sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Duas Rainhas

Duas Rainhas 
Alguns filmes já foram feitos no passado sobre o conturbado relacionamento político e pessoal entre essas duas rainhas. Elizabeth I (Margot Robbie) era a rainha da Inglaterra, protestante, incapaz de gerar um herdeiro. Nunca se casou, o que lhe valeu o título histórico de "A Rainha Virgem". Era considerada uma mulher fria, que soube conduzir bem o império britânico enquanto esteve no trono. Mary Stuart (Saoirse Ronan) era a rainha da Escócia. Após viver longos anos na França retornou para se sentar no trono escocês. Falava mais francês do que a língua do país. Causou mal estar e desconforto entre os nobres escoceses. Muitos a consideravam uma estrangeira. Também era católica, o que causava problemas com os protestantes da Escócia.

Mary tinha parentesco com Elizabeth. Elas eram primas. Mais importante do que isso, Mary era a primeira na linha de sucessão ao trono inglês caso algo acontecesse com Elizabeth. Isso acabava criando uma tensão entre as duas monarcas. O filme retrata esse aspecto, mas desde o começo foca muito mais em Mary Stuart e seus problemas na corte da Escócia, do que em Elizabeth e seu relacionamento com ela. Era um foco de tensão conviver com uma nobreza tão vil e traidora como aquela. Para piorar ainda mais esse quadro, Mary teve um filho que também estaria na linha de sucessão do trono inglês. Ao mesmo tempo Elizabeth não conseguia gerar herdeiros para a dinastia Tudor ao qual pertencia (ela era filha de Ana Bolena e Henrique VIII).

O filme em si é bem interessante, conta sua história até mesmo de forma didática. As questões históricas são colocadas na mesa sem muita cerimônia. A produção também é boa, mas nada espetacular, como se poderia esperar de um filme sobre duas rainhas poderosas. O único problema do roteiro é que ele precisou compilar em pouco mais de duas horas de filme uma história que durou mais de trinta anos. Para se ter uma ideia disso basta citar o exemplo de quando Mary Stuart finalmente cai nas mãos de Elizabeth. No filme parece que sua execução se deu em poucos dias. Na verdade durou 18 anos! Houve um longo julgamento (ignorado no filme) e depois se passou muitos anos até que ela fosse executada. Assim as coisas ficam meio atropeladas. Mesmo assim ainda é um bom filme. O conselho final porém para quem gostou da história em si é ir atrás de livros sobre as monarcas, onde aí sim o leitor poderá ter uma ideia muito mais ampla do que realmente aconteceu.

Duas Rainhas (Mary Queen of Scots, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção:  Josie Rourke / Roteiro: Beau Willimon, baseado no livro histórico "Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart" / Elenco: Saoirse Ronan, Margot Robbie, Jack Lowden, Andrew Rothney / Sinopse: O filme conta a história do complicado relacionamento político e pessoal entre as rainhas Mary Stuart da Escócia (Saoirse Ronan) e Elizabeth I da Inglaterra (Margot Robbie). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Margot Robbie), Melhor Maquiagem e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

A Outra

Título no Brasil: A Outra
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
  
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.

Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

O Troll da Montanha 2

Título no Brasil: O Troll da Montanha 2
Título Original: Troll 2
Ano de Lançamento: 2025
País: Noruega
Estúdio: Motion Blur
Direção: Roar Uthaug
Roteiro: Espen Aukan, Roar Uthaug
Elenco: Ine Marie Wilmann, Kim Falck, Mads Sjøgård Pettersen, Sara Khorami, Gard B. Eidsvold, Trond Magnum

Sinopse:
Após os eventos devastadores causados pelo despertar de um troll ancestral, a Noruega tenta se recuperar enquanto mantém em segredo a existência dessas criaturas mitológicas. No entanto, uma nova e ainda mais perigosa ameaça desperta nas montanhas, forçando a paleontóloga Nora Tidemann e a equipe do governo a retornarem à linha de frente. Com o tempo se esgotando e a destruição se aproximando de áreas densamente povoadas, eles precisam desvendar antigos mitos nórdicos e encontrar uma forma de deter o monstro antes que seja tarde demais.

Comentários:
Talvez eu já tenha passado da idade de curtir um filme como esse, de monstros lutando entre si, destruindo as cidades por onde passam. Todos esses filmes são filhos espirituais de King Kong e Godzilla, não tem jeito. Então se já vi os originais no passado, fica mesmo complicado curtir esse genérico vindo da fria Noruega. O curioso é que é um filme pop mesmo, nada tendo a ver com o clima mais soturno e dramático de um cinema europeu que imperava até poucos anos atrás. O cinema americano realmente jogou sua influência em cima do velho continente e parece não haver mais retorno desse ponto. Eu lamento. Penso que o cinema europeu vai perdendo suas características mais valiosas. Por outro lado temos que levar em conta também que vivemos a era da Netflix, então o gosto médio do público americano (e derivados) se impõe. Não acredito que os jovens de hoje iriam curtir um Troll gigantesco tendo crises existenciais ou então discutindo filosofia em cima da montanha. Aí seria exigir demais! 

Pablo Aluísio. 

A Negociação

Título no Brasil: A Negociação
Título Original: The Negotiator
Ano de Lançamento: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: James DeMonaco, Kevin Fox
Elenco: Samuel L. Jackson, Kevin Spacey, David Morse, Ron Rifkin, John Spencer, J.T. Walsh

Sinopse:
Danny Roman (Samuel L. Jackson) é um dos melhores negociadores da polícia de Chicago, especialista em lidar com situações de reféns. Quando é falsamente acusado de desviar dinheiro de um fundo de pensão da corporação e vê seu parceiro ser assassinado, Roman decide tomar uma atitude extrema: faz reféns dentro de um prédio do governo para ganhar tempo e provar sua inocência. Para negociar, ele exige a presença de Chris Sabian (Kevin Spacey), outro negociador renomado. O confronto psicológico entre os dois homens se transforma em uma batalha de inteligência, enquanto a verdade por trás da conspiração começa a vir à tona.

Comentários:
Nada melhor do que um bom thriller psicológico policial dos anos 90. Aqui nesse filme temos um verdadeiro duelo de interpretação entre dois ótimos atores. No nível superior temos um ainda jovem Kevin Spacey arrasando como um negociador profissional do departamento de polícia. Um homem inteligente e devidamente treinado para lidar com situações de alto stress e perigo. Em um nível um pouco inferior temos a melhor interpretação da carreira de Samuel L. Jackson. Infelizmente, devemos reconhecer, o Jackson foi se rendendo a um estilo de atuar caricato, que auto ironizava sua própria imagem pública. Esqueça isso. Aqui temos o melhor dele em cena. No geral um filme realmente muito bom que merece ser revisto nos dias atuais. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Baramulla

Título no Brasil: Baramulla
Título Original: Baramulla
Ano de Lançamento: 2025
País: Índia
Estúdio: B62 Studios
Direção: Aditya Suhas Jambhale
Roteiro: Aditya Dhar, Aditya Suhas Jambhale
Elenco: Manav Kaul, Bhasha Sumbli, Arista Mehta

Sinopse:
Policial, muito profissional e íntegro em sua profissão, é transferido para uma região mais remota da Índia. Lá ele precisará investigar uma série de desaparecimentos de crianças. Mal sabe que sua própria família, em breve, estará no meio de toda essa situação de medo e terror. 

Comentários:
Não é todo dia que você vai assistir a um filme indiano de terror! Então não deixa de ser um bom programa conferir esse filme. Amplie seus horizontes cinematográficos, conhecendo o que se produz também naquele país, que aliás, ama cinema! Um dos aspectos que mais me chamaram atenção nesse filme foi o uso de seres sobrenaturais e mitológicos da cultura ocidental, da religião cristã e judaica. Os indianos possuem sua própria cultura religiosa, inclusive cultuando milhares de deuses diferentes. Assistir a um filme como esse que usa figuras como demônios e fantasmas, tão típicas da religião ocidental não deixa de ser uma grande surpresa. Pelo visto a influência dos próprios filmes ocidentais de terror já se fazem sentir nessa região do nosso planeta. Pois é, a cultura rompe fronteiras nacionais desde o começo dos tempos. Em relação ao filme em si achei apenas mediano. Ele começa bem, mas logo se perde. Não sabe se aposta no terror e suspense ou no drama, envolvendo os familiares do policial. Assim o filme perde ritmo e fica, em determinados momentos, bem cansativo para o espectador.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Névoas do Terror

Título no Brasil: Névoas do Terror
Título Original: A Study in Terror
Ano de Lançamento: 1965
País: Reino Unido
Estúdio: Compton Films
Direção: James Hill
Roteiro: Donald Ford, Derek Ford
Elenco: John Neville, Donald Houston, John Fraser, Barbara Windsor, Frank Finlay, Anthony Quayle

Sinopse:
Em Londres, no final do século XIX, Sherlock Holmes e Dr. Watson investigam uma série de assassinatos brutais que aterrorizam o bairro de Whitechapel. Os crimes apresentam semelhanças inquietantes com os homicídios atribuídos a Jack, o Estripador, levando Holmes a enfrentar um dos casos mais perigosos de sua carreira. À medida que a investigação avança, conspirações envolvendo a alta sociedade, chantagem e segredos do passado surgem, colocando o detetive frente a frente com um inimigo que parece sempre estar um passo à frente.

Comentários:
Até hoje fico curioso com o fato de que o escritor Arthur Conan Doyle nunca escreveu uma história de Sherlock Holmes tentando descobrir o mistério da identidade do infame assassino em série Jack, o Estripador. Afinal os livros originais eram da mesma época em que os crimes estavam sendo executados. Parece que Doyle não quis colocar seu mais famoso personagem nesse mistério sem solução. Corria o risco de destruir sua reputação como detetive infalível, quem sabe. De qualquer forma temos esse filme, com história, digamos, não canônica. É interessante e tem seus bons momentos, mas já foi superado por filmes bem melhores tratando da mesma premissa como, por exemplo, Assassinato por Decreto. O que sobra, no final de tudo, é uma boa interpretação do ator John Neville como Holmes e uma certa ambientação sombria daqueles crimes. Ainda assim, repito, o filme hoje em dia ficou bem datado. Vale pela curiosidade cinematográfica histórica e nada muito além disso. 

Pablo Aluísio. 

O Caçador de Bruxas

Título no Brasil: O Caçador de Bruxas 
Título Original: Witchfinder General 
Ano de Lançamento: 1968 
País: Reino Unido 
Estúdio: Tigon British Film Productions 
Direção: Michael Reeves 
Roteiro: Michael Reeves, Tom Baker 
Elenco: Vincent Price, Ian Ogilvy, Rupert Davies, Robert Russell, Hilary Dwyer, Nicky Henson 

Sinopse:
O filme se passa na Inglaterra durante a Guerra Civil do século XVII. Matthew Hopkins (Vincent Price) afirma ter sido nomeado pelo Parlamento como “Caçador de Bruxas Geral”. Ele viaja de vila em vila perseguindo supostas bruxas e hereges, usando tortura e acusações falsas — com o único objetivo de ganhar dinheiro e poder. Quando o soldado Richard Marshall (Ian Ogilvy) descobre os crimes de Hopkins, ele decide caçá-lo para pôr fim ao seu reinado de medo e terror. 

Comentários:
O filme é considerado um marco do chamado “folk horror” britânico — mistura horror com contexto histórico e social, focando na superstição, fanatismo religioso e perseguições. A distribuição nos Estados Unidos mudou o título para The Conqueror Worm, numa tentativa de associá-lo aos filmes do ciclo de Poe estrelados por Price, apesar de a história não ter relação com os contos de Poe. O filme era bastante violento e chocante para a época — com cenas de tortura, execuções e brutalidade, o que lhe conferiu reputação de obra controversa, muito além dos filmes de horror “fantasia” ou sobrenatural. Enfim, temos aqui um filme até bem realista sobre o que foi a real Caça às Bruxas, onde pessoas que se diziam cristãs usavam a fé alheia para cometer as maiores barbaridades e atrocidades contra pessoas vulneráveis. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Krakatoa - O Inferno de Java

Título no Brasil: Krakatoa - O Inferno de Java
Título Original: Krakatoa, East of Java
Ano de Lançamento: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Bernard L. Kowalski
Roteiro: John Davis, Arnold Schulman
Elenco: Maximilian Schell, Brian Keith, Sal Mineo, Diane Baker, Peter Graves, Joanna Pettet

Sinopse:
A história se passa no final do século XIX e segue uma missão de resgate liderada por um capitão de navio mercante que parte para a ilha de Java para resgatar uma carga valiosa de diamantes. O que ele não sabe é que o temido Vulcão Krakatoa está prestes a entrar em erupção, o que criará uma série de catástrofes naturais e ameaças para a tripulação e moradores locais. A missão se transforma assim em uma luta pela sobrevivência à medida que eles tentam escapar das consequências da maior erupção vulcânica já registrada, que causa uma tragédia sem precedentes.

Comentários:
Assisti há poucos dias. É um filme antigo, clássico. Por essa razão fiquei com aquela sensação de que já havia assistido antes, em algum momento de minha vida. Provavelmente em alguma Sessão da Tarde nos anos 80, quem sabe. Pois bem, de uma maneira ou outra, gostei do que vi. É um filme bem interessante que procura contar uma história de aventura, perigo e desafios em regiões exóticas do nosso planeta. O curioso é que não havia na época tecnologia para fazer todos os efeitos especiais adequados, uma vez que a história do filme exigia esse tipo de produção. Ainda assim, mesmo com os recursos da época, o filme se sustenta. Claro que o navio é uma miniatura e tudo mais, porém esse tipo de coisa não tira o sabor do filme, pelo contrário, traz aquele sentimento de nostalgia de um tempo em que o cinema era mais romântico, mais desafiador nesse campo. Assim fiquei plenamente satisfeito quando chegou ao  seu final. Penso que é um dos bons filmes nesse estilo produzido naqueles anos, hoje distantes. Um tempo na história do cinema que não volta mais. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 14 de dezembro de 2025

Alien: Earth

Título no Brasil: Alien: Earth
Título Original: Alien: Earth 
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Disney
Direção:  Noah Hawley
Roteiro: Noah Hawley
Elenco: Sydney Chandler, Timothy Olyphant, Samuel Blenkin, Essie Davis, Kit Young, Alex Lawther 

Sinopse:
O ano é 2120. Uma nave espacial carregando seres de outros planetas, sendo a maioria deles grandes predadores, cai no Planeta Terra. Então duas grandes corporações começam a disputar a posse e propriedade dessas criaturas, mas antes que um acordo seja fechado, esses seres vindos do espaço começam a matar seres humanos. Pior do que isso, começam a fugir para a natureza, com graves consequências. 

Comentários: 
A franquia cinematográfica "Aliens" agora pertence ao império Disney. Então os executivos decidiram produzir uma série para o canal Disney Plus. Os mais céticos dizem que a Disney está destruindo "Star Wars" e que Aliens vai pelo mesmo caminho. Apesar desse tipo de pensamento fui conferir a nova série com boas expectativas. Pena que alguns tons pessimistas se confirmaram. Realmente a Disney colocou sua digital naquele grupo de jovens com nomes retirados do universo de Peter Pan. Não precisavam forçar tanto a barra. A tentativa de domesticar o próprio Alien, o usando como uma espécie de "Pet" da protagonista também pegou muito mal. É uma coisa boba e foge completamente do padrão do que vimos em todos os filmes do cinema. Ainda assim gostei de algumas coisas. A mais positiva foi criar novos seres, criaturas terríveis, como aquele "Olho" que é tão sinistro quanto o próprio monstro tradicional que já conhecemos. Agora fraca mesmo foi a conclusão no último episódio dessa primeira temporada. Estava esperando algo parecido com os filmes, ou seja, um banho de sangue. Não aconteceu! Fui otimista demais. Agora é Disney e eu havia me esquecido desse pequeno grande detalhe que no final de tudo faz toda a diferença. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 13 de dezembro de 2025

Cassino

Título no Brasil: Cassino
Título Original: Casino
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Nicholas Pileggi, Martin Scorsese
Elenco: Robert De Niro, Sharon Stone, Joe Pesci, James Woods, Don Rickles, Kevin Pollak

Sinopse:
Ambientado em Las Vegas durante as décadas de 1970 e 1980, o filme acompanha Sam “Ace” Rothstein (Robert De Niro), um especialista em apostas escolhido pela máfia para administrar um luxuoso cassino. Enquanto Sam tenta conduzir o negócio com precisão e disciplina, sua vida começa a ruir por causa do comportamento violento e imprevisível de seu amigo de infância Nicky Santoro (Joe Pesci) e do relacionamento turbulento com a ex-prostituta Ginger McKenna (Sharon Stone). Em meio a corrupção, ambição e traições, o império construído em Las Vegas começa a desmoronar. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Sharon Stone). 

Comentários:
Depois de 30 anos resolvi rever um dos filmes essenciais de Martin Scorsese. Estou me referindo ao filme "Cassino". Havia assistido no cinema, em seu lançamento original. Agora fiz uma revisão do filme. Olha, para minha surpresa, o filme me pareceu bem melhor agora. Ainda considero inferior ao excelente "Os Bons Companheiros", mas de fato a qualidade cinematográfica não se abalou com o passar dos anos. Pelo contrário, assim como os bons vinhos essa película ficou bem melhor com o tempo. Entre os destaques no elenco, além do quase sempre ótimo Robert De Niro, destaco o trabalho de Sharon Stone. Foi a melhor interpretação da bela atriz em toda a sua carreira. Foi premiada e teve o reconhecimento de seu talento, algo até então inédito em sua carreira. Já Joe Pesci meio que repete o mesmo tipo de personagem que havia feito em "Os Bons Companheiros", aquele sujeitinho sujo da máfia, cabeça quente, que sempre fazia as maiores atrocidades. Violento e boçal, era o lado asqueroso desses criminosos que faziam força para parecerem elegantes e finos. Enfim, não há mesmo muito mais o que dizer. "Cassino" é um filmão!

Pablo Aluísio.