domingo, 23 de dezembro de 2012
A Última Casa da Rua
Liderando o elenco temos duas atrizes bem interessantes. Jennifer Lawrence está no auge de sua carreira e popularidade. Depois do grande sucesso "Jogos Vorazes" ela sedimenta seu espaço em Hollywood. A boa notícia é que ela é realmente talentosa e tem muito potencial para se tornar uma grande estrela - a má notícia é que está gordinha além do ponto. Bochechuda demais terá que se policiar de agora em diante para não perder a linha. Já Elizabeth Shue tem uma história interessante no cinema americano. Quando sua carreira estava decolando ela largou tudo para se formar na prestigiosa Universidade de Harvard, uma das melhores instituições de ensino superior do mundo. Depois de estar devidamente graduada tenta um retorno às telas agora. Esse é seu melhor filme até o momento. Se souber escolher bem seus papéis terá também um belo futuro pela frente. Outro que tenta alcançar o seu lugar ao sol é o próprio diretor Mark Tonderai. Com apenas cinco títulos na carreira - nenhum expressivo – esse ex- DJ e ator de séries tenta agora chamar a atenção dos grandes estúdios. Se depender de mais bons filmes como esse será bem sucedido. Em suma, "A Última casa da Rua" é uma boa opção para quem estava com saudades de bons thrillers de suspense com várias reviravoltas na trama. Não chega a ser brilhante mas é muito bom no final das contas. Por isso está devidamente recomendado.
A Última Casa da Rua (House at the End of the Street, Estados Unidos, 2012) Direção: Mark Tonderai / Roteiro: Peter Block, Hal Lieberman, Aaron Ryder baseados na novela de Jonathan Mostow / Elenco: Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue, Max Thieriot, Gil Bellows, Nolan Gerard Funk / Sinopse: Mãe e filha alugam uma casa vizinha a uma residência onde no passado ocorreu um terrível crime. No isolado imóvel mora sozinho o único sobrevivente de uma família assassinada. Retraído e isolado ele vive em um lugar onde nada realmente é o que aparenta ser de verdade.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Dredd
Karl Urban interpreta Dredd mas poderia ser qualquer um. Ele nunca tira o capacete e está sempre mandando chumbo em alguém. O ator que já apareceu em "Star Trek" e "Red - Aposentados e Perigosos" não compromete mas também não brilha, talvez pelo fato do roteiro simples não abrir espaço para isso. Melhor se sai Olivia Thirlby na pele de uma juíza novata que acompanha Dredd e que tem estranhos poderes de mediunidade (ela consegue ler os pensamentos das pessoas ao seu redor). A direção de arte não chega a impressionar também pudera, quase todo o filme é passado dentro do edifício onde Dredd e sua companheira são caçados pela mega traficante e ex-prostituta Ma-ma (Lena Headey com uma enorme cicatriz no rosto). Apesar dos pesares "Dredd" consegue ser bem melhor que o primeiro filme com Stallone, isso porém não significa que ele seja grande coisa De certa maneira é apenas um filme de ação escapista extremamente violento. Se você gosta do estilo arrisque, caso contrário, se estiver esperando apenas por um bom filme Sci-Fi é melhor desistir.
Dredd (Dredd, Estados Unidos, 2012) Direção: Pete Travis / Roteiro: Alex Garland baseado nos personagens criados por John Wagner e Carlos Ezquerra / Elenco: Karl Urban, Olivia Thirlby, Domhnall Gleeson, Santi Scinelli, Lena Headey / Sinopse: Em um prédio super povoado na metrópole Mega City One um juiz e sua colega em treinamento são encurralados por uma gangue extremamente violenta de traficantes liderado por Ma-ma, ex prostituta e agora homicida em série.
Pablo Aluísio
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Criação
A grandeza de seu pensamento segue firme e forte até os nossos dias. Suas teorias foram confirmadas nas últimas décadas pelos avanços da engenharia genética. Darwin certamente se mantém como um pensador de sólidas bases teóricas. Ao longo de tantos anos sua teoria foi atacada de todas as formas mas nunca perdeu a robustez. Ela segue tão brilhante como veio ao mundo no século 19. Dito isso chegamos a esse filme "Criação" que tenta desmistificar o grande cientista, tentando mostrar o lado mais humano de sua personalidade. Apesar de ter lido criticas negativas gostei bastante desse filme. Aprecio muito esse tipo de biografias e se forem de grandes cientistas, melhor. O mais interessante é que mostra o lado mais íntimo de Darwin, as questões religiosas que teve que enfrentar e aspectos pessoais de sua vida familiar que eu desconhecia. Reconheço que sou suspeito pra falar porque adoro história (biografias ainda mais) e sou fã do Darwin e sua teoria da evolução. Esse tipo de filme (mesmo deixando a desejar em termos) jamais deixaria de assistir. Gosto demais desse tipo de produção. É sempre gratificante ver ali personificado em cena um cientista que admiramos. A produção é de bom gosto e a direção de arte também me agradou muito. Esse clima Vitoriano que vemos em cena sempre garante elegância aos filmes passados nessa época histórica. "Criação" é um excelente filme, muito bem realizado com produção luxuosa. Por tudo isso está mais do que recomendado.
Criação (Creation, Estados Unidos, 2009) Direção: Jon Amiel / Roteiro: John Collee / Elenco: Paul Bettany, Jennifer Connelly, Jeremy Northam, Toby Jones, Benedict Cumberbatch, JimCarter, Teresa Churcher, Zak Davies, Harrison Sansostri / Sinopse: "Criação" conta parte da história do famoso cientista inglês Charles Darwin (Paul Bettanny), que no século 19 abalou o mundo da ciência com a publicação de seu revolucionário livro onde explicava os mecanismos da evolução das espécies. Brilhante pensador, homem de família, o filme mostra a sua luta interior nascida da indecisão entre publicar seus escritos (que iam contra o pensamento religioso da época) ou se resignar completamente sobre isso.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Fim dos Tempos
Com o desastre de "Fim dos Tempos" o diretor M. Night Shyamalan jogou pelo ralo o resto de prestigio que ainda tinha. Nada funciona aqui. A direção é sem rumo, sem foco, o argumento é uma piada de mal gosto e até mesmo no suspense o cineasta não consegue criar nada de novo - demonstrando de forma definitiva que ele passa longe daquela suposta genialidade que atribuíam a ele no começo da carreira. O elenco também não ajuda. O filme é estrelado por Mark Wahlberg, ator de uma nota só, sem qualquer expressividade. A gracinha Zooey Deschanel surge perdida em cena, sem saber do que se trata (e nem o público para falar a verdade). O único que parece estar se divertindo nessa presepada é o ator John Leguizamo. Não me admira já que ele é especialista em filmes bizarros e sem sentido, então está em casa. Em suma não adianta mais bater - o filme é uma porcaria mesmo. Se você ainda não viu torça para o mundo acabar amanhã já que assim você se livrará de topar com esse abacaxi qualquer dia por aí zapeando pela TV. Fuja para outro mundo!
Fim dos Tempos (The Happening, Estados Unidos, 2008) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Spencer Breslin, Betty Buckley, Tony Devon, Victoria Clark / Sinopse: O fim do mundo na visão do diretor M. Night Shyamalan. Na estória a natureza resolve se vingar da humanidade espalhando uma toxina no ar que leva os humanos a se matar!
Pablo Aluísio.
2019 - O Ano Da Extinção
A mistura High Tech futurista com vampiros não deu muito certo. Não deixa de ser chato termos que encarar vampiros na pele de militares ultra bem armados. O charme que sempre acompanhou os seres da noite se perde totalmente em coisas como essa. A tal "cura" mostrada também não convence. É uma solução simples demais e pouco verossímil (pelo menos dentro da mitologia dos vampiros). O elenco também apenas passeia em cena. Até bons atores (como Willem Dafoe) não parecem se interessar muito. Em controle remoto a única coisa que chama atenção em sua interpretação é seu visual "Raul Seixas citando Elvis Presley". Fora isso o filme se torna apenas mediano. Parece muito com seriado de TV inspirado em quadrinhos. Para se tornar um filme realmente bom faltou um melhor desenvolvimento por parte dos roteiristas.
2019 - O Ano da Extinção (Daybreakers, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael Spierig, Peter Spierig / Roteiro: Michael Spierig, Peter Spierig / Elenco: Ethan Hawke, Willem Dafoe, Sam Neill / Sinopse: O que aconteceria se praticamente toda a humanidade se tornasse vampira? Onde os seguidores de Vlad iriam arranjar sangue humano para sobreviver? É a partir dessa crise que se desenvolve o argumento principal do filme.
Pablo Aluísio.
The Kennedys
Por outro lado tiveram coragem suficiente para mostrar a péssima idéia de Joseph em se aproximar da máfia italiana liderada pelo chefão Sam Giancana, líder da cosa nostra de Chicago. Adivinhem quem fez a ligação entre ambos? Ele mesmo, o cantor Frank Sinatra! Na época das eleições, extremamente preocupado em ganhar na cidade de Chicago de todas as formas, o pai de JFK determinou a Sinatra que ele falasse com o Giancana para que as eleições naquela cidade fossem garantidas de uma forma ou outra para John Kennedy. Usando da força dos sindicatos, todos corrompidos e corruptos, o jovem JFK acabou tendo ampla maioria lá, o que pavimentou sua escalada rumo à Casa Branca. Depois que foi eleito JFK nomeou seu irmão Bob como procurador geral e ele foi ao encalço de Giancana e cia. Obviamente que tudo foi visto como uma grande traição, por isso que em muitas teorias da conspiração temos a máfia americana como uma das prováveis autoras do assassinato de JFK. O roteiro da série porém preferiu não entrar nesse verdadeiro universo de teorias sobre a morte do presidente, se limitando a mostrar o terrível atentado e os efeitos que esse evento causou na alma da nação. Já para os fãs de Marilyn Monroe a minissérie pode ser um pouco decepcionante. Sua participação é discreta mas pelo menos foi enfocada. Pensei sinceramente que também iriam esconder esse aspecto (um dos mais famosos) da biografia dos Kennedys. Felizmente mostraram, até porque acredito que seria simplesmente impossível ignorar esse romance tão escandaloso da atriz com os dois irmãos. Assim podemos dizer que temos aqui um bom produto, que passa longe de ser o definitivo sobre a história dos Kennedys, mas que termina agradando dentro de suas modestas pretensões. De certa forma ainda é muito apegado à história oficial e por isso não procura levantar muitas polêmicas, preferindo ao invés disso saudar a memória do falecido presidente americano. Mesmo assim vale a pena conhecer.
The Kennedys (The Kennedys, Estados Unidos, 2011) Direção de Jon Cassar / Roteiro de Stephen Kronish e Joel Surnow / Elenco: Greg Kinnear, Barry Pepper, Tom Wilkinson. Katie Holmes / Sinopse: Minissérie que mostra os anos de glória da família Kennedy. Mostrando a chegada de John Kennedy à Casa Branca, a nomeação de seu irmão como procurador geral e os diversos problemas pessoais enfrentados pela família ao longo de todos aqueles anos.
Pablo Aluísio.
Eagles
As tragédias do Eagles
Como hoje é dia internacional da mulher é importante chamar a atenção para a violência doméstica que muitas mulheres sofrem em seu cotidiano. Recentemente houve um caso envolvendo Randy Meisner, baixista da banda de country rock Eagles (desde sempre uma das minhas preferidas). Tudo começou quando sua esposa ligou para a polícia pedindo socorro pois Randy estaria bêbado, armado e dando tiros para cima em sua própria casa.
Certamente estava surtado seja pelo uso de drogas ou bebidas, não importa. Meia hora depois desse telefone uma nova chamada foi feita para a delegacia de polícia só que agora não era a sua esposa, mas sim o próprio Randy. Ele ligou para informar que ela havia sido baleada... acidentalmente! A polícia foi até sua casa e concluiu que Randy dizia a verdade. Ele alegou que sua esposa foi tirar um fuzil de sua propriedade do armário e a arma disparou a atingindo em cheio. Sinceramente... junte as duas situações e tire suas próprias conclusões. Randy ainda terá que dar várias explicações, mas que tudo ficou meio estranho, obviamente ficou.
A verdade é que muitos roqueiros desenvolvem vícios ao longo da vida - sejam drogas, álcool ou seja o que for. Complicado entender os mecanismos psicológicos que os levam a isso, mas o alto número de profissionais da música que caem na mesma armadilha nos faz pensar que realmente exista algo a mais ligando essa profissão com esse tipo de comportamento auto destrutivo. O Eagles como banda chegou ao seu fim definitivo recentemente com a morte do guitarrista Glenn Frey, autor da música mais conhecida do grupo, o grande sucesso "Hotel Califórnia". Para um grupo musical tão bom, que chegou a vender quase 30 milhões de cópias de apenas um LP é certamente um final bem melancólico e triste. O destino é muitas vezes implacável.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Esse Indiana Jones é muito ruim. Não há outra definição. O filme é ruim, simples assim. Até mesmo o totem do filme é ruim (a tal Caveira de Cristal, uma tremenda bobagem). Para piorar os roteiristas resolveram fazer um péssimo argumento, misturando ETs com arqueologia - um roteiro completamente esquecível, bobo, sem inspiração, chato. No elenco muitos problemas: Ford já passou da idade de dar uma de aventureiro, Shia LaBeouf é seguramente o pior ator a surgir no cinema desde os filmes da Xuxa e a Cate Blanchett some no meio de tanta ruindade. Ela é excelente atriz e profissional e não merecia se perder no meio desse abacaxi. Assim como não dá para voltar aos anos 80 também não há como requentar certas coisas como Indiana Jones. Se fizerem o quinto então correrão o risco de perderem até mesmo a dignidade pois o respeito já se foi com essa produção. Tomara que não saia do papel. Enfim, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" foi seguramente uma das piores decepções que tive no cinema nos últimos anos. Certo estava Pelé que saiu por cima, na hora certa. Spielberg e Lucas certamente não aprenderam essa lição.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, Estados Unidos, 2008) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: David Koepp, George Lucas, Jeff Nathanson, Philip Kaufman / Elenco: Harrison Ford, Cate Blanchett, Karen Allen, Shia LaBeouf, Ray Winstone, John Hurt / Sinopse: Indiana Jones (Harrison Ford), o famoso arqueólogo agora se vê no meio de uma complicada teoria da conspiração envolvendo Estados Unidos e União Soviética em plena guerra fria. A chave de todo o mistério parece estar em uma rara caveira de cristal de origem desconhecida.
Pablo Aluísio.