terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
O Júri
Título Original: Runaway Jury
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Gary Fleder
Roteiro: John Grisham
Elenco: John Cusack, Rachel Weisz, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Bruce Davison, Nick Searcy
Sinopse:
Um fabricante de armas é levado a julgamento, mas esse não será um julgamento comum pois haverá manipulação e tentativa de mudar as decisões do júri. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de melhor roteiro.
Comentários:
O tribunal do júri sempre foi um aspecto do ordenamento jurídico dos mais questionáveis. No Brasil ele é usado basicamente apenas em crimes dolosos contra a vida, mas nos Estados Unidos praticamente quase tudo vai a júri. O roteiro desse filme explora os problemas desse sistema, onde os jurados podem ser ameaçados, manipulados ou até mesmo comprados, a depender da ousadia, da desonestidade e do poder de quem está sendo julgado. É um bom filme com roteiro muito bem trabalhado, fruto da adaptação do próprio livro que lhe deu origem. O elenco é muito bom. Claro que os veteranos Gene Hackman e Dustin Hoffman se destacam. Embora coadjuvante de John Cusack, eles roubam o filme completamente. Fiquei até com pena do Cusack tentando se segurar. Enfim, um bom filme que assisti ainda em DVD quando as locadoras já estavam fechando suas portas. Era o fim de uma era.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Os Caminhos para a Liberdade
A história começa em uma fazenda no Sul dos Estados Unidos. Tempos de escravidão. Os escravos trabalham nos campos de algodão. As vastas terras pertencem a dois irmãos. Um deles é um sujeito mais humano, que trata melhor seus escravos. Deixa que celebrem suas festas, cantem suas músicas. O outro é um escravocrata cruel e desumano, capaz dos piores atos de tortura e violência. Chega ao ponto de queimar vivo um escravo que tentou escapar. Para infortúnio daquelas pessoas o irmão mais benevolente morre de um ataque fulminante do coração. Sobra o outro, o pior deles, um sujeito sádico e cruel. Além de torturador também é um estuprador das jovens meninas escravas de suas terras. A situação se torna tão insuportável que um homem e uma adolescente decidem fugir. Há rumores que existe uma ferrovia ali pela região que os levaria até o Norte, onde a escravidão já não mais existia. E eles decidem arriscar tudo pela liberdade.
Essa série é muito bem produzida e realizada. Tem um roteiro muito bem estruturado mostrando a dura realidade de um modo de produção escravista. O cenário é formado por aquelas grandes fazendas do passado, propriedade de escravocratas, homens violentos e desumanos que exploravam o trabalho dos negros traficados da África. Essas pessoas eram exploradas ao máximo e o senhor das terras tinha direito de vida ou morte sobre cada um deles. Um triste capítulo da história humana.
Os Caminhos para a Liberdade (The Underground Railroad, Estados Unidos, 2021) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Jihan Crowther, Colson Whitehead / Elenco: Thuso Mbedu, Chase Dillon, Joel Edgerton, Aaron Pierre / Sinopse: Em uma fazenda de escravos no Sul dos Estados Unidos, alguns escravos lutam pela liberdade, fugindo em busca de uma ferrovia que lhes daria a tão sonhada liberdade.
Pablo Aluísio.
Guia de Episódios - Os Caminhos para a Liberdade:
Os Caminhos para a Liberdade 1.02 - Chapter 2: South Carolina
Cora e Ceaser estão livres. Eles chegam em uma cidade da Carolina do Noite onde não existe mais a escravidão. Ceaser começa a trabalhar numa fábrica. Depois arranja emprego como assistente de um médico. Cora ganha um salário como figurante em um museu que retrata a escravidão. Só que as coisas que parecem tão bem escondem algo sombrio. Crianças, filhos de mulheres negras, estão sumindo. Além disso há suspeitas que estão envenenando a população negra da cidade. Algo bem complicado, se for verdade só resta fugir. E para piorar ainda mais a situação há um caçador de escravos fugitivos na cidade. O perigo está chegando perto. / Os Caminhos para a Liberdade 1.02 - Chapter 2: South Carolina (Estados Unidos, 2021) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Jihan Crowther / Elenco: Thuso Mbedu, Chase Dillon, Joel Edgerton.
Pablo Aluísio.
Raízes
A história tinha como protagonista um jovem escravo chamado Kunta Kinte. O enredo ia desde o momento em que ele era escravizado na África, passando pela viagem nos navios negreiros, chegando ao momento em que ele chegava aos Estados Unidos para ser comercializado como escravo. Acabava indo parar em uma fazenda de plantação de algodão. Através da história desse personagem o público também aprendia sobre os tempos da escravidão negra. Grande minissérie! Um marco na história da TV norte-americana.
Raízes (Roots, Estados Unidos, 1977) Direção: Marvin J. Chomsky, John Erman / Roteiro: William Blinn, M. Charles Cohen / Elenco: LeVar Burton, Robert Reed, John Amos / Sinopse: A série contava a história do jovem escravo Kunta Kinte, um homem que iria passar toda a sua vida lutando por sua liberdade. Minissérie em 8 episódios. Premiada pelo Emmy em 9 categorias.
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de fevereiro de 2022
Os Observadores
O filme pode ser definido em linhas gerais como uma produção erotic chic. A sensualidade entretanto não é aquela natural, mas sim algo mais perturbador, que foge dos padrões. Em certos momentos me lembrou da temática de "Cinquenta Tons de Cinza". O macho alfa da história, o marido que mora ao lado, é um daqueles tipos escrotos que tratam mal todas as mulheres. É um fotógrafo que tenta transar com todas as modelos que aparecem em seu estúdio. E mesmo com o papo sujo ele consegue seus objetivos. Boa pinta, parece estar acima do bem e do mal, levando para a cama várias mulheres ao longo do filme. É uma espécie de Christian Grey, só que na versão canadense e bem mais pobre. Então é isso. Um filme erótico soft que até tem seus momentos, mas que no geral se revela mesmo uma grande bobagem.
Os Observadores (The Voyeurs, Canadá, 2021) Direção: Michael Mohan / Roteiro: Michael Mohan / Elenco: Sydney Sweeney, Justice Smith, Ben Hardy / Sinopse: Dois casais. Um viznho ao outro. Não demora muito e o casal mais jovem começa a espionar e bisbilhotar a vida íntima do casal mais experiente. Só que eles nem desconfiam que aqueles que espionam também podem ser espionados.
Pablo Aluísio.
Tudo por Amor
Título Original: Dying Young
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Richard Friedenberg
Elenco: Julia Roberts, Campbell Scott, Vincent D'Onofrio, Colleen Dewhurst, David Selby, Ellen Burstyn
Sinopse:
Hilary O'Neil (Julia Roberts) é uma enfermeira que trabalha em um hospital que possui uma ala de pacientes terminais. E é nesse local de sua função que ela acaba se apaixonando por um homem que já não tem mais muito tempo de vida.
Comentários:
No começo dos anos 90 a Julia Roberts já colhia os frutos de seu sucesso com o filme "Uma Linda Mulher" que realmente surpreendeu nas bilheterias da época. Então a Fox correu e lançou essa fita que já estava há um bom tempo arquivada dentro do estúdio. Esse filme inclusive foi produzido antes de "Uma Linda Mulher", mas lançado depois, justamente para pegar carona no outro filme. Coisas de marketing. Bom, eu me recordo que assisti na época de seu lançamento original, ainda nos tempos das locadoras de fitas VHS. Foi dirigido por Joel Schumacher, um cineasta irregular, capaz de fazer bons filmes e grandes porcarias. Aqui ele ficou na média apenas, nada muito surpreendente. Achei apenas mediano. Tem uma bonita fotografia, a Roberts era jovem e muito bela, mas no geral também soava como um romance cinematográfico sem muitas ideias novas ou originalidade. Hoje em dia seria interessante rever, até para matar as saudades. Além disso a Julia Roberts era de uma simpatia na época que cativava o espectador. Hoje em dia eu penso que ela perdeu grande parte desse seu carisma pessoal. Efeitos do tempo nas personalidades das pessoas.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de fevereiro de 2022
O Livro de Boba Fett
Esse mercenário espacial chamado Boba Fett surgiu na primeira trilogia de "Star Wars". Durante anos os produtores desenvolveram o projeto de levar sua história ao cinema, através de um longa-metragem. Com a venda da franquia de George Lucas para a Disney os planos mudaram. O sucesso da série "O Mandaloriano" mostrou o caminho a seguir. Os executivos do estúdio contrataram praticamente a mesma equipa da série anterior para trabalhar nessa nova série. O interessante é que Boba Fett havia sido devorado por um verme gigante do deserto em um dos filmes, então como trazer ele de volta? Bom, o roteiro deu um jeito nisso, algo que o espectador verá em flashback logo no primeiro episódio. Não ficou forçado, ficou bom para dizer a verdade.
E não fica por aí. Boba Fett se torna o sucessor de Jabba The Hut, o que significa ser o poderoso chefão do submundo daquele universo. Só que ele começa mal. Pensa em dominar pelo diálogo e pelas boas relações. Jabba dominava pelo medo e pela violência. Não demora muito e ele descobre como as cartas são dadas naquele tipo de jogo mortal. A grande cena do primeiro episódio ocorre quando Boba Fett, feito prisioneiro do povo do deserto, precisa vencer uma estranha criatura, com quatro braços e muita força física. Ficou ótima a cena. Certamente os fãs de "Star Wars" não vão ter do que reclamar!
O Livro de Boba Fett (The Book of Boba Fett, Estados Unidos, 2021) Direção: Robert Rodriguez, Dave Filoni, Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, Noah Kloor / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Frank Trigg, Collin Hymes / Sinopse: Após quase ser morto por monstros e criaturas do deserto, o mercenário Boba Fett assume a posição que um dia pertenceu a Jabba, The Hut.
Pablo Aluísio.
Guia dos Episódios - O Livro de Boba Fett:
O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine
Nesse episódio Boba Fett vai até o prefeito para tomar satisfações. Afinal ele enviou um mercenário para dar cabo de Fett. E as notícias ruins não param por aí. Um Hutt, da mesma linha familiar de Jabba, chega na cidade. Ele tenciona assumir o controle do submundo, um vácuo de poder deixado pelo próprio Jabba. Só que Fett não quer deixar que isso venha a acontecer. São fatos interessantes desse episódio, mas o que importa mesmo aqui é um longo flashback mostrando Boba Fett ajudando e se tornando um membro de uma tribo de homens do deserto de Tatooine. Eles vivem no mar de dunas e Boba decide ajudá-los, inclusive tomando um trem de carga que passa por sua região. Episódio muito bom, com muita ação e aventura, com destaque para o ataque ao trem em movimento. Ecos do cinema antigo de filmes de faroeste! / O Livro de Boba Fett 1.02 - Chapter 2: The Tribes of Tatooine (Estados Unidos, 2022) Direção: Steph Green / Roteiro: Jon Favreau, George Lucas / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry.
O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa
Os asquerosos membros do clã Hutt querem Boba fora da jogada. Ele está no meio do caminho deles. Então enviam um enorme e violento Wookiee (da raça do Chewbacca) para dar cabo do caçador de recompensas. Ele sobrevive com a ajuda de uma gangue de jovens que ele recrutou por ali mesmo. Eles estavam envolvidos com brigas em relaçao a um comerciante de água. Agora passam a trabalhar para Fett - até porque naquele planeta deserto não existem mesmo muitas opções de trabalho. E logo no primeiro "Serviço" eles se saem bem, perseguindo pelas ruas do vilarejo um empregado do prefeito que se virou de vez contra Boba Fett. / O Livro de Boba Fett 1.03 - Chapter 3: The Streets of Mos Espa (Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Temuera Morrison, Ming-Na Wen, Matt Berry.
Pablo Aluísio.
Star Wars: A Guerra dos Clones
Pessoalmente nunca gostei muito. E não foi apenas pela bagunça cronológica do canal Cartoon, mas também pela própria origem do material. Esse enredo se passa ali pelo meio da segunda trilogia de "Star Wars" nos cinemas. Esses filmes hoje são considerados os piores já feitos com a marca dessa franquia. Ora, se nem os filmes originais eram lá essas coisas, imagine então uma animação feita em cima desse enredo. Enfim, embora bem produzida, nunca consegui gostar dessa série animada. Só assista se tiver o box com todas as temporadas em mãos. Acompanhar pelos canais a cabo vai ser um verdadeiro sacrifício.
Star Wars: A Guerra dos Clones (Star Wars: The Clone Wars, Estados Unidos, 2008 - 2020) Direção: Dave Filoni, Brian O'Connell, Steward Lee / Roteiro: Henry Gilroy, Drew Z. Greenberg / Elenco: Tom Kane, Matt Lanter, James Arnold Taylor, Ashley Eckstein / Sinopse: A luta entre cavaleiros Jedi, forças rebeldes e tropas do império na Guerra dos Clones que devastou todo o universo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
O Grande Ataque
Título Original: The Great Raid
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Miramax
Direção: John Dahl
Roteiro: Carlo Bernard
Elenco: James Franco, Benjamin Bratt, Robert Mammone, Max Martini, James Carpinello, Mark Consuelos
Sinopse:
Roteiro baseado em fatos históricos reais. Durante a Segunda Grande Guerra Mundial um grupo de militares americanos é aprisionado pelos japoneses. Eles são enviados para um campo onde torturas e violação de direitos humanos se torna algo cotidiano. Para tentar libertá-los um grupo especial dos Rangers é enviado para o resgate.
Comentários:
Parece que a fórmula para se fazer grandes filmes sobre a Segunda Guerra Mundial se perdeu no passado. Não consigo lembrar de nenhum grande filme feito recentemente sobre esse evento histórico tão importante. Os clássicos do cinema são todos de um passado agora já distante. Essa produção da Miramax tentou resgatar esse velho estilo de fazer cinema, mas em minha opinião falhou. O filme não consegue convencer muito. Embora até bem produzido, o filme não convence. James Franco, líder do grupo de resgate, não convence como militar durão. E não adiantou muito usar um bigode (outro aspecto fake do filme). O uso de uma trilha sonora excessiva e piegas, piorou ainda mais o quadro geral. O filme não foi lançado nos cinemas brasileiros, só saindo em DVD. É um filme de guerra fraco, ainda mais se formos comparar com os grandes épicos de uma Hollywood clássica que já não existe mais.
Pablo Aluísio.