domingo, 25 de fevereiro de 2024

Rita Moreno

Título no Brasil: Rita Moreno
Título Original: Rita Moreno
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Act III Productions
Direção: Mariem Pérez Riera
Roteiro: Mariem Pérez Riera
Elenco: Rita Moreno, Marlon Brando, Marilyn Monroe, James Dean, Rock Hudson (astros do cinema clássico em imagens de arquivo). 

Sinopse:
O documentário "Rita Moreno: Apenas uma Garota que Decidiu ir em Frente" (Rita Moreno: Just a Girl Who Decided to Go for It) conta a história da atriz Rita Moreno. Ela foi uma das primeiras atrizes de origem latina a realmente ter um espaço de fama em uma Hollywood ainda preconceituosa e cheia de reservas contra estrangeiros em geral. O filme conta com as declarações da própria Rita Moreno sobre sua história. 

Comentários:
Para quem aprecia a Hollywood clássica esse filme é uma boa pedida. A Rita Moreno realmente teve um grande espaço dentro do cinema americano durante os anos 50 e 60. No começo ela amargou personagens secundários, étnicos, como ela mesmo explica. Depois, aos poucos, foi abrindo seu espaço. Uma das partes mais interessantes de seu sincero depoimento vem quando ela fala de seu conturbado romance com Marlon Brando. Não foi uma paixão qualquer. Ela realmente ficou obcecada pelo grande ator, tanto que tentou até mesmo se suicidar após ser dispensada por ele. No final vemos que seu ressentimento ainda existe, tanto que ela faz questão de sutilmente sugerir que Brando era um egocêntrico sem salvação. Enfim, gostei muito. Vale pela retrospectiva e pelo reconhecimento de seu trabalho no cinema na chamada era de ouro de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Amor Bandido

Título no Brasil: Amor Bandido
Título Original: Amor Bandido
Ano de Lançamento: 1978
País: Brasil 
Estúdio: Embrafilme
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: José Louzeiro, Leopoldo Serran
Elenco: Paulo Gracindo, Cristina Aché, Paulo Guarnieri, José Dumont, Ligia Diniz, Flávio São Thiago

Sinopse:
Veterano policial do Rio de Janeiro, o inspetor Galvão (Paulo Gracindo), precisa resolver casos de assassinatos envolvendo taxistas nas noites da cidade. Ao mesmo tempo tenta de todas as maneiras reatar sua amizade com sua filha, cujo rompimento se deu muitos anos antes, deixando cicatrizes emocionais em todos eles. Trilha sonora composta de sucessos de Roberto Carlos. 

Comentários:
Bom filme brasileiro dos anos 1970. O ator Paulo Gracindo, grande nome do nosso cinema e da nossa televisão, interpreta esse velho policial que a despeito de tudo o que aconteceu no passado tenta uma reaproximação com sua filha, que havia expulsado de casa ainda na adolescência. A jovem agora trabalha como dançarina e prostituta em um cabaré de quinta categoria em Copacabana. As coisas só pioram quando ela se envolve com um marginalzinho, michê de homossexuais e travestis, além de assaltante de motoristas de táxi nas madrugadas. Eventualmente ele também mata alguns taxistas em seus crimes. Gostei da história e do roteiro. E o elenco também está muito bem. Paulo Gracindo é um desses nomes que fazem falta na cultura nacional nos dias de hoje. Eu sempre lembrarei dele como o corrupto prefeito Odorico de "O Bem Amado", mas ele foi muito além disso. Então deixo a dica desse bom filme para quem aprecia nosso cinema nacional. 

Pablo Aluísio.

As Sete Vampiras

Título no Brasil: As Sete Vampiras
Título Original: As Sete Vampiras
Ano de Lançamento: 1986
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Ivan Cardoso
Roteiro: Ivan Cardoso, Rubens Francisco Luchetti
Elenco: Simone Carvalho, Lucélia Santos, Nuno Leal Maia, Léo Jaime, Ivon Cury, Neusinha Brizola, Wilson Grey

Sinopse:
Um botânico meio doido se revela incapaz de lidar com uma planta carnívora que transforma suas vítimas em vampiros. Então surgem um detetive desajeitado e sua secretária para solucionar as misteriosas mortes que acontecem em um show de uma boate, onde se toca rock de qualidade! 

Comentários:
O diretor Ivan Cardoso sempre foi muito criativo ao longo de sua carreira, mas infelizmente nem sempre contou com os meios adequados para colocar suas ideias nas telas de cinema. Esse foi um caso. Ele tentou fazer uma espécie de paródia com filmes de terror, criando um tal gênero que chamava de "terrir", terror para rir. Não deu certo. Visto hoje em dia o filme parece um trash movie muito do mal feito. De bom mesmo, temos apenas a trilha sonora com o melhor do rock nacional dos anos 80, em especial a música tema do filme composta por Léo Jaime e as belas curvas de atrizes brasileiras gostosas, em trajes sumários. A Simone Carvalho era um pitelzinho, como diriam os cafajestes da época. Beleza pura! Fora isso, realmente, você não vai encontrar nada de muito interessante nesse filme nacional que anda esquecido. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Boogeyman: Seu Medo é Real

Título no Brasil: Boogeyman: Seu Medo é Real
Título Original: The Boogeyman
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Studios
Direção: Rob Savage
Roteiro: Scott Beck, Bryan Woods
Elenco: Sophie Thatcher, Chris Messina, Vivien Lyra Blair, David Dastmalchian, Marin Ireland, Maddie Nichols

Sinopse:
Uma típica família norte-americana passa a ser atormentada por uma estranha criatura que se arrasta pelas sombras da noite. Conhecido pelo folclore local como Boogeyman, esse ser sobrenatural tem especial interesse em crianças indefesas e vulneráveis. E ele está pronto para assustar e levar todas que encontrar em seu caminho de morte e destruição. 

Comentários:
Outro filme do Boogeyman?! Pelo visto os roteiristas de filmes de terror no Estados Unidos andam com falta de novas ideias. Para quem não sabe essa figura do Boogeyman seria o equivalente em nossa cultura ao Bicho Papão! Pois é, você deve estar dando risadas agora, mas é isso aí mesmo. De qualquer forma eu não teria como apenas falar mal desse filme. Ele tem coisas até interessantes. A produção é boa, de um grande estúdio americano. A construção do suspense me soou até bem eficiente. A única coisa que achei absurda nesse roteiro foi o fato do Boogeyman ser atingido e ferido com tiros de espingarda! Isso realmente não faz o menor sentido pois esse ser sobrenatural não faz parte do nosso mundo, é um ser espiritual... como é que ele sentiria o impacto de balas em seu corpo se nem corpo físico ele tem? Pois é, faltou aos roteiristas lerem o manual explicando as características desse personagem. Erro básico, senhores...

Pablo Aluísio.

A Fúria do Drácula

Título no Brasil: A Fúria do Drácula
Título Original: Wrath of Dracula
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: Creativ Studios
Direção: Steve Lawson
Roteiro: Steve Lawson
Elenco: Hannaj Bang Bendz, Mark Topping, Sean Cronin, Serene Fensom, Marta Svetek, Ayvianna Snow

Sinopse:
A jovem e bela Nina decide que vai atrás de seu namorado Jonathan Harker, que desapareceu após visitar o Conde Drácula na Transilvânia. Chegando lá, ela encontra o professor Van Helsing que lhe explica que o Conde recluso é na realidade um vampiro que está atrás de sangue humano de belas jovens como ela! 

Comentários:
Que filme ruim! Eu fico até pasmo que um filme tão mequetrefe tenha sido disponibilizado por uma plataforma de streaming até com prestígio. Isso me leva a crer que essas produções são feitas a toque de caixa apenas para constar como conteúdo na lista de filmes desses canais e serviços de streaming. Chamem o serviço de proteção ao consumidor! Aqui não se salva praticamente nada. Tudo é ruim! O roteiro só utiliza os nomes dos personagens do livro original. O resto é lixo! O ator que faz Drácula é uma figura de dar risadas involuntárias, de tão fraco e inadequado. Chamar de canastrão é pouco! O cenário, locações, é tudo feito com computação gráfica de fundo de quintal. Qualquer nerd com um PC faria facilmente aquilo tudo. A produção é classe Z, péssima! Enfim, fuja desse filme como o vampiro foge da cruz.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Priscilla

Título no Brasil: Priscilla
Título Original: Priscilla
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Cailee Spaeny, Jacob Elordi, Tim Post, Dagmara Dominczyk, Ari Cohen, Dan Beirne

Sinopse:
Uma adolescente americana, vivendo na Alemanha, por ser filha de militar, acaba conhecendo o famoso cantor Elvis Presley. Após um primeiro contato ele pede que ela retorne em sua casa, dando origem a um caso amoroso que iria durar por muitos anos, mudando a vida deles de forma definitiva. Baseado no livro "Elvis e Eu" de Priscilla Presley. 

Comentários:
Eu não gostei desse filme. Penso que é um filme muito seco, frio, sem calor humano. Ora, essa é, queiram ou não, uma história de amor passada nos anos 50. Minha percepção é que as pessoas naqueles tempos eram bem mais românticas. Em especial Elvis, que era um cantor, cuja sensibilidade estava sempre à flor da pele. Mas não se vê isso no filme. O casal tem pouca química, não parecem verdadeiramente apaixonados. Para ser bem sincero, essa história, que já foi filmada antes, pareceu bem melhor naquela série de TV dos anos 80 que inclusive foi baseado no mesmo livro da Priscilla. Aqui a situação romântica simplesmente não flui, não passa para a tela. A frieza que a diretora Sofia Coppola passou para o filme, o estraga. Além disso é inegável também que as passagens históricas da carreira de Elvis vão se atropelando, se mostrando bem superficiais. No final de tudo, nem o fã de Elvis vai gostar, pela superficialidade, e nem os que gostam de filmes românticos vão apreciar, pela frieza. 

Pablo Aluísio.

Um Momento, Uma Vida

Título no Brasil: Um Momento, Uma Vida
Título Original: Bobby Deerfield
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Erich Maria Remarque, Alvin Sargent
Elenco: Al Pacino, Marthe Keller, Anny Duperey

Sinopse:
Bobby Deerfield (Al Pacino), um famoso piloto americano de corridas, disputa prêmios no circuito europeu de velocidade e acaba se apaixona pela enigmática Lillian Morelli (Marthe Keller). Só que sua felicidade não vai durar muito pois infelizmente ela está com uma doença terminal.

Comentários: 
Um filme esquecido do Al Pacino, lançado logo após o grande sucesso de "Um Dia de Cão". No aspecto puramente esportivo não vá esperando por muita coisa. Embora o filme tenha captado o circo da Fórmula 1 da época, o que sempre é interessante para quem é fã desse esporte, esse aspecto não é o que importa no desenvolvimento da história. Esse é na verdade um drama romântico com pitadas de tragédia. Tudo é muito bonito, lindamente fotografado, com aquelas tomadas muito românticas de pôr do sol europeu, mas nada vai muito além disso. Al Pacino está bem e convence plenamente como um Romeu moderno, muito apaixonado pela mulher que ama, mas sabendo que esse, a longo prazo, será um romance simplesmente impossível de se consolidar. Então ele tenta viver o momento, da melhor forma que seja possível. Enfim, bom filme, merece ser recuperado do esquecimento onde se encontra atualmente. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Frank Sinatra - In the Wee Small Hours

Frank Sinatra - In the Wee Small Hours
Desde que havia assinado com a Capitol Records, Sinatra vinha com a intenção de investir cada vez mais em discos conceituais. Eram álbuns com uma temática em comum ligando todas as canções. Havia sido em parte assim com os dois primeiros discos do cantor nessa nova gravadora e seguiu ainda mais firme nesse sentido com esse terceiro disco no selo. O tema central aqui é a desilusão amorosa. Todas as letras de todas as faixas possuem esse elo em comum, falando de relacionamentos fracassados, amores dolorosos, solidão, depressão e amargura. Por essa razão é um disco bem melancólico, onde Sinatra no fundo estava falando de si mesmo. Ele havia se separado da esposa Nancy, tinha embargado em um relacionamento conturbado com Ava Gardner, que o traía constantemente, e tudo parecia desmoronar em sua vida amorosa. 

Eu sempre entendi perfeitamente a importância desse álbum na discografia de Sinatra. Sempre foi um dos mais conceituados e elogiados de sua discografia, mas ao mesmo tempo nunca consegui gostar. Acho que é necessário estar em uma certa vibe para curtir esse LP. E esse é o sentimento da dor de cotovelo, não tem como escapar desse aspecto. O ouvinte tem que estar sintonizado com o próprio estado de espírito do cantor na época para criar uma conexão com o sentimento geral que esse trabalho musical passa. Bom, esse tipo de coisa para baixo, caindo no choro por causa do fim de um relacionamento, nunca foi a minha praia. É o disco da fossa do Sinatra. Por isso nunca gostei mesmo. Prefiro outros discos do cantor, mas de qualquer forma fica a dica. É um disco importante na carreira de Sinatra. 

Frank Sinatra - In the Wee Small Hours (1955)
In the Wee Small Hours of the Morning
Mood Indigo
Glad to Be Unhappy
I Get Along Without You Very Well
Deep in a Dream
I See Your Face Before Me
Can't We Be Friends?
When Your Lover Has Gone
What Is This Thing Called Love?
Last Night When We Were Young
I'll Be Around
Ill Wind
1It Never Entered My Mind
Dancing on the Ceiling
I'll Never Be the Same
This Love of Mine

Pablo Aluísio.