quinta-feira, 14 de abril de 2022

Meu Vizinho Mafioso 2

Título no Brasil: Meu Vizinho Mafioso 2
Título Original: The Whole Ten Yards
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Howard Deutch
Roteiro: Mitchell Kapner
Elenco: Bruce Willis, Matthew Perry, Natasha Henstridge, Amanda Peet, Kevin Pollak, Frank Collison

Sinopse:
Jimmy (Bruce Willis) é um mafioso aposentado que vê sua paz e tranquilidade abaladas quando é procurado por um velho amigo cuja esposa foi sequestrada por membros da máfia húngara nos Estados Unidos. Sequência do filme "Meu Vizinho Mafioso".

Comentários:
Recentemente a família do ator Bruce Willis divulgou o fim da carreira do astro de filmes de ação. Ele foi diagnosticado com uma doença que o impede de decorar falas e atuar. Bruce já vinha com a carreira no controle remoto há anos. Na época não se sabia ainda que enfrentava uma grave doença. Agora tudo chega ao fim. Esse filme aqui é um retrato da decadência que vinha se abatendo na filmografia do outrora grande astro dos filmes de ação. É uma comédia das mais banais, uma sequência do primeiro filme que já não era nada bom, bem sem graça. Esse tipo de erro, de participar de filmes bobocas de comédia, parece atingir também outros bons atores como Robert De Niro, pois de vez em quando vemos ele em abacaxis vergonhosos e insignificantes como esse filme. Enfim, um filme completamente descartável, um triste retrato da fase mais decadente de Willis.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

From

Nova série. No primeiro episódio, logo na primeira cena, uma situação inusitada. Um xerife carregando um sino nas mãos vai avisando aos moradores de uma pequena cidade que eles precisam entrar em suas casas pois está anoitecendo e ninguém pode ficar nas ruas após a noite chegar. Quando finalmente anoitece uma garotinha vê na janela de seu quarto uma senhora idosa. Ela diz que é sua vovozinha. A menina, na inocência de sua infância, abre a janela e é imediatamente atacada! No dia seguinte, no funeral da menina, uma família chega na cidade pedindo por informações. São viajantes perdidos, perguntando como chegar na estrada principal. Mal sabem o terror que vão viver nas próximas horas.

OK, achei interessante o primeiro episódio. Já entendi a premissa principal da série mostrando uma pequena cidade cercada por monstros. Que monstros seriam esses? O roteiro do primeiro episódio não explica. Apenas deixa claro que não saem de dia, só surgindo nas sombras da noite. Também precisam ser convidados para entrar nas casas das pessoas. Por essas características fica meio óbvio que são vampiros, mas o roteiro não traz essa informação. Bom, se forem vampiros vou dar uma chance a essa série, mas se forem zumbis não vou seguir em frente. Zumbis são chatos demais e já encheu a paciência depois de tantos filmes e séries com eles. Vamos aguardar para ver no que vai dar.

From - Episódio: Long Day's Journey Into Night (Estados Unidos, 2022) Direção: Jack Bender / Roteiro: John Griffin / Elenco: Harold Perrineau, Catalina Sandino Moreno, Eion Bailey / Sinopse: A série mostra uma estranha cidade que vive com medo. Ela parece estar cercada por estranhas criaturas prontas a atacar na escuridão das noites.

Pablo Aluísio. 


Guia de Episódios - From:


From 1.02 - The Way Things Are Now
Não achei grande coisa esse segundo episódio. A família é resgatada, sem perdas. Outros são recebidos numa casa onde seres humanos normais se protegem dos "monstros". E que monstros são esses? Novamente o roteiro não explica nada. Pelo visto não vai explicar nada. São vampiros? São zumbis? Por que não saem nos dias de sol? Tudo fica no ar. Digo que no quesito suspense esse segundo episódio também falha. Para falar a verdade senti tédio. Se continuar assim nem pensarei duas vezes em deixar de ver o resto dos episódios. Tem que melhorar muito para segurar esse espectador que aqui escreve sua opinião. / From 1.02 - The Way Things Are Now (Estados Unidos, 2022) Direção: Jack Bender / Roteiro: John Griffin / Elenco: Harold Perrineau, Catalina Sandino Moreno, Eion Bailey.

Pablo Aluísio.

Resgate Profundo

Título no Brasil: Resgate Profundo
Título Original: Deep Rescue
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Tranquility Base Productions
Direção: Chris Bremble
Roteiro: Greg Bennett
Elenco: Tamara Davies, Dale Midkiff, Stan Kirsch, Corey Large, Alejo Mo-Sun, G. Peter King

Sinopse:
A tripulação do Discovery luta para sobreviver e escapar para a superfície depois que o ônibus espacial mergulha no Oceano Atlântico.

Comentários:
Filme apenas mediano explorando uma situação que, convenhamos, nunca iria acontecer na vida real. Primeiro porque essas missões espaciais são planejadas em seus mínimos detalhes, jamais iria acontecer uma situação em que os tripulantes iriam ficar perdidos no meio do oceano. Não existe possibilidade de algo assim acontecer. De qualquer foram se você ignorar os inúmeros furos do roteiro ainda poderá se divertir, apenas para puro entretenimento. No mais não espere por grandes efeitos especiais pois se trata de uma produção de baixo orçamento, embora o filme em si não seja pessimamente mal produzido. Dá para assistir numa boa.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de abril de 2022

Homens Indomáveis

Título no Brasil: Homens Indomáveis
Título Original: Silver Lode
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Karen DeWolf
Elenco: John Payne, Lizabeth Scott, Dan Duryea, Dolores Moran, Harry Carey Jr, Stuart Whitman

Sinopse:
A história desse faroeste se passa na pequena cidade de Silver Lode. O cowboy Dan Ballard (John Payne) passa a ser acusado de um crime que não cometeu. Ele é preso por quatro xerifes e começa a ser abandonado pelos moradores da cidade. Agora só lhe resta encontrar o verdadeiro culpado para provar sua inocência.

Comentários:
Eu particularmente aprecio bastante filmes de western que foram produzidos na década de 1950. Em meu ponto de vista essas histórias cabiam muito bem naquele momento histórico que a América vinha passando, com prosperidade econômica e explosão da cultura pop. Esse faroeste aqui segue em linhas gerais aquele clima de suspense e tensão que foi a marca registrada do clássico do gênero "Matar ou Morrer". Mostra a história de um homem honesto que prestes a se casar é acusado de um crime que ele definitivamente nunca cometeu. O interessante roteiro coloca um grupo de xerifes como vilões, algo raro dentro do estilo faroeste daqueles anos. Assim o verdadeiro mocinho é justamente o homem bom e honesto interpretado por Payne. O diretor Allan Dwan era um veterano que trabalhava em Hollywood desde os primórdios, desde a era do cinema mudo. Ele tinha a fama de ser o homem dos mil filmes, um número que se um dia for confirmado realmente deverá entrar no livro dos recordes. No mais, em seu elenco coadjuvante, também temos a bela Lizabeth Scott, a primeira lésbica a sair do armário em Hollywood, isso em uma época em que o preconceito era total. Enfim, um bom filme de faroeste, hoje em dia pouco lembrado.

Pablo Aluísio.

Demônios do Céu

Título no Brasil: Demônios do Céu
Título Original: Dive Bomber
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Frank Wead
Elenco: Errol Flynn, Fred MacMurray, Ralph Bellamy, Alexis Smith, Robert Armstrong, Regis Toomey

Sinopse:
Um cirurgião militar se une a um piloto da Marinha para desenvolver um traje de alta altitude que protegerá os pilotos de desmaiar quando entrarem em um mergulho íngreme em aviões de guerra.

Comentários:
Filme sobre os bastidores das forças armadas americanas. O filme na verdade foi filmado antes da entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial. Foi dito por especialistas que os aviões mostrados no filme já estavam prestes a se aposentar. Também chama atenção os porta-aviões daquela época, bem pequenos se comparados com os que foram usados na guerra. Tudo isso foi compensado pelo grande talento de Michael Curtiz que rodou cenas maravilhosas em cores, aproveitando tudo o que tinha direito do Technocolor, um orgulho da Warner Bros na época em que o filme foi lançado nos cinemas. Em relação ao roteiro é bom, mas não desenvolve muitos os personagens. A verdadeira estrela dessa produção é a aviação militar dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

As Vinhas da Ira

Baseado na obra homônima do escritor americano John Steinbeck (Nobel de Literatura em 1962), o longa, As Vinhas da Ira, abre a caixa de Pandora de algumas das mazelas da grande depressão americana de 1929 que quase destruíram com a economia dos Estados Unidos. A história gira em torno dos membros da família Joad que vivem há décadas no estado de Oklahoma mas que perdem suas terras que mantêm como meeiros.,Essa perda ocorre devido à chegada de grandes empresários do setor de agricultura que impõe à região o progresso, com modernos tratores e implantando uma nova agricultura mecanizada. Com isso o sistema de agricultura manual dos meeiros da região torna-se obsoleto e praticamente liquidado, fazendo com que a família Joad e várias outras famílias abandonem a região. Sem terras e sem dinheiro os Joad, liderados por Tom Joad (Henry Fonda), Al Joad (O.Z Whitehead) e Ma Joad (Jane Darwell) reúnem-se dentro de um pequeno e velho calhambeque e partem em direção ao estado da Califórnia em busca de trabalho e de dias melhores. Mas toda essa esperança pode tornar-se um grande pesadelo.

Dirigido pelas lentes do genial John Ford, o antológico clássico consegue, em 140 minutos, encapsular toda a angústia e desespero dos agricultores americanos num dos períodos mais negros da história americana. A situação profundamente angustiante, somada a uma paisagem distópica, abrutalhada e entristecida, é filtrada por uma fotografia requintada onde a beleza do preto e do branco parecem amenizar boa parte de toda a miséria e desesperança daquelas pessoas. O longa - vencedor de dois Oscars nas categorias de melhor diretor (John Ford) e melhor atriz coadjuvante (Jane Darwell) - nos brinda com diálogos e metáforas tão memoráveis e atuações tão fantásticas que cada personagem, e até mesmo o calhambeque, deveria, cada um deles, ganhar um Oscar. Um filme realmente magnífico.

As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath, Estados Unidos, 1940) Direção: John Ford / Roteiro: Nunnally Johnson / Elenco: Henry Fonda, Jane Darwell, John Carradine / Sinopse: O filme conta a história de uma família pobre dos Estados Unidos que precisa ir embora, para outro estado, em busca de trabalho e meios de sobrevivência durante a grande depressão que assolou os Estados Unidos. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor filme, melhor ator (Henry Fonda) e melhor roteiro adaptado. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor direção (John Ford) e melhor atriz coadjuvante (Jane Darwell).

Telmo Vilela e Pablo Aluísio.

Tarzan Contra o Mundo

Título no Brasil: Tarzan Contra o Mundo
Título Original: Tarzan's New York Adventure
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard Thorpe
Roteiro: Myles Connolly, William R. Lipman
Elenco: Johnny Weissmuller, Maureen O'Sullivan, Johnny Sheffield, Virginia Grey, Charles Bickford

Sinopse:
Nessa aventura Tarzan e Jane precisam viajar até Nova Iorque para resgatar Boy, capturado por um grupo de exploradores inescrupulosos que tinham a intenção de exibi-lo em um circo como atração selvagem.

Comentários:
"Tarzan's New York Adventure" é um dos filmes mais diferenciados de Tarzan. A história não se passa nas selvas africanas, mas sim na selva de pedra de Nova Iorque. O roteiro aproveita então para explorar com muito bom humor a figura de um sujeito selvagem como Tarzan no meio da civilização, diante de uma das maiores metrópoles do mundo. O filme assim tem seu charme e seu ponto diferencial. O ator Johnny Weissmuller estava na verdade se despedindo do personagem que o consagrou nas telas. A idade estava chegando, ele havia ganhado peso e por essa razão o roteiro vinha bem a calhar, pois na maioria das cenas ele surgia usando terno e gravata. Nem todos os fãs de Tarzan curtiram o filme na época, por causa da mudança de perspectiva, mas hoje em dia o filme até tem seu reconhecimento por parte dos críticos.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2022

Confissão

Título no Brasil: Confissão
Título Original: Dead Reckoning
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Cromwell
Roteiro: Oliver H.P. Garrett
Elenco: Humphrey Bogart, Lizabeth Scott, Morris Carnovsky, Charles Cane, William Prince, Marvin Miller

Sinopse:
Um detetive particular passa a investigar um estranho caso envolvendo um desertor que muito provavelmente esteve envolvido no passado com um assassinato não solucionado. E qual seria a ligação entre esse crime e o seu misterioso desaparecimento?

Comentários:
Cinema noir por excelência contando com um Humphrey Bogart em grande forma, aqui contracenando com a bela Lizabeth Scott. A atriz que trabalhou em muitos filmes noir também se notabilizou por ser uma das primeiras estrelas de Hollywood a assumir sua homossexualidade. Isso depois que sua opção sexual foi revelado por uma popular revista de fofocas e escândalos da época chamada Confidential. Aqui, em estilo loira platinada, ela interpreta essa mulher fatal que tanto pode ser uma vitima como a autora desconhecida de um crime brutal. O filme foi elogiado também pela fotografia, perfeita, trazendo para a tela a noite de Los Angeles. O diretor usa o preto e branco do filme para também expor o estado sentimental dos personagens. Claro, quando estão em momento de rara felicidade, escuro quando o momento é mais sombrio. Enfim, um belo noir, um dos mais representativos desse estilo cinematográfico.

Pablo Aluísio.