi demitida. Imagine ser a maior estrela de cinema de sua época e ser demitida! A atriz sentiu o impacto, entrou em depressão e depois aconteceu tudo o que sabemos, com sua controvérsia morte, algo que até hoje desperta suspeitas em quem conheceu de perto todos os fatos sobre seu falecimento. 

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de julho de 2022

Guia de Episódios - Edição 7

Chicago PD 6.16 - The Forgotten
Chicago PD continua sendo uma daquelas séries que sempre vale a pena assistir, cada episódio tem um bom roteiro e uma boa história para contar. Nesse episódio o sargento Voight conta com a ajuda de uma amiga dos velhos tempos, uma dançarina de clubes noturnos que trabalha como informante da polícia de Chicago. Através dela sua equipe conseguiu prender um perigoso traficante da cidade. Só que a situação foge rapidamente do controle quando ela cai nas mãos de um insano serial killer. O tempo então passa a ser crucial para que ela seja encontrada com vida. Episódio muito bom, com todos os elementos que são necessários para se ter uma boa série policial em mãos. / Chicago PD 6.16 - The Forgotten (Estados Unidos, 2019) Direção: Eriq La Salle / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda. 

Chicago Fire 3.15 - Headlong Toward Disaster
O tenente Casey está de volta ao mercado, ele começa um caso amoroso com uma bela mulher chamada Beth. Ela está em processo de divórcio e ele nem desconfia que na verdade Beth é a ex-esposa de seu comandante no batalhão 51. Saia justa à frente, ainda mais ao saber que o novo chefe é na verdade um tremendo babaca, daqueles que fica colocando apelidos em seus subordinados. E onde está o chefe Boden você pode estar se perguntando. Ora está em férias cuidando de seu filho recém nascido. No quesito ação há um incêndio em Chicago onde o velho Otis acaba se saindo como o grande herói da operação, logo ele que virou o saco de pancadas do novo comandante do batalhão. / Chicago Fire 3.15 - Headlong Toward Disaster (Estados Unidos, 2015) Direção: Joe Chappelle / Elenco: Jesse Spencer, Taylor Kinney.

Loki 1.05 - Journey Into Mystery
Em minha opinião essa série Loki perdeu a mão. Essa coisa de multiversos pode facilmente se transformar em uma grande chatice quando os roteiristas exageram na dose. Exatamente o que vejo acontecer aqui. Nesse episódio Loki vai parar nos confins do universo onde encontra diversas variantes bizarras de si mesmo, como um Loki mais velho, um Loki garoto e até um Loki animal, um crocodilo... vejam que coisa mais nonsense. E todos eles juntos precisam vencer um monstro em forma de tempestade. Deu para sentir o nível do absurdo? Durma-se com um barulho desses! / Loki 1.05 - Journey Into Mystery(Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino.

Pablo Aluísio.

Crônicas de um Cinéfilo - Parte 9

CODA
O cinema ainda me emociona! Senti hoje a força da sétima arte. Assisti a um dos filmes que estão concorrendo ao Oscar e sinceramente me emocionei. Fiquei tão comovido com o que vi. O filme é sobre uma jovem garota que tem uma família problemática, mas que deseja seguir seus próximos passos na vida. Ela, que sempre trabalhou com o pai no barco de pesca vê uma chance de entrar numa faculdade de música.

Isso me tocou tanto! Eu me identifiquei totalmente com a protagonista. Eu também fui um jovem cheio de sonhos e essa fase da vida quando estamos entrando numa universidade para trilhar um caminho próprio na vida é tão linda! O coração só falta explodir de tantos planos e sonhos! Uma fase maravilhosa da vida! O que me tocou nesse roteiro é que ele trata de uma fase muito maravilhosa na vida de um jovem. Não importa se ela no futuro iria ter ou não sucesso na vida que escolheu, no mundo musical. O que importa é que ela seguiu seus sonhos e isso é sempre o mais importante!

Quando o filme acabou bati palmas silenciosas em homenagem aos personagens que são surdos, mas também repeti um gesto que aprendi a fazer sempre que assisto a um belo filme! Pois é, mesmo após tantos anos ainda me emociono a ponto de quase chorar! Eu amo cinema e sempre amarei - e hoje pude perceber isso mais uma vez!

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de julho de 2022

Elvis Presley - Elvis (1956) - Parte 1

O segundo disco de Elvis na RCA Victor foi bem mais produzido do que o primeiro. A gravadora ganhou confiança com o trabalho do cantor que já naquela altura havia se tornado o artista mais vendido do selo. Para alguém com vinte e poucos anos era um feito e tanto! Assim o produtor Steve Sholes trouxe para o estúdio mais músicos, mais instrumentos, tudo para melhorar o som do novo álbum.

Em 1956 o principal veículo de promoção de Elvis não foi o cinema (seu primeiro filme ainda nem tinha sido filmado), mas sim a televisão e seus programas de variedades. Bastaram as primeiras apresentações de Elvis na TV para que a polêmica tomasse conta da imprensa.

Falem mal de mim, mas falem de mim - diria o Coronel Parker. Claro, grande parte dos artigos eram críticas ferozes a forma como Elvis cantava e dançava. Para muitos aquilo era sexualizado demais, impróprio para as adolescentes que começavam a curtir Elvis. Hoje em dia a dança de Elvis nesses primeiros programas de televisão aparentam ser apenas giros bem originais de um artista que tentava de alguma forma chamar a atenção para sua música. A cabeça das pessoas dos anos 50 era mesmo bem diferente da nossa. Ecos de um mundo mais conservador e tradicional.

De qualquer forma para Elvis e seu grupo de músicos o importante era fazer um bom trabalho de estúdio. As primeiras músicas do novo disco foram gravadas nos estúdios da RCA na costa oeste. Era o Radio Recorders, localizado em West Hollywood, Califórnia. A primeiro canção não poderia ser mais simbólica, a bela balada "Love Me" de Leiber e Stoller. Nesse mesmo dia Elvis já havia gravado "Playing for Keeps" que seria lançada em single. Para "Love Me" foram necessários 9 takes para que Elvis se desse por satisfeito. O curioso é que anos depois Jerry Leiber explicaria que havia composto a música quase como uma sátira ao estilo country de Nashville. Elvis ignorou essa intenção original do compositor e fez uma grande gravação, uma das melhores e mais memoráveis faixas dessa fase de sua carreira.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Milkcow Blues Boogie / You´re a Heartbreaker

O terceiro single de Elvis Presley pela Sun Records foi composto por Milkcow Blues Boogie no lado A e You're A Heartbreaker no lado B. Conforme as vendas foram se tornando cada vez mais interessantes para a gravadora de Sam Phillips os singles (compactos simples com uma música de cada lado) também foram sendo editados com maior frequência. Era uma maneira não apenas de popularizar o cantor nas estações de rádio, como também de promover seu nome entre o público jovem de Memphis e cidades vizinhas. A Sun Records tinha limitações em termos de divulgação e promoção de seus artistas, mas fazia o possível para transformar seus singles em sucesso de vendas.

Quando o terceiro single de Elvis chegou nas lojas ele já era o maior vendedor de discos do selo Sun. Não tardou a surgir diversos boatos afirmando que a gravadora havia se tornado pequena demais para Elvis. Foi por essa época que começaram a surgir pessoas interessadas em tirar o cantor da Sun para um selo maior. De qualquer forma Presley ainda tinha o passe pertencente ao selo do sol nascente, embora seus dias por lá realmente estivessem contados. Para quem gosta de detalhes fonográficos aqui vai uma informação adicional: esse single levou o catálogo de número Sun 215. Um original vale alguns milhares de dólares e os poucos que sobreviveram ao tempo estão nas mãos de colecionadores.

"Milkcow Blues Boogie" foi gravada inicialmente por Kokomo Arnold em 1953 pelo selo Decca, sendo que em 1946 Bob Willis & his Texas Playboys já a tinham gravado com o título de "Brain Cloudy Blues". A versão de Presley surgiu no mercado como a música título de seu terceiro single pela Sun Records em 29 de dezembro de 1954. Ela foi gravada na terceira sessão de Elvis pela pequena gravadora de Sam Phillips contando somente com o trio básico de suas primeiras músicas: apenas Elvis, Bill e Scotty. A data correta desta sessão é motivo de controvérsia pois alguns autores determinam o mês de novembro e outros, dezembro, não ocorrendo um consenso sobra a data certa. Até mesmo nos encartes dos CDs mais recentes a dúvida persiste.

Essa é provavelmente uma das canções mais peculiares que já ouvi. A letra e o arranjo não deixam dúvidas: é uma canção escrita, feita e produzida para o Sul rural americano dos anos do pós guerra. A sonorização abafada e o ritmo estranho podem deixar muitos fãs jovens do cantor surpresos! Mas era justamente esse tipo de canção que tocava nas rádios regionais de Memphis quando Elvis era apenas um aspirante ao estrelado. Vale a pena sentir e ouvir a sonoridade daquela época na voz do artista que melhor representou aquela geração.

"You´re a Heartbreaker" vinha para completar o single. Apesar de ter sido legada ao lado B do acetato essa é seguramente a melhor canção desse disco. É um country de ritmo agradável, muito bem executado pelo trio Blue Moon Boys, trazendo Elvis em momento inspirado, obviamente "mastigando" as palavras em seu vocal ao estilo bem country and western. A letra, juvenil e emocional, se refere a uma "destruidora de corações" - tão comuns na juventude de cada um desses jovens dos anos 50! Enfim, linda baladinha country que marcou seu terceiro lançamento na Sun Records.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Audie Murphy e o Western - Parte 2

Audie Murphy foi um campeão de bilheteria das matinês. Ele estrelou uma longa série de filmes de faroeste que fizeram bastante sucesso. Nas telas ele geralmente interpretava o bom mocinho, muitas vezes até ingênuo e dono das melhores boas intenções. Uma imagem bem diferente do Audie da vida real. A inocência fora perdida em um dos conflitos mais sangrentos da história: a II Guerra Mundial. Audie era veterano de guerra e trazia muitas marcas psicológicas dentro de si por causa do que tinha vivenciado nos campos de batalhas da Europa.

Ele foi considerado um herói pelo exército americano por causa de um ato de bravura demonstrando durante uma batalha contra o exército alemão. Sua companhia foi cercada no meio de uma região de florestas. Seus companheiros de farda quase foram aniquilados completamente. Quem os salvou foi Audie, que usando uma metralhadora ponto 50 conseguiu matar inúmeros soldados nazistas. Isso lhe valeu inúmeras medalhas, mas nem elas compensavam os traumas que Audie Murphy levou para a vida civil depois que a guerra acabou.

Ele falou sobre isso timidamente durante uma entrevista nos anos 60. Ao jornalista que o entrevistava Audie explicou: "Eu poderia continuar no exército por longos anos se quisesse, mas depois da guerra e das coisas que vi pensei comigo mesmo que era o bastante para uma vida inteira. Eu presenciei coisas horríveis no campo de batalha e não tenho vergonha de dizer isso. Muitos dos meus amigos na companhia foram mortos e eles eram apenas garotos de 18 anos, mal saídos das cidadezinhas do interior onde nasceram. Eles nunca tiveram a chance de ter uma vida longa, de se casarem, terem filhos, etc. Ao invés disso morreram em algum buraco ou cratera de bomba na Europa ou no Pacífico. Essa sempre foi para mim a maior tragédia da guerra!".

Esses traumas não deixaram Audie nem mesmo após ele se tornar um ator de relativo sucesso. Muitos que trabalharam ao seu lado dizem que Murphy mantinha uma personalidade tendente a melancolia ou depressão. Quando não estava atuando procurava ficar sozinho, perdido em seus próprios pensamentos. Hollywood para ele era apenas uma forma de trabalho, além disso como costumava dizer: "Gosto dos filmes porque as balas são de mentirinha. Ninguém morre e no final do dia todos estão de volta seguros em suas casas. Exatamente o contrário do que vivi na II Guerra Mundial. Ali no campo de batalha não havia margem para o erro. Errar era fatal!".

Pablo Aluísio.

Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 2

Os primeiros filmes de Randolph Scott foram apenas testes, formas do estúdio em verificar se ele ficava bem em cena. Sua estreia nas telas se deu em 1928, ainda no cinema mudo, em uma produção chamada "Rumo ao Amor". É curioso notar que desde os primeiros trabalhos no cinema, Scott não se importou em fazer todos os tipos de filmes. Aliás ele estava mesmo pensando que iria se tornar um ator ao estilo Cary Grant. Ele estava pronto para ser um galã de filmes mais românticos se fosse preciso.

Sua amizade com Grant aliás foi uma das mais duradouras fofocas da história de Hollywood. Quando eram apenas jovens atores aspirantes ao estrelato, eles resolveram dividir uma bela casa nas colinas de Hollywood. Era algo natural acontecer já que nenhum dos dois tinha dinheiro suficiente para bancar uma bela mansão com piscina sem a ajuda do outro. Então, como eram amigos mesmo, resolveram dividir o aluguel, indo morar juntos. Acontece que o estúdio contratou uma equipe de fotógrafos para tirar uma série de fotos promocionais em sua residência. A proposta era mostrar o cotidiano de dois jovens atores de Hollywood.

O problema é que a tentativa de mostrar um lado mais, digamos, pessoal e privado da vida deles, acabou criando uma incômoda sensação de que eles tinham um relacionamento íntimo demais para dois homens. Não demorou muito e os boatos de que era gays começou a se espalhar. Tanto Scott como Grant não pareceram se importar muito com esses rumores, tanto que jamais deixaram de ser amigos, de saírem juntos, indo a campos de golfe, jantares e premiações.

Anos depois, já casados, a "teoria gay" acabaria virando uma piada divertida entre eles. De qualquer forma, voltando para aqueles anos, o fato é que morar bem, em uma casa bonita nas colinas, abriu várias portas para Scott e Grant. Eles convidaram diretores, produtores, atrizes e atores para festas, jantares e recepções. Era assim que um ator conseguia ser escalado para filmes em Hollywood. Randolph Scott aliás era um grande anfitrião nessas ocasiões. Dono de uma conversa agradável, com aquela educação sulista tão carismática, ele logo deixaria de pedir por trabalho, recebendo ao invés disso, cada vez mais convites para integrar elencos de novos filmes. A estratégia que havia criado ao lado de seu amigo Cary Grant havia dado muito certo.

Pablo Aluísio.