domingo, 20 de outubro de 2024

Space Jam: O Jogo do Século

Título no Brasil: Space Jam: O Jogo do Século
Título Original: Space Jam
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Pytka
Roteiro: Leo Benvenuti, Steve Rudnick
Elenco: Michael Jordan, Bill Murray, Larry Bird

Sinopse:
A turma do Pernalonga (Looney Tunes) se une ao jogador de basquete Michael Jordan para enfrentar os vilões em um jogo decisivo para o futuro de toda a humanidade. Filme premiado pelo Grammy na categoria de melhor música original para trilha sonora (For the song "I Believe I Can Fly". de R. Kelly). 

Comentários:
Seguindo os passos de "Uma Cilada para Rober Rabbit" esse filme também usava da mesma tecnologia que unia desenho animado com atores reais. A tecnologia digital avançava bastante nos anos 90, deixando tudo mais prático e rápido de produzir. O diferencial desse "Space Jam" é que os produtores conseguiram trazer para o filme o maior jogador de basquete da época, Michael Jordan. Ele garantiu a boa bilheteria nos Estados Unidos. Curiosamente no Brasil esse sucesso todo não se repetiu na mesma escala. O filme passou timidamente nos cinemas e só teve maior sucesso no mercado de vídeo. Os brasileiros não eram muito ligados na NBA para tornar o filme um grande sucesso de bilheteria por aqui. O povão nem sabia quem era Michael Jordan e se foram locar a animação depois na locadoras o foram mais atraídos pela turma do Pernalonga do que qualquer outra coisa. Em 2021 a Warner lançou uma sequência tardia chamada "Space Jam: Um Novo Legado" dessa vez com o jogador LeBron James.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de outubro de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4
Sempre considerei "Faded Love" muito bem gravada. O curioso é que ela apresentava também uma vibe de Jam Session. Não podemos nos esquecer que essas sessões em Nashville foram extremamente produtivas. Elvis gravou uma grande quantidade de canções. Não foi à toa que essas sessões ganharam anos depois o apelido de "Maratona de Nashville". De fato Elvis protagonizou aqui sua mais produtiva sessão de gravação de sua carreira. Esse lote de faixas seria usada em vários álbuns nos anos que viriam, tamanho era o número de músicas que Elvis gravou nessa ocasião. 

E por essa mesma razão algumas faixas tinham mesmo esse jeitão de Jam Session, o que no fundo era mesmo o que acontecia. Elvis chegava no estúdio em Nashville, recebia uma lista de músicas do produtor Felton Jarvis e começava os ensaios. Alguns desses davam tão certo que acabavam virando a versão oficial. Muitas vezes Elvis testava alguma música, via que não estava dando certo e deixava de lado, partindo para outra. 

Elvis sempre queria ter um certo ambiente dentro do estúdio. Não admitia pressão por parte dos produtores e queria uma certa descontração entre ele e os membros da banda. Caso entendesse que as coisas não estavam fluindo ele simplesmente se levantava e ia embora. Não tinha acontecido nada demais, apenas não queria gravar mais. Luxo que apenas um nome de sua altura era capaz de ter sem esperar por algum tipo de punição da gravadora. 

Tampouco esse disco foi pensado como um álbum temático, conceitual ou qualquer coisa parecida. A country music foi surgindo naturalmente durante as sessões. A ideia de juntar todas as faixas desse gênero para lançar em um disco chamado "Elvis Country" partiu exclusivamente da RCA Victor. Elvis não tinha participação nesse tipo de decisão. Ele apenas gravava as músicas e o departamento de marketing da gravadora e o produtor escolhiam a seleção de repertório de cada LP, dando nome ao álbum, criando a capa e toda a direção de arte. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Help! / I'm Down

The Beatles - Help! / I'm Down
O single extraído do álbum Help! vinha com a música tema do filme e um Lado B que não tinha sido incluído no álbum e que era uma faixa inédita na discografia dos Beatles até então. Tradicionalmente os compactos dos Beatles geralmente vinham com duas músicas compostas por John Lennon e Paul McCartney. E quase sempre eles também dividiam os vocais, sendo uma das músicas cantadas por John e a outra por Paul. Foi exatamente o que aconteceu aqui. John cantava Help!, que no fundo era uma composição apenas dele e no Lado B Paul cantava sua nova composição "I'm Down". 

O curioso é que Paul McCartney sempre gostou de Little Richard e ao longo dos anos os Beatles tocaram muito o repertório do inimitável cantor americano. Então Paul decidiu compor uma música que tivesse o estilo de Little Richard. Nasceu assim essa faixa. Em uma entrevista o próprio Paul resumiu a questão afirmando: "Eu costumava cantar as coisas dele, mas chegou a um ponto que eu queria a minha própria canção, então eu escrevi '"I'm Down'". 

A canção também seria incorporada aos shows do grupo, virando um ponto alto do concerto. Paul inclusive adorava a versão que eles tocaram no Shea Stadium, com John Lennon literalmente "massacrando" as teclas do teclado no palco! Quem assistiu ao documentário com o concerto pôde perceber que eles se divertiram como nunca a tocando para os fãs em Nova Iorque. 

Pois bem, o single inglês vendeu muito, chegou ao primeiro lugar nas paradas, mas a Capitol queria mais. Os executivos da gravadora não entendiam como não havia um single com a música "Yesterday" que no fundo era o maior sucesso do disco "Help!". Assim eles decidiram criar um single voltado para o público nos Estados Unidos. Esse novo single Made in USA vinha com "Yesterday" no lado A e "Act Naturally" no Lado B. E o sucesso foi tão grande que o single americano começou a ser lançado em outros países, afinal ele trazia a grande canção desse disco. Nem preciso dizer que vendeu milhões de cópias mundo afora. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lambranças

Título no Brasil: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lambranças
Título Original: Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Ano de Lançamento: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Michel Gondry
Roteiro: Charlie Kaufman, Michel Gondry
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Tom Wilkinson, Elijah Wood, Mark Ruffalo, Kirsten Dunst

Sinopse:
Depois de um relacionamento cheio de altos e baixos, Joel Barish (Carrey) decide apagar suas memórias envolvendo a ex-namorada, a louquinha de cabelo pintado Clementine (Winslet), O problema é que durante o procedimento, feito por pessoas que se comportam de um jeito nada profissional, as coisas começam a dar errado. E Joel tenta se agarrar de todas as formas nas lembranças felizes que viveu ao lado de sua namorada, no passado. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Roteiro Original. 

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme! Eu tinha lido alguns comentários afirmando que o filme era complicado de entender. Nada disso. Achei a linha narrativa até simples de acompanhar. O que acontece é que o espectador tem que entender que a narração parte do ponto de vista da mente que está sendo apagada do protagonista. Por isso as coisas vão se atropelando, muitas vezes de forma caótica. O roteiro parte da visão interna, psicológica, do personagem de Jim Carrey. Enquanto ele tenta se agarrar em suas lembranças, a equipe da empresa vai tentando apagar tudo. É uma corrida contra o tempo onde o protagonista tenta se agarrar nas boas lembranças de sua mente. O elenco está todo bem, até Jim Carrey em mais um bom papel não engraçado de sua carreira. Agora, quem rouba o filme mesmo é a atriz Kate Winslet. Sua personagem é a de uma mulher adulta que age de forma impulsiva. Sua mentalidade é praticamente a de uma adolescente. E ela sumiu dentro de sua personagem. Incrível trabalho de atuação. Apenas os grandes profissionais conseguem esse tipo de proeza. Merece todos os nossos aplausos! 

Pablo Aluísio.

Donzela

Título no Brasil: Donzela
Título Original: Damsel
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Juan Carlos Fresnadillo
Roteiro: Dan Mazeau
Elenco: Millie Bobby Brown, Robin Wright, Angela Bassett, Nick Robinson, Nicole Joseph, Milo Twomey

Sinopse:
A mão de uma jovem é dada em casamento para um príncipe de um reino que parece ter saído de um belo contos de fadas. Ela vai visitar seu palácio e após se conhecerem é realizada uma grande cerimônia de casamento. O que a noiva não desconfia é que tudo não passa de uma cilada mortal! Filme rodado em locações de Portugal. 

Comentários:
Pode não parecer, mas esse filme surpreende em uma série de aspectos. Á primeira vista, na primeira parte do filme, fiquei bem desanimado. Parecia mais um daqueles contos infantis meio chatinhos. Só que persisti, esperando melhorar. E realmente melhora. A partir de determinado momento da história a coisa toda dá uma reviravolta. E se era antes um conto de fadas bem sem graça, vira um jogo de sobrevivência, bem sombrio. Claro que não vou estragar as surpresas do enredo, mas fiquei particularmente interessado. Até mesmo em detalhes que algumas pessoas vão se incomodar, como por exemplo, ter um dragão que fala! Não tenho problemas com esse tipo de coisa, afinal esse é um filme de fantasia e isso faz parte do jogo nesse tipo de filme. Penso que tudo está bem encaixado e tem seu lugar no roteiro. Por falar nele, esse coloca mesmo alguns pilares desse tipo de história no chão, mas não chega a destruir todo o monumento. Algumas coisas se preservam. Ainda assim o filme vale pela ousadia e pelas boas ideias. Ainda há espaços para inovações nos filmes de fantasia, quem diria...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Belzebu

Título no Brasil: Belzebu
Título Original: Belzebuth
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Emilio Portes
Roteiro: Luis Carlos Fuentes, Emilio Portes
Elenco: Tobin BellJ, Joaquín Cosio, Tate Ellington

Sinopse:
Dois massacres horríveis envolvendo crianças chocam a sociedade em geral. Um policial é designado para o caso. Ele está se recuperando da morte do próprio filho e aquela nova investigação obviamente vai mexer com seu psicológico e seus nervos. E a coisa só piora quando ele descobre que parece haver a participação de uma seita satânica em todos os crimes. 

Comentários:
Esse filme passeia bem entre dois gêneros cinematográficos bem conhecidos do público, os filmes de terror e os policiais investigativos. A história se desenvolve bem e o roteiro preserva algumas cenas bem impactantes. As duas primeiras ocorrem respectivamente em uma maternidade e uma escola infantil. Tem que ter nervos para ver pois essas cenas são fortes! Quem conseguir passar desse ponto vai se deparar com uma ótima cena envolvendo uma manifestação demoníaca em um grande crucifixo de igreja, com o boneco de madeira de Jesus falando e tentando se desvencilhar de sua cruz. Olha, essa cena é mesmo um primor, a melhor de todo o filme. E aqui cabe também valorizar o trabalho do ator Tobin Bell. Todos os espectadores de terror conhecem ele da franquia "Jogos Mortais". Nesse filme ele interpreta um personagem que vai marcar quem acompanha sua carreira. O Bell está ótimo em sua caracterização. Um excelente ator, muitas vezes bem subestimado! Então é isso. Assista, se for capaz! 

Pablo Aluísio.

Morte nos Sonhos

Título no Brasil: Morte nos Sonhos
Título Original: Dreamscape
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: David Loughery, Chuck Russell
Elenco: Dennis Quaid, Max von Sydow, Christopher Plummer, Kate Capshaw, Eddie Albert

Sinopse:
Jovem com poderes sensoriais é recrutado à força para participar de um projeto do governo dos Estados Unidos que sonda os sonhos. Ele teria o poder de entrar nos sonhos de outras pessoas. O problema é que isso pode virar uma arma de intriga internacional, colocando em risco a vida do próprio Presidente americano. 

Comentários:
O mais curioso em relação a esse filme é que ele me escapou. Não cheguei a ver nos anos 80 e só recentemente consegui assistir. Achei interessante em muitos aspectos. O roteiro, apesar de ter ótimas ideias, não consegue desenvolver todas elas, mas compensa com um ritmo mais ágil. As cenas dos sonhos obviamente ficaram datadas por causa do tempo, mas é inegável que aquele monstro, meio homem, meio serpente, todo feito com Stop Motion, tem um charme nostálgico incrível. Me lembrou dos velhos filmes de Simbad na Sessão da Tarde. O elenco é todo bom, com destaque para Max von Sydow como o cientista com boas intenções e Christopher Plummer como o agente da CIA sem nenhuma ética. A única coisa que temi vendo o filme é que ele fosse virar um daqueles filmes chatos de espiões e teorias da conspiração. Felizmente isso não aconteceu. O filme tem um roteiro redondinho que segura bem as pontas até o seu final! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A Mansão Marsten

Título no Brasil: A Mansão Marsten
Título Original: Salem's Lot
Ano de Lançamento: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: TNT 
Direção: Mikael Salomon
Roteiro: Peter Filardi
Elenco: Rob Lowe, Donald Sutherland, Rutger Hauer, James Cromwell, Andre Braugher, Samantha Mathis

Sinopse:
Escritor retorna para a cidade onde passou a infância e viveu um grande trauma quando encontrou três pessoas mortas na velha mansão Marsten, no alto da colina. Só que o lugar agora tem novos inquilinos, dois desconhecidos que abriram uma loja de antiguidades na cidade, pessoas misteriosas que procuram esconder seu passado sinistro. 

Comentários:
Recentemente lançaram o filme "A Hora do Vampiro" que foi acusado de ser muito simplista em relação ao livro original. Pois bem, decidi ver então esse filme feito alguns anos atrás em que se tentou trazer a maior parte dos personagens do livro. Isso acabou resultando em um filme com 3 horas de duração! E ainda assim com lacunas. Embora haja um claro capricho em adaptar bem o material original do Stephen King nesse telefilme aqui, feito para o canal TNT, temos que reconhecer que ele também tem seus problemas. O pior deles é a caracterização do vampiro Barlow. Rutger Hauer era um bom ator, mas colocar ele para fazer essa criatura da noite, quase sem maquiagem, apenas contando com dentes postiços e lentes de contato, é um grave erro de produção. Ele deveria ter a imagem do Nosferatu! Mas não, aqui simplificaram e estragaram um dos personagens centrais. Assim não dá mesmo para dar uma nota melhor. O filme errou em um ponto onde não poderia haver erros, infelizmente. 

Pablo Aluísio.