sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Joe e as Baratas

Título no Brasil: Joe e as Baratas
Título Original: Joe's Apartment
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: MTV
Direção: John Payson
Roteiro: John Payson
Elenco: Jerry O'Connell, Megan Ward, Billy West

Sinopse:
Um jovem sem grana se muda para Nova Iorque. Como não tem onde cair morto acaba alugando um apartamento bem ruinzinho, um verdadeiro muquifo infestado de baratas e para sua supresa ele descobre que elas são capazes de dançar e cantar, como se estivessem em um um show da Broadway. 

Comentários:
A MTV foi o canal jovem dos anos 90. Era algo inovador, um canal de programação exclusiva para a juventude, passando música e clips 24 horas por dia. O sucesso foi tão grande que eles migraram e investiram também no cinema. Assim foi feito esse primeiro longa-metragem da MTV. Dizia-se que era um filme muito legal e bem humorado, inclusive com muito humor negro, afinal era estrelado por um monte de baratas! Eu assisti na época embalado pela hype toda que foi criada, mas sendo bem sincero, já naqueles anos não gostei nada do que vi. Achei um filme boboca, sem graça e que provavelmente só iria agradar mesmo aquele tipo de adolescente meio desmiolado que passava o dia inteiro ouvindo bandas de heavy metal. Assim conferi, assisti e não gostei. E eu nunca mais perderia meu tempo em rever essa bobagem teen dos anos 90. Uma vez já bastou! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Maestro

Maestro 
O filme se propõe a contar a história do maestro Leonard Bernstein. Bom, se você gosta de cinema vai saber quem é ele, pois escreveu algumas das trilhas sonoras mais marcantes da sétima arte. Só que sua carreira jamais se resumiu a isso. Ele era mesmo um grande nome no mundo da música clássica, tendo sido um compositor de renome, muito elogiado por seu trabalho musical ao longo de décadas trabalhando nesse meio. O roteiro conseguiu conciliar sua história pessoal com sua trajetória profissional. Assim acompanhamos não apenas sua ascensão regendo grandes orquestras, mas também aspectos de sua vida pessoal, familiar e íntima. 

Ele se casa com uma boa e doce esposa que lhe dá filhos amorosos. Tudo parecia correr muito bem nesse núcleo familiar. Mas havia um detalhe para borrar a fotografia de família em comerciais de margarina. Ele era na realidade bissexual. Enquanto foi levando esse seu lado escondido de sua esposa as coisas transcorreram sem maiores problemas, embora ela obviamente desconfiasse de certos comportamentos do marido. A coisa só desandou mesmo quando ele, já bem coroa e de cabelos brancos, se apaixonou por um bofe jovem e garotão. E ele decidiu trazer o namorado e amante para dentro de sua casa, para conviver inclusive com seus filhos. Imagine o drama dessa pobre mulher depois que isso aconteceu! Uma barra enfrentar uma situação constrangedora dessas! E para turvar ainda mais a situação ela acabou sendo diagnosticada com um câncer terminal. Enfim, já deu para ter uma boa ideia do drama e da história do filme. 

De minha parte gostei de praticamente tudo, do elenco, da reconstituição de época e até mesmo do bom roteiro, que surge bem escrito e coeso. Esse é um daqueles filmes feitos para ganhar muitos prêmios na noite do Oscar, mas a coisa toda parece que azedou depois que o ator e diretor Bradley Cooper resolveu falar algumas abobrinhas por aí. Reclamou que não foi premiado no Globo de Ouro. Falou mal dos vencedores. Pegou muito mal tudo que andou dizendo. E como o Oscar é um prêmio de votação, ele provavelmente vai ficar sem ganhar nada daqui pra frente. Assim penso que o filme vai acabar sendo indicado, mas sem vencer em nenhuma categoria importante. Como se diz por aí, em boca fechada não entra mosquito. Uma pequena licção que Bradley Cooper ainda parece não entender direito. 

Maestro (Maestro, Estados Unidos, 2023) Direção: Bradley Cooper / Roteiro: Bradley Cooper, Josh Singer / Elenco: Bradley Cooper, Carey Mulligan, Matt Bomer / Sinopse: O filme mostra a história do compositor e maestro Leonard Bernstein. Enquanto sua carreira profissional se torna cada vez mais gloriosa, seu casamento afunda, por causa de sua paixão por homens mais jovens. Ele era na realidade bissexual, o que colocou sua esposa em uma situação muito delicada. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Cavalo de Guerra

Eu adoro filmes clássicos, antigos, com todos aqueles grandes valores morais que hoje soam ultrapassados para as novas gerações. Esse "Cavalo de Guerra" me pareceu uma tentativa por parte de Steven Spielberg em reviver aquele tipo de cinemão dos anos 30, 40 e 50. Eu torci pelo filme durante suas duas horas e meia de duração, realmente quis gostar da produção mas tenho que confessar que ao final fiquei ligeiramente desapontado. O problema de "Cavalo de Guerra" em minha opinião não é de direção (Spielberg continua o mestre de sempre) e nem de produção (o filme tem, como não poderia deixar de ser, produção de luxo com tudo o que o dinheiro pode comprar). 

A grande falha aqui é realmente do roteiro. A trama é dispersa demais, o foco é inteiramente colocado em cima do animal e os personagens humanos nunca são bem desenvolvidos ou construídos. Como o cavalo vai passando de mão em mão durante o filme não temos tempo de criar vínculo com seus donos - mal nos acostumamos com alguns deles e de repente o Cavalo é passado para frente, vendido, trocado ou capturado por tropas, sejam inglesas ou alemãs. Sem personagens humanos fortes para nos identificarmos acabamos perdendo um pouco o interesse sobre o que acontece em cena.

Além da falta de bons personagens humanos o filme também sofre da falta de bons e marcantes atores. O elenco é supostamente liderado por Jeremy Irvine mas esse ator é tão sem carisma, tão inexpressivo que acabamos perdendo até mesmo a noção de sua existência no filme. Lá pela parte final quando ele retorna até levamos um pouco de tempo para reconhecer ele de novo - de tão apática que é sua participação. Spielberg também comete erros básicos de biologia. O cavalo Joey parece ter sentimentos humanos, com atos de bravura, de coragem, coisas que soam fora de propósito em um animal irracional. Como eu disse, focar tudo em cima dele não foi uma boa ideia. Enfim, é isso. O produto é muito bonito, bem agradável de ver, mas o diretor esqueceu que o público tem que ter algum personagem humano para criar vínculo, sem isso tudo soa vazio e sem cumplicidade por parte do espectador. Definitivamente não é nem de longe um dos melhores trabalhos do famoso diretor.

Cavalo de Guerra (War Horse, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Lee Hall e Richard Curtis / Elenco: Jeremy Irvine, Emily Watson, David Thewlis e Benedict Cumberbatch / Sinopse: Cavalo é enviado para o front da I Guerra Mundial, passando por diversos donos e vivendo muitas aventuras.

Pablo Aluísio.

O Justiceiro

Título no Brasil: O Justiceiro
Título Original: The Punisher
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films, Marvel Enterprises
Direção: Jonathan Hensleigh
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Michael France
Elenco: Thomas Jane, John Travolta, Ben Foster, Samantha Mathis

Sinopse:
Frank Castel (Thomas Jane) acaba tendo que lidar com a morte de sua esposa e filha. Inconformado pela falta de resultados por parte das autoridades resolve ele mesmo trazer justiça para as ruas da América. Disposto a varrer o crime da sociedade assume a identidade do Justiceiro, para isso porém terá que passar por cima de vilões ricos e poderosos, como o infame Howard Saint (John Travolta), que apesar do nome não tem nada de santo.

Comentários:
Esse personagem de segundo escalão da Marvel ainda não encontrou seu filme definitivo e olha que não foi por falta de tentativas. Embora muitos não gostem devo admitir que até gosto da versão realizada em 1998 com Dolph Lundgren no papel do justiceiro Frank Castle. O problema é que naquela época ainda não havia a moda da transposição dos personagens Marvel para o mundo do cinema. O filme é modesto mas bom, temos que admitir. Já esse aqui contou com um orçamento bem mais generoso, a ponto inclusive de ter um elenco de apoio de luxo com John Travolta brincando de vilão e Ben Foster, ótimo ator, dando uma canja com seu talento. Até achei acertado a escolha de Thomas Jane como o Justiceiro. Ele até pode não ser muito forte fisicamente mas tem cara de durão e poucos amigos, algo conveniente para seu personagem. O filme certamente poderia ter sido bem melhor, com um roteiro mais caprichado e menos apelações em relação aos clichês do gênero mas do jeito que ficou até que não está tão mal, vale a pena dar uma espiada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

A Menina que Matou os Pais: A Confissão

Título no Brasil: A Menina que Matou os Pais: A Confissão 
Título Original: A Menina que Matou os Pais: A Confissão
Ano de Lançamento: 2023
País: Brasil
Estúdio: Santa Rita Filmes
Direção: Mauricio Eça
Roteiro: Ilana Casoy, Raphael Montes
Elenco: Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Kauan Ceglio, Bárbara Colen

Sinopse:
Terceiro filme sobre o caso de Suzane Von Richthofen. jovem que ao lado de seu namorado e do irmão dele, participou dos assassinatos de seus próprios pais em um bairro de classe média alta em São Paulo. Nesse filme o foco vai para as primeiras investigações sobre o crime, tudo resultando na solução dos assassinatos e na confissão dos envolvidos. 

Comentários:
Eu gostei dos dois primeiros filmes, apesar deles serem baseados nas versões dos criminosos. Agora temos mais uma produção, só que tudo visto em um ângulo mais objetivo da questão. E isso foi muito bom para o roteiro e para o desenvolvimento dos acontecimentos. E aqui também temos informações bem importantes, como por exemplo, o fato de que a polícia ficou desconfiada desde o primeiro momento, desde que chegou pela primeira vez na casa, logo após os crimes. Não é para menos, Suzane e os irmãos Cravinhos tentaram mesmo montar uma cena falsa do que seria um assalto, mas como eram amadores nesse tipo de situação, acabaram deixando mais pistas dos próprios envolvimentos do que qualquer outra coisa. Então foi mesmo uma questão de tempo para solucionar tudo. E a chave que trouxe solução para o crime, que fez mesmo a casa cair, foi a compra por parte do Christian Cravinhos de uma moto possante e novinha, tudo com o dinheiro (os dólares) que havia levado da casa de Suzane. A partir daí não houve mais saída. Enfim, se você gostou dos dois primeiros filmes pode ver esse terceiro sem nenhum receio. Tem a mesma qualidade cinematográfica dos anteriores. 

Pablo Aluísio.

Sargento Getúlio

Título no Brasil: Sargento Getúlio
Título Original: Sargento Getúlio
Ano de Lançamento: 1983
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hermanno Penna
Roteiro: Hermanno Penna, Flávio Porto
Elenco: Lima Duarte, Luiz A. Barreto, Fernando Bezerra, Amaral Cavalcante, Marieta Fontes

Sinopse:
Na década de 1940, um sargento chamado Getúlio (Lima Duarte) recebe a ordem de escoltar um preso político de Paulo Afonso até Aracaju, no nordeste brasileiro. Durante a viagem, há uma mudança no Governo e ele recebe a ordem de libertar o preso. Mas ele decide ir até o fim, afundando em uma estranha obsessão pessoal.

Comentários:
Lima Duarte não é um ator brasileiro comum. Esse artista é um monumento da cultura nacional e deveria ser sempre reverenciado por sua bela carreira, tanto na televisão como também no cinema. Esse filme aqui sempre será um dos mais lembrados de sua filmografia. Eu pessoalmente gosto muito. Gosto pela coragem, gosto pela ousadia e pela originalidade. Não podemos nos esquecer que esse filme foi rodado e lançado em plena época dos generais ditadores no poder do Brasil, ou seja, na violenta ditadura militar. Outro aspecto digno de nota é que os filmes brasileiros dos anos 70 e 80 tinham muita personalidade. É costume hoje em dia falar mal, entretanto artisticamente esses filmes eram bem melhores do que os que são feitos atualmente no Brasil. Tinham mais relevância social e cultural. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Perigo Iminente

Título no Brasil: Perigo Iminente
Título Original: Danger Close: The Battle of Long Tan
Ano de Lançamento: 2019
País: Austrália
Estúdio: Deeper Water Films
Direção: Kriv Stenders
Roteiro: Stuart Beattie, James Nicholas
Elenco: Travis Fimmel, Toby Blome, Alexander England

Sinopse:
Guerra do Vietnã. 1966. Um grupo pequeno de soldados dos exércitos da Austrália e Nova Zelândia é encurralado por tropas inimigas em uma antiga plantação de borracha na província de Long Tan. A desproporção entre vietcongues e australianos é muito grande, mas eles tentam sobreviver de todas as formas ao ataque intenso. 

Comentários: 
O cinema, além de ser um ótimo divertimento, também educa. Veja o caso desse filme. Eu não tinha a menor ideia de que esses países da distante Oceania tinham participado ativamente da Guerra do Vietnã. Então ao assistir a esse filme você também provavelmente vai se surpreender com essa informação histórica. Além disso o espectador terá um filme até muito bom para assistir. É bem produzido, tem ótimas cenas de batalha e só um pouquinho de ufanismo patriótico, até porque o filme foi feito como uma espécie de memorial, uma homenagem aos militares que perderam suas vidas nessa sangrenta batalha. Sim, eu ando já bastante cansado de patriotadas, mas aqui tudo é bem contido, ainda bem. No mais, fica apenas a ressalva que não se deve tentar comparar esse filme com os clássicos que foram lançados naquele ciclo do Vietnã no cinema americano durante os anos 70 e 80. Aqueles eram filmes inesquecíveis, esse aqui é apenas uma boa diversão com pitadas históricas interessantes. 

Pablo Aluísio.

Busca Implacável 2

Título no Brasil: Busca Implacável 2
Título Original: Taken 2
Ano de Lançamento: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Elenco: Liam Neeson, Famke Janssen, Maggie Grace

Sinopse:
Ex-agente da Agência de Inteligência do governo dos Estados Unidos, a famosa CIA, vê seu passado voltar da pior forma possível. Ele se vê, junto de sua esposa, em um jogo de vida e morte em Istambul, na Turquia. Alguma pessoa ou organização terrorista e criminosa que foi prejudicada no passado por sua atuação quer vingança nos dias atuais. 

Comentários:
Não me entendam mal, mas essa franquia acabou caindo muito cedo numa velha armadilha que ronda filmes de ação. Esses filmes possuem a tendência de se tornarem genéricos demais, se tornando muitas vezes praticamente iguais entre si. Fica até complicado, depois de um tempo. distinguir um dos outro. Eu até aprecio essa franquia, mas ela tem suas limitações. O curioso é que Luc Besson terceirizou a franquia, dando a partir desse segundo filme a direção para cineastas mais jovens, onde ele próprio Luc atuaria apenas no roteiro e na supervisão geral dos trabalhos. E a fórmula deu certo mais uma vez, se tornando um filme bem lucrativo. Ao custo de 40 milhões de dólares, rendeu nas bilheterias mais de 160 milhões. Nada mal mesmo. E assim novos filmes foram sendo produzidos. Money Talks! 

Pablo Aluísio.