segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Perry Mason - Segunda Temporada

Perry Mason - Segunda Temporada
Eu gosto e desgosto dessa série em doses equivalentes. Aliás eu nem sei porque ainda fui ver a segunda temporada, já que fiquei com um pé atrás com a primeira, que não me agradou totalmente. O problema da série, ao meu ver, é de ritmo mesmo. Do ponto de vista técnico tudo parece muito bem realizado. O elenco é muito bom, a reconstituição de época é mais do que perfeita, tudo parece estar no lugar certo. 

O problema é de ritmo. Os episódios são longos e muitas vezes percebemos claramente que estão enchendo linguiça. Ou seja, esse material tem tudo do bom e do melhor para ser coisa de primeira linha, mas na hora de chutar para o gol e ser campeão eles levam horas e horas para fazer isso. 

Eu sou da opinião de que cada episódio deveria ter um caso com começo, meio e fim. No máximo, nos casos mais complexos, colocassem tudo em dois episódios, por exemplo. Agora, colocar um mesmo caso em seis ou oito longos episódios realmente torna tudo meio cansativo. E as coisas vão acontecendo de forma bem devagar, se arrastando... Assim não dá! 

Não tenho nada contra o fato do Perry Mason ser um personagem tão antigo. Quem me conhece sabe que gosto de cultura pop do passado, mas pelo amor de Deus, contem as histórias com mais agilidade, com mais eficiência. Não adianta enrolar ao máximo, torrando a paciência do espectador para isso. 

Pablo Aluísio. 

Enigmas do Universo

Enigmas do Universo
Série muito boa e inteligente. Parte de uma premissa que é a mais pura verdade. Tudo no universo está conectado. Desde as menores partículas até mesmo as maiores galáxias, todas as coisas do universo partem de um só contexto, seguindo as mesmas leis da física e da química. No fundo, como bem sabemos, somos apenas poeira de estrelas que há muito explodiram. E por um acaso incrível acabou gerando vida nesse planeta insignificante perante a grandeza infinita do universo. 

Pois é, o nosso Planeta Terra é apenas um de milhares pelo universo e nos últimos anos a ciência descobriu milhões de exoplanetas que orbitam estrelas nos confins do universo. Não vivemos no mais importante planeta do cosmos, nem sequer dos mais relevantes, mas devemos preservar ele da melhor forma possível pois afinal de contas é o nosso lar.

Então os roteiros dessa série são mais do que especiais. Eles geralmente partem do micro para o macrocosmos. Mostra, por exemplo, como vive uma colônia de formigas numa floresta tropical, ao mesmo tempo que vai mostrando como as estrelas nascem no universo profundo.

E se for possível assista a série legendada, com a voz original do Morgan Freeman. Ele realmente é um ótimo apresentador desse tipo de programa. Além de bom ator sempre teve a presença correta para nos mergulhar nos segredos desse cosmos infinito, cujos detalhes a humanidade ainda não chegou nem perto de descobrir ou conhecer. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 6 de setembro de 2009

A Família Stallone

A Família Stallone
O Stallone atualmente realmente atira para todos os lados. Aos 77 anos de idade ele tenta ainda se manter relevante, embora os anos de glória estejam mesmo no passado. Normal da vida, as coisas são assim. Em uma década você consegue ganhar 20 milhões de dólares. Na próxima fica complicado até mesmo fazer novos filmes no cinema. 

Essa série tenta copiar de alguma foram a série reality de grande sucesso The Kardashians; Eu nem preciso dizer que não assisto esse tipo de série. Não gosto, acho fútil demais. Por isso mesmo gostando muito do Stallone acabei deixando a primeira temporada passar em branco. Na segunda temporada arrisquei assistir a alguns episódios. 

A família dele é formada pela esposa e três filhas. Importante dizer que Stallone tem outros filhos. Um deles morreu há alguns anos. O outro tem problemas mentais. Esse último não aparece nesse reality. Acho que Stallone o preservou, o que achei uma atitude correta. 

Não tem nada demais aqui, as coisa são previsíveis. O Stallone é o paizão meio bobão. As filhas são jovens dinâmicas, tentando parecer carismáticas. Algumas vezes dá certo, outras não. Elas aparecem bem chatinhas. Tem também o irmão do Sly, Frank, que faz um contraponto interessante. É o tiozão solteirão e meio esquisito das meninas. Então é isso, tudo meio frívolo, meio bobinho. De bom mesmo apenas os episódios que o Stallone volta para a Itália de seus avôs. Ficou bem interessante esse episódio. O resto pode ser dispensado sem problemas. 

Pablo Aluísio. 

Raël: O Último Profeta

Raël: O Último Profeta
Essa minissérie que está na grade da Netflix mostra esse sujeito bem esquisito. Um francês malucão que fundou uma seita. Ele afirma que foi visitado por uma raça de ETs. Eles então lhe ensinaram a doutrina de sua nova religião. Raël logo escreveu o seu livro com esses ensinamentos e adivinha o que aconteceu... Pois é, o tal Raël ganhou um monte de seguidores fanáticos que passaram a lhe seguir pelo mundo afora. 

Ele mudou de países várias vezes porque o tal sujeito foi acusado de vários crimes por onde passou. Disseram que ele abusava das mulheres da seita e que ficava com os bens e dinheiro dos seguidores masculinos. Ora, e qual seria a surpresa de algo assim? Essa gente não conhece como funciona uma seita de verdade? E nessa linha mesmo, o líder fica com as bonitonas de seu rebanho e com o dinheiro dos homens que o seguem...

Como dizia o Bezerra da Silva, todo dia sai um Mané e um malandro de suas casas. Quando os dois se encontram sai negócio. E o negócio das seitas é muito lucrativo, como bem podemos ver por aqui. O Raël ganhou sexo grátis com várias mulheres bonitas de miolo mole e ainda pegou a grana toda dos maridões. Lembrou do Mané e do Malandro? Pois é meus caros... O mundo é dos espertos...

E não parou por aí. O tal Raël ganhou notoriedade mundial ao afirmar que havia criado um clone humano na sua seita. Claro, tudo mentira, mas ele faturou muito com a história. Mais gente passou a lhe seguir, mais gostosas para ele ter em sua cama, e mais bobões para dar o dinheiro para ele. Olha, depois de assistir a essa minissérie perdi a fé na inteligência da humanidade. Como tem gente burra nesse mundo...

Pablo Aluísio. 

sábado, 5 de setembro de 2009

Batman

Revendo Batman de 1989
Apareceu no streaming e decidi rever. Fazia muitos anos que tinha visto pela última vez. Coloque aí décadas de distância. Eu confesso que nem quando vi pela primeira vez gostei muito. E estou falando do lançamento original do filme no final dos anos 80. Eu deveria ter uns 16 anos de idade, por aí. Ainda assim fiquei longe de cair naquela besteira de marketing da tal Batmania. Já era crescido demais para isso e como nunca fui fã de quadrinhos a coisa piorou ainda mais. Assisti, achei OK e nada demais. Vida que segue. 

Então nessa revisão o filme ficou ainda pior. Achei o roteiro mal desenvolvido, cartunesco mesmo. Nada daquele papo de que o Batman desse filme é dark, sombrio. Achei nada disso. Ele é bem quadrinhos mesmo, comics acima de tudo. E esse Michael Keaton e seus biquinhos são particularmente irritantes. O cara simplesmente não deu certo nem como Bruce Wayne e nem como Batman. E não, não se trata do mesmo personagem, tem nuances diferentes por ali. Como Wayne, o Keaton nunca foi grande ator para isso. Como Batman a roupa não ajudou. Ele ficou de pescoço duro, nada bom para enfrentar bandidos em lutas de artes marciais.

Então chegamos no Coringa. Esse sim roubou o filme. Agora isso tem nome e sobrenome: Jack Nicholson. Mesmo em um papel raso e sem profundidade nenhuma, puro comics, lembra, o Jack foi muito bem. Provavelmente porque ele não levou à sério em nenhum momento o personagem e ele estava certo nisso, é um personagem de quadrinhos, nada mais. Vilão de história em quadrinhos, literalmente. Não é Shakespeare. 

Então é isso. Um filme meio vazio. Tem uma direção de arte bonita e nada muito além disso. O roteiro não é tão bom, os demais atores também não são lá essas coisas. Achei a Kim Basinger péssima. Com cara de tonta e nem um pouco tão bonita como dizem. enfim, o tempo cobrou seu preço. O filme já não é tão maravilhoso como um dia disseram que era. Ficou Batdatado! 

Pablo Aluísio. 

Blue Bloods - Terceira Temporada

Blue Bloods - Terceira Temporada
Eu até gosto muito de Blue Bloods. Caso contrário eu não teria assistido as três primeiras temporadas. E olha que são temporadas longas, com quase 22 episódios cada uma. Então é aquele tipo de série que você precisa ter fôlego para ver porque parece nunca ter fim. Dito isso tenho que admitir também que os roteiristas me parecem meio preguiçosos. Isso porque a série realmente tem vários problemas. O pior deles é seguir uma determinada fórmula que se repete ad nauseam.

A fórmula de todos os episódios é praticamente a mesma. Geralmente há dois crimes a se resolver. Um mais complexo é resolvido pela dupla de detetives da família. O mais simples geralmente envolve o caçula, que trabalha como policial de rua em Nova Iorque. E tem também aquelas chatas cenas de almoço ou jantar com os mesmos familiares de sempre. Familismo chato desses roteiros, mesmo que a série no final das contas seja  sobre uma família de policiais de Nova York.

Agora de bom mesmo temos o Tom Selleck no elenco. Claro que agora ele está bem mais velho. Para um ator veterano, na sua idade, essa série realmente foi um presente. Ele não precisa fazer muito esforço e como a série se manteve por longos anos em cartaz ele conseguiu seguir na mesma linha, mantendo sua carreira de ator viva, algo que nem sempre acontece. 

Então é isso. A terceira temporada segue no mesmo esquema das anteriores. Sem maiores novidades. essa é uma série padrão do canal CBS e é exibida na TV aberta nos Estados Unidos. Por essa razão ela é tão quadradinha e conservadora. Coisas muito ousadas você não encontrará, apenas o feijão com arroz de toda semana. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista com a atriz durante o lançamento da cinebiografia da cantora e atriz Judy Garland, onde interpretou a protagonista. 

Sra. Zellweger, como atriz, o que você faz para manter os pés no chão?

Renée Zellweger - Passo muito tempo sozinha. Eu corro muito, então há uma espécie de expulsão física de tudo que é estranho. Tenho responsabilidades e desafios como todo mundo: amigos doentes, amigos com bebês… E essas são as coisas que eu aproveito, são os tesouros da minha vida. Mais do que o trabalho ou o que as pessoas pensam do seu trabalho, essas coisas são definidoras. Não há muita consideração por coisas que não são projeções; Tento não perder tempo com coisas que não importam.

Muitas vezes é mais fácil falar do que fazer.

Renée Zellweger - Claro – há tantas coisas que você não pode controlar; especialmente coisas intangíveis. Mas há certas coisas que você pode controlar, e é nessas coisas que me concentro. As coisas que não consigo controlar, simplesmente deixo em paz. Quando estou trabalhando, por exemplo, procuro sempre me concentrar em algo que seja verdadeiro, algo que me comova no contexto da história que estamos tentando contar através do filme, e apenas confio nisso.

Você pode me dar um exemplo?

Renée Zellweger - Bem, cantando em Judy, tentei negociar uma saída! (Risos) Sempre achei que esse tipo de atuação não era para alguém como eu, que não tinha feito disso uma vida. Mas foi algo que pareceu muito importante para Rupert Goold, o diretor. Ele teve relacionamentos muito próximos com os artistas durante toda a sua vida como diretor teatral e, por isso, queria que fosse uma representação autêntica do que acontece entre o público e o artista quando filmamos. E eu agradeço isso. Na verdade, estou feliz que ele quis fazer isso e entendo agora. E você não pode contar uma história sobre um dos maiores artistas de todos os tempos sem encapsular adequadamente uma troca genuína.

Então, como você assumiu o controle de uma situação na qual talvez não se sentisse totalmente confortável?

Renée Zellweger - Trabalho em equipe. Foi fantástico tentar coisas todos os dias com os diferentes departamentos. Trabalhei com o compositor do filme e ele é extraordinário. É uma equipe enorme de pessoas, então eu tinha um monte de mães de palco, que ficavam me chutando nas calças para tentar, apenas insistindo para que eu apenas trabalhasse. Havia exercícios todos os dias, tentando fazer aquelas notas saírem da minha boca pela primeira vez, secretamente, silenciosamente isolada no meu carro, longe de um treinador vocal, porque eu não queria que ele desistisse de mim. (risos)

Muitas vezes atuar é visto como uma habilidade natural, é fácil esquecer o trabalho que envolve isso.

Renée Zellweger - Para mim, não quero decepcionar meus parceiros, é um meio colaborativo, somos centenas de pessoas nos reunindo para fazer esta obra de arte, e não funciona a menos que todos apareçam e façam a sua parte. E não quero decepcionar as pessoas, trabalhando tanto quanto elas; é importante para todos lá. É um trabalho, é trabalho, mas é importante, você quer que tenha sucesso. Você quer que seja bom, por razões que às vezes são muito pessoais. E neste caso, cooperativamente, isso era importante para nós porque ela era importante. Atuar é realmente a identidade de Judy Garland, ela não conhece a vida onde não é valorizada por seu dom extraordinário. E provavelmente seu valor e sua autoestima giram muito em torno disso.

Você diria que as coisas são mais flexíveis para artistas e atores hoje em dia?

Renée Zellweger - Eles têm mais agência, isso é certo. Eles participam mais nas decisões tomadas e esperamos que tenham defensores. Então certamente é diferente, é quase injusto comparar a situação e o tempo, porque você dificilmente imagina o que significava o cinema naquela época porque aquele era o apogeu, não era? Quer dizer, moldou não apenas uma conversa, mas uma história: quem idolatrávamos, quem queríamos ser, como você aspira que sua vida se torne - tudo isso foi moldado pelo cinema. E ser uma jovem que participa disso, quer dizer, imagine o poder e o equilíbrio aí… É bem diferente.

No entanto, também é um pouco de pressão.

Renée Zellweger - Claro. Quer dizer, ninguém espera que eu seja a maior cantora que já existiu quando subo no palco. As pessoas realmente esperavam isso de Judy Garland, mesmo quando ela não dormia, estava com jetlag, provavelmente não tinha comido… Então todas essas coisas resultam na incapacidade de acessar totalmente o seu instrumento. Quero dizer, você ouve histórias sobre como Celine Dion não fala porque está interessada em proteger seu instrumento. Esta não era a prerrogativa de Judy, que tinha de ganhar a vida e cuidar de si mesma, o que é extraordinário de imaginar tendo em conta que ela trabalhava ao mais alto nível desde criança. É realmente incrível. Não acho que teria sido capaz de sentir empatia pela situação dela da mesma forma há 15 ou 20 anos.

Por quê?

Renée Zellweger - Eu realmente não tinha experimentado o caos que pode resultar do esquecimento de se priorizar, do esquecimento de cuidar de si mesmo ou de não sentir que é capaz de fazê-lo. Eu não teria entendido o cansaço da agenda de viver longe de casa durante anos, não sendo capaz de estabelecer uma casa mesmo que a tivesse. Essas são coisas que você precisa estar na profissão há algum tempo para entender adequadamente. Vai muito além da empolgação que as pessoas que não compartilham a experiência podem perceber. É bastante complicado e pode ser desumano. Não sei se desde cedo eu teria sido capaz de reconhecê-lo além de sua peculiaridade! Não é natural viver nesta profissão e ter uma personalidade pública, é muito bizarro.

Você diria que está em um bom lugar agora?

Renée Zellweger - Sempre pensei que estava em um bom lugar. Pode não ter sido certo, mas não foi ruim. Sempre me senti uma pessoa feliz, mas não percebi que o caos estava cobrando seu preço - é preciso estar longe dele para reconhecê-lo.

Fallout

Fallout
Comecei a assistir essa série. Ontem vi o segundo episódio. Tenho gostado do que vi até agora. Pode ser que desande, mas até agora as coisas vão bem. Essa nova série é baseada em um game que eu obviamente não assisti pois não jogo videogame. OK, essa coisa de mundo pós-apocalipse pode ter saturado, mas nessa série pelo menos se mantém o interesse. 

O primeiro episódio mostra um grupo de seres humanos que vivem refugiados no subterrâneo do planeta. Nesse grupo escondido ainda existem resquícios de civilidade, algo que não acontece com quem vive nas terras em escombros. Só que o lugar dito civilizado é invadido, então uma jovem decide fugir para o lado de fora e ir atrás do pai que foi raptado por um grupo de terroristas violentos. 

O segundo episódio já mostra a mocinha andando no meio do caos, onde tipos marginais e violentos estão por todas as partes. Ela é a protagonista, mas existem bons personagens ainda ao redor. Inclusive eu destaco um cowboy, um tipo meio morto-vivo, mas que ainda  se torna perigoso e mortal, ainda que ele esteja morto! 

Já o jovem cavaleiro que toma uma armadura de reboque não me pareceu muito interessante. Ele parece um tipo de alívio de humor que não caberia em um mundo tão destruído com personagens tão sórdidos, mas enfim, espero que ele desapareça logo. No mais tenho gostado da série. Vamos ver o que nos espera daqui em diante. 

Pablo Aluísio.